Lá pras tantas, ela me perguntou se eu tinha lido, no Globo de ontem, um obituário escrito pelo Frei Betto, pois queria tirar uma dúvida:
"Transvivência existe?"
Consultei a memória e o mais próximo que me veio à cabeça foi a tal da "transubstanciação".
Parti, então, para os dicionários e... nada!
Com algum esforço, imagino que o autor tenha tentado ser poético.
Afinal, o neologismo não pode ter sido criado por falta de sinônimos (igualmente horrorosos) para a morte, tais como: acabamento, decedura, decesso, defunção, desaparecimento, desaparição, exanimação, exício, extinção, falecimento, fenecimento, finamento, libitina, limoctônia, óbito, ocaso, passamento, perecimento, transpassamento, transpasse, traspassação, traspasse, traspasso e trespasse.
Este último, aliás, minha mãe usava em alguns tipos de roupa que costurava pra mim — disso eu me lembro.
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