terça-feira, 5 de junho de 2012

Será que não aprendem?

Fim da reprise de "Cisne negro" (parabéns a Sylbeth Soriano pelas legendas), entram no ar os comerciais. Da cozinha, escuto o anúncio de uma ótica, com a atriz Deborah Bloch, e a frase:

"(...) de longe e de perto, com o mesmo óculos."

Será que algum dia esse pessoal da publicidade aprende que a palavra é plural? Custa muito dar uma rápida olhada no dicionário (com BONS ÓCULOS), antes de pôr erro no ar?

Está lá para quem quiser ver, de longe ou de perto:

"s.m.pl. dispositivo usado para auxiliar, corrigir ou proteger a visão, que consiste em um par de lentes sustentadas em frente dos olhos por uma armação; lunetas etim pl. de óculo; ver olh-"

2 comentários:

  1. Sol, acho que só eu, você e nossos filhos (não comuns, aviso aos leitores, pois somos amigas, porém não tão íntimas assim) falamos os óculos. Já ando me conformando - a língua é inculta, bela e dinâmica - que se transformará em o óculos, como um dia aconteceu com lápis. Pior foi o fim do "pegado". Tudo acabou sendo "pego". Pegou e pronto!

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    1. Mas "lápis", pela etimologia (pelo menos até onde eu sei), aceita as duas coisas, ou seja, pode ser singular ou plural (e assim está dicionarizado há "muuuuiiiito" tempo). Quanto ao "pego", já que pegou, que seja usado direitinho, apenas com os verbos "ser" e "estar". "Ter" e "haver" não aceitam a forma reduzida. Ex.: "O bandido foi pego porque estava doente: tinha pegado um refriado."

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