segunda-feira, 31 de maio de 2021

Dificuldade antiga


Há muito tempo que todos aprendemos a falar corretamente a expressão "quero tudo A que tenho direito".

No Esporte do Globo, porém, como constatou o atento amigo, ainda se suprime a preposição essencial.

Ninguém tem DIREITO A coisa alguma desse jeitinho estropiado aí, pessoal.

De quem é, de quem é?



A manchete fresquinha do Globo é "metafísica".

Não é bem o caso de "quem veio primeiro", mas "de quem é o bumbum", da vítima ou do segurança?

Responda se for capaz.

Que convivência é essa?

Essa é da Folha e foi enviada pela assídua colaboradora.

Devia tratar "deste" cenário, porém...

Estou em quarentena, mas não me reconheci na tal "convivência com si própria e o espelho". "Mim própria" onde?

O sujeito parece ser "os brasileiros".

O que é que "si própria" tem a ver com eles, colegas de São Paulo?!?

Tirem o 'H' e o acento, por favor


O colega friburguense encontrou ontem a "linda" manchete no site do Globo Esporte.

Pois não é que eu fui procurar e a coisa está do mesmo jeitinho — e reproduzida em outros lugares, como a Gazeta Web?

Jornalista que não sabe a diferença entre a preposição "A" e o verbo "HAVER" tem que estudar muito.

Ler e  usar dicionário é altamente recomendável para qualquer um. 

quantos anos o Chapecoense não vai A uma final?

domingo, 30 de maio de 2021

Três de uma vez para encerrar


Para fechar o dia, segue um buquê de bobagens colhido especialmente pelo atento amigo no fértil terreno do Globo.

O bendito "dentre" saltou DE ENTRE as frases da primeira página (!) para incomodar a vista.

Em outro texto o socorro "chegou a demorar" — não demorou a chegar — e "levaram" um tempão para "levar (...)" — para pensar e reler não levaram um segundo.

Quanto aos jovens, coitados, dizer que eles "lembram Maluf " é maldade, tem muito jovem bonitinho por aí. 

Acreditamos que o colunista pretendia escrever "os jovens SE LEMBRAM DE Paulo Maluf", mas... 

sábado, 29 de maio de 2021

Não estropie o Português

Pessoal, para com isso.

Quando o Novíssimo Jornalismo empaca numa preposição, fica preso na modinha quanto tempo?

"Por" é o novo "após"?

Ninguém apela "por", busca "por", procura "por"...

PROCURE UM dicionário, BUSQUE A regência, APELE PARA um colega experiente. Não há um na redação?

A falta que um bom editor faz


Morreu hoje o jornalista Milton Coelho da Graça, com quem tive o privilégio de trabalhar no Globo — e que certamente mandaria cortar o excesso de plural nesse trecho de matéria enviado pela assídua colaboradora.

Para que USAR tanto "S"? O que é esse "uns entre os outros"?!?

Parem também com essa mania horrorosa de achar que FAZER é "realizar", que TER é "possuir", que USAR não é tão "chique" quanto "utilizar" só porque TEM menos sílabas.

Perceberam que uma coisa é MENOR ou PIOR se comparada a outra, MAIOR e MELHOR

Então me digam: essa "eficácia" aí é "menor" em relação a quê?

PS: esqueci de falar da regência esdrúxula "apelos por". Faço um apelo A todos: apelem PARA os bons dicionários quando TIVEREM alguma dúvida.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Persistir no erro é ignorância


Colegas do Globo, G1 etc., todo mundo erra, mas insistir no erro é inaceitável.

Como pode um jornalista veterano, que já ocupava cargo de chefia quando eu cheguei ao jornal, nos anos 1970 e tal, escrever esse trem que o atento amigo me enviou ontem?

A regência "pedir para que" não existe na Língua Portuguesa. 

Como cai nessa esparrela uma pessoa que sabia escrever? A posição política dela nada tem a ver comigo, mas o Português me interessa e não me parecia ser o seu fraco.

A outra regência estropiada foi enviada por uma amiga queridíssima, PARA QUEM EU PRECISO TELEFONAR.

Eu quero TELEFONAR PARA ELA, mas jamais "a telefonarei", podem confiar.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Para e pensa um pouquinho


Caros repórteres e editores do Globo, nós sabemos que a redação está desfalcada, que nenhum empresário está preocupado com o texto e que redatores e revisores são espécies em extinção.

Mesmo assim, a assídua colaboradora e eu pedimos um tiquinho mais de atenção antes de publicar as matérias.

O que são esses "entes perdidos" que soam como título de filme de terror classe Z?

A expressão "entes queridos" é corriqueira, mas "perdidos"?!?

