domingo, 29 de novembro de 2020

Nova agência reguladora

 


O amigo recebeu a chamada no celular, postou e me marcou, com o comentário:

"Oba! Vamos ganhar uma agência reguladora!"

Não sei se rio ou se choro.

Como largam jornalistas enlouquecidos na redação em dia de eleições no país?

Pra sair essa coisa doida, devem ter escalado pouquíssimos colegas para o plantão.

E a bagunça continua

 

Antes de ir votar, recebi e-mail do atento amigo com o recorte do jornal de ontem e o comentário:

"A Regência Trina Permanente do Império durou pouco. Mas essa do Globo é persistente e indica ter havido promoção de redatores do Jardim de Infância Texto em Desencanto para o setor especial do editorial."

Saí rindo (por causa do nome da escolinha), voltei e encontrei mensagem da assídua colaboradora, horrorizada com o plural da Falha.

Não dá pra fazer vista grossa, não é?

Sem orientação e sem revisão

Colegas do Globo, eu sei que ninguém mais cuida dos seus textos.

Se alguém substituiu o saudoso Luiz Garcia, certamente já abandonou o posto.

Caso contrário, teria informado a vocês que usar na mesma frase "além" e "também" é um pleonasmo feio de doer.

Ou se diz "ALÉM disso, terá aquilo" ou "terá isso e TAMBÉM, aquilo".

Escolham uma opção e fiquem apenas com ela, combinado?

sábado, 28 de novembro de 2020

República Federativa do Bobajal

As reportagens continuam sendo escritas e editadas (?) por gente que desconhece a língua pátria. 

"O que os atuais jornalistas aprenderam na escola?", perguntamos o colega de Turismo, a assídua colaboradora e eu.

A botar crase antes de masculino, como no Dia?

A enfiar um "por" absurdo na regência do verbo DURAR, como no Globo?

Vou fazer uma comidinha antes que o festival de besteira me tire o ânimo.

A CAMINHO da cozinha, pensarei: quanto tempo vai DURAR O preparo?

Servicinho caro e vagabundo


O Now, da Claro/Net, consegue ser o mais caro e mais obsoleto "streaming" do mercado — e eu não sei se vou esperar acabar a pandemia pra me livrar dele.

Como é impossível tirar a legenda e eu gosto de assistir a tudo com o som original, para ver a interpretação dos atores na íntegra, acabo me aborrecendo, porque o olho de copidesque pega os erros mesmo quando eu tento não prestar atenção ao texto.

Num episódio de "CSI NY", disseram ao protagonista algo assim:

"As autoridades permitem que você examine o avião 'se mantê-las informadas'."

Até hoje não entendi a dificuldade de conjugar o futuro do subjuntivo.

Serviços e Português de quinta acabam com a minha diversão.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Leiam, colegas, leiam muito


O despreparo absoluto dos jornalistas não se deve apenas à educação precária: falta leitura, muita leitura para aprimorar o texto.

Só a ausência de intimidade com as Letras explica a notícia que o atento amigo ouviu há pouco na CNN.

Ele ficou intrigado: 

"Quantas pessoas ainda matará esse incomum acidente? É 'work in progress'?" (a ironia estende-se ao abuso do Inglês na imprensa.)

Vai ver os carros paulistas seguem o exemplo dos jovens e "se aglomeram ao redor" de acidentes, provocando novas colisões sucessivamente.

Esse "aglomeram-se ao redor das baladas" é da Falha e foi encontrado pela assídua colaboradora, que também não entendeu a frase sem pé nem cabeça na matéria do Maradona.

Como ela, boiei no nonsense do Globo. Qual é a relação de "conhecido" com "relembre"?

Aproveito para lembrar que todo mundo morre quando o coração para de bater. O craque argentino merece obituário à altura do seu talento em campo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Serviço ruim e obsoleto


A TV a cabo já foi a salvação da pátria (salvation of the motherland?!?).

Hoje, infelizmente, perde feio (lost ugly?!?) para a Netflix, o Prime e outros serviços que deixam o espectador ver filmes e séries sem intervalo comercial e com a opção que bem entender: som original com ou sem legenda, dublado etc.

