domingo, 28 de junho de 2015

HBO Brasil, conserta isso!

Querida HBO Brasil,

adoro Game of Thrones, True Dectetive, Penny Dreadful etc.

A nova Ballers não me atrai, mas é impossível ignorar as chamadas, em que sempre leio:

"Lendas não SE RETIRAM, se reinventam".

Acho que vocês queriam dizer "não SE APOSENTAM", né?

Comparem com o original.

Não enrola que piora

Achei que estava morta e enterrada a horrorosa moda de jornalista querer encerrar "bonito" as falas dos entrevistados.

Santa ingenuidade, Batman!

Decidi ler a matéria com o Wagner Moura, na (cada vez pior) Revista da TV, e o repórter não deixa o ator "dizer" nada!

Ele "aposta", "revela", "compara" (quando não há nada sendo comparado na frase), "recorda-se", "acredita", "analisa" e outros verbos descabidos.

"Dizer" que é bom...

PS: no mesmo suplemento (página Seriais), informam que "Hannibal" é "inspirada no longa 'O silêncio dos inocentes'". Se lessem os créditos (ou pesquisassem), saberiam que a série se baseia no livro "Dragão vermelho", que também já rendeu dois filmes.

sábado, 27 de junho de 2015

Só pra conferir


Já que falei em dicionário, aproveito pra perguntar: por que Gente Boba usa "(...) chega de amar AO próximo, ame O atual"?

Por que a preposição no primeiro caso?

Ela não é usada apenas quando o verbo AMAR significa TER ADORAÇÃO POR, como em "amar a deus sobre todas as coisas"?

Ou meus Aurélio, Houaiss etc. (e até o Francisco Fernandes, dedicado a "Verbos e Regimes") estão errados?

Dicionário não é enfeite, tá?


Não tive paciência pra ler a matéria principal do Ela, mas a assídua colaboradora teve.

Pois vejam só o que ela achou:

"Pessoas PÃES-DURAS"!!!

Valei-me, santo Houaiss!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Péssima indicação

O atento amigo me mandou mensagem e foto diretamente de Brasília.

A pérola foi encontrada "no Pão de Açúcar do lago Norte, onde a regência foi abolida".

Alô, franceses que agora controlam a rede: usamos "EM QUE", ou "NO QUAL" você será atendido, d'accord?

PS: para o inglês "display", temos mostrador, paineltela e muito mais.

Definição é outra coisa

Há semanas não lia Gente Boba.

Hoje, encontrei lá, em "A inimiga nº 1 das cantadas":

"O que DEFINE uma cantada saudável DE um assédio moral é o consentimento" (sic, com destaque meu).

"DEFINIR uma coisa de outra"?!?

Acho que queriam dizer "DIFERENCIAR", "DISTINGUIR" etc. etc.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Empréstimo do outro mundo

Zeca Neves era queridíssimo e fazia coisas incríveis, mas acho que ressuscitar não estava entre elas.

Já o Ancelmo acredita que sim.

Vejam na imagem o que a assídua colaboradora encontrou na coluna.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Que resgate é esse?!?

Mais cedo, algumas notas abaixo, trocando ideias com um amigo a respeito da praga do "após", foi aventada até a hipótese de os chefes exigirem essa informação dos novos jornalistas.

Pois o "bicho" atinge veteranos também.

Hoje, outro amigo ouviu o Boris Casoy dizer na Band que "12 pessoas ficaram feridas depois de serem resgatadas dos escombros"

Com toda razão, ele quer saber: "Os socorristas machucaram todas elas?"

terça-feira, 23 de junho de 2015

Intervenção já!


Também no Segundo Caderno de ontem o atento amigo encontrou bobagem.

Estava no obituário do piloto e escritor James Salter — e eram muitas, mas ele só destacou a última frase:

"O escritor se recuperava de uma intervenção cirúrgica de rotina".

Pergunta pertinente do amigo:

"Quer dizer, o cara fazia cirurgia todo dia. Era rotineira a 'intervenção' dele. Que coisa!"

Vai ver era como plástica na vida de algumas pessoas...

Escrevendo aos solavancos


O atento amigo ficou exaurido ao ler esse tantão de vírgula (desnecessária) na capa do Globo de ontem:

"Desfalcado de Neymar, suspenso, e sem empolgar, o Brasil derrotou a Venezuela, por 2 a 1, ontem, em Santiago, e se classificou para (...)".

Parece que o redator estava com soluço e foi escrevendo no ritmo dos espasmos.

domingo, 21 de junho de 2015

Ladeira abaixo


Abri o computador e encontrei duas pérolas, enviadas pela assídua colaboradora.

Naquela revistinha dominical do Globo, tem, com destaque no subtítulo e matéria inteira dedicada a ele, um tal de "suvaco".

Só que nós só conhecemos o SOVACO — e eu prefiro chamar o meu de axila.

