sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Assim, nem a Esfinge

Enviado há pouco pela assídua colaboradora, o título estilo Decifra-me ou Te Devoro "brotou" numa coluna do Globo.

"Suspeita de coronavírus" é retida?

Como é que se prende uma ideia? E como foi que essa danadinha escapuliu e veio parar aqui?

Os holandeses são muito criativos, todos sabemos. Porém, acho que mesmo eles só seriam capazes de deter UMA PESSOA COM suspeita de estar contaminada pelo vírus, não é, não?

Ou coronavírus é um crime previsto no Código Penal?

Pra fechar a madrugada




Antes de seguir pra caminha (SEGUIR mesmo, deu pra entender?), recebi do veterano colega mais um título (do Globo) que é um espanto.

Tive que rir da "criatividade".

Ninguém conseguiu pensar numa forma menos estapafúrdia de ressaltar o espírito inclusivo dos cursos?

Eu é que não vou pensar nisso agora. Bons sonhos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Os horrores não cessam

Queriam mais?

Pois vejam o que o atento amigo achou no Globo de hoje.

"Restituir cofres públicos", gente?

Fiquei curiosa pra ver essa "operação".

Será que a empresa pretende "despachar os cofres" de Uber?

E o troféu vai para...

Voltando ao "maior jornal do país", acho que confundiram Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão — ou comeram o bichinho, coitado.

Afinal, o filme em questão mostra a BRIGA de Judy Garland PELA custódia DOS filhos.

Aproveito pra comentar a crase suspeitíssima que a assídua colaboradora mandou dias atrás.

Se os colegas temiam — duvido muito — que algum leitor pensasse que a água do Rio de Janeiro cheirou alguma substância maléfica e voltou em estado lastimável, por que não mudaram a frase para algo como "é um perigo a água do Rio TER CHEIRO DE geosmina"?

Sem destino

Botei toda a culpa no Globo, mas "essazinha" aí é da Folha.

Os colegas de São Paulo pode me explicar pra onde "seguem" os desabrigados de Minas?

Saíram em procissão?

Mesmo se for este o caso, qual é o destino dessa gente?

Vou ali buscar o verbo CONTINUAR e volto já.

Festival de curtas

Hoje vou postar algumas bobagens em notas curtinhas.

A assídua colaboradora encontrou tanta besteira no Globo que, se não for desse jeito, eu não dou conta do recado. (aqui é "conta" mesmo, perceberam? Não é "causa".)

A senhora da matéria de capa do Segundo Caderno pode não saber que o certo é "vão CORRER os proclamas", o que significa que um oficial do registro civil vai publicar o edital de casamento.

Nesses casos, o jornalista corrige ou tasca um "sic" pra evidenciar o erro.

PS: quem inventou "a reverenda", feminino que nem o Volp conhece? Estão lá apenas as "reverendas" — letras dimissórias nas quais o bispo dá faculdade ao seu diocesano para receber as ordens em outra diocese, segundo o Houaiss.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Aprendam ao menos um idioma

Há jornalistas que pensam que sabem Português, acreditam que sabem Inglês e... na verdade, não conseguem escrever direito o primeiro ou traduzir corretamente o segundo.

A coisa horrorosa aí foi encontrada pelo atento amigo no Globo de ontem — e em título!

"Pedir por" só cabe em poucos casos.

Se eu tivesse colegas de trabalho numa empresa, poderia pedir POR eles um aumento, ou uma carga horária menos puxada, ou qualquer outra coisa. Isto se chama INTERCEDER.

Se eu tivesse alguma coisa pra vender, também poderia pedir POR ela uma fortuna, ou uma quantia razoável, ou...

Deu pra entender a diferença, crianças?

Aproveito pra informar que, ao contrário do que imagina o site (jornalístico?) O Contorno de BH, está errado dizer "não houveram vítimas". Foi outro amigo que viu o trem na matéria do desabamento do Hospital Madre Teresa.

NÃO HOUVE vítimas, tá? (à exceção do idioma, obviamente.)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Assim eu fico por conta!

Caros colegas, que tal dar um tempo no excesso de plural e de erro de regência?

"Alerta por chuvas"? Sério? Elas pararam de cair pra emitir o alerta ou são multifuncionais?

O medo que os jornalista têm da CAUSA passou da CONTA e virou um monte de somas e multiplicações estapafúrdias.

Como é que ninguém ouviu falar na relação entre CAUSA e EFEITO, mas descobriu uma CONTA que provoca reações incríveis e plurais?

Em tempo: Sabará é oxítona e não perde o acento nem debaixo d'água.

PS: há um "motivada" sem a última sílaba e um feio "A previsão é que" (o certo seria "Há previsão DE"), mas eu já estava cansada, era tarde...

