O Globo de hoje chegou desfalcado aqui em casa. Deve ter sido num pedaço que não recebi que uma amiga, também jornalista, encontrou a seguinte chamada: "Veja a galeria de atores que renegaram papéis indicados ao Oscar".
No seu e-mail, ela enumera:
1) Renegar tem um sentido de mea culpa: a gente faz a besteira, se arrepende e renega. Renegar um papel é uma construção pavorosa;
2) Os papéis não são indicados a Oscar: os atores são indicados a Oscar pelos papéis e estes podem levar seus intérpretes a ganhar um Oscar.
Minha amiga se diz "já conformada com o fato de ninguém mais ter parente, só 'familiar', e que seriados ganhem 'franquias', como querem nossos new escribas". Mas acha que alguém devia ter tentado fazer caber no espaço a ideia correta: "Atores que rejeitaram papéis que deram Oscar a outros intérpretes".
A mensagem incluía PS: "Uma legenda informa que Julia Roberts negou o papel que deu a Sandra Bullock um Oscar." Vai ver o verbo "recusar" também caiu em desuso, penso cá com meus botões.
Impossível não amar uma pessoa que sabe tanto da língua mais bela do planeta.
ResponderExcluirQuanto às "franquias", nos seriados, já havia pensado a respeito e pergunto o que não sou responder a mim mesmo: o que seria correto?
Em primeiro lugar, obrigada, Diego.
ExcluirNosso idioma é mesmo belo e tem sido muito maltratado.
Está cada vez mais corriqueiro o uso de "franquia" para filmes e seriados que não param de dar filhote.
Confesso que, de tanto ler o termo (que só uso entre aspas, quando não encontro outra palavra), já não sei o que seria melhor.
Há filmes episódicos (muitos já mostram uma cena depois dos créditos para anunciar o seguinte), mas não vejo ninguém tratá-los assim.
Até o "spin-off" (para séries derivadas de outras) está sendo incorporado ao nosso vocabulário.
Vou fazer uma pesquisa e voltarei ao tema em breve.
Discussões sobre a Língua Portuguesa são sempre bem-vindas.