domingo, 30 de setembro de 2018

Só pode ser de veículos, moçada!

Quando eu penso que vou deixar o blog de lado um tempinho, a assídua colaboradora manda mais essa, com o comentário irônico:

"Pensei que carreata fosse desfile de cangurus..."

Agradeço à amiga pela sonora gargalhada.

Vizinhança, me desculpe, mas não deu pra segurar.

Não se faz referência assim

Voltemos ao Globo de ontem, em que uma querida amiga encontrou "referenciar" no lugar de "referir" — vale frisar que copiei o trecho da matéria agorinha online, ou seja, não consertaram nada!

Linhas acima, já tem umas "viagens que atravessam camisas" — colegas, COM A VENDA das camisas, pagaram as passagens, não é?

"A cliente" também NÃO É "o termo" — mais atenção à ordem das palavras, por favor.

"Ursal" é O TERMO "a que ela SE REFERIA", OK?

O verbo "referenciar", que tem sentido bem diferente, já era considerado OBSOLETO na edição de estreia do Houaiss eletrônico, lançada no primeiro ano do século XXI.

De onde as crianças desenterraram isso?!?

A 'poesia' estropiada

Ontem, baixou o Castro Alves na editoria País (ou foi a língua do pê?).

Uma brisa balançou e beijou o Brasil e, na aliteração do Globo, só dava palavra pesada, preposição, pronome e pontuação não pertinente...

Mas digressiono.

Os erros não estavam no título "poético" (vide imagem), igualmente enviado pela assídua colaboradora.

Concentravam-se, especialmente, em matéria política, com construções verbais estranhíssimas, tais como:

"Acho improvável que o Brasil caminhará para (...)"; "(...) também negou que faria (...)"; "Caso vencesse (..)" etc. etc.

Ou com a nova moda (que um amigo apontou dia desses) de repetir o sujeito da frase, supostamente para reforçar o discurso. Exemplos:

"Golpe, eu não acredito nisso (...)"; "O que eu vejo das instituições militares eles não tomariam iniciativa" (?!).

Hoje, o obituário da Angela Maria tem — em subtítulo! E no impresso! — aquela coisa ridícula: "Gravou mais de 114 discos".

Significa o quê? Que a cantora gravou 115? Ou foram 116?

Põe lá a informação correta, bolas. Ou diz "mais de cem" e estamos conversados.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Porque precisamos rir um pouco

"No momento em que os EUA estão finalmente encarando de frente a realidade de uma cultura de abuso sexual (...)".

Sim, o pleonasmo voltou ao Globo, na matéria da prisão de Bill Cosby.

A assídua colaboradora encontrou a "gracinha" e, ironicamente, lembrou que a menina do "Exorcista" podia "encarar de costas" na cena que todos conhecem.

Ri com ela mais cedo e, agorinha, ri com outro amigo, que pescou lindas pérolas na Folha online (só mesmo assim pra gargalhar de coisas — e pessoas — de arrepiar).

Pra começar (vide imagem), o debate é "DE" Folha etc. Como espaço não falta, por que não é DA Folha, DO UOL e DO SBT?

A brincadeira flamenguista ("segue o líder") foi parar numa chamada pra lá de mal escrita, que só perde pra da candidata que chegou e não quis falar "com" a "Velha Polarização", pobre senhora.

Custa dar uma lida antes de soltar bobagem na internet?

Pior é ver que, muitas vezes, a besteira vai pro impresso sem tirar nem pôr.

domingo, 23 de setembro de 2018

A destruição começa na língua

O festival de besteira que assola O Globo é assustador e muito preocupante — se jornalistas não têm um mínimo conhecimento da língua, quem há de?

De ontem pra hoje, a assídua colaboradora me enviou tanto erro de concordância, tanto erro de pontuação e acentuação, tanta regência estropiada, que eu não conseguiria pôr tudo em uma nota ou uma imagem.

Selecionei uma amostra — e até ofereço meus serviços ao jornal em que trabalhei muitos e muitos anos, porque dá uma tristeza danada vê-lo tão largado às traças.

Leiam a frase "aqueles agentes que estão flagrantemente com práticas que (...)" e pensem na questão: que Português é esse?

