sexta-feira, 30 de julho de 2021

Se é impossível, não tem discussão


 Para rir um pouquinho, reproduzo o texto do atento amigo, enviado pra mim com o recorte do anúncio do Globo (veja aí na imagem):

"Amiga, raciocina comigo. Se os conflitos são impossíveis, eles não existem. Portanto, não há que resolvê-los.

Minha impressão é de que o redator quis dizer 'Como resolver conflitos cuja solução parece impossível?' e se enrolou."

'Depois após' eu volto, combinado?


 A coisa está tão feia no Novíssimo Jornalismo que ontem eu recebi pérolas encontradas pela assídua colaboradora no Globo impresso e nem tive ânimo para postar.

Entre as bobajadas habituais, havia até "as agendas contavam apenas com os compromissos", uma "lindeza" de texto.

Há pouco, o colega de Minas mandou essa aí do G1 e eu não resisti.

"Discutir sobre" não está errado, crianças, mas vocês têm abusado tanto da preposição que eu recomendo engavetá-la por uns tempos e só usá-la quando for estritamente necessário.

No mais é o "depois após" de sempre e tudo muito mal escrito mesmo.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

É 'observacionismo' agora?


 Como cantava Moraes Moreira "lá vem o Brasil descendo a ladeira". 

"E lá vai o Português com ele", acrescentamos a assídua colaboradora, amigas várias e eu.

Uma delas ouviu hoje na TV Globo que "o frio fez despencar as temperaturas".

Imagino que a intenção fosse dizer "uma massa de ar frio" ou coisa do gênero, porque desse jeitinho aí é o óbvio ululante celebrizado por Nelson Rodrigues.

No impresso do mesmo grupo empresarial, mestre em estropiar regências, tascaram um manchetaço no alto da primeira página, espaço nobre do jornal, com esse horror aí da imagem.

Crianças, está no dicionário: OFICIALIZAR é transitivo direto. 

Vocês sabem o que é isso? Significa que não cabe preposição, que a gente OFICIALIZA alguma coisaOFICIALIZA A bandalheira, o que for.

Aproveitando o uso do verbo "significar" na frase acima, alguém pode explicar o que é a "observalidade" que a Oi anuncia no LinkedIn? 

Nos meus dicionários e no Volp não existe, mas vai que eu tenho esse trem sem saber e posso me candidatar à vaga?

terça-feira, 27 de julho de 2021

Ligeiramente grávida?!?


 A piada do dia entre amigas e ex-colegas foi a gracinha do Globo e sua notícia de uma "fraca nevasca" em Itatiaia.

Obviamente, houve brincadeira com "ligeiramente grávida", que os jovens colegas devem desconhecer — como desconhecem o significado de NEVASCA.

Se vissem as imagens do Google, encontrariam essa aí que eu usei de fundo e outras piores — escolhi a NEVASCA ocorrida em Tóquio há poucos anos por causa das Olimpíadas.

Se procurassem um dicionário, saberiam que NEVASCA é uma "tempestade de neve" e TEMPESTADE é uma "agitação atmosférica violenta".

Aproveitando o ensejo, inseri aí outras duas do jornal enviadas pela assídua colaboradora no domingo.

Ela acha (e eu concordo) que as crianças deviam parar de estropiar regências e VIAJAR PARA algum canto qualquer — mas não VIAJEM POR estradas cheias de neve, pode ser perigoso.

E quando vocês VIAJAREM DE UM LUGAR PARA OUTRO, não interrompam o trajeto com vírgulas, por favor.

domingo, 25 de julho de 2021

Grã-finas com produtos roubados?


 A amiga querida que ainda consegue ler o suplemento feminino do Globo não resistiu ao ver a nota e me enviou a imagem.

Pois é, crianças, "o jabá saiu pela culatra".

Vocês agora dão endereço onde ladrão pode deixar o que roubou?

E quem estiver interessado em comprar os itens furtados vai ao mesmo lugar?

Português sem medalhas


 O atento amigo encontrou mais uma regência estropiada no Globo.

E a falha é do editor, porque a repórter escreveu direitinho no corpo da matéria.

Algum fã das invencionices diárias do jornal fez a pior ESCOLHA.

Na hora da ESCOLHA ENTRE o certo e o errado, fez a ESCOLHA DO preguiçoso e não consultou um dicionário. 

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Mais uma esfinge a ser decifrada


Os amigos me desculpem, mas vou passar a bola pra vocês.

Alguém consegue explicar essa enigmática chamada enviada pela colega revisora?

Já passa das três da manhã e meus neurônios pedem travesseiros, não estão em condições de desatar esse nó.

Desvendar esse mistério é coisa para criptógrafos.

Os novíssimos jornalistas jamais ouviram falar em clareza e em facilitar a vida do leitor de cara, no trio "título, subtítulo e lead".

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Escrever sem pensar dá nisso


 

Uma amiga, ex-colega do Globo, leu isso aí e perguntou:

"O que seria 'menos predominante'?"

Seguiram-se expressões de espanto de outras amigas jornalistas e perguntas como "hein?", "hã?", seguidas de comentários:

"Eita!"

"'Mais predominante' é de cortar a alma."

"Acho que vai pro blog."

"Merece."

Pois aí está. Alguém sabe decifrar o "enigma"?

domingo, 18 de julho de 2021

Precisamos falar do 'sobre'


Jovens jornalistas do meu coração, raciocinem e consultem dicionários sérios antes de usar a preposição "sobre" em qualquer lugar.