Na Revista da TV, a coisa é mais complicada.

A entrevista com a atriz Elizabeth Hurley termina com uma declaração dela, de que visitou o Brasil e adorou nosso "estado de vida".

"Estado" de vida?!?

A amiga ficou imaginando o que pode ter se perdido na tradução: "way of life", "lifestyle", "state of mind"?

Se foi "status", informo que o do idioma vai mal, muito mal.

sábado, 20 de junho de 2015

Alerte corretamente

Falando "nisso" (enganos e O Globo de ontem), alerto os colegas DOS perigos de insistir na regência errada (um deles é o de deixar claro que faltaram às aulas de Português).

Em subtítulo de matéria de página inteira, na editoria "genérica" Sociedade, lá estava, de novo:

"Francisco alerta contra (...)".

Ninguém alerta "contra" coisa alguma, pessoal. E dicionário não morde, tá?

Antenas em movimento

O atento amigo estranhou uma "antena movida a óleo diesel", que encontrou ontem no Ancelmo.

Ainda que a palavra possa significar "acionada", ele entende que "movida" tem a ideia de movimento.

Além disso, acrescenta, a antena capta sinais:

"Que energia ela usa para fazer isso? Este engano também está se dando com outros aparelhos que não se movimentam, como um 'rádio movido a luz solar', sobre o qual li há poucos dias."

O amigo conclui a argumentação à la Galileu:

"Vale pela dúvida movida? Eppur si muove?"

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Destacar 'a' alguém?!

Quando mexem na estrutura do Facebook, a gente logo percebe, porque começa a travar tudo — e às vezes somem coisas que funcionavam bem.

Agora, recebi a notícia, mas não passei do primeiro parágrafo.

Ao ler "quais posts (...) terão mais DESTAQUE AO INTERNAUTA" (clique aqui para abrir), quem travou fui eu.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

À la Mendonça Falcão

Herói PRUSSIANO Herkus Monte


Ainda nem abri o jornal, mas já soube por uma querida amiga, durante delicioso almoço, que a Internacional do Globo hoje fala dos "PRUSSOS"!

Gente, baixou o Mendonça Falcão no jornal.

Depois dessa, minha amiga já teme encontrar nas páginas os "russianos", à moda do cartola, que criou os "belgicanos".

segunda-feira, 15 de junho de 2015

A imponência do besteirol

As colaborações não param por aí.

O atento amigo chegou de viagem, foi ler com atraso o caderno de turismo do Globo e, em matéria sobre Los Angeles, encontrou a seguinte descrição do Walt Disney Concert Hall:

"(...) por dentro do prédio, todo em madeira, é possível visitar os quatro andares e conhecer o oponente auditório (...)".

Auditório OPONENTE?!?

Será isso que comediantes de língua inglesa chamam de "tough crowd"?

Textinho maléfico



Gente, o que vem a ser esse festival de besteira que a assídua colaboradora encontrou no Globo?

"Disse que 'estariam' encantados" (?), "com seu 'bonito filho'" (!), "deu à luz 'ao'" (!)", obras benéficas"?!?

O Benedict Cumberbatch não merece.

domingo, 14 de junho de 2015

Jornalismo à moda CSI


Falando em coisas ridículas, essa moda de "jornalista legista", que precisa a hora da morte, dos ferimentos ou o que quer que seja em títulos e matérias, já encheu.

O titulaço aí da imagem, encontrado pela assídua colaboradora, é um "exemplo de superação": tem o maldito "APÓS" e um "DURANTE"!

Mas a manchete seria mais interessante se as pessoas tivessem sido feridas ANTES dos disparos, não?

Escolhas inexplicáveis


É o cúmulo da contradição.

A coluna do Ancelmo é incapaz de usar a velha e dicionarizada forma "PRA" e prefere a preposição completinha, que fica ridícula em coisas como:

"(Pagu) botou para quebrar".

Duas notas abaixo, porém, traz o espantoso título: "Que isso?"

"O QUE É ISSO?" pergunto eu!

terça-feira, 9 de junho de 2015

Qual é a música?

O que é isso que um amigo encontrou hoje no Globo?

De onde tiraram esses "títulos" (?!) que serão apresentados no espetáculo em homenagem aos 450 anos do Rio, no Municipal?

"(...) com as músicas 'Só vendo como é que dói', 'Trabalhar em Madureira', 'Viajar na Cantareira' e 'Morar em Niterói'." (clique aqui para ler)

É muita desinformação e muita preguiça, porque, com uma consulta ao Google, qualquer um fica sabendo que todos os VERSOS acima estão no "Mambo da Cantareira", de Gordurinha.

domingo, 7 de junho de 2015

Destino incerto, passado duvidoso

Foto de Guilherme Leporace
Como diria meu saudoso marido, "it's ugly the thing"!

Vejam mais um "primor" (Acusado de agredir três jovens já tem oito passagens) enviado pela assídua colaboradora, que pergunta:

"As passagens serão pra onde? Rio-São Paulo, talvez?"