Vejam a outra, em que a vírgula separa o sujeito ("esse formato") do verbo ("flerta"), e me digam: se o país está fragmentado, precisa piorar a situação destruindo o idioma pátrio?

Carros que não pegam no tranco


Apesar da enorme preguiça pré-dominical (PPD), não posso deixar de comentar a chamada do Estadão, que me deixou indignada.

Afinal, com tanta gente precisando de emprego, como é que esses carros não trabalham, não se esforçam e passam um mês inteiro sem vender nada?

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Desorientação completa no 'Globo'


Hoje, a assídua colaboradora encontrou tanta bobagem no Globo que me desorientou.

Tem título em que um candidato "defende superpoderes A partidos".

"Defender alguma coisa A algum trem", pessoas?!?

DEFENDO O direito de alguém desconhecer regências, como tudo mais, mas DEFENDO, também, O Português — e acho que é obrigação dos editores conhecê-lo bem.

Passando a coisa mais divertida, temos série protagonizada por uma "MEIA elfa" no Segundo Caderno, que tal?

Eu conheço MEIA curta, MEIA de náilon etc. etc. Por favor, me deem uma MEIA hora para eu pesquisar a "nova marca". Como disse lá no início, estou MEIO DESORIENTADA (perceberam que não há feminino aí? Que não se trata de um ajetivo?).

E já que o assunto agora é série, o que vocês me dizem do "CSI" que baixou em outra editoria do jornal? A amiga e eu destacamos um pedacinho, mas a matéria inteira é um espanto.

Não dava pra evitar o tratamento íntimo ("'A' Fulana", como assim?!?) e "traduzir" o depoimento do perito, tirando a comicidade da tragédia? Não dava pra escrever algo simples, como:

"O laudo confirma que Fulana de Tal foi morta por estrangulamento e seu corpo foi atirado da sacada".

O leitor e a família da vítima merecem essa consideração. Deixem de preguiça, colegas.

Iminência de analfabetismo

Não basta incentivar a regência errada do verbo alertar: tem que meter Vossa Eminência no meio.

Vejam o que o atento amigo encontrou na Folha:

"(...) alertando SOBRE os riscos EMINENTES (;...)".

Já achei estranho o que vem antes: esse "pega melhor" não pegou nada bem.

Mas não saber que se ALERTA alguém DE alguma coisa e que riscos não são ilustres, podem ser "apenas" IMINENTES, próximos, imediatos, é muito pior.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Um após depois do outro


Será contaminação o fato de gente que sabia escrever começar a cometer erros no Globo ou é falta de revisão mesmo?

Numa coluna, a assídua colaboradora encontrou a frase sem concordância:

"Publica-se informações falsas (...)".

PUBLICAM-SE informações e tolices, concordam, colegas?

Num artigo, há "imóveis frequentemente legalmente enrolados".

Ficou enrolado mesmo.

Que tal "com frequência legalmente", ou até "frequentemente enrolados legalmente"?

Mais fácil de entender, não é?

O que não dá pra entender de jeito algum é a insistência no "APÓS".

Ela achou o título "Idoso morre APÓS ser baleado" e o atento amigo viu a apresentadora de um telejornal da Band apontar a imagem de um carro tombado e frisar que aquilo era o veículo APÓS o acidente.

Continuamos esperando imagens de carros incólumes, ANTES de capotagens etc., e notícias de pessoas que morrem ANTES de levar tiros, ou sofrer infartos, ou... Perceberam que isso NÃO É informação?

Vejam na foto a evolução humana, um homem DEPOIS do outro, mais outro ANTES dele.... Tudo na vida é assim, uma sucessão de coisas. Infelizmente, há involução também nesse processo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Situação abracadabrante

Não demorou muito para eu receber outras "maravilhas", encontradas no Globo pela assídua colaboradora.

Está no online, mas eu não duvido que o texto continue horrível amanhã, na versão em papel.

A necessidade inexplicável dos editores de "temporizar" os fatos dá em coisas as mais ridículas, como a moça morrer "após" no título e "durante" na matéria.

Os que se foram "antes" da tragédia, tadinhos, caíram no esquecimento.

