sábado, 29 de dezembro de 2018

Cuidado com a informalidade

Ontem prometi comentar horrores encontrados pelo atento amigo no tal do Dicionário Informal.

Estão lá coisas como: "Você não poderá ir a rua!" — assim mesmo, sem crase — iniciando uma incrível explicação do sentido da expressão "f...-se!".

A dita cuja é a sequência do diálogo iniciado com a frase escrita com erro, assim como a que vem abaixo:

"O f...-se dependendo da forma que é pronunciado passa diferentes estados (...)".

1) Cadê a pontuação?

2) "Forma QUE é pronunciado"?!?

Procurem num dicionário de verdade A FORMA DE SE DIZER alguma coisa, por amor ao idioma e ao leitor.

Esse bendito "que" deslocado nos faz acreditar que os colegas do Globo bebem com frequência nessa fonte contaminada.

É só ver os dois exemplos enviados pela assídua colaboradora.

O primeiro é um subtítulo:

"Avô, que dirigia o carro que caiu na água ao entrar na embarcação, está internado após saber que neto não resistiu". (sic)

O segundo é uma legenda:

"Violência é um dos problemas que afetam visitantes que tentam subir até o monumento no alto do Corcovado". (sic outra vez)

No texto do carro "que entra e cai", ainda há frases como "era muito apegado NO pai e NAe" (AO pai e À mãe, por favor!) e "O garoto era sem explicação". E ponto final. Acreditem.

Alguém tem explicação pra isso? Ligaram o f...-se?

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