segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Simples é melhor. Sempre!


Como eu, meu atento amigo não aguenta mais os colegas que se acham eruditos porque fogem do simples — e, consequentemente, do bom Português.

Uma das últimas "paixões" dos repórteres do Globo já lhe encheu as medidas:

"Eles amam o 'espelho d`água', mas não sabem o que significa. Outro dia, numa (boa) matéria sobre esgoto na Lagoa. escreveram que 'a Fundação Rio-Águas REALIZOU' — ninguém faz mais nada, só realiza, já notou? — uma 'vistoria no espelho d`água' da Rodrigo de Freitas e identificou a 'presença de amônia'. Ora, um componente químico altamente diluído não pode ser identificado no espelho d`água, que é a sua superfície. Pode, sim, na lâmina d`água, com o recolhimento de amostras."

O equívoco não acabou aí:

"Mais adiante, o redator disse que a galeria de cintura impede que o esgoto chegue à lâmina d`água. Mais um uso impróprio. Quando atinge a água, o esgoto não fica só na superfície, mas mergulha nela e interage. Portanto, seria melhor dizer que a galeria impede que o esgoto chegue às águas da Lagoa. Mas pra que ser tão simples? Bonito é escrever complicado, usar expressões 'bonitas', mesmo sem conhecê-las."

Eu diria ainda que os caros colegas jamais usam coisa alguma, só UTILIZAM.

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