E ela, somente ela, é sujeito separado de seu verbo por uma vírgula.

Os outros apenas ganharam pontuação truncada e um acento idem.

Antes de publicar, pontue


Vejam só o que o desleixo faz: a pessoa está morta há um mês, mas visita a mãe, que não via há quatro anos.

Não era isso? Então por que a frase estropiada e mal pontuada, que uma amiga mandou pra mim?

Queriam dizer que o rapaz (que foi morto por um tubarão) tinha visitado a mãe um mês atrás? Então, por que não escreveram isso?

Leiam os textos e títulos antes de publicar, colegas.

Escolham melhor as palavras antes de dizer na TV (Band News) que "PARTE das vítimas caiu no lado interno do prédio" — o atento amigo ouviu isso ontem e achou o uso de "parte" ("qual delas?"), num caso desses, "de uma impropriedade hilariante".

A assídua colaboradora também não aguenta mais ler um monte de títulos esdrúxulos no Globo, quase todos nascidos da nova mania de escrever na ordem inversa.

Sem contar a modinha do "sob risco", que foi "promovida" à primeira página.

Amores meus, a Leopoldina está EM RISCO, o prédio está EM RISCO.

Sob riscos podem estar as paredes da velha estação, devido a pichações.

domingo, 16 de setembro de 2018

Que 'languidez' é essa?

Uma querida amiga encontrou na página 40 do Globo o "texto poético":

"(...) assim forma-se um bosque no lugar das construções lânguidas dos cemitérios". (sic. Copiei do online)

Ela pergunta:

"Mudou a languidez ou mudei eu?"

Informo aos repórteres e editores que LÂNGUIDO continua tendo os mesmos significados:
1 que se encontra em estado de abatimento, de grande fraqueza física e psicológica; sem forças, sem energia
Ex.: <recordo-o lânguido e prostrado em seu leito de hospital>
2 característico do que é doente; mórbido, doentio
Ex.: lânguidas imagens povoavam-lhe o cérebro febril
3 que evoca ou engendra ternura, doçura, suavidade
Ex.: uma lânguida brisa a soprar-lhe no rosto
4 voluptuoso, sensual
Ex.: seu corpo tinha, para andar, uma cadência lânguida.

Muito estranhas essas "construções globais"...

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Processo DE aprendizagem



Por que O Globo tem inventado tantas regências verbais e nominais? E por que seus editores se sentem seguros o suficiente para exibi-las em letras garrafais, na primeira página?

"O STF vai decidir sobre" já é feio pra burro, ainda que aceitável.

Agora, dizer que alguém "passa de testemunha a autor em processo sobre atropelamento" é muita forçação, não é, galera?

Aprenda a usar a preposição favorita do jornal em uma lição: o processo DE atropelamento está SOBRE a mesa do juiz. "The book is ON the table", sacou? 

Não fui a Niterói e voltei

Devido a celebrações em família e renovação de equipamentos da Net no meu prédio, passei uns dias "fora do ar".

Nesse ínterim, a assídua colaboradora encontrava coisas sensacionais no Globo, que já convida o assinante a participar de pesquisa com erro de regência e texto ruim.

Pessoal do marketing, é RESPONDER A PERGUNTAS, tá?

Se até o Elio Gaspari deixou passar um "a cerca de" com crase (ui!), imaginem o que ela achou no Ancelmo, figurinha fácil por aqui.

Tem "de Angra à Niterói" (cidade mulher, como ironiza a amiga) e "uma coisa colocada" em nota muito, mas muito mal escrita, cheia de repetições e ausência quase absoluta de pontuação decente.

Vamos a Niterói de carro, de barca, pela Baía, pela ponte... Mas SEMPRE SEM CRASE, OK, criançada? Não nos referimos à cidade como "a Niterói". Então...

sábado, 8 de setembro de 2018

E no cardápio do restaurante...

Mais uma encontrada pela assídua colaboradora.

O que faz essa vírgula aí, separando o verbo "LEVAR" do seu complemento: "O MELHOR DO SABOR"?

Ou não é o melhor sabor que se quer levar aos clientes do restaurante?

Nem a música erudita escapa

Você acredita que quem escreve sobre música erudita é cuidadoso com o texto?

