terça-feira, 31 de março de 2015

Onde aprendem essas coisas?

Caramba!

O Português do Globo precisa de socorro urgente!

O atento amigo leu, no Ancelmo, que uma pessoa "não está bem COM SI MESMA".

Não está bem mesmo, né?

E uma queridíssima amiga pegou mais duas de doer.

No Esporte, copiaram falha recente da supracitada coluna e disseram que a Maitê Proença "POUSOU duas vezes para revistas masculinas".

Ela é muito bonita, mas não sei se é um "avião"...

O troféu do dia, porém, vai para Gente Boba, que informa, em nota:

"(...) a música clássica chega a lugares ONDE ESSAS PESSOAS JÁ FREQUENTAM".

Dispensa comentários.

Apertem os cintos! O redator...

A queda do avião nos Alpes continua "fazendo vítimas" na imprensa.

A assídua colaboradora leu ontem à noite, no Globo online, que o copiloto "era TRATADO PARA MAU SONO".

Tinha mais:

"Caso pode aumentar estigma SOBRE DEPRESSÃO".

Agora, o atento amigo me manda mais uma manchete ridícula, achada no Zero Hora digital:

"Os últimos minutos do Airbus da Germanwings ANTES do acidente na França".

Veio com comentário:

"Se são os últimos minutos, necessariamente são os que antecederam o acidente. Ou não?"

Vou ali fazer um tratamento para mau sono e volto já.

domingo, 29 de março de 2015

Acredite se quiser

O amigo me mandou a "gracinha" de manchete, que reproduzo aqui, com a seguinte observação:

"Viu? O suicídio não compensa!"

Tenho que concordar.

Não confunda...



A coisa tá tão feia que, na coluna do Ancelmo, já tem gente "POUSANDO" pra foto! Ui.

Se é fato, é real. Aprendam

Mal pego aquela revistinha dominical do Globo, tropeço no baita pleonasmo e penso:

"A leitura do jornal de hoje promete..."

Como é que alguém deixa passar "Baseado em FATOS REAIS" em chamada de capa, com letras garrafais? É dose!

Se os colegas não consultam dicionários, não sabem que "fato" é antônimo de "ficção" e jamais folhearam um livro do Gore Vidal na vida, pelo menos tentem memorizar o título desse aí da imagem, por favor.

sábado, 28 de março de 2015

Não complica que piora


Saudades dos tempos que as pessoas FAZIAM as coisas.

Agora, tadinhas, elas só "REALIZAM", pelo menos no estranho Português do Novíssimo Jornalismo.

Na página 32 do Globo, por exemplo, a "REALIZAÇÃO" dos partos começa no titulo e continua (ou "SEGUE", como hoje também preferem os colegas) lá dentro.

É um tal de "médicos REALIZAM" pra cá, "parto REALIZADO" pra lá...

"Bora" FAZER um texto decente, pessoal?

Sente-se com propriedade

Em Pezão, o acento é til. Em Eduardo Paes, não encontro nenhum.

Mesmo assim, a assídua colaboradora descobriu hoje, em nota de abertura de coluna política do Globo, que ambos "TÊM ACENTO" no Jaburu.

Só que jaburu também não tem acento. Palácio tem, mas é agudo, deve ser desconfortável.

Certamente nossos governantes preferem usar ASSENTOS quando vão lá.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Besteiras a granel

Gente, os colegas do Globo são tão "criativos" que não sei por onde começar.

A assídua colaboradora acordou cedo e encontrou um festival de bobagem!

No jornal de papel, "(...) dois prédios COLAPSARAM em Nova York".

Feio que só, o verbo existe, mas é mais usado em relação a sistemas, como os do corpo humano e os de eletricidade, comunicação e finanças, OK?

Gente Boba, claro, não podia faltar e "ENCARA DE FRENTE" numa nota (como sempre pergunta outra amiga, "encarar de costas" seria "ENUCAR"?).