As traduções ao pé da letra nos parênteses devem-se a uma confissão descartada (num episódio de CSI) por ser "fruto da árvore venenosa" — que só apareceu na minha tela porque o Now não permite tirar a legenda.

Fiquei curiosa: policiais e juristas brasileiros falam assim?

Meu pai era advogado, eu sou jornalista e não me lembro de ter ouvido a expressão para designar uma prova contaminada ou obtida por meios ilegais.

Se estiver enganada, eu peço desculpas e take my little horse out of the rain.

Contaminação em larga escala


O jornalismo infantil praticado na nova imprensa está contaminando profissionais veteranos e tarimbados.

Pessoas que sabiam escrever (ainda que eu discordasse do teor do que escreviam) estão assimilando os piores cacoetes das crianças desconhecedoras do idioma.

O que é, por exemplo, esse "junto a" que o atento amigo encontrou ontem no Globo?

Trabalhamos JUNTOS NA mesma redação, JUNTO DO Batalhão de Choque da PM, mas nunca tomamos sequer um chope JUNTOS.

O ex-colega saberia me dizer quem estava JUNTO DESSAS 139 pessoas e fez uma pesquisa COM ELAS?

domingo, 22 de novembro de 2020

Endosso, sem o erro de grafia


 Até colega veterano precisa de revisor, como comprova esse achado da assídua colaboradora.

Um segundo olhar provavelmente evitaria a troca da OBCECAÇÃO — e das pessoas OBCECADAS — pela OBSESSÃO — de gente OBSESSIVA.

A diferença é um pouquinho mais que apenas uma letra.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Não é Jornalismo

 

Alô, editores do Zero Hora, um pouco mais de seriedade ao noticiar o crime que chocou a nação no Dia da Consciência Negra — ou chocou os cidadãos conscientes, negros ou não.

Aqui, o indefectível "após" não é apenas ridículo, como na maioria dos casos (afinal, uma coisa sempre acontece DEPOIS de outra, não é?).

Ele reforça propositalmente a ideia de que a morte NÃO aconteceu POR CAUSA de uma agressão violenta que nada tem a ver com uma "briga".

Em matéria de eufemismo ultrajante, vocês merecem o Troféu da Vergonha e do Antijornalismo.

PS: roubei o recorte da postagem de um amigo e colega, indignado como eu.

Essa é fresquinha


Estava fuçando as contribuições da semana, mas dei uma pausa para gargalhar com a besteira fresquinha que recebi do colega de Turismo.

Vocês me desculpem se rio quando a história é trágica, mas os colegas se superam a cada dia.

Agora, não basta morrer após, tem que morrer enquanto e tem que morrer mais uma vez, na ambulância.

Se os colegas tivessem o hábito de ler, eu diria que se inspiraram em "A morte e a morte de Quincas Berro d'Água", "A segunda morte de Ramón Mercader"... 

Lamentavelmente, sabemos que não é o caso.

Do meu baú de bobagens


Nos últimos dias, acumulei algumas contribuições, entre as quais essa gracinha infantiloide aí, enviada pelo atento amigo.

Editores do Jardim Pequeno Jornalista, qual é a explicação dessa sigla do estado no título, entre parênteses?

Foi pra tapar buraco na linha ou porque não cabia "perto de Natal", "potiguar" etc.? Melhor deixar em branco.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Anúncio não se qualifica


Sinto muito, pessoas do site br.ensemblestudy.com, nem cliquei no link "Veja se você se qualifica".

Não por imaginar que ninguém vai testar vacina em quem já tem 67 anos. Apenas me recuso a ser estudada por quem não estudou a própria língua.

Recomendo refazer o anúncio PROCURANDO PARTICIPANTES.

PROCUREM A VACINA, mas não usem a preposição "POR" com o verbo PROCURAR.

A não ser que vocês estejam PROCURANDO QUALQUER um POR aí.