Pois veja o que a assídua colaboradora achou na revista Concerto:

"(...) mas as tocar (...) finalmente convenceu a começar (...)".

Depois do ridículo "as tocar", cadê o sujeito?

Que tal um bom CONSERTO, com "S"? Vou até deixar um tiquinho do rococó:

"(...) mas tocá-las finalmente O convenceu a (etc. etc.)". Melhorou ou não?

O país em que se escreve mal

Nosso idioma precisa de tratamento intensivo urgente.

Porém, uma querida amiga e eu não recomendamos terapia naquele hospital chiquérrimo e estrelado do Rio, onde ela registrou a placa reproduzida na imagem.

Segundo a amiga, a exclamação combina bem com a ausência de uma preposição "EM" no lugar EM QUE ela é indispensável.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Só o idioma me interessa

O atento amigo ouviu no RJ-TV que "os candidatos suspenderam suas 'agendas' (ninguém mais tem "PROGRAMAÇÃO", que coisa!) em solidariedade ao atentado".

Sim, os colegas escreveram e leram no ar essa bobagem — estão todos "solidários AO atentado" — sem pensar, um segundo sequer, que isso significa que todos são cúmplices do ato.

Moral da história: ninguém dá uma revisada no texto.

A assídua colaboradora acha que os colegas não apenas se recusam a ler as próprias matérias: eles não leem nada mesmo.

Basta ver o que ela encontrou no jornal, a respeito do mesmo tema:

"(...) APÓS transferência, (...) recebeu os primeiros socorros APÓS ter levado uma facada DURANTE evento (...)".

Aproveitando o nível infantil, me ocorreu lembrar, DURANTE a escrita e APÓS ver um monte de descalabro na internet: NÃO USEM este espaço para comentários políticos. Aqui se discute Português, antes, durante e depois.

PS: bem mais cedo, li a besteira-mor do Globo, "informando" que a PF vai apurar o que "OUVE" (!!!). Apurem os ouvidos, crianças, porque o "H" do verbo "HAVER" é mudo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Deixe a muleta na porta do jornal

É uma vergonha abrir O Globo e ver a quantidade de gente que morre APÓS intoxicação, APÓS acidente e, em especial, APÓS levar tiros.

Hoje, segundo o atento amigo, está um festival.

Nós ficamos indignados. E as muitas pessoas que morrem ANTES de levar tiros devem ficar injuriadas, não é mesmo?

Outra mania indesculpável do jornal é o tal do "estava NO INTERIOR do edifício (ou da sala)", como pulula nas páginas desde o triste incêndio no Museu Nacional.

O amigo não aguenta mais ler que "os móveis estavam no interior do prédio" etc. etc.

Os colegas acham que havia móveis NO EXTERIOR da Quinta? Ou múmias NO EXTERIOR dos sarcófagos? Que coisa!

Por que insistem nas abobrinhas despropositadas e infantiloides?

Queremos ler texto de gente grande, pessoal.

PS: acabei de saber por um amigo que, ontem, o jornal "informou" que a Beatriz Segall morreu "após pneumonia". A atriz não merecia uma coisa dessas. Queridos editores, era o caso, então, de acrescentar que ela morreu após envelhecer, não é, não? Eu, hein?!

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Tá difícil de engolir

Não basta aturar a indigência governamental, tem que ler jornal.

Tem que ler — mas não engolir — as infantilidades perpetradas pelos colegas, como essas aí, enviadas pela assídua colaboradora e pelo colaborador eventual.

Se alguém sobrevive, só pode ser A ALGUMA COISA braba, não é?

Então, pra que o penduricalho? Tá na cara que é "após"!

E o meteorito, caros infantes, é como a nave do Super-Homem: atinge temperaturas muito mais elevadas que a do incêndio no Museu Histórico, até chegar ao nosso solo. 

É como se ele fosse de Krypton, entenderam?

Se ainda tiverem alguma dúvida, perguntem ao Museu do Louvre.

Entre um lamento e outro, ele certamente poderá esclarecer tudo pra vocês.

Atores, tem novidade na praça

Recebi cedo o e-mail do atento amigo, com o "textículo" da foto.