Na versão para a internet, além de ter título pela metade, com direito a reticências (?!), alguém descobriu a palavra "TEOR", mas não leu a "bula" pra saber como usar. Vejam só:

"(...) Ele também teria destruído registros de médicos que indicavam que ele não estava bem o suficiente para o serviço. Não foi informado o TEOR das condições médicas das quais Lubitz sofria.'O teor das notas, incluindo a destruída que o daria dispensa para o dia, mostram que ele estaria escondendo a doença de seus empregadores', diz a nota.(...)"

Melhor nem comentar o "QUE O DARIA dispensa", né?

quinta-feira, 26 de março de 2015

O Bobajal está em festa

Começam bem “os trabalhos” do dia.

Uma grande amiga pescou a seguinte pérola no Globo online:

Lily pode agradecer ao novo "Cinderella" (...) por ter TRANSFORMADA ELA de uma atriz de ‘Downton Abbey’ em uma estrela de cinema”.

Ui! Agradeço se o(a) repórter voltar pra escola.

No mesmíssimo site, que virou o expoente máximo da República Federativa do Bobajal, a assídua colaboradora encontrou o trem aí da imagem. Sua sugestão:

“Pra ficar bem claro, deviam ter logo escrito que o piloto FORÇOU DELIBERADAMENTE de propósito!”

Esperar o que de um veículo que tem tudo SOBRE NOTÍCIAS, mostra IMAGENS SOBRE um acidente etc. etc.?

quarta-feira, 25 de março de 2015

Disputa acirrada pelo disparate mor

Os colegas piraram de vez!

Enquanto estão todos atarantados nas redações e não sabem o que escrevem (perdoai-os, senhores leitores), o atento amigo me manda mais essa (dupla!).

A chamada do site é:

"globo.com: absolutamente tudo SOBRE NOTÍCIAS, esportes e (...)".

Irônico, o amigo arrisca:

"Deve ser metalinguística..."

Lá dentro, entre outros trambolhos pra lá de mal escritos, encontra-se a "bendita" informação:

"(...) a caixa preta foi encontrada APÓS o acidente (...)".

Comentário do amigo:

"Imagine se começassem a procurá-la antes das gravações."

Aí sim seria uma tremenda notícia. Falemos SOBRE ela...

terça-feira, 24 de março de 2015

Pense antes de escrever



Tremendo "furo de reportagem" pescado pelo atento amigo:

"O site da Folha diz que 'queda de avião foi acidente'."

Uau! Estou sem palavras.

O Português surrreal


A outra, enviada pelo atento amigo, poderia se chamar "Gente boba faz jus ao codinome".

Na edição de ontem do Globo, a primeira nota da coluna ("A guerra do jogo do bicho"), refere-se ao filme "Faroeste Caboclo", dizendo que é "ficção claramente baseada em fatos reais".

Caramba! "Viajaram" legal!

Não piorem a tragédia

Vamos ver se o sinal da Net permite que eu escreva duas notinhas rápidas.

A primeira eu recebi da assídua colaboradora, que achou, no Globo online, uma chamada espantosa:

"As imagens SOBRE o acidente nos alpes franceses".

O momento é trágico, mas alguém encontrar nos Alpes (que tinha maiúscula antigamente) um monte de fotografias EM CIMA do avião que caiu é dose!

domingo, 22 de março de 2015

Artigo indispensável

Há muito tempo me incomoda a falta de artigo naquelas notinhas do Ancelmo (e de Gente Boba, também) que divulgam novidades de lojas, marcas e outros trens, tratando-os como se fossem gente.

Pois não é que a praga invadiu as notas maiores?

Começa assim a "gracinha" (de ontem) intitulada "Upa, upa, cavalinho":

"Stud Estelinha vendeu, em leilão, 33 cavalos (...)".

"Stud" é nome de uma pessoa? Não. Trata-se de um haras (ou coisa do gênero).

Então, vamos combinar, tem que ser "O Stud não sei das quantas fez isso e aquilo."

É assim que se escreve em bom Português.

Curiosidade: alguém no jornal faz nota começando com "Globo", sem o "O"?

sábado, 21 de março de 2015

Prurido inexplicável

O "bendito" PARA QUE que inventaram de pôr junto ao verbo PEDIR (pede-se alguma coisa, peço pelo idioma maltratado etc. são o correto) fez o atento amigo questionar: por que tanto evitam a contração da preposição PARA?

