terça-feira, 10 de julho de 2012

Com a palavra, Fritz Uzeri

Hoje cedo espaço para o desabafo do veterano colega Fritz Utzeri (foto), que enviou a seguinte mensagem aos amigos e leitores do seu jornal eletrônico Montbläat (Mont, para os íntimos):

"(...) estou p... da vida pela desonestidade de O Globo, um jornal autocentrado — males do monopólio — que hoje em dia luta 'bravamente' contra a ditadura. Hoje (terça feira, 10 de junho), o jornal noticia a morte de D. Eugênio Salles. Entre outras coisas, sob o título: 'A discreta ação em defesa dos perseguidos pelas ditaduras', conta a história dos perseguidos políticos do Cone Sul que o Cardeal ajudou. Escreve O Globo: 'Essa história veio à tona numa série de reportagens do Globo, assinadas pelo jornalista José Casado em março de 2008.' Na ocasião, O Globo definiu a matéria como 'furo de reportagem'.
Ora, em 25 de maio de 2000 — quase oito anos antes — o JB publicou uma extensa reportagem minha, entrevistando D. Eugênio, na qual ele — pela primeira vez — contava tudo o que a matéria do Casado contaria depois. O título era: 'Rua da Glória 446, a esperança'. Lá se revelava que nada menos que 5 mil perseguidos políticos brasileiros, chilenos, argentinos e uruguaios foram ajudados por D. Eugênio, que mantinha no Rio uma rede de 80 apartamentos para dar refúgio a esses perseguidos enquanto não iam para o exterior. Nada tenho contra a matéria — aliás muito boa — do Globo, mas 'veio à tona' é um pouco demais.

O Mont estará de volta neste sábado. Confiram no site do JB quem 'trouxe à tona' a ação de D. Eugênio, com direito a primeira página da edição de 2000 e fac-símile da matéria. (...)"

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