Queria saber de onde brotam certos cacoetes idiotas que os colegas ajudam a disseminar e transformar em praga (ou moda, dá no mesmo).
Ontem, meu atento amigo pescou, no Globo, mais um exemplo de uma dessas "novidades" que pululam nos textos jornalísticos de uns tempos pra cá:
"Um bando formado por cerca de 15 adolescentes promoveu uma série de roubos quando retornava da praia (...). Inicialmente, o grupo saqueou os passageiros no interior de um ônibus da linha 476 (...)".
Meu amigo pergunta:
"Não sei não, saquear os passageiros no interior do ônibus é mais grave que no exterior do ônibus? E no interior do porta-malas? Que coisa, né?"
Outras imbecilidades citadas por ele e que ninguém (que sabe escrever) aguenta mais:
"Tudo acontece 'durante' ou 'após'. Fulano morreu 'após' tiros, por exemplo."
O cara até podia ter morrido "antes" por outros motivos, só que não se trata de brincar com a desgraça — de tiroteios e do assassinato da Língua Portuguesa.
Já falamos disso aqui, mas não custa repetir (quem sabe um dia aprendem?).
O mesmo amigo tem lido coisas como "cerca de quatro", "mais de 15"...
Ou seja, perderam a noção — ou, como ele diz, o juízo.
Onde andam os editores, redatores, revisores, professores...?
PS: estou tentando ilustrar esta postagem, mas o Google Chrome não permite. (acabei de descobrirque, pelo explorer, dá.)
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