Bem que o meu pai dizia

Cresci ouvindo que "a economia é a base da porcaria".

O atento amigo encontrou um exemplo perfeito para ilustrar o dito no Globo de ontem.

Não contratam bons tradutores, revisores, redatores e editores e dá nisso.

"Tomará ação", gente?!

Até o Google Translator sabe que "take action", em bom Português, é TOMAR UMA ATITUDE, colegas!

Ajam rápido, antes que o jornal "goes to the hole for good".

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Vai entender de obra assim na China


A querida amiga encontrou essa sensacional obra de engenharia no Globo e comentou:

"Acho que um 'túnel erguido' merece primeira página tanto quanto uma ponte escavada."

Melhor não dar ideia pros nossos alucinados governantes, que adoram chamar atenção pelas declarações estapafúrdias.

Como eles também gostam de caprichar nos erros de Português, sugiro a leitura da matéria da Folha a respeito de um vírus novo que apareceu na China.

Foi enviado ontem pela assídua (e igualmente querida) colaboradora e é de arrepiar!  (clique aqui para ler)

domingo, 19 de janeiro de 2020

Eu vos declaro marido e...

Ontem, o atento amigo leu a abertura do texto de um dos 435,2 colunistas do Globo, encontrou essa "gracinha" aí e me enviou, com o pertinente comentário:

"O cara diz que o Masters & Johnson já fez Bodas de Ouro. Sei que os pesquisadores eram casados, mas o relatório eu não me lembro com quem se casou."

Pois é.

Também desconheço detalhes do CASAMENTO dos RELATÓRIOS Kinsey e Hite. Não sei se houve festa, se foi em igreja ou em cartório...

Se lessem mais (e não apenas relatórios) e consultassem dicionários, acho que os colegas não confundiriam BODAS com JUBILEU.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Isso é que é cochilada

Alguém, por favor, reforce a dose de cafeína dos editores do Globo.

Na edição de ontem, como se vê no recorte enviado pelo atento amigo, eles escolheram como destaque de um texto justamente o erro (!) e nem perceberam.

Acorda, pessoal!

Confundir IMINÊNCIA (aproximação) e EMINÊNCIA (excelência) é coisa de criança — e de criança que não leu "As mil e uma noites", histórias contadas para salvar apenas uma vida, não o mundo inteiro.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Larga a muleta, jornalista!

Caros colegas, por que essa mania de enfiar "após" e "sobre" em tudo?

A assídua colaboradora encontrou esse "guia sobre o cinema" e eu quero saber em cima de qual sala ele está.

Não dá pra fazer um guia DE cinema, um guia DE viagem...?

Falando nisso, a amiga já viajou de avião, de trem, de ônibus, mas nunca viajou "de negócios".

Como é que faz o "viajante de negócios", jornalistas do Globo? Compra a passagem num negócio qualquer e vai embora?

PS: a "busca por" também é de lascar.

Textos ambíguos e barrocos

Foi-se o tempo em que se fazia texto jornalístico claro e direto.

Hoje, como em muitos outros aspectos da vida, estamos regredindo — e, na nova imprensa "rococó",  um dia podemos até alcançar requintes da época em que "farmácia" se escrevia com "ph", quem sabe?

A ambiguidade do título do alto fez o atento amigo se preocupar com os demais povos, tadinhos.

Afinal, "" os indianos terão o visto facilitado! Por que isso, colegas do Globo?

A gracinha me levou a procurar outro exemplo enviado pelo amigo.

O e-mail, perdido no turbilhão de todo fim de ano, traz o verbo "apurar", que pode ter muitos sentidos, mas, primordialmente, significa aprimorar, aperfeiçoar — nem preciso dizer que não era nada disso que dizia a matéria, não é?

Finalmente, para fazer "pendant" com o "" dos indianos, temos essa "beleza" com "apenas" encontrada pela assídua colaboradora.

O que vem a ser essa construção, crianças?

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

As falsas regências do 'Globo'

Nunca, jamais, em tempo algum tentem aprender regência lendo o jornal O Globo (ou ouvindo as emissoras de rádio e TV do grupo).

Verbal ou nominal, é coisa nada confiável nos textos produzidos por lá.

A assídua colaboradora encontrou novo exemplo: o "ficou fascinado de (seja lá o que for)".

Amores meus, a gente pode ter fascinação POR alguma coisa, ficar maravilhada COM outra, pode ser admirada POR alguém e ficar admirada COM outro...

As opções são infindas, mas não incluem "DE", combinado?

Excessivos plurais



Vai gostar de um plural lá no Globo, viu?

Vejam os exageros encontrados pela assídua colaboradora.