No impresso, tem texto começando no meio:

"Agora, (...)". Cadê o início do assunto? 

A seguir, temos um "terminal que teve resultado positivo" e "realizou voo".

Nem passarinho "realiza voo", colegas. Ele VOA. E ponto final.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Eram os vírus astronautas?


Fui até tomar um café para ver se entendia melhor essas manchetes relacionadas à pandemia que nos assola, mas continuo boiando.

A assídua colaboradora não compreendeu o "aumento da gravidade", pensou até em "astronautas".

Confesso que estão dando voltas no meu cérebro esses conceitos de "baixa", "aumenta", "risco de", "gravidade"... E eu ainda não consegui fechar tudo isso com alguma coerência.

Já a colega revisora está brigando com o sentido desses "10% das pessoas" e não vê a hora de imunizar os "outros 90%" dela.

Os colegas do Extra certamente queriam dizer "10% da população", mas não pensaram e mandaram a lógica para o espaço, onde não há gravidade etc. e tal.

Parece que ninguém liga

O Globo estropia regências todos os dias, inventa o que quer, usa a preposição que bem entende e fica por isso mesmo.

O atento amigo mandou essa aí ontem.

"Deportar ao", crianças?

Em que dicionário vocês encontraram isso?

terça-feira, 25 de maio de 2021

Perigo real e imediato



A assídua colaboradora e eu não temos absolutamente nada contra metáforas e figuras de linguagem em geral.

No entanto, não entendemos muito bem o que quis dizer o colunista do Globo com "os riscos que diariamente baleiam os cariocas".

"Riscos que baleiam", gente? Meio forte essa, não?

domingo, 23 de maio de 2021

O entrevistado merece

Mais um caso para o famoso REVISOR DE PLANTÃO, personagem que sumiu de todas as tramas, digo, redações.

Como comentamos ontem, em outro texto enviado pela assídua colaboradora, não se pode simplesmente transcrever a fala de um entrevistado, publicar um artigo de especialista de qualquer área, ou as matérias dos colegas sem uma LEITURA ATENTA e as CORREÇÕES necessárias.

As boas ações evitam bobagens como "caiu em queda" e muitas mais.

sábado, 22 de maio de 2021

Perguntar não ofende

Perguntinha rápida de uma querida amiga para os colegas do Globo, em que ambas trabalhamos:

"A Secretaria de Educação passaria a se chamar Secretaria de Alfabetização, por exemplo?"

Pois é, crianças.

Não confundam os titulares das secretarias com as Pastas em si (a frase ficou meio kantiana, mas está valendo).

Quem disse que não precisa?


Mais Folha — e num só texto que, segundo a assídua colaboradora, está todo ruinzinho.

O artigo é escrito por um médico, o que não é garantia de nada quando se trata do Português.

A pessoa pode manejar magnificamente um bisturi, acertar todas ao fazer diagnósticos etc. e ser péssima de Letras — talvez a caligrafia da classe em questão seja exemplo mais que suficiente.

Para os dois casos apresentados, receitamos algumas doses de Preposição, "medicamento" que dispensa receituário, mas exige consultas periódicas aos bons dicionários.

Ter sempre um revisor de plantão também é recomendado.

Duas poupanças, uma fortuna


A assídua colaboradora me mandou isso aí e... ficamos ambas curiosas.

Quantas "fortunas" o cara queria aumentar?

Afinal, entendemos que uma pessoa possa ter muitas aplicações financeiras, mas "fortunas plurais" é meio esquisito, não é, não?

Quantas "fortunas" vocês têm em casa?

sexta-feira, 21 de maio de 2021

O número é três. E o resto...


Coincidentemente, as duas bobagens TÊM o número 3 (a maiúscula no verbo deve-se ao excesso de "têm" plural e sem acento que venho encontrando na internet).

A do atento amigo, enviada ontem, refere-se às expressões "cerca de" "mais de", "em torno de" etc. 

Ao que tudo indica, os novíssimos jornalistas ainda não entenderam que elas acompanham números grandes e redondos, tais como CEM, MIL, 1 MILHÃO — e por aí vamos.

A outra é de hoje e eu recebi da assídua colaboradora. 

Que bela "concordância", hein, colegas do Estadão?

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Escolhas difíceis


Recebi essas duas coisinhas aí do atento amigo e ambas vieram com perguntas.

A primeira foi:

"A professora está pedindo que eu aceite sua amizade no Facebook. Você aconselharia?"

A segunda é mais um espanto do que uma dúvida:

"O carro desembarcou um morto e dois feridos no restaurante?!"