Pois é. Escrevem tanta besteira e têm pavor do coloquialíssimo "pra".

Ontem ele encontrou no Rio Show, em antetítulo, um dos monstrengos gerados pela idiotice: "Doce para toda a obra". Ui!

Diz ele (e eu assino embaixo):

"Claro que se o pau é pra toda obra, na expressão popular, significa que é pau pra QUALQUER obra. Doce PARA TODA A obra é para uma obra inteira e não doce pra qualquer propósito ou ocasião."

Parado estava, parado ficou

Hoje a coisa "tá linda".

O atento amigo leu o Ancelmo e encontrou pérolas variadas.

Em "Alô, quem fala?", tem a "novíssima regência" do verbo PEDIR:

"(Fulano) não pede PARA QUE o público desligue os celulares".

A nota central, sobre o Largo do Boticário, diz que "o conjunto de casarios (...) segue abandonado".

Conjunto de CASARIOS, no plural?

Pessoal, casario é coletivo, tá? Várias casas fazem UM casario.

E eu nem vou dar a sugestão do atento amigo de pra onde deve SEGUIR o "segue abandonado".

Talvez pro mesmo lugar que imaginamos para um velório que "segue" até sei lá que horas, como outro amigo ouviu no RJ-TV.

Feminino, masculino e exceção

Cinéfila que sou, li a matéria a respeito do novo filme do Paul Haggis, "Terceira pessoa".

Na última linha, encontrei um "(...) tributo A AQUELES realizadores".

Não custa lembrar que esta é uma daquelas exceções que existem em toda regra, como a de que não se usa crase antes do masculino.

O resultado da contração da preposição "a" com o pronome demonstrativo "aquele" é "ÀQUELE", OK?

Espécies em extinção

A economia (porca) nos jornalões ameaça a preservação de várias espécies fundamentais para a "polinização" do idioma pátrio.

Redatores, revisores e tradutores são simplesmente descartados, ou substituídos por simulacros.

É uma pena, porque até em matérias legais — como a que hoje homenageia o Hermínio Bello de Carvalho, no Globo — encontramos a troca de PIÃO, o brinquedo, por PEÃO, que pode ser boiadeiro e muito mais.

A assídua colaboradora, o atento amigo, eu e todos que amamos nossa língua, jornalistas ou não, ficamos tristes com esse desprezo pela qualidade do Português praticado na imprensa.

PS: falei no atento amigo e me lembrei que deixei passar uma bonitinha que ele mandou outro dia, de um release da Fundação Mata Atlântica. Falava da "capital carioca", em vez de "capital fluminense". Talvez os colegas devessem começar a trocar os textos, pra um corrigir o do outro, como se fazia na escola.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Tradutor eletrônico no Globo

O título já é um "primor":

"Ex-namorada e atual pulam em rio para ver quem homem salva". (clique pra ler)

Lá dentro, a coisa fica ainda pior.

Tem um cara "IMPORTUNADO DE ambos os lados", que acabou "FICANDO LOTADO de informação", e até uma "NAMORADA DE LONGA DURAÇÃO".

Será que ela usa pilhas Duracell?

terça-feira, 17 de março de 2015

Cadê o ensino fundamental?


Gente Boba volta a atacar.

A assídua colaboradora encontrou a seguinte pérola em nota da coluna, hoje, a respeito de Zeca Pagodinho:

"A gravação de seu novo CD (...) TEM O AJUDADO a superar".

"Tem o ajudado"?!?

Quem perpetrou um trem desses teve aula de Português na escola?

segunda-feira, 16 de março de 2015

Se a propaganda é assim...

O atento amigo leu ontem, no Globo, "o anúncio cavalar" da novela "Babilônia". Diz o texto:

"A ambição nasce do coração.
E pode ser voraz. Obcecada.
Que ninguém pode parar."

Com toda razão, o amigo quer saber:

"O que é esse 'QUE' da última frase? A que ele se refere, já que é nitidamente um pronome relativo? Ambição? Coração?"

