sexta-feira, 25 de março de 2022

Uma preposição no 'miraral'


 Crianças da Política do Globo, várias amigas e eu queremos saber o que é o "miraral", digo, o "mirar ao", essa regência pra lá de estropiada que vocês inventaram hoje. Não há mais editor?

MIREM-SE NO espelho, MIREM DE relance o verbete, MIREM NO alvo — daqui eu torço para que este seja um dicionário que preste.

E não é só isso: o "vagao", digo, "vaga ao", também não existe.

Tem VAGA DE contínuo, VAGA PARA a academia... 

Guardem a preposição A para usar na hora certa, por favor.

Quanta criatividade...


 Acho divertidíssimas as invencionices do pessoal da moda e da decoração, especialista em rebatizar cores e modelos a cada estação.

Já vi que agora o negócio é um tal de "tratorado", rapidamente incluído no Volp, fiquei até boba. (o solado, ao que parece, imita pneus de trator.)

Antes que eu "me jogue" num deles, porém, quero saber é onde vocês esconderam os "dias frios". No Rio, está difícil, viu?

terça-feira, 22 de março de 2022

Procure aprender

 


 Criançada da Band e demais emissoras de TV, o atento amigo já não aguenta mais essa regência estropiada.

E eu começo a achar que é por isso que tem tanto bandido solto por aí: ninguém sabe PROCURAR OS culpados, PROCURAR PISTAS, PROCURAR AS pessoas nos lugares certos...

Que tal PROCURAR UM professor de Português para aprender a escrever corretamente, ou PROCURAR UM dicionário decente?

Ambos podem ensinar onde botar a preposição "POR" direitinho.

domingo, 20 de março de 2022

Bom domingo PARA todos


 Caros amiguinhos do Globo, vamos acabar com a moda de estropiar regências? A assídua colaboradora não aguenta mais.

Que tal aprenderem também a conjugar os verbos no futuro do subjuntivo? Quem COBRA é outra ex-colega de redação.

SE eu PUSER exemplos aqui todos os dias, vocês vão ler? 

Quem PUSER direitinho a preposição nas frases ganha uma estrelinha, combinado?

Assim como pode representar um RISCO À saúde em geral, não usar máscara é um RISCO PARA OS idosos — e eles, como todos, não "vão a óbito", MORREM mesmo.

COBREM DE todos ao seu redor: usem máscara!

E digam assim: se você não PUSER a máscara e eu adoecer, vou COBRAR A conta e mandar o recibo do hospital.

PS rápido, antes que o modismo se espalhe: cortem pela raiz o ridículo "me fale acerca disso", "me conte acerca daquilo". "Tell me about it" é a... (se alguém PUSER o idioma pátrio EM RISCO, o atento amigo vai COBRAR DOS jornalistas umas aulinhas de Português.)

sábado, 19 de março de 2022

Quando vão aprender?


 O atento amigo mandou a imagem e disse apenas: 

"Sem comentários."

Também me recuso a comentar mais uma vez os casos em que o verbo PEDIR aceita a preposição POR.

Sabem ler verbete de dicionário? Divirtam-se com o Houaiss.

n verbo PEDIR

 transitivo direto, bitransitivo e intransitivo 

1 solicitar que conceda; rogar; fazer pedidos

Ex.: <p. aumento salarial> <pediu-lhe dinheiro emprestado> <tem o mau hábito de p.>

 transitivo direto e bitransitivo 

2 solicitar insistentemente; suplicar, implorar

Ex.: <p. clemência> <p. perdão pelos pecados cometidos>

 transitivo direto e bitransitivo 

3 reclamar em função de direito legítimo ou suposto; exigir

Ex.: <a população pede segurança> <a universidade pede aos vestibulandos o diploma do segundo grau>

 bitransitivo 

4 exigir certo preço; estipular valor

Ex.: pediu pelo apartamento uma quantia absurda

 transitivo direto 

5 necessitar de; demandar, requerer

Ex.: <a elaboração de uma tese pede tempo e paciência> <sua saúde pede cuidados>

 transitivo direto 

6 exigir com urgência; clamar por

Ex.: aquela grave injustiça pede reparação imediata

 transitivo direto 

7 reclamar em função de conveniência; exigir

Ex.: a ocasião pede mais recato

 transitivo direto 

8 solicitar anuência para que se estabeleça uma relação

Ex.: pediu a mão da noiva

 transitivo indireto 

9 fazer solicitação (a favor de alguém ou de algo); interceder, intervir

Ex.: p. pelos desempregados

Edição muito louca


 Como pode um jornalista veterano publicar em sua coluna uma frase dessas, que a querida amiga e eu temos até vergonha de reproduzir?

