sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Textos impugnados

É impressionante o baixo nível do Português praticado no Novíssimo Jornalismo.

As matérias são pra lá de mal escritas e a imensa maioria dos colegas desconhece regência verbal e nominal.

O atento amigo tem lido "textos caóticos no Clube da Comunicação", site dedicado ao rádio e à TV, e encontrou, num deles, "abuso A discípulas"(!).

Isso é UM ABUSOABUSARAM DA nossa paciência.

Os horrores enviados pela assídua colaboradora, infelizmente, não ficam atrás — e são todos do Globo.

O da filha do Jobs veio enquanto eu estava fora. Tem coisa "focada", pontuação errada e um tal de "ele é cruel PARA um e é cruel PARA outros" que é CRUEL COM O idioma. Que PARA é esse, pessoal?

Hoje, tem gente POSSUINDO enteado (eu chamaria o Conselho Tutelar!) e uma frase estranha, sem vírgula, que "informa" que o irmão do cara desaparecido é alpinista e...

E nada. Se a intenção era comparar os dois, não rolou.

Pra fechar esta nota, temos a "impugnação CONTRA", que tal?

Meus amores, IMPUGNAR é PUGNAR CONTRA!

Pode-se impugnar um lei, uma ordem, uma eleição. Ou pugnar contra todas elas. Será que ficou claro? 

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Quem é chique sabe escrever

Falei na assídua colaboradora e ela já estava mandando nova contribuição, desta vez daquela gente brega que se acha finíssima e faz um caderno ridículo no Globo.

Pessoas, chique é consultar dicionário antes de inventar besteira, elegante é saber escrever bem na sua língua.

Procurem o verbete "CONFUNDIR" e me digam se existe lá a opção "verbo intransitivo".

Não há. Mas tem bitransitivo, direto, indireto e pronominal.

Por favor, não se confundam, não confundam uma moça com outra e não confundam o leitor, que paga por essa coisa horrorosa e rota.

Posam de tradutor e editor, mas...

Por onde andam os editores do Globo, que deixam passar coisas como um "caixão de ouro" (na edição impressa e no online, em que continua assim até hoje)?

Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso veria que há algo de estranho — ou um sapatinho de grife, destacado em título, vale mais que um "caixão de ouro"?

Quando fui à internet atrás do "golden coffin" — que a maioria dos jornais traduziu como CAIXÃO DOURADO (faz mais sentido, não é mesmo?) — ainda descobri que a Aretha Franklin foi enterrada com "vestidoS" (quantos, minha gente?!?) e que os colegas não sabem usar pronome demonstrativo — se está logo em seguida, é "ESTE", OK?

A bobagem na versão de papel foi encontrada pelo atento amigo, que também passou pelo Ancelmo e viu outro horror: "posou à revista"!

Alguém aí já "posou A uma câmera" ou prefere posar PARA a foto, PARA um fotógrafo, PARA um ensaio, PRA um celular?

Só não me venham POSAR DE conhecedores do idioma, porque não dá.

PS: devo desculpas à assídua colaboradora. Tenho contribuições dela à minha espera. Prometo me redimir mais tarde.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Garatuja(s) brasileira(s)

Cheguei da FLIM (Festa Literária de Madalena) e encontrei várias bobagens da imprensa à minha espera, a maioria enviada pela querida e assídua colaboradora.

Postarei aos poucos, começando por esta, que já veio com um mapinha ilustrativo do inadequado "S".

O certo seria "O Brasil está EM RISCO". Mas já que querem "SOB riscos variados", a amiga desenhou

Por que são tão "plurais" os praticantes do Novíssimo Jornalismo?

Ninguém corre "riscos" disso, "riscos" daquilo.

Assim vocês põem nosso pobre idioma em situação DE RISCO.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Falta de vergonha absoluta

Vi essa coisa ao abrir o MSN Notícias, sob a vinheta "Entretenimento".

Não sei nem por onde começar.

É tanta "conta", é tanto "após" despropositado... E num texto que indica o dia em que foi publicado — hoje à tarde — como se fosse há, sei lá, uma semana. Será pra poupar o trabalho de alguém ter que voltar à matéria pra atualizar? Corrigir, então, nem pensar, né?

Leiam, se tiverem estômago.

Já na primeira linha, tem um "após ao sair", que tal?  Decidam-se: foi depois ou no exato momento?!?