Decifra-me ou te devoro

O atento amigo me pediu pra traduzir esse trecho de matéria do Globo, mas assumo a minha absoluta incompetência.

Essa história de decifrar o enigma da Esfinge é tarefa pra Édipo.

O amigo e eu entendemos de Português e isso aí não tem sentido na nossa língua. 

Caso alguém se atreva, aceitamos sugestões.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Vai dando um cansaço...



Colegas, estou ficando cansada do festival de regência estropiada.

Vejam mais essa, pescada pela assídua colaboradora.

A gente SE QUEIXA DE alguma coisa e/ou SE QUEIXA A alguém, não "com" quem quer que seja.

O Globo podia promover um curso intensivo dedicado ao assunto (regência verbal e nominal), nem que fosse apenas para os editores — afinal, são eles que deixam passar atrocidades todos os dias.

Pra fechar a festa no Arpoador, tema da matéria, que tal esse "status civil"?

Podem me fazer um favor? Consultem o dicionário e descubram como usamos o vocábulo latino em Português.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Olha o aviãozinho...


A colega das antigas (eu sou antiga, certo?) encontrou erro primário no Dia.

Primário não, infantil, porque aprendemos bem cedo que POSAMOS para fotos.

POUSAR é coisa para aviões, pássaros, mosquitos etc. etc.

No Globo, eu encontrei a bendita preposição "A" fora do lugar, como sói.

Quanto ao fundo floral, sei lá. Devo ter feito alguma associação com o jardim de infância em que só colhemos bobagem.

domingo, 15 de novembro de 2020

Plural em excesso



O plural da nota dos "apóses" quase escapuliu, mas me fez lembrar de outro que me aguardava aqui, em mais uma contribuição da assídua colaboradora.

Precisava dessas "correspondências" todas?

Por que não "toda a correspondência preservada"?

Os colegas estão exagerando no plural e no descuido com regência, a crase, a pontuação etc.. 

Em outra nota da mesma coluna, brotou uma vírgula em "São eles, a regularização (...)".

Que feio, jornalistas.

Quem fez esse anúncio?

A assídua colaboradora não acreditou quando leu o anúncio de meia página no Globo.

Como pode um restaurante chique publicar um texto chinfrim como esse, cheio de erros e bobagens mil?

Quanto terá custado o espaço no jornal e o trabalho da assessoria ou agência de publicidade que perpetrou o trem?

Eu comecei a rir no "eclético que trará mais jovialidade e um novo frescor" e fui perdendo o humor com a crase antes de "modismos", o "decidimos por não realizarmos"...

Não tinha um revisor que fosse pra ver isso antes da publicação?

Muito além do ridículo

Os colegas do Globo (e da imprensa em geral) ainda não se deram conta de que ultrapassaram o limite do ridículo há muito, muito tempo com esse tal de "após"?

Os "antes, durantes e depois" também têm sido mal empregados, mas o "após" foi aonde nenhum advérbio (ou preposição) jamais esteve.

"Após hospitais", crianças? "Após mortes"?

Socorro! Vai escrever mal assim lá em...

PS: nem sei pra onde mandar os maus escribas, mas faltou informar que o primeiro horror foi enviado pela assídua colaboradora e o segundo é uma daquelas chamadinhas que entram na tela do meu computador.

PS: a rede TEM, no singular, por favor.

sábado, 14 de novembro de 2020

A velha ordem dos fatores


Alô, crianças.

Quantas vezes mais será preciso repetir que Português não é Matemática, que frase não é conta de multiplicar, em que a ordem dos fatores não altera o produto?

Vejam a pérola pescada pela assídua colaboradora no Globo de hoje, abrindo matéria.

O que são os pobres "doentes desmobilizados"? Desistiram de lutar pela vida?

Ou os colegas queriam dizer "municípios que DESATIVARAM os leitos dedicados a receber doentes com Covid-19"?

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Trafegando sem cuidando


A querida amiga me enviou o recorte do Globo há pouco, com o irônico e pertinente comentário:

"Esses produtos devem ser mesmo umas drogas."

