Preparado com antecedência, o jornal de domingo deveria ser mais bem cuidado que os dos outros dias. Uma rápida leitura do exemplar de hoje, porém, confirma que, definitivamente, O Globo precisa contratar redatores e revisores:
1) Gente Boba repete "poeta" e "poeta" — em frase mínima de nota idem — e me sai com esta em "Segue a história":
"A foto foi tirada pela dentista (Fulana), que apresentou os tatuís à sua filha, (Beltrana), de 9 anos, e (Sicrano), de 15".
O pobre adolescente estava lá de gaiato? Não é parente da moça e não tem direito sequer a uma preposição antes do nome?
2) Em "Remando na Lagoa" (Ancelmo), conseguiram fazer a estranhíssima redução "de dez para quatro mil", 3.990 acima.
3) No Segundo Caderno, a matéria (traduzida) da homenagem a Miyazaki traz erro de regência ("aproximação do Japão ao nacionalismo e ao militarismo" — o país aproxima-se DE alguma coisa) e de concordância ("embora ele os conceba com uma variedade e generosidade diferente e menos recompensador").
Para completar (e ilustrar), veja a legenda que a assídua colaboradora encontrou no primeiro caderno.
Pois é. O que dizer quando "as áreas pode" no maior jornal do país?
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