Notem a "lindeza" de pontuação, o tempo entre a ação e a reação, a CAUSA e o efeito... Melhor dormir, talvez sonhar.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Cuidado com a 'sobrefilia'

Acabo de ver postagem da Super Interessante na página de um amigo, no Facebook.

Gostaria de saber o motivo por que o pôster é "SOBRE".

O cara cria pôster pra gente pôr SOBRE a mesa? Não é pra ser pendurado, como a maioria?

Quem escreveu o título usou tradutor de internet ou não sabe que um artista faz pôster (ou retrato) DE alguém, cria cartaz DE filme etc. etc.?

Também pode ser um caso grave de "sobrefilia". Tem acontecido muito entre jornalistas da novíssima geração.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Assessoria jurídica

Já que nenhum colega da grande imprensa se interessou em pesquisar o que vem a ser essa "herança" de não sei quantos milhões, citada en passant nas matérias do assassinato da corretora na Barra, peço ajuda aos amigos advogados.

A assídua colaboradora acha que estão confundindo "herança" com "partilha de bens". E eu concordo.

Fiz uma pesquisa na internet e fiquei besta: a frase é praticamente a mesma em todos os jornalões — e ninguém diz quem teria herdado o quê.

Embora também não explique a história, o site de notícias Foco Regional é o único que fala em "patrimônio" de milhões.

Pelo menos, faz sentido. Há algum togado na área, para nos ajudar?

Pérolas na madrugada



Mesmo para os meus padrões notívagos, já era muito tarde quando vi mais duas pérolas que o atento amigo pescou ontem no Globo.

Aí estão elas, comprovando o desleixo absoluto dos praticantes do Novíssimo Jornalismo.

"O grupo queriam", gente? Num subtítulo?

E o que é essa poética "morte namorada"?

Dá pra escrever na ordem direta ("espancou namorada até a morte") ou reler a frase antes de mandar qualquer besteira pra oficina?

PS: não podia faltar o maldito "após", é claro.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Ônibus para um

O atento amigo ouviu Datena filho dizer e repetir que traficantes queimaram "um ônibus de transporte coletivo".

Ele ficou intrigado com a insistência; eu, também.

Ou já inventaram um "ônibus para transporte individual"?

'Espalhe-se em cima de si'


Um cara pede a outro que jogue alguma coisa "em cima de si" (?!), tem gente se "espalhando pelo chão" (como a batatinha quando nasce, talvez?)...

Tudo isso pode ser encontrado num pedacinho de texto que a assídua colaboradora me mandou, contendo também uma "exposição que abre".

O Instituto Moreira Salles de São Paulo abre (ou inaugura) exposição; a exposição é aberta (ou inaugurada) amanhã.

Sozinha, a exposição não faz nada.

Não há adultos supervisionando?

Repasso o "desafio" que foi proposto pelo atento amigo e veio acompanhado da triste imagem:

"Duvido que você consiga produzir um título mais pobre que esse do jardim de infância que se instala na redação do Globo nos fins de semana."

E pensar que isso já foi um jornal sério.

sábado, 18 de agosto de 2018

Que que que que consternação

Além de me enviar um trecho de matéria inacreditavelmente mal escrito (vide imagem), a assídua colaboradora se deu ao trabalho de grifar cada "que" encontrado no parágrafo.

Estamos, ela e eu, CONSTERNADAS pela tragédia e pelo péssimo Português praticado no Globo online e usamos este espaço para EXTERNAR nossa indignação.

Há provas CONTRA os editores do jornal. Podiam fazer algo melhorzinho.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Um jardim de equívocos

Enquanto a assídua colaboradora constata que O Globo continua a separar o sujeito do verbo e a escrever horrores como "inverosímel" — por mais INVEROSSÍMIL que possa parecer —, eu praguejo.

Praguejo contra mim mesma, por ter me distraído e comprado livro da Planeta, coisa que jurei não repetir depois do estrago que fizeram com "O vendedor de armas", do Hugh Laurie.

De cara, enganam o leitor dizendo que "O jardim das borboletas" é suspense para adultos. Não é.

Eu bem que me esforcei, mas quem narra a história é uma adolescente e a tradução tem construções como "(...) nos escondiam e não éramos permitidas de ir aonde (...)" e "(...) talvez ela nunca teve uma chance (...)".

Resultado: desisto das borboletas. Afinal, paguei pra me distrair.

