sábado, 14 de dezembro de 2013

Como preencher mal um espaço


"Primor" de "textículo" na página 12 do Globo de hoje, intitulado "Brasileira encontrada morta na Itália".

Pra começar, a moça foi achada "dentro de um centro de estética DA qual era proprietária" (seria ela a "dona da estética"?!).

Seu "corpo POSSUÍA lesões no cérebro" (o conjunto da obra é ruim, mas eu queria mesmo saber qual é o problema com o verbo "ter". Vai pro limbo juntamente com o pobre "continuar"?).

Meses antes, uma "OUTRA brasileira TAMBÉM foi achada morta", "grávida do dono da empresa para a qual trabalhava".

Pela lógica, ela teria conseguido a façanha de ter o próprio filho, ainda não nascido, como patrão.

Ou eu aprendi tudo errado, quando me contaram que um homem pode engravidar uma mulher, que, por sua vez, carrega um bebê — e não o pai da criança?

Acho que esse texto está grávido de más escolhas. Tudo em apenas um parágrafo, acreditem!

4 comentários:

  1. Morro de rir com tuas observações, Solange, mas sei o caso é duplamente triste: pela sorte da brasileira na Itália, e pelo deplorável nível de nossos articulistas.

    Todavia, mesma na terra de Cervantes, las barrigas, que las hay, las hay. Colhido de uma agência de notícias espanhola. "Hallan estrellado el avión 'desaparecido' en África con 34 personas muertas a bordo"

    Quer dizer que o avião voava cheio de cadáveres?

    O pior é que, se o título fôsse traduzido em português, nossos bravos tradutores repetiriam este mesmo êrro.

    Bom fim de semana, Solange, um abraço.
    André

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    1. Sensacional esse voo de defuntos, André! Parece coisa do finado seriado "Lost"...
      Obrigada por seus comentários, que me divertem muito (ainda que, como você comentou, os casos sejam duplamente tristes).
      Abraço e bom fim de semana pra você também,
      Solange.

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  2. Em um outro blogue, eu deixaria passar, mas não no seu, Solange!!! :)

    Aqui vão as correção para o meu comentário acima:

    Morro de rir com tuas observações, Solange, mas, vírgula) sei (que) o caso é duplamente triste...

    Todavia, mesma (mesmo!) na terra de Cervantes...

    Desculpe, mas não serei "global", você nada tem a ver com "a minha falha"! ;)

    Abrços.
    A.

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    1. Claro que percebi que se tratavam apenas de falhas de digitação, André.
      É comum cometermos várias ao escrever às pressas nesses tecladinhos. Muito mais do que quando usávamos gigantescas remingtons e olivettis.
      Abraço.

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