segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Cachorrinha longeva


 Por favor, confirmem pro meu amigo e pra mim se estamos delirando. Ou será que o delírio é do editor?

"Após 45 anos encontraram a cadela perdida em voo"?!?

E ela ainda estava voando ou já havia aterrissado?

Se não é isso, qual é a relevância do fato, colegas do Globo?

domingo, 30 de janeiro de 2022

Novidade no Estado do Rio


 

 O negócio chama-se Aventuras na História, hospeda-se no Uol e não tem um revisor para corrigir o título ridículo.

Colegas que redigem "matérias e notícias" pra esse trem, vocês podem me explicar quais são as outras "cidades cariocas"?!

Eu só conheço o Rio.

E aprendi que os demais municípios do estado são fluminenses.

O cúmulo da obviedade


 O site Brasil Escola se intitula "o maior portal de educação do país".

Pois foi lá que a assídua colaboradora encontrou a pérola "cometeu suicídio atirando contra o próprio coração".

A amiga, é claro, riu da frase. Afinal, professores, se Vargas tivesse atirado no coração de outra pessoa e não no próprio, seria HOMICÍDIO — justificado ou não.

Para jornalistas, o texto contém ainda "gorduras" dispensáveis, como quarto "localizado" no Palácio — parece anúncio de corretora de imóveis — e um tempo verbal suspeito — "uma carta foi escrita".

Lembra um antigo personagem do Jô Soares — "não fora, Jefferson?" —, mas a ação antecedeu a morte e a reação da população, que FOI de comoção. Será que não cabe um pretérito mais-que-perfeito aí?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Fiquem espertos e escrevam bem


 Começo a me recuperar da canícula carioca com uma colaboração do atento amigo, que encontrou essa coisa aí na revista Quem, do Globo.

"Desmaia em rua", infantes incautos? O que vem a ser isso?

Acharam "desmaiar NA rua" muito vulgar? 

É o correto — a não ser que vocês desmaiem EM QUALQUER lugar, por qualquer coisinha.

Falando na preposição, há necessidade desse "por" antes de cravar o número exato de horas? Na frente da causa mortis está complemente errado.

Uma sugestão entre muitas possíveis: " (...) ficou cerca de nove horas sem socorro e morreu DE hipotermia".

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Virou advérbio? É masculino


 O atento amigo leu no Globo as primeiras linhas da coluna do general e, de cara, teve uma certeza: o autor jamais tomou aquela cerveja que desce REDONDO.

Eu complemento: ele nunca ouviu falar do adjetivo usado adverbialmente — infalivelmente no masculino.

Será que a sua professora passou BATIDO por essa lição de Português?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Para príncipe de araque


  A nota "brotou" no Globo e a assídua colaboradora estranhou as regências: na primeira parte, sobra "a"; na segunda, falta a preposição.

Pois é. Chapeuzinho perguntaria: "Por que tanta regência equivocada num texto tão pequeno, vovó?"

"É para estropiar de vez o Português", diz o lobo, tentando disfarçar a voz.

DISPONIBILIZAR já é um verbo feio. Então, não vamos piorá-lo. 

DISPONIBILIZEM PARA O lobo mau os dados que quiserem — A ESTES, ou ÀQUELES, decidam se ele TERÁ ACESSO.

Ficou claro? DISPONIBILIZA PARA e DÁ ACESSO A.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Mais chacota com a tragédia


 A leitora amiga recebeu a chamada e me enviou, indignada.

Não é a primeira vez que os colegas brincam com coisa séria e transformam uma notícia tristíssima em piada.

"Morto após se suicidar", crianças do iG?

Na chamada enviada por e-mail, no título do site e dentro do texto?! Vergonha.

Ai, ai, ai, ai, ai, Ancelmo


 Crianças da coluna do Ancelmo, por favor, deem uma olhadinha no verbo DESLUMBRAR aí na imagem, caso não tenham dicionário em casa ou na redação.

A nota foi enviada à tarde por uma querida amiga, mas o calor me derrubou e só agora eu dei atenção ao recorte.

Não é possível que o veterano colega não saiba a diferença entre DESLUMBRAR e VISLUMBRAR — só se esqueceu de contar pra vocês.

E que coisa feia esse início, "veja as vistas". 

Comento o infalível, indefectível, indestrutível "após", mais abaixo?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

A 'criatividade' infinita do 'Globo'


 É impressionante a falta de intimidade dos colegas com as regências, especialmente as verbais.

No Globo, todo dia estropiam várias — e a assídua colaboradora pescou essa pérola aí no impresso de hoje.

Qual é a dificuldade, gente?

"Áustria obrigará população adulta a se vacinar contra Covid"; "Na Áustria, adultos serão obrigados a tomar vacina"; "Austríacos serão obrigados a tomar vacina anti-Covid"...

Não faltam opções corretas, é só pensar um pouquinho.

E já que ressuscitaram o "sob risco", no lugar do bom e velho EM RISCO, dá para me explicar como é que "a medida corre risco de levar multa"?