O texto começa tentando ser "poético" na desgraça e me sai... Deixa eu parar por aqui, antes que eu faça um trocadilho pior que o soneto.

Aproveitando o "momento poesia", outra amiga e ex-colega encontrou, também no Globo, uma "poda de parreiras de ovos de Páscoa". (sic)

O que terá rolado na redação no fechamento de ontem? Foi coisa forte, porque teve até espaço reservado para textos em destaque só com a indicação "Nome, complemento em 3 linhas, liftout tag with dummy tex liftout tag with dummy (...)".

sexta-feira, 18 de março de 2022

Puro 'nonsense'


 Enquanto a minha vizinhança trava uma guerra particular com armas muito barulhentas, coisa que já não fazia há algum tempo, o atento amigo quer saber só uma coisinha: como é que botaram um PORTA-AVIÕES no ar?

O troço é um NAVIO pesadíssimo, enorme.

Deve ser obra de engenharia sofisticadíssima.

quinta-feira, 17 de março de 2022

É muito texto ruim de uma vez

 

Estou meio sem tempo e sem paciência para o Português de quinta dos colegas.

De quinta categoria, bem entendido, porque acho que nunca fiz o tal TBT, um "retrocesso de quinta-feira" que muita gente posta na internet.

A assídua colaboradora mandou duas.

A Folha (ou Falha, como ela costuma chamar) inventou uma regência horrorosa: "proibir a menores". Desde que nos entendemos por gente que estuda, sabemos que se proíbe ALGUMA COISA e que filmes podem ser proibidos PARA menores.

Na "viagem plural" do Globo, cheia de suspeitaS, discussõeS, interferênciaS russaS e "os escambaus", há uma frase esquisita: "a possibilidade de que a (dita cuja) envolveu (...)".

Não seria mais adequado "a possibilidade de que a viagem tenha envolvido"?

Bom, encerro com a contribuição do colega de Minas, uma chamada que, além do maldito "após" inútil e sem sentido, nos faz crer que a cadela se declarou inofensiva, após morrer, após escapar e após sei lá mais o quê

segunda-feira, 14 de março de 2022

Confusão mental e frasal


 Aproveito o ensejo para fazer outra pergunta aos colegas: acidentes atingem as pessoas?

A pérola foi pescada pelo atento amigo no Ancelmo de sábado — e eu vou mais além: do jeito que escreveram a nota, parece que "o acidente atingiu o fêmur e precisou ser internado".

Que tal usar a ordem direta e frases curtas?

"Ontem, o ex-presidente sofreu um acidente, quebrou o fêmur e foi internado no hospital (...), em São Paulo.

FHC, que está com 90 anos, passa bem."

Guerra 'atualizada'?!?


 Deu na CNN — está aí a foto da TV do atento amigo, que não me deixa mentir.

É claro que, com a imagem, ele enviou comentários irônicos, tais como:

"Chego à conclusão de que a guerra estava sendo travada com tacapes e que o Pentágono decidiu fornecer armamento mais atual."

O que mais seria, colegas? Podem explicar?

domingo, 13 de março de 2022

Engasgada com o 'bolovo'


Assim não dá.

A querida amiga falou desse trem aí e eu só acreditei porque sei que ela é uma jornalista séria.

Confesso que já estou sem paciência para comentar essas matérias destinadas à classe média deslumbrada que se acredita elite e come um tal de "bolovo" carésimo num edifício que em breve vai "respirar a plenos pulmões", não sem antes ter um "acesso de tosse".

Não é isso? As pessoas é que estão tendo acessos variados, tais como ataques de histeria, porque não conseguem entrar no prédio e este "respira por aparelhos"?

É assim mesmo que se diz ou o empreendimento imobiliário respira "com o auxílio de" aparelhos enquanto seus pulmões não se recuperam?

Ajuda aí, gente!

Cadê o editor da Internacional?


 É inacreditável o que se lê atualmente no Globo.