Uma boa sugestão dele pra fechar a frase é:

"TÃO FORTE QUE ninguém pode parar." Faz sentido.

Essa nova língua é um espanto


O Inglês e o "marketinguês" (ou "corporativês") invadiram nossa língua e o resultado foi (e continua sendo) desastroso.

Vejam a pérola que o atento amigo pescou no Correio Sul-Goiano, em notícia de acidente com dois sobreviventes:

"Os dois foram encontrados conscientes e VERBALIZANDO, sem suspeita de fraturas ou traumas graves."

Preciso "verbalizar" mais?

domingo, 15 de março de 2015

DO PC e de outros males

Por que o "politicamente correto" sempre me lembra a emenda pior que o soneto?

A assídua colaboradora não se conforma com essa história de menores serem "apreendidos". Eu, idem. Acho que eles são automaticamente postos no mesmo nível de drogas, armas, mercadorias contrabandeadas etc.

Não sei de que cabeça brotou a infeliz ideia, mas é coisa mais ou menos recente.

Já o "COMEÇA NOVA REGRA" que a colaboradora achou, também em título, no Globo de hoje, no meu tempo por lá dava demissão.

Que tal "começa a valer", "a vigorar"...? 

Depois de uma novidade, vem outra

Por que essa necessidade atual de precisar o instante exato de um ferimento ou de uma morte?

Os colegas não se dão conta do ridículo da coisa?

Vejam só o que o atento amigo encontrou em manchete da CBN:

"Homem e criança se ferem APÓS ataque de cães no Rio".

Com razão, ele se irrita com essa papagaiada de gente se ferindo "APÓS" ataques, atropelamentos etc.

Eu fiquei imaginando: vai ver as duas pessoas correram tanto que, depois de alguns quilômetros, tomaram um baita tombo e se machucaram feio.

Escrevi "depois" e me lembrei que o amigo também não entende por que esta palavra está sumindo.

Provavelmente os editores acham "após" mais chique e querem enterrar o "depois" no mesmo cemitério onde jaz a "causa", soterrada pela "conta".

Ô trem, sô!

sábado, 14 de março de 2015

Como gostam de inventar moda!

Ah, os modismos e as invencionices...

Primeiro, criaram a "gourmetização" — que nada mais é do que fantasiar de metida a chique uma iguaria popular pra vendê-la a preços astronômicos.

Agora, vejo em Gente Boba que se "gourmetizam" pessoas também, como os passeadores de cachorros.

Se é pro profissional ficar mais "agradável ao paladar", quero o meu belo, simpático e talentoso como o John Barrowman aí da foto, OK?

'Foca' na 'encubada'! Depois, traduz

Fazia tempo que eu tinha deixado a foquinha em paz.

E não por não ter ganas de atirá-la nos colegas que parecem saber mais Inglês do que Português, mas por estar muito atarefada.

Como o invisível "Batata", do quadro "Jardim Urgente", detesto esse tal de "foca aqui", "foca acolá" — acho que o pessoal não entendeu a ironia do programa.

Hoje, o "troféu" vai para o "FOCA NA TV", como está num ridículo título do Segundo Caderno.

Falando no Segundão, o que vem a ser uma "FÃ ENCUBADA" que a assídua colaboradora encontrou na matéria de capa do dito cujo?!?

quinta-feira, 5 de março de 2015

Ou uma coisa ou outra

Mais uma da assídua colaboradora, que desconfia que o redator do Extra desconhece a palavra "simultâneo".

Está lá:

"Os clientes de uma casa de prostituição em Copacabana ficaram sem entender nada com o sumiço repentino e ao mesmo tempo de 18 moças que trabalhavam no local, na madrugada da última sexta-feira".

"Ficaram sem entender nada" já é feio de doer, mas "repentino e ao mesmo tempo" só não bate o "primor" que eu li na Revista de TV, em entrevista com a Viola Davis, de quem sou fã.

Segundo a repórter, "a atriz relutou e aceitou logo de cara" o papel numa série de TV. Tá difícil, viu?