Porque o que vocês disseram é isso: "há risco de a medida ser multada"

Mais uma invencionice


 Atenção, colegas do Globo, o atento amigo quer saber que regência é essa, "defender ao", que vocês tascaram num título no impresso de hoje.

Como meus neurônios estão derretendo devido ao calor infernal do Rio, deixo com vocês o verbete e o trabalho de buscar o que não existe. 

Bom passatempo e boa noite pra todos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Aprendam a lidar com o inevitável


 Definitivamente, O Globo não sabe escrever uma matéria decente sobre morte.

Está na newsletter que recebi e está no online: Elza Soares "morreu por causas naturais".

Não, caros colegas, mais respeito com a cantora e com a regência.

A gente MORRE DE causas naturais, MORRE DE velho, MORRE DE calor no Rio de Janeiro e assim por diante.

"Morrer POR" é outra coisa: Fulana MORRE POR Beltrano, Sicrano MORRE PELA mulher amada...

Tem também MORRER PARA o mundo, ou (a pessoa tal) MORREU PRA MIM. E MORRER NUMA grana. Mas aí é outra história.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Tragédia. E um tico de comédia


 

 

Mais de uma querida amiga logo se lembrou de mim ao ver o bendito "após" na matéria da morte do belo ator francês.

Crianças, usem sempre no título morre "EM" acidente, morre "NO" acidente.

Se a morte não foi imediata, expliquem isso no texto, mas larguem esse "após" trambolhesco, por favor. Já encheu.

Para "reeeestabelecer" o bom humor, só mesmo mostrando as bobagens que o colega friburguense flagrou na tela da TV. Parece que baixou o Mussum por lá. 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Prezem a ciência e a língua


 Rolam na internet zilhões de chorumelas de auto-ajuda e fórmulas mágicas para alcançar a felicidade.

O atento amigo e eu não costumamos dar atenção a tais bobagens, mas hoje ele recebeu uma impossível de ignorar.

Atribuído a um "doutor em neuroimunologia, neurocientista, professor universitário e palestrante", o texto diz lá pras tantas:

"(...) Não menospreze, preze. Preze por qualidade, preze por valores, preze por virtudes. (...)"

Ou seja, não basta estropiar a regência, tem que insistir no erro.

Procurem a preposição "por" no verbete PREZAR.

Aqui, entre outras coisas, PREZAMOS O idioma pátrio.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Texto de bêbado


 Muito gentil, o leitor de Goiânia me enviou a frase com o comentário:

"Estranhei a pontuação."

Fui atrás e descobri que a coisa inexplicável é título!

Não li a história escabrosa, mas o que está escrito aí?

Matou a tiro, matou a facada e outras modalidades de assassinato eu conheço. Policial matando, idem. Já "matar a policial" é novidade. 

Mas vamos imaginar que a mãe tenha dito alguma coisa A UM policial. Como isso aconteceu "logo após o crime"? O oficial estava pertinho dela? Viu tudo acontecer? Como chegou tão rápido à cena? É The Flash?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Usem o cérebro, por favor


 Uma querida amiga me enviou hoje cedo essa pérola do Globo, com o justificadamente irônico comentário:

"Duvido que ele cometesse o crime depois do suicídio."

Quem escreveu a matéria não percebeu o ridículo da frase? Não parou pra pensar um segundo sequer?

E onde estava a cabeça do(a) editor(a) ao fazer o título?

"Violência contra a mulher deixa três vítimas", gente?

Quem é esse sujeito, "Violência Contra a Mulher", que "deixa vítimas" espalhadas pela cidade?

Se não é Jack, o Estripador, que tal formular alguma coisa com algum sentido, como "Rio tem mais três casos de violência contra a mulher"? 

É ou não é um pouquinho menos estapafúrdio?

PS: acabo de ver mais uma besteira: as mulheres foram achadas "com A suspeita de estrangulamento". Como assim? A pessoa suspeita dos crimes estava no local?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Atestado de ignorância


 Uma ex-colega do Globo viu a besteira, comentou no Facebook e eu fui conferir.

Está lá, com todas as erradas letras: Madonna vestia um "hobby" de seda!

Desconheço o nome do(a) atual editor(a) do caderno Ela, mas sei que se trata de uma pessoa que desconhece a diferença entre HOBBY e ROBE.

O primeiro é passatempo — um dos meus hobbies é fazer palavras cruzadas.

O segundo é de vestir — eu tenho robe, quimono, penhoar e roupão, mas não aguento usar no calorão do Rio.

Como alguém pode editar moda sem saber o que é ROUPA?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Competição entre Rio e MG


  Acho que o carioca O Globo e o belo-horizontino O Tempo estão competindo para ver quem escreve pior.

No jornal em que trabalhamos, a assídua colaboradora encontrou esse jeitinho nada polido de tratar os parentes das vítimas da tragédia em Capitólio.

"Umas famílias" passa um desdém absurdo, editores.

O colega mineiro levou susto e confirmou: o "com sobre" está assim mesmo em todas as mídias.

Ele acha que a paixão pela segunda preposição falou mais alto.

domingo, 9 de janeiro de 2022

Alma 'poética' no jornal


 O atento amigo constatou: baixou o espírito do Ary Barroso na coluna do Ancelmo.