Cheguei a ficar preocupada, porque eu compro muita coisa pela internet e nunca pensei que poderia estar envolvida em alguma atividade ilícita.

Duas dúvidas:

1) afinal, as mercadorias trafegam ou são traficadas até a minha casa? 

2) meu endereço é um "destino de beleza"? 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A preposição ficou entalada


Acho que os editores de Política do Estadão estão com a preposição A "engasgada" no cérebro.

O colega de Turismo já tinha estranhado a invencionice "defesa a Fulano", horrorosa.

Pois achou lá trem ainda mais esquisito, um tal de "em revés a Beltrano".

Tentei até acentuar a olhadinha de revés aí da imagem, pra ver se os jornalistas entendem o sentido da palavra. Ô dificuldade.

No Jardim Pequeno Jornalista...

O trechinho enviado pela assídua colaboradora comprova: o tatibitate invadiu a Internacional do Globo

Que que que que é isso, garotada?

Lê a frase em voz alta e me diz se o ouvido não reclama.

PS: a regência "apontar que" também inexiste no idioma.

A regência reinventada

Um dos mais fortes sintomas da absoluta falta de intimidade com a língua é desconhecer as regências.

O Estadão não está fora da lista, como comprova o colega da área de Turismo.

"Defender a Fulano", crianças? Nananinanão.

Tirem essa preposição daí já!

Vocês podem DEFENDER O que for para os incautos, mas não me venham tentar DEFENDER ESSE uso do verbo como INDIRETO porque não cola.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Não vai pra lugar nenhum

 


Agora quem se lembrou de mim foi o colega da Serra.

"Segue parado" no manchetaço, Fluminense?

Só mesmo encarnando o Raul Seixas e cantando "plunct, plact, zum, não vai a lugar nenhum".

Bobajada com extensão


Conhecida pesquisadora e grande amiga dos livros viu essa coisa e logo se lembrou do blog.

Gente, o que é isso? 

Variações sobre o mesmo tema? "Sofisticação" da inutilidade?

"Logo depois", "pouco após" etc. só servem pra chamar mais atenção para a incapacidade de escrever bem uma frase.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Modinhas em alta

A assídua colaboradora — que hoje encontrou o horroroso erro "o que a deixaram muito debilitada", no obituário da Vanusa, na versão impressa do Globo — descobriu por lá um "divisivo" dia desses.

Pois não é que a moda já está pegando?

Alguém viu, achou bonito e... já temos gente "divisiva" e outros bichos imprensa afora.

Não demora e vira a tal da "tratativa" que lojas, operadoras de telefonia e que tais inventaram de usar com o sentido de PROTOCOLO, ATENDIMENTO, RECLAMAÇÃO e outras coisas que elas podem ABRIR quando não conseguem solucionar o problema do cliente imediatamente.

Leiam na imagem o verdadeiro sentido da palavra, por favor.

domingo, 8 de novembro de 2020

Proibido para menores

Constatação do atento amigo, em mensagem de ontem:

"O jardim de infância assumiu mesmo o comando do Globo. Já faz até título de editorial."

De onde as crianças tiraram essa regência? 

Não PREZAM O idioma? Não desçam pra redação.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Acorda, criançada!



Hoje a coisa começou "bem" mesmo.

O atento amigo mandou duas do "Globo Infantil" — favor não confundir com o finado suplemento Globinho, que era muito bom e feito PARA criança, não POR criança.

Numa, os colegas comprovam: não entendem patavina de regência. Vejam só:

"Teste de afinidade revela qual candidato você mais se identifica em São Paulo, BH e Rio. Clique e descubra".

COM O QUALCOM QUE ninguém conhece, não é?

E o que dizer do festival da preposição "para" nisso aqui?

"Maradona é transferido para Buenos Aires para realizar cirurgia para drenar hemorragia cerebral".

É muito tatibitate, viu?

Só acredito porque está impresso

Quase caí pra trás ao abrir a mensagem da assídua colaboradora.

A imagem veio com a brincadeira:

"Legenda feita especialmente pra você."

Gente! O que é essa paixão desenfreada pelo "após"?