quinta-feira, 25 de março de 2021

Jargão da polícia, modo de usar


O atento amigo ficou besta com a reportagem do Globo a respeito do tiroteio num supermercado de Boulder, Colorado, em que morreram dez pessoas. 

O chefe da operação policial é tratado o tempo todo como "comandante da polícia de Boulder".

Colegas, o AGENTE (única expressão traduzida corretamente) que chefia ou coordena a ação NÃO É "comandante". Ou vocês chamam o editor-chefe de "comandante" na redação?

"Bolsa mortuária" também não é a melhor tradução para "body bag" ou "corpse bag". Procurem no Google: as primeiras opções que aparecem são "saco para óbito" e "cobertura para óbito". Não melhora muito, mas é o que há.

Lá pras tantas, dizem que a polícia tem sob custódia “uma pessoa de interesse” que se feriu. 

Alguém se lembra da série "Person of Interest"?

Pois é.

Lá fora é assim que costumam tratar quem não é exatamente SUSPEITO, mas é RELEVANTE para o caso, ESTÁ ENVOLVIDO no crime de alguma forma e é IMPORTANTE para a investigação.

Aguardem as próximas aulinhas de CSI.

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