Uma agenda, até aquela em que a gente marca tarefas corriqueiras, inclui vários itens.

A agenda pública não é diferente, colegas — e continua singular por mais que esteja lotada de compromissos.

Também não convém dizer que pessoas "desistiram ao verem".

Leiam em voz alta e me digam se não soa mal.

DESISTIRAM AO VER fica muito melhor, não é, não?

PS: ganha ponto quem escreveu o segundo texto, só por ter usado "POR CAUSA", em vez de apelar pro feioso "por conta", que virou cacoete.

sábado, 11 de janeiro de 2020

Que quase verdade é essa?!?


Gente, o calor está derretendo meus neurônios.

Vi a chamada do Globo, compartilhei no Facebook e nem li o que vinha em seguida.

Já a assídua colaboradora não apenas leu como me enviou o texto estapafúrdio.

O que significa "a expressão 'o sol está de rachar' fica quase tão verdadeira quando (...)"?

Se alguém encontrar o sentido desse trem, nos informe, por favor.

Esperarei sentada (e com o ar ligado, obviamente).

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Espera que tem mais...





Abri meus e-mails e lá estava a informação que O Globo deu ao atento amigo e a leitores distraídos: a RUA Siqueira Campos é uma avenida! Uau!

Gente, eu moro perto dela há 60 anos e não sabia da novidade!

Perceberam que eu moro HÁ 60 anos, não morei "por 60 anos"?

Pois é.

Também TRABALHEI no jornal UMAS DUAS DÉCADAS, não trabalhei "por" tempo algum.

O amigo sugere a compra de um guia das ruas do Rio para a redação — e eu acrescento à lista uma gramática, um dicionário de regências e muito mais.

Pensaram que tinha acabado?

As maravilhas não cessam naquele que já foi "o maior jornal do país".

Vejam o novo verbo que o atento amigo encontrou nas páginas. É de arrepiar!

Amores meus, DAR CONCESSÃO é CONCEDER, entenderam?

Parem de inventar moda, porque isso não é criatividade. Só demonstra absoluta falta de intimidade com o idioma pátrio.

O sol estava tão quente que...

O atento amigo viu essa gracinha aí no Globo, estranhou e me enviou.

Tenho que dar razão a ele.

Afinal, "caloroso" pode ser sinônimo de calorento, calmoso e quente.

Só que costumamos usar o adjetivo para coisas que demonstram energia, entusiasmo; que são enfáticas, veementes.

Ou para ações que infundem ânimo, despertam simpatia e demonstram afeto.

Um abraço caloroso pros colegas, com votos de muita leitura em 2020.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Não estamos exagerando

Só pra vocês verem que a assídua colaboradora e eu temos razão quando reclamamos da insistência em certos absurdos.

"Após durante" é forte, não é, não?

Está no Globo — e nós recomendamos que os colegas DEBATAM O ASSUNTO, antes que o jornal vá pra cucuia de vez.

PS importante: DEBATAM O, não "sobre o", porque a pressão em cima dos objetos da redação pode acelerar o processo de destruição da empresa.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Extra! Extra!

O "furo de reportagem" foi registrado na TV do atento amigo.

Os colegas da Bandnews descobriram a pólvora — ou, como ele disse, "choveram no molhado".

Com a chuva, queriam que a cidade ficasse debaixo de quê?

Falando no advérbio "debaixo" (ou "embaixo"), a preposição correspondente "sob" não sai dos jornais, que continuam insistindo em pôr coisas "sob risco", quando elas podem apenas CORRER RISCO ou ESTAR EM RISCO.

Quem encontra a besteira diariamente é a assídua colaboradora, que tem paciência de Jó.

Eu confesso que não tenho mais saúde pra reclamar do excesso de erro no uso de "após", "sob" e outros bichos — todos velhos como a Sé de Braga, só pra continuar nas referências religiosas.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Mais votos para o Ano Novo

Que tal pensar duas vezes, pesquisar e usar dicionário antes de escrever, pra não sair inventando trem estrambótico?

Em matéria da Folha sobre o lado sombrio e o lado luminoso das pessoas, com teste e tudo, a assídua colaboradora querida encontrou um tal de "Maquiavelianismo" (uau!).

Acho que, distraidamente, ouviram falar de MAQUIAVELISMO, aquela filosofia (e sistema político) do florentino Niccolò Machiavelli (ou Nicolau Maquiavel), criada lá pelos anos 1500.

Não devem ter gravado bem a palavra, mas a associaram a vilão, vilanagem, vilania e resolveram ser "criativos", misturando tudo numa coisa só.

Um 2020 sem tantos tropeços na língua. Que a Força esteja com vocês!