Se a editora quiser me pagar, eu copidesco: "não TÍNHAMOS PERMISSÃO de", "talvez ela nunca TENHA TIDO a chance"...

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Trio de quatro, 'Folha'?


O que vem a ser o subtítulo que uma querida amiga encontrou na Folha, em matéria sobre a morte da grande Aretha Franklin?

Eis o monstrengo:

"Ela era a única cantora ainda em atividade DO TRIO Billie Holiday, Ella Fitzgerald e Nina Simone".

Além de não ser bom de escrita, quem fez isso é ruim de conta.

Segue ilustração para ajudar os colegas de São Paulo. 

Pode ser lida ao som da velha musiquinha infantil: "Um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais (...)".

Todos querem um bom texto

O que faziam os colegas durante as aulas de Português? Ou não há mais aulas de Português nas escolas?

Como pode um profissional das Letras não saber que um artigo (ou sua ausência) pode mudar TODO O SENTIDO de uma frase?

Vejam a coisa que o atento amigo me mandou com o pertinente comentário:

"Onde houver população, ele vai distribuir bolsa: no Paraguai, na Tailândia, no Afeganistão..."

É o que diz O Globo, que também desconhece regências verbais e nominais e distribui preposição estapafúrdia a seu bel-prazer.

Vejam o título enviado pela assídua colaboradora. Caixa 2 "A" alguém, jornalistas?

Um pouco menos de desleixo com o idioma e com o leitor.

'Prelúdio das besteiras afins'

Hoje recebi coisas "lindas" de dois novos colaboradores.

Uma saiu da revista já rebatizada, na minha cabeça, de IstoÉ Incrível.

Afinal, segundo ela, a ponte que caiu em Gênova "ruiu SOB um rio, trilho de trem e uma zona industrial".

Seria cômico se não fosse trágico.

Na notícia do portal dedicado a gás e petróleo, é tanta besteira junta que eu nem sei por onde começar.

A concordância inexiste, assim como a crase e as maiúsculas em nome de logradouro ("liga à Linha Vermelha", não é, pessoas?).

Os dois primeiros parágrafos nos informam que o "Rio recomeça o seu prelúdio de empregabilidade" (seja lá o que isso signifique), que eles estão "afim" de levar aos amigos "o melhor conteúdo verdadeiro" e...

Caramba, eu desisto! Leiam e avaliem, por favor.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Peça o que quiser, mas direitinho

Quase ia me esquecendo da "gracinha" de nota que o atento amigo colheu pra mim e me enviou hoje cedo.

O péssimo Português praticado no Globo está contaminando até colunista que não costumava frequentar este blog.

Que tal podar algumas preposições?

Tem um "pedido sobre" muito estranho plantado aí.

E "pedir para que" é praga pior que cipó-chumbo.

Que tal usar dicionário para combatê-la, antes que ela fique fora de controle?

domingo, 12 de agosto de 2018

Presente pra você, Português

Como hoje é Dia dos Pais — e dicionários são (ou eram) chamados de "pais dos burros" —, publico o presentinho do Ancelmo pro idioma, que me foi enviado pela assídua colaboradora.

Se a pobreza é "fêmea", podemos dizer que esse título horroroso é "macho"?

sábado, 11 de agosto de 2018

Vendem-se idas, 'para' ou 'a'

Passava pelos sites, distraída, quando vi a chamada do Lance!, no MSN, e fiquei curiosa: o que há de tão estranho na IDA de um jogador A um clube? Isso lá é notícia?!

Cliquei e, obviamente, descobri que estranho é o Português praticado pelo editor.
O dirigente negava A VENDA do atleta.

Ou seja, o cara não tinha ido PARA outro time (ou clube).

Os colegas não estudaram e, por isso, não entendem que uma simples PREPOSIÇÃO pode mudar totalmente o sentido da frase.

E isso é tão surpreendente quanto, a essa altura do campeonato, o Ancelmo não saber que "VENDEM-SE LIVROS" (ou jogadores, claro).

Este erro primário do uso do verbo no singular está em título de nota e me foi gentilmente enviado pela assídua colaboradora.

Aqui, VENDEM-SE boas concordâncias.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Agora baixou a Bíblia, pessoal?


Por favor, colegas, deixem a PM Juliane descansar em paz.

No noticiário de São Paulo, o atento amigo ouviu que ela foi "arrebatada" num bar!

