O amigo e colega me enviou o flagrante e eu aproveito para pedir a todos um reforço nos cuidados com a saúde e com o Português.
Afinal, o vírus já está pegando até helicóptero.
Mais atenção, gente.
Um pouco das besteiras lidas e ouvidas aqui e acolá.
E um pouco das coisas boas também, que ninguém é de ferro.
(infelizmente, estas estão cada vez mais raras...)
Afinal, o vírus já está pegando até helicóptero.
Mais atenção, gente.
O que são "mais de 243", colegas do Globo? Foram 244 ou 2,5 milhões? Vale tudo aí no meio e além.
Façam aproximação com números redondinhos, usem a lógica e o bom senso — sabemos que andam em falta no mercado, mas se esforcem.
O amigo também está embatucado com "a bala alojada entre os tijolos da residência", ui!
Ele imaginou logo uma pilha de tijolos no quintal da casa.
Eu nem sei o que pensar. Hoje estou meio borocoxô.
Entre uma hora e outra, o locutor perguntava:
"Você sabia?"
Seguiam-se informações como:
"... que uma formiga pode carregar até cem vezes o seu peso?"
Pois bem, lá vai:
Você sabia da existência de um Estado Carioca? Foi criado pelo Departamento de Trânsito do Rio (Detran RJ) em 2021 etc. etc.
Vejam esse troço horrível que a assídua colaboradora achou na Falha.
Você SENTE FALTA DE LER um texto decente?
DO QUE o paulistano sente falta na pandemia?
Quais são os atrativos paulistanos DE QUE as pessoas MAIS SENTEM FALTA?
Eu SINTO FALTA DA MINHA FAMÍLIA paulista e carioca e DOS jornalistas que gostavam de literatura, consultavam dicionários e tratavam a língua com mais carinho.
E você? SENTE FALTA DE QUÊ?
"Decretaram o fim da regência."
Gente, não acertam uma?
Achei até uma musiquinha legal, de uma banda de Juiz de Fora que eu não conhecia, que pode ensinar alguma coisa aos colegas. (clique para ouvir)
Porém, a assessoria da Fundação deixa a desejar.
"Duas milhões", pessoal? Jura?
Também dá pra melhorar o texto, pra não ficar repetindo "sair sairão", "vacina vacinação"...
Experimentem "os caminhões começarão a ser LIBERADOS", "a primeira APLICAÇÃO da vacina" etc. Não faltam opções.
Com razão, ela acha que transformaram o ótimo entrevistador da TV americana em contorcionista.
Leiam e vejam se estamos exagerando — uso "nós" porque concordo com ela.
A gracinha foi enviada pela assídua colaboradora.
Ela se espantou com o inexplicável "por pressuposto". Eu caí na gargalhada.
De onde veio?
Do Ancelmo Sempre Ele Gois, "por supuesto".
Estamos virando uma nação de analfabetos trilíngues."ação mira sobre a (...)"
Caramba, quando não tem "após" ou "por conta" é "sobre"?!
"Mirar EM CIMA da fraude" deve ser alguma coisa como esse nonsense que eu montei na ilustração. No mínimo.
Também não entendi a história, mas estou em estado de choque, porque recebi hoje IPTU, conta de luz absurda e plano de saúde com aumento estratosférico.
O calor do Rio também embota os neurônios.
Alguém pode nos explicar essa miscelânea de preposição e conjunção?
Um usa, outro cria "e" "com"...?!?
Evidentemente, não passa pela cabeça dos jovens colegas que a colisão É o acidente. Caso contrário, onde eles enfiariam o "após"? (sugestões para a redação do jornal.)
Temos "pessoas filmaram" — "imagine gaivotas e merluzas filmando", comentou uma amiga.
Pois é. Somos do tempo em que notícia não era um cão morder alguém, mas o homem morder o cachorro.
Há as absurdas "vítimas fatais" — ou seja, mesmo feridas, elas saíram matando. Ou ninguém aprendeu que FATAL é o que mata, como um veneno, um tiro, uma ditadura, ou um genocida?
E tem mais, muito mais... O "contato às famílias" (Santa Regência, Batman!), o "resgate que resgata" como o coqueiro que dá coco...
Se forem ler tudo, tenham um lenço à mão: o conjunto da obra é de chorar.
O atento amigo pescou duas pérolas ontem.
PARA ONDE vai esse avião?
Seja PARA ONDE for, leva com ele a regência estropiada no Globo.
No mesmo jornal, o anúncio de página inteira da Petrobras abre uma lista com o bendito "preço caro", que inexiste — o preço é alto ou baixo, a gasolina pode ser cara ou barata.
Meu querido amigo desconfia que o infante redator da Propeg saiu do Jardim Pequeno Jornalista e fez estágio na coluna do Ancelmo.
Vejam o que eu recebi ontem do colega da área de Turismo.
Nem sublinhei um trecho ou outro, porque ia ficar um rabisco só.
Alguém me explica essa história doida?
A mulher, o homem, o ciclista, o bêbado e o marido dela parece filme do Peter Greenaway.
E ainda tem o João, que não foi identificado. É isso?
Fui consultar a internet e achei mais do mesmo na imprensa.
Pois é. A garotada alfabetizada (?) em Inglês não PROCURA SE INFORMAR e não BUSCA FONTES confiáveis antes de sair por aí estropiando as regências e o idioma pátrio.
Com dúvida na hora de usar os verbos BUSCAR e PROCURAR?
Lembre-se do forrozeiro Genival Lacerda, que morreu esta semana.
Ele adorava fazer letras de duplo sentido, mas sabia BUSCAR AS coisas sem botar preposição errada no meio.
PS: o que são "sobreviventes em queda"?!?
As autoridades estão "negociando SOBRE a vacina"?
Não correm o risco de QUEBRAR OS FRASCOS?
Ou eu estou delirando e essa regência existe?
É repetitiva de doer.
Não basta a "jovem jovem" duas vezes no subtítulo, tem um cara suspeitíssimo que "foi ex-namorado".
Ou o rapaz FOI NAMORADO, ou o EX-NAMORADO É procurado. Concordam?
Ancelmo Sempre Ele Gois faz sua primeira aparição em pérola encontrada pelo atento amigo:
"São nos seus perfis que a atriz discute", colega?
Então, peço ajuda para entender o que vem a ser essa manchete do Globo online, achada por uma amiga e colega jornalista.
A Fiocruz fará o quê? Não pescamos o sentido.
Ah, sim, os colegas continuam insistindo no "após". Afinal, só entramos em 2021 após 2020, que começou após 2019, que veio após 2018...