A diferença é que no jornal não tem "coqueiro que dá coco".

Já a "reunião que reúne" está lá. 

A seco. Sem a música de "Aquarela do Brasil" para animar.

sábado, 8 de janeiro de 2022

Jura que é do Brasil?


 Vejam o que o atento amigo mandou pra mim há pouco.

A CNN é Brasil, mas não dá as ÚLTIMAS NOTÍCIAS, prefere "breaking news".

E acaba de inventar o novíssimo Portunhol "seguem buscas". 

Alguém na emissora sabe direitinho o que significa o verbo em Português, pois recomenda abaixo: "siga as nossas redes sociais".

Está claro que não se trata da mesma pessoa que bota os bombeiros "no encalço das buscas", esculachando de vez o pobre SEGUIR

Mais cotidiano, impossível

 


Mais uma gracinha da Falha, enviada pela assídua colaboradora.

Os colegas paulistas encontraram uma cratera que "provoca trânsito". Uau!

A editoria chama-se Cotidiano, palavrinha que combina com o tráfego pesado de veículos e os engarrafamentos de São Paulo.

Mas não sabemos se esse "trânsito" mencionado no título é de carros, se é intenso ou fraco, se a cratera tem bom trânsito na Secretaria de Transportes... 

Texto estapafúrdio dá margem a infinitas interpretações. 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Quem escreve no IMDb?


 Pensei que só eu estava encontrando coisas esdrúxulas no IMDb, mas vejam a sinopse que a assídua colaboradora me enviou agorinha.

O site já foi a melhor ferramenta de pesquisa na área de filmes, séries e até novelas, mas não deve ter mais uma pessoa que escreva Português.

Essa língua troncha aí eu não sei qual é. Alguém reconhece?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Disputa acirrada em SP


  A querida amiga de Brasília acha que Araraquara está querendo tirar de Itu o título de cidade dos exageros.

Não é pra menos.

Vejam só o tantão que as pessoas ficaram mais altas enquanto estavam em quarentena por lá. 

É um espanto. Um caso inédito.

Merece ser estudado por médicos e cientistas do mundo inteiro.

São verbos corriqueiros


 Alô, crianças da Falha.

A assídua colaboradora e eu nunca vimos alguém "ministrar sintomas" — embora seja muito comum MINISTRAR REMÉDIOS para ADMINISTRAR e melhorar SINTOMAS da gripe, como dor, tosse e coriza.

Também já vimos gente inventar doença para não ir trabalhar, para desviar a atenção de coisas importantes ou simplesmente para chamar a atenção. Será que "ministrar sintoma" é o novo nome disso? 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Usem a cabeça, crianças


 Assim como a assídua colaboradora, eu quero saber por que os colegas têm dificuldade de escrever uma frase na ordem direta, sem margem para piada ou má interpretação.

Meninada, a criança está "morta por 20 anos"?!?

Ninguém consegue formular nada com "comissário usa identidade falsa há 20 anos"?

Uma sugestão: "Há 20 anos comissário de bordo brasileiro entra nos EUA com identidade de criança morta". Deu pra entender?

Saudades de Nelson Rodrigues


 O colega de Minas me enviou a chamada da Falha e comentou a redundância desse "após alta".

De fato, "Trambolho recebe alta" é mais do que suficiente.

Duvido que tenham tentado ser sutis, insinuando que o coiso, ávido de atenção e holofotes, poderia muito bem ter ido embora sem esperar o aval do médico.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Tem mais, tem mais...


 Pensaram que por hoje era só?

Pois a colega especialista em Marketing encontrou mais coisa no Globo online.

Tem outras besteiras na matéria, mas a que mais nos impressionou foi esse lugar estranho, o "Iowa de tecidos", em que fizeram importante pesquisa.

Nós nos consideramos pessoas razoavelmente bem informadas. Como nunca tínhamos ouvido falar de lá?

E o título nos pede para entender o texto. Fiz questão de copiar. 

Incríveis surpresas de 2022


 O novo ano mal começou e sensacionais tecnologias já nos foram apresentadas pela grande imprensa.

A querida amiga me enviou o recorte em que O Globo anuncia a criação de "ovos de origem vegetal e mineral". Ou não era bem isso que queriam dizer?

Já o colega friburguense descobriu no G1 que temos por aí "aeroportos suspensos" ou novos aviões que param no ar como disco voador — afinal, são capazes de "pousar durante o voo".

Vai dizer que não é uma maravilha?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Foi dada a largada!


 O colega mineiro abre o novo ano no blog com essa pérola do jornal O Tempo, de Belo Horizonte — eu me recuso a chamá-la de "trem", porque adoro a expressão e o meu sangue vem todo das Minas Gerais.

Leiam a chamada e me digam que faz sentido, que sou muito exigente ou limitada, que a ordem dos fatores não altera a clareza dessa preciosidade.

Nem vou assinalar nada na imagem, o "conjunto da obra" dispensa destaques.

Acho que 2022 promete...