Vejam essa coisa horrorosa enviada pela assídua colaboradora.

DEFENDAM A nossa língua, DEFENDAM O Português CONTRA as invencionices e os estrangeirismos, DEFENDAM O idioma DAS regências estropiadas.

O  já insuportável noticiário nacional fica ainda mais intragável.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

E aquelas aulinhas de regência?


 Colegas do Globo, por que todo dia tem um festival de regência estropiada no jornal?

Entrou uma chamadinha no computador, resolvi dar uma olhada e...

"Ofício a Fulano"? "Pagamento por vacinas"?

Não há uma pessoa versada no OFÍCIO DE REDAÇÃO e REVISÃO?

Fazer PAGAMENTO A profissionais da área é tão oneroso assim? 

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Velha como a Sé de Braga


 Outra regência estropiada antiga é essa aí da imagem, enviada pela assídua colaboradora como as duas anteriores (esqueci de mencionar, falha minha).

Crianças, na linguagem falada a gente até usa "já cheguei em casa" etc.

Mas em jornal vale a norma culta.

Portanto, a "CHEGADA de visitantes A Tóquio" preocupa.

De concordâncias e regências


Colegas da Folha, do Globo e que tais, errar concordância é primário, concordam?

Como é que vocês constroem uma frase com "bilhões presa"?

E a não ser vocês estejam fazendo poesia, "com os olhos voltados ao poente", por exemplo, prefiram sempre "VOLTADO(A) PARA". 

"Minhas ofensas são VOLTADAS PARA O trambolho." 

Soa melhor e fica até mais enfático, não? 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Sobre o quê? Sobre o 'sobre'



Os colegas não se cansam de usar a preposição "sobre" em qualquer lugar, sem o menor critério, mas a assídua colaboradora não deixa barato.

Para não perder muito tempo explicando que NÃO "se cobra alguém sobre nada", o recorte vai acompanhado do verbo COBRAR, em seu verbete no Houaiss.

Será que os jornalistas têm paciência para ler e procurar o "sobre"?

quinta-feira, 8 de julho de 2021

O que será uma 'salvarela'?

 


O colega de Minas e eu temos "razões para acreditar" que quem escreve para a Record matou muita aula de Português. 

"Salvar ela", gente?

Pergunta pra "Tia" o que ela diz disso.

Os infantes jornalistas nunca ouviram nem dos pais lições básicas ao dizer, erradamente, "vi ela", "na boca dela" e outras bobagens do gênero? 

Eu ouvi, aprendi a não repetir (a não ser como brincadeira) e passei o legado adiante.

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Da capa ao texto do ex-chefe


O atento amigo está cansado de encontrar regência estropiada no Globo. Às vezes nem se anima a me enviar a "prova do crime".

Hoje mandou logo duas, ambas duplas.

A dos "cheques a Fulana" é chamada de capa e tem "depósitos à" mesmíssima pessoa no subtítulo.

A gente conhece o "cheque ao portador", mas "apuração de cheques PARA Beltrana" cai "na conta" como uma luva, não é mesmo?

Os "depósitos à (ou ao)" vocês podem DEPOSITAR NO lixo, por favor.

A outra bobagem, quem diria, está em coluna de veterano que ocupava cargo de chefia quando eu trabalhava na redação. E tem bis!

Que tal FAZER COM QUE os revisores voltem à ativa?

Eu também trocaria essa "reverberação" aí por outra coisa, porém...

segunda-feira, 5 de julho de 2021

A vingança correta


Os jornalistas têm abusado tanto do "sobre" que o colega de Minas estranhou esse aí da imagem, publicado no sábado.

Como aqui tudo é pretexto para se comprar livro, agora, com o meu novo Dicionário de Regência Nominal em mãos, posso responder com segurança: a REVANCHE DE uma derrota é CONTRA alguém ou AO time adversário, A Fulano etc. Sem "sobre".

domingo, 4 de julho de 2021

A tia está chamando!


 Definitivamente, o Jardim de Infância Pequeno Jornalista invadiu as redações.

Vejam esse tatibitate horroroso da Folha, enviado pela assídua colaboradora.

O tema da matéria é um ASSASSINATO e os colegas escrevem "mensagens fofas" no texto?!?

Cadê a "Tia" pra dar uma bronca nas crianças?

sábado, 3 de julho de 2021

Bobagens paulistanas e cariocas


A gracinha do alto foi encontrada pela assídua colaboradora na Folha.

"Liberar ao", colegas? Não deram uma olhadinha no verbete?

Político LIBERA verba PARA alguma coisa ou PARA seus comparsas.

O "pressionar por" também é de lascar, não é, não? 

Já tentou "pressionar pela" descarga no banheiro?

A bobaginha abaixo, achada por uma amiga no Globo de ontem, não está errada, mas... 

Experimentem ler em voz alta "Xi emula Mao".

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Regência estropiada todo dia

 

Por favor, editores, dá para providenciar umas aulinhas de regência para os colegas? O pedido é da assídua colaboradora e meu.

Até colunista de Economia pra lá de conhecida está escrevendo coisas como esse "o respondeu" aí.

Não vou nem comentar o "alerta", porque o pobrezinho tem sido usado das formas mais estrambóticas possíveis nos últimos tempos.

E ontem a leitora que entende de Estatística descobriu que botaram o Lázaro "dentro de um arbusto". 

Quanto mais enfeitam a lorota, mais horroroso o texto fica.