Acharam pouco dizer "sequestrada"?

Antes de alimentar o festival de sandices, consultem o dicionário.

Eu disse DICIONÁRIO, não disse a Bíblia, que fala em "arrebatamento", sinal de uma segunda vinda do messias (ou do juízo final, algo assim. Foi tema de uma série chata na HBO e eu já não me lembro direito).

Espero que abortem a expressão antes que ela vire um novo modismo intragável — a mais que maltratada imprensa não merece.

Atenção: esta é uma súplica arrebatada, veemente! Ouça sem moderação.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Pouca-vergonha na 'Folha'

Definitivamente, os colegas da Folha enlouqueceram.

Ou tiveram muitos "momentos livres com bebida", só pode.

Gente, a policial foi morta, não foi presa!

E desde quando isso é manchete que se apresente?

Um pouco mais de sobriedade e menos "após", por favor.

Jornalista: profissão desesperança


O atento amigo encontrou mais uma pérola no Ancelmo: o "inquerido", conhecem?

Não se trata do "menos querido". E não devem ter apertado a carga no lombo dos animais cariocas COM A INQUERIDEIRA (corda, para os íntimos) — será?!?

Sim, porque é disso que se trata INQUERIR.

Acreditamos que os colegas prensaram em usar o verbo "INQUIRIR", com "i".

E assim vamos, desconhecendo o idioma, trocando as coisas.

Até ANFITRIÃO virou HÓSPEDE na matéria do resgate do francês, que a assídua colaboradora leu hoje cedo.

Os editores estão dormindo na redação, dormiram na escola, ou o quê?

PS: pasma com o "inquérito", deixei passar o "seus sua" da feiíssima frase de abertura e o duvidoso sujeito da seguinte. "Ele" é o carioca que está fora do texto, lá no título?

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

'Tabajara Translator', pessoal?

A smartclip (sic) precisa ficar mais esperta. Pelo menos, na sua versão em Português.

O atento amigo, leitor aficionado de tudo que se refere a aviação, ficou preocupado com uma notícia que leu no site.

O texto, que tratava de um acidente com aeronaves "vintage" (uau!) e suas causas, incluía a seguinte "informação":

"O que está descartado é a coalizão com outro jato ou com outro objeto".

COALIZÃO entre aviões, colegas? É isso mesmo?

Como se não bastasse o absurdo, a matéria tem muitas frases feias, como "os dados também mostravam uma frequentação elevada nos tours".

Recomendo à empresa que revise o que manda pros clientes, evite os horrorosos "focando nisso" e "focando naquilo" (alô, tradução!) e dê uma olhadinha no próprio perfil, que não está muito legal.

Estilo 'redação escolar'



O trio de bobagens que se vê na imagem foi achado pela assídua colaboradora — nem preciso dizer onde, pois está aí, em maiúsculas.

Os colegas do jornal ainda não aprenderam que preços não são caros ou baratos.

Estes adjetivos combinam com "PRODUTOS".

PREÇO pode ser estratosférico ou ínfimo, alto ou baixo etc. etc.

A redação também tem gente que supervisiona estagiário, mas não sabe que "a maior parte" NÃO "foram", "A MAIOR PARTE FOI".

E o que dizer do verbo "ALERTAR", pobrezinho?

Ninguém mais conhece sua regência.

Os jornalistas cismaram de escrever "alertar sobre" e agora exageraram: o fizeram "POR várias vezes".

Que tal tratar o idioma com um pouco mais de carinho e atenção?

Sessão não é seção!

O erro primário — encontrado pelo atento amigo naquela coisa que substituiu Gente Boba, mas manteve (ou já superou?) o nível — estava me esperando nos e-mails. 

Como pode assinar coluna no "maior jornal do país" uma pessoa que não sabe a diferença entre SESSÃO (espírita, de cinema, de fotos etc.) e SEÇÃO (corte, divisão e até partes do bendito veículo, como Esportes, Cultura e outras)?

Melhor nem comentar a CESSÃO pra não dar nó na cabeça da colega, não é?

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

O que acontece com os colegas?

Caros jornalistas que ora pisam com força no Português e estraçalham o idioma, eu NÃO "performo", nós NÃO "performamos" e o Grupo Corpo dança, se apresenta e até pode fazer uma dicionarizada performance, mas sem verbo bobão inventado, OK?