Lá dentro, a coisa vai de "informação passada" a "agentes apuram que objeto foi usado (..). Na casa, peritos encontraram um saca-rolha sujo de sangue. Porém, amigos das vítimas disseram que (Fulano) usou um estilete para atacar as pessoas". (clique aqui para ler)

Não tem que ter ultrapassado pelo menos o ensino básico pra escrever em jornal? Por que os textos parecem de jardim da infância?!

E as besteiras proliferam

Veio em dose dupla o besteirol enviado hoje pela assídua colaboradora.

Na (cada vez mais minguada) Revista da TV, tem gente "seguindo" o que não deve — e em letras garrafais:

"A novela mostra um SEGUIMENTO da moda bem punk (...)" (sic, com destaque meu).

Na editoria Rio, temos a "preciosidade" mostrada aí na imagem (foto de Márcia Foletto), que a amiga pegou no online, mas também está no impresso.

Seria um caso de geração espontânea inédita em gatos, ilegais ou animais?

Consultem o verbete PROLIFERAR antes de escrever, por favor:
verbo intransitivo 1 ter filhos, gerar prole; reproduzir-se, prolificar
Ex.: <as gerações mais jovens proliferam menos> <os coelhos proliferam muito e rapidamente>
2 multiplicar-se rapidamente; propagar-se, espalhar-se
Ex.: <aqui os micróbios têm boas condições para proliferar>
3 Derivação: sentido figurado.
aumentar, crescer em número
Ex.: <atualmente proliferam os programadores> <nas cidades grandes proliferam as mazelas sociais>

sábado, 6 de junho de 2015

Como foi a viagem?


Antes de pôr O Globo de hoje no cestão de recicláveis, dou uma folheada e, num daqueles cadernos jabás (ou seriam cadernos-jabá, Evanildo?), leio o título:

"O retorno da maquiagem".

Caramba! Nem sabia que ela tinha ido a algum lugar.

Eu a encontrei dia desses na farmácia e a danada não me disse nada!

Bobagens a mil por hora

Colegas da Globo News, não ensinem coisa errada pros telespectadores, por favor.

Primeiro começaram a dizer que "o preço está caro".

Só que preço pode ser alto, pode ser baixo... — e o que sai caro ou barato é o produto.

Agora, o atento amigo começou a ouvir equívoco semelhante com uma tal de "velocidade rápida".

Ai, ai, ai, ai.

Sejam rápidos na correção da besteira, porque a velocidade não sai correndo, mas as bobagens que vocês falam no ar se espalham com uma rapidez impressionante.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Ressinto uma perda (na língua)

Estranha regência arrumaram pro verbo "ressentir" na crítica do filme "Mais um ano", de Mike Leigh (Rio Show):

"(...) colega de trabalho de (Fulano) que se ressente PELA solidão".

Sempre soube que a gente ressentia alguma coisa ou se ressentia de algo ou alguém.

Bom, eu também nunca soube que se entrava "NUM" luto pela perda de uma pessoa querida.

Devo estar desatualizada, né?

A 'moderna' pontualidade

O atento amigo teve a santa paciência (que eu não tive) de ler o caderno Zona Sul de ontem — e, claro, encontrou um monte de bobagem.

A "melhor" estava no subtítulo da matéria da página 3:

"Obras são realizadas em locais pontuais do Jardim Botânico e (...)"

O amigo não gosta da voz passiva (eu, idem), mas está preocupado mesmo é com os "locais impontuais", tadinhos.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Copidesque com bisturi


A assídua colaboradora não é arqueóloga, mas desencava coisas extraordinárias em suas expedições pelo estranho território da mídia moderna, como o Globo online.

Na sensacional descoberta (clique aqui para ler), um "cruscifixo" (sim, com "SC"!!!) é quase nada ("as mãos o seguravam, porque foi enterrado com a mulher"!).

Afinal, o que dizer de um texto que explica que "o coração (de um 'cadaver' sem acento) foi removido do corpo com uma cirurgia"? Ou (alguns tantos outros "corações" e "remanescentes" depois), que "na época, era relativamente comum as pessoas ficarem com órgãos de parentes mortos"?

Hoje é "relativamente comum" jornalistas escreverem bobagens do gênero. Não há cirurgião que extraia uma boa história daí.

terça-feira, 2 de junho de 2015

O idioma sofre, viu?

Pérola pescada pelo atento amigo no G1:

"O policial conseguiu sacar a arma e atirou contra o suspeito. O outro assaltante fugiu ao perceber os disparos".

Veio com o seguinte comentário:

"PERCEBER DISPAROS deveria ser objeto de aula de sobrevivência, já que disparo produz barulho. E risco de vida."

Só tenho duas perguntinhas:

1) a intenção era "falar bonito"?

2) quanto percebe quem editou isso?