O que vocês responderiam?

domingo, 16 de maio de 2021

Especialista em dispersão local


Recebi da assídua colaboradora esse horroroso "O vi dar depoimento (...)", achado em entrevista do Globo.

Chegou cedo, ferindo a vista — e só não doeu mais no ouvido porque me soou como "olvidar".

Mas bateu a já tradicional dispersão da quarentena, fiz um monte de outras coisas e comecei a limpar as caixas de e-mail.

Resultado: encontrei duas pérolas pescadas no Ancelmo pelo atento amigo, ambas em abril.

Podem ser velhinhas, mas até o Ipea está envelhecendo, como "informa" uma das notas (já tem especialista no tema, vejam só).

E a outra serve para ilustrar o mau uso de "estes" quando o certo seria "esses" — e o uso correto, porque a invasão foi naquela semana mesmo.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Questão de tempo e motivo

Amigos do Globo online, não façam uma coisa dessas.

Já estou recebendo colaboração até como comentário, porque os delírios não cessam.

O que significa essa chamada?

A moça tomou "vacina com suposto AVC"? O "suposto AVC" estava no frasco ou na seringa?

E se foi "após" a tal vacina, quanto tempo se passou? Foram horas, dias ou meses depois? 

terça-feira, 11 de maio de 2021

De regências e pleonasmos


Vejam as gracinhas que eu recebi nos últimos dias.

A assídua colaboradora encontrou a regência estropiada no Jardim do Globo de sábado.

"A quem o cobra", colegas?!? 

Não soou mal em nenhum ouvidinho e não doeu a vista de ninguém?

Já o primor de "redundância tautológico-pleonástica" foi encontrado pela colega revisora no Diário do Centro (âmago, meio etc.) do Mundo.

sábado, 8 de maio de 2021

Invencionices estapafúrdias


O Novíssimo Jornalismo adora inventar moda estrambótica.

Vejam essa que o atento amigo encontrou no Globo.

Agora se faz título com a primeira frase do lead? E o texto continua abaixo como se fosse a coisa mais normal do mundo?

Isso eu faço quando mando e-mail apressado para a família.

Em jornal, jamais tínhamos visto.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

A velha ordem dos fatores


 A assídua colaboradora leu esse trem aí no Globo e me enviou.

Confesso que estou com a cabeça meio embotada devido a uma noite mal dormida (certamente provocada pelo excesso de notícia ruim).

Mas parei, li de novo e me perguntei:

"O Paes foi lá, conversou com os fins de semana e liberou a praia para eles? Ou o prefeito liberou o vírus aos sábados e domingos para os cariocas poderem ir à praia sem risco?"

Ajuda aí, pessoal, porque eu ainda não tomei meu canecão de café.

Prestes a atingir o clímax


O atento amigo me enviou esse absurdo do Globo de hoje (quinta-feira) e comentou:

"Acho que estamos no limiar da irresponsabilidade eufêmica."

Imediatamente imaginei a "sociedade distópica" de todos os atuais enredos de ficção científica.

Afinal, vamos e venhamos: "O Limiar da Irresponsabilidade Eufêmica" é um excelente título, até Philip K. Dick usaria.

Mas nem o mais delirante escritor diria que uma faca provocou a morte de alguém. O rapaz ESFAQUEOU cinco pessoas. Vírus é que PROVOCA a morte de mais de 400 mil brasileiros, por exemplo.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

A falta de cultura é geral


Uma querida amiga leu no Globo e não acreditou.

No obituário do ator Paulo Gustavo, sua cidade, Niterói (foto), foi rebaixada a "bairro do Rio" (uau!).

É muito desconhecimento da geografia fluminense, gente.

Outra horrorosa — que já está cansando (especialmente em legenda) — é chamar delegado ou comissário de polícia de "comandante".

Deixem os comandantes nos navios e nas Forças Armadas em geral. 

E vão assistir a uns filmes do Batman e conhecer o Comissário Gordon.

terça-feira, 4 de maio de 2021

Tocar em que sentido?


 Alô, garotada do Globo. Dá para explicar melhor essa história?

A assídua colaboradora chegou a pensar na hipóteses de o livro ser em áudio, para "tocar em" algum lugar.

Mesmo assim, acho que poderia "tocar em todas as casas".

É forçar muito a barra usar o conceito de "família" como sinônimo de "lar" para botar alguma coisa tocando dentro dela, não?

Tira a preposição "EM" que a coisa muda de figura.

domingo, 2 de maio de 2021

Impossível explicar


 A colega revisora leu a manchete do Dia e estranhou:

"Possível motel?!?"

Confesso que também não entendi.

Nem os policiais sabem dizer se se tratava mesmo de um motel pela descrição do lugar?

Sempre achei que fossem todos facilmente identificáveis.