É igualmente impressionante que os colegas não saibam que a criança é amamentada e a mãe amamenta, assim como o paciente consulta um médico e este dá uma consulta — não o contrário, como a assídua colaboradora encontrou hoje no Globo, em matérias distintas.

Foi ela, também, que leu a "besteira coreografada" na Revista 29horas, que se autodefine como mídia aeroportuária.

Em outra troca de mensagens com duas amigas, fiquei sabendo que o G1 criou mais um partido, pra piorar a zona eleitoral que temos por aqui: os "democratas cristões" (ui!).

Os editores cristãos que se entendam, porque, pros leitores, tá dureza, viu?

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Reporte com cuidado

Ouço desde pequena que "a pressa é inimiga da perfeição".

No jornalismo em tempos de internet, o bom e velho conselho devia ser repetido à exaustão pelos editores.

Evitaria alguns pequenos vexames (como o "pedádio", que há horas aguarda correção na chamada da Veja) e erros de regência ("faz comparação ao", pessoal? Até o verbo prefere a preposição "COM"; o substantivo, então, nem se fala!).

O MSN tem um festival de besteira, mas quem vê o Jornal Nacional garante que ele não fica atrás.

Uma amiga, dia desses, quase caiu do sofá ao saber que certa medida do governo podia afetar nossas "exportagens". Que tal?

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Fora do 'habitat'

Às vezes a gente pensa que um modismo está desaparecendo e se dá conta de que ele está vivinho da silva, solto e se alastrando por aí.

Infelizmente, muitos são anglicismos dispensáveis, com ótimos similares no idioma pátrio.

Há poucos dias, conversando com duas pessoas na faixa dos 20 e poucos anos, ouvi tanto as frases "estou focada(o) nos estudos" e "agora estou focando nos estudos" que fiquei besta.

O que houve com o "estar concentrado", por exemplo?

Por que a insistência na repetição e na pobreza de vocabulário?

Ontem, a partir de postagem num grupo do Facebook, eis que a expressão gerou boa troca de ideias entre revisores.

Hoje, ao saber que vem aí uma segunda temporada da islandesa "Trapped" ("Ófærð"), resolvi dar nova olhada na série, que vi pela primeira vez com legendas em Inglês.

Pois não é que, na Netflix, encontrei um excesso incomodativo de "foca nisso", "foca naquilo" já no primeiro episódio?

A quem ainda não viu, informo: não há sequer uma foquinha no cenário gelado.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Desde o tempo dos bondes

Tripulação original da Entreprise
Há pouco, o sempre atento amigo ouviu mais besteira em programa vespertino da Band.

Datena filho fala de um monomotor que caiu em Planaltina de Goiás, chama a repórter e lhe pede para passar as informações "importantes" (havia o risco de só darem o irrelevante?).

A colega entra no ar com a imagem do teco-teco e diz que o avião levava quatro tripulantes, todos feridos, mas que ninguém morreu até agora.

O amigo ficou estarrecido.

Então esperavam mortes? E como é que um avião tão pequeno tem uma tripulação tão grande?

Pra quem ainda não sabe, "tripulação" é quem TRABALHA no navio, na aeronave, no foguete, no ônibus espacial...

Já ouviu a frase "tudo na vida é passageiro, menos o condutor e o motorneiro”? 

Pois é.

A língua se arrebentou na pista

O atento amigo chegou de viagem e, pondo o noticiário em dia, encontrou coisas de arrepiar nas matérias do acidente no Campo de Marte.

No G1, publicaram isto aqui:

"(...) por conta da explosão provocada pelo impacto da aeronave com o chão, imaginava-se que não haveriam sobreviventes".

Não "haveriam", colegas?! Então "houveram"?!

Mais cuidado com o verbo "haver", por favor!

Não custa perguntar, também, por que não usam "por causa" e deixam a maldita "conta" em paz.

No R7, teve esta gracinha:

"Segundo informações de testemunhas, o avião arrematou logo depois de uma tentativa de pouso (...)".

Antes de cair, ele foi a um leilão e "arrematou" o quê?

Acho que queriam dizer "ARREMETEU", não é?

E por que o plural em "informações"?

Aliás, qual é a necessidade da palavra? Não dá pra ser direto e usar apenas "segundo testemunhas"?

Definitivamente, jornalistas já não sabem noticiar acidentes (aéreos ou não).

Aguardem que lá vem mais bobagem em outra nota.