Ainda em estado de choque, busco na memória os métodos de interpretação que conheço, como o do Brecht e o do Stanislavski.

Pois agora temos outro, o Método do Ancelmo, em que os atores "contracenam DIRETAMENTE um com o outro" (!?).

Há um jeito de contracenar INDIRETAMENTE?

Gostaria muito que os amigos ligados às artes cênicas me ajudassem a entender como isso funciona.

domingo, 2 de setembro de 2018

De colapso em colapso, a morte

Tristíssima com o destino do Museu Nacional, fico ainda mais amuada ao saber que quem lê ou ouve a notícia é bombardeado com o besteirol que assola a minha profissão.

Na internet, o incêndio apenas "atinge" o edifício — que é lambido pelas chamas nos vídeos.

Na TV, como me contaram, as paredes "colapsam" aqui, nosso patrimônio "colapsa" ali...

E eu vou ter um colapso se alguém não contar pros locutores (e editores) que prédios CAEM, paredes DESABAM e há um monte de verbos que podem ser usados numa tragédia assim.

Esqueçam o "collapsed", que veio de NY com o "nine eleven", "please"!

Só mesmo o atento amigo pra me fazer sorrir um pouquinho, com essa pérola pescada no Jardim de Infância Globo Online:

"'Orgulho': Camilo SE PASSA DE padre para a confissão de Julieta". (sic, com destaque meu.)

Acho que tem gente se passando POR jornalista sem ter estudado Português.

Clara agradece. Nós, também

Nas novas colaborações da assídua colaboradora, constatamos duas tristes tendências dos profissionais das Letras:

1) traduzir mal o Inglês e, com isso, inventar palavras para as quais já temos ótimos correspondentes em Português;

2) não se preocupar em pesquisar sequer a grafia de nomes de gente famosa.

Em relação ao primeiro caso de desleixo absoluto, que tal esquecer "the application" e usar a boa e velha "INSCRIÇÃO"?

Ou ainda não é possível SE INSCREVER na SP-Arte?

Em relação ao segundo, a grande compositora e pianista Clara Schumann, cujo bicentenário será celebrado no ano que vem, agradece se consertarem seu sobrenome no Globo online. No impresso, já era.

Teve um arrebatamento e...

Caros amigos, não caiam na esparrela do Globo, ou de uns e outros que usam a bobagem na internet — vi um artigo inteiro com a grafia errada repetida à exaustão e a assídua colaboradora encontrou a bendita "arrouba" (ui!) várias vezes em uma série de matérias sobre o Vale do Café.

ARROBA — seja como medida de peso, seja como sinal tipográfico usado em e-mails — NÃO TEM a letra "U".

Se algum colega teve um "arroubo" — ou um "arroubamento" — e pirou durante o êxtase, o problema é dele, não do leitor, que não merece aprender besteira em sua leitura dominical, acreditando que o jornal é obra de gente letrada.

Sim, o verbo "arroubar" existe e significa "assombrar-se", "extasiar-se", OK?

PS: a pedra de uma arroba, vista aí na imagem, hoje é peça de museu e está no Mosteiro de Santa Clara-a-nova, em Portugal.

sábado, 1 de setembro de 2018

Ele é 'o cara'! Pobrezinho


O desaparecimento do webdesigner que "possui um enteado" (sic), continua rendendo atrocidades no Globo.

A assídua colaboradora descobriu que ele tinha o hábito de "pisar nas amigas". Pois é.

Leiam a frase e vejam se não é isso que diz o jornal:

"(...) foi visto caminhando por uma amiga (...)".

Se usassem a ordem direta, não provocariam confusão.

Que tal "foi visto por uma amiga na pista etc. etc.", às tantas horas?

Faz falta uma preposição antes do horário, assim como na frase "o último dia que foi à academia" ("EM QUE foi", por favor).

Pra fechar: chamar o desaparecido de "O homem" é muito, muito estranho; "cumprimentar", aí, é transitivo direto ("cumprimentava todos"); e dizer que ele "realizou uma cirurgia" pode levar o leitor a achar que o designer também é médico.

Pensando bem, vai ver é por isso que ele merece o epíteto: "O homem".