Antes de mais nada, explico que esta nota deveria ser uma dica literária: "O vendedor de armas", primeiro romance de Hugh Laurie, mais que conhecido mundo afora como o Dr. House. O livro é uma delícia, tem uma narrativa ágil e muito do humor que, mais tarde, o ator emprestaria ao famoso personagem.
O problema está na enorme quantidade de erros de revisão, que tira boa parte do prazer da leitura — e, às vezes, provoca risos na horra errada.
Nessa madrugada, por exemplo, tropecei numa menção ao seriado "Grey's anatomy", que não existia em 1996, quando Hugh estreou na literatura. Será que não havia uma pessoa um pouquinho mais culta para cuidar do texto de um cara que nasceu em Oxford e se formou em Cambridge? O autor, claramente, estava falando de "Gray's anatomy", um clássico da medicina com cujo nome fizeram trocadilho no título da tal série. E esta é tão tolinha que, mesmo que fosse contemporânea ao ótimo livro de Laurie, eu me pergunto: como ninguém desconfiou que ela não combina em nada com a trama, com o autor, com seu humor etc.?
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