No Globo de hoje, logo abaixo da coluna que homenageia o saudoso colega Luiz Mario Gazzaneo, um texto se inicia da seguinte forma:
"Surpreendendo a crítica, onde é exibida, com sua fotografia (...)".
É um ótimo exemplo de como, no Português, a ordem dos fatores altera o produto. Afinal, crítica não é um lugar, portanto, nada se exibe nela. E, para complicar ainda mais a leitura, o sujeito da frase está bem longe do verbo "surpreender".
Menos grave, mas igualmente equivocado, o começo da matéria da "possível compra da Saraiva pela Amazon" (de sexta-feira) informa:
"Os rumores sobre a entrada da Amazon no mercado brasileiro, que estaria interessada em (...)".
Nem é preciso seguir adiante. Vê-se logo que, pela proximidade, o leitor é levado a pensar que "o mercado brasileiro estaria interessado", passando batido pela concordância com o feminino. A solução seria tentar algo como:
"Rumores da compra da Livraria Saraiva pela Amazon, interesssada em entrar no mercado brasileiro (...)"
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