Pior ainda, no momento que estamos vivendo, é ver o despreparo da editoria Mundo, capaz de produzir um título desses, compartilhado no Facebook por um ex-colega de redação.

"Reposiona", gente? Os computadores do jornal não assinalam erros de grafia, não? Que pobreza. O meu Windows não deixa passar.

sexta-feira, 11 de março de 2022

Bobagens astronômicas


 

 Os editores do Globo podem explicar para a assídua colaboradora, para mim e para os leitores deste blog o que vem a ser o adjetivo "maratônico"?

Não existe nos dicionários ou no Volp — e agora há até uma seção de "novas palavras", na qual também não encontrei a coisa.

O verbo "maratonar" também não está lá, mas caiu na boca do povo com as séries que entram nos serviços de "streaming" com todos os episódios de uma vez.

O adjetivo e substantivo MARATÔNIO existe — e refere-se à cidade de Maratona, na Grécia, e a seus habitantes.

Se a ideia era fazer gracinha e criar mais um neologismo, tendo como base, talvez, o adjetivo ASTRONÔMICO — "os preços estão astronômicos" —, lamento informar aos responsáveis pela editoria Internacional: ficou horroroso. 

E teria que estar, no mínimo, entre aspas.

quinta-feira, 10 de março de 2022

Risos 'após' texto

 O atento amigo se diverte com a pilha de jornais que acumula quando viaja.

Vira e mexe, pega um e... cai na gargalhada quando encontra um disparate como esse aí da imagem.

Os colegas do Globo podem explicar pra ele — e pra mim — o que significa "explosão após míssil"?

Sabem me dizer se foi esse estranho fenômeno "bélico-linguístico" que tirou a Claro do ar na minha região?

Porque eu fiquei sem sinal de TV, internet e telefone muitas horas — e mesmo agora ele não está muito estável, não.

quarta-feira, 9 de março de 2022

Patrão, padrasto, professor


 Alô, colegas do Extra, a leitora amiga informa: há um repórter (e um redator, um editor, um revisor?!?) que erra todo dia a grafia da palavra PADRASTO.

Pode ser um caso de dislexia, que eu não sei como funciona. Pode ser um caso de aprendizado ruim da nossa língua.

O importante é ficar atento, corrigir e tratar o texto com cuidado, porque as matérias e chamadas são todas pessimamente escritas.

Deixo com vocês essa espécie de jogo dos sete erros, porque estou sem tempo de comentar o festival de besteira.

terça-feira, 8 de março de 2022

Caminhando e cantando


 A assídua colaboradora foi ler a página de Opinião da Folha e embatucou:

"Mais provável que caminha?!?"

Pois é.

Esquisito e difícil de engolir, concordam?

segunda-feira, 7 de março de 2022

Temas que já cansaram


 
Alô, colegas, dá pra virar o disco?

Além de parar de "temporizar" todas as ações nas matérias, vocês podem aprender de uma vez por todas a usar corretamente as preposições "sob" e "sobre"?

Já não aguentava mais a invencionice do "Fulano estava sob risco de cair", ou do "morro estava sob o risco de desmoronar" — o bom Português ensina que coisas e pessoas CORREM O RISCO DE cair, ESTÃO EM RISCO etc. — quando a Otan, o Putin e o Zelensky botaram as manguinhas de fora e...

Pronto! Jornalistas e colunistas inventaram que estamos "sob risco de guerra", como um leitor amigo leu hoje e vocês já devem ter visto e ouvido aos montes por aí nos últimos dias. 

Amores meus, prestem atenção à imagem que eu fiz com todo carinho.

Tem o risco, que é uma linha. O Bonequinho 1 está SOBRE o risco, ou ACIMA dele, e o Bonequinho 2 está SOB o risco, ou ABAIXO dele.

O fundo é só pra não dizer que não falei de flores enquanto o mundo CORRE O RISCO de entrar em mais uma grande guerra.

Pós-após depois de tudo


 Não dá para ir dormir sem "antes" fazer uma nota, "durante" a madrugada do domingo em que a besteira foi pras bancas. 

"Após" escrever, vou pra cama.

"Após" agradecer ao atento amigo pelo envio, é claro. 

"Pós-postagem", recupero o sono "após" tê-lo espantado um pouquinho.

"Depois" a gente continua a falar dessa praga, "após" eu acordar, "após" tomar café, "após"... Bom "pós-noite" pra vocês.