Forças aliadas contra o 'lesa-língua'

A assídua colaboradora voltou das férias e já encontrou bobagem em subtítulo da página 25 do Globo:

"(...) o isolamento ALIADO COM um longo período (...)".

Não é de hoje que os colegas vêm tratando preposições como inimigas, em vez de aliadas.

E devem ter problemas sérios com dicionários, ou saberiam que uma coisa (ou pessoa) não se alia COM outra. Ou alguém já ouviu falar que o político Fulano é aliado COM o empreiteiro Beltrano?

Por favor, aliem-se ao Houaiss, ao Aurélio...

terça-feira, 3 de março de 2015

Corra que o legionário vem aí


O amigo achou esta no Globo online e mandou pra mim, informando que, lá dentro, ainda tem "previlégios".

Os "correlegionários" me fizeram pensar num bando de marmanjo da velha Legião Estrangeira fazendo exercícios aeróbicos.

Já os "pré-vilégios"... Aceito sugestões.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Bola fora

O atento amigo não aguenta mais as invencionices com as regências.

Os novidadeiros, como ele diz, ultimamente têm atacado no futebol:

"O Globo começou a mudar a regra dos resultados dos jogos de futebol na década de 1980", lembra ele. 'Empatou de 2 a 2' passou a 'empatou EM 2 a 2'. Pois, para minha surpresa, a Globonews adotou agora uma nova regência: 'empatou COM 2 a 2'. É muita falta de respeito com a língua."

Vamos simplificar?

Onde foi o jogo? EM Caixa Prego (fica na Bahia, tá, gente?).

Quem ganhou? O time x empatou COM o time y.

DE quanto foi o empate? DE 2 a 2.

Os colegas entenderam? Não inventa que dá zebra, OK?

domingo, 1 de março de 2015

Um 'chiquê' danado!

No jornalismo em que ninguém morre, "vai a óbito"; trens não param, "realizam paradas"; atos criminosos culminam em "evento morte"; e ninguém mais faz compras, transformadas em outra grande "realização" da humanidade, também não se "tem" nada.

Pois é, as pessoas "possuem", inclusive dívidas, como está no Ancelmo de hoje.

Os colegas devem achar mais chique, sei lá. Ou será que o verbo POSSUIR "sensualiza" a frase, como também inventaram de dizer agora?

Flora e fauna preservadas

Não custa lembrar: os pais do (des)acordo ortográfico não ousaram se meter com o pessoal das Ciências.

Assim, a fauna e a flora foram protegidas e, nelas, nenhum hífen corre risco (imediato) de extinção.

Os colegas podem continuar escrevendo abricó-de-macaco, papagaio-de-coleira e outros bichos (e plantas) com "tracinho", sem susto.

PS: o abricó em questão (foto) estava ontem, sem hífen, no Ancelmo.

Uma língua de dar nó

Ontem, no Globo, também tinha um horroroso "a prometeu um trabalho", o velho pleonasmo "planos para o futuro" e outras bobagens.

Mas nem só do jornal carioca vive este blog.

O atento amigo, hoje cedo, ouviu na CBN um rapaz informar que "os trens não realizaram paradas nas estações (tais)",

E é nessa onda do "falar bonito", ensinada, especialmente, pelos colegas do rádio e da TV, que a mulher dele também descobriu uma novidade na praça: quando têm passageiros, os taxistas informam que estão "tripulados" (?!).

Pra que dar nó na língua e inventar idiotice? O pobre Português não merece essa morte lenta e torturante que os profissionais do idioma vêm promovendo, um pouquinho a cada dia.

Desfile de absurdos

Eu passei batido por essa, no Globo de ontem, mas o atento amigo leu.

Está na página 16, sem aspas, ou seja, no texto do repórter mesmo:

"(Fulana) foi indiciada por abandono de incapaz com evento morte. Segundo o delegado (...)".

COM EVENTO MORTE?!? O cara copiou os autos, pergunta meu amigo?

Pois é. Se não foi preguiça, transformaram o horror em mais um desfile de moda — ou qualquer coisa que os colegas hoje consideram "eventos".