terça-feira, 31 de maio de 2016

É 'de' Fulano, OK?


O atento amigo gosta de começar o dia bem informado e costuma sintonizar o rádio na CBN de manhã.

Pois hoje cedo ouviu a seguinte pérola:

"(...) o julgamento CONTRA Messi será (...)".

Caramba! Só mesmo rindo do comentário do amigo:

"Mal deram início à coisa e o julgamento já começou tendencioso!"

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Merece mais respeito

A assídua colaboradora encontrou coisas de arrepiar em matéria do Globo sobre o estupro que acordou muita gente no Brasil, a julgar pelas reações vistas online.

Queridos colegas, o tema, assim como a vítima, merece atenção e cuidado, não horrores como os  destacados pela amiga em sua mensagem:

"Essa menina só falou porque veio à tona as imagens. Ela está coagida, com medo de falar. É até muito compreensivo, e isso não está colaborando para ajudar" etc. etc.

"As imagens VEIO à tona"?

"Muito compreensivo"? Quem? O delegado?

"As lesões VAI depender"?

Não vou nem ler o resto.

domingo, 29 de maio de 2016

Triste realidade

Valei-me, santa Lois Lane!

Quando é que os colegas do Globo vão aprender que FATOS só podem ser reais?

E ainda precisa usar negrito pra destacar bem o horroroso PLEONASMO?

Faz muita questão de usar a palavra "REAL"? Que tal "baseado numa HISTÓRIA real"?

Ao contrário do "FATO", histórias podem ser fictícias ou verdadeiras.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O fim está próximo

Alguém pode fazer o grande favor de me explicar o que significa a frase destacada aí na imagem?

Encontrei no finzinho da matéria do Globo (milagre, o jornal chegou!) sobre um trambolhão com iluminação carnavalesca que fizeram na Barra.

O que significa "a ponte fica próximo"?

sábado, 21 de maio de 2016

Decifra-me ou te devoro

O link, com uma notícia sem pé nem cabeça, chegou aqui, acreditem, diretamente de Brisbane.

É lá que vivem dois queridos parentes mineiros, hoje cidadãos australianos.

Minha prima e o marido não entenderam lhufas, pediram para eu decifrar, mas o caso é muito mais complexo que a Esfinge.

Diz o título que tentaram matar uma modelo, mas não dá pra saber nem se ela estava no local.

O texto é uma coisa: tem cunhado pra cá, cunhada pra lá, uma ex-BBB que cai de paraquedas na história, "vítimas correndo" e até uma pessoa que "levou dois tiros (...) e realizou um procedimento cirúrgico que durou cinco horas".

A moça seria médica e teria feito a cirurgia em si mesma?

Cartas para a redação.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Imprensa carioca em baixa

Só pra variar, não recebi O Globo.
Mas tenho amigos que ainda recebem o jornal e colaboram com esta página.

Veja só que sensacional "conjugação" um deles encontrou hoje na página 8 e teve a gentileza de me enviar.

"Correligionários (...) QUEREM RECRIAM (...)". (o destaque é meu.)

O que fazia o editor que deixou passar um trem desses?

O desleixo virou uma constante por lá, no Português, na distribuição.... e por aí vamos, ladeira abaixo.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Essa a gente aprende na infância

Outra que o atento amigo está ouvindo desde cedo na Globonews (e lendo, porque o titulador copia a bobagem do jornalista e põe naquela "sopa de letrinhas" que fica passando na tela):

"Preço caro" isso, "preço barato" aquilo.

É inadmissível o "padrão Globo de qualidade" ter chegado a níveis tão baixos e o índice de bobagens estar tão alto por lá.

Como um jornalista profissional ainda não sabe que produtos podem ser caros ou baratos, mas os preços ou são altos ou são baixos?

Quem é o suspeito da frase?

O atento amigo não aguenta mais ler e ouvir a palavra "suspeito", usada em qualquer situação em que os colegas se referem a bandidos de diferentes calibres.

Vejam este exemplo, que ele achou no portal G1:

"A Polícia Militar informou que cerca de sete suspeitos assaltaram pessoas que faziam caminhada na Floresta da Tijuca. Policiais (...) foram acionados, mas os ladrões conseguiram fugir pela mata."

Pra começar, "cerca de sete" é lindo, né?

E se os caras são ladrões, como informa a frase seguinte, eles são suspeitos de quê?

A PM suspeita que conhece a identidade de alguns deles? Suspeita que eles moram em determinado endereço? Suspeita que eles sejam capazes de violência pior? Ou prendeu alguém suspeito de fazer parte da gangue?

Se não há tempo de reler o texto e não há mais copidesque, por favor, pensem bem antes de escrever, OK?

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Golpe não é desculpa

O Português e o jornalismo estão indo pro buraco (junto com outras coisas, você sabe quais).

Às duas da tarde, O Globo ainda não está na casa dos assinantes. Ou seja, o jornal não tinha um obituário pré-pronto da morte anunciada da democracia brasileira e do nascimento do monstro que ele mesmo ajudou a criar.

Um amigo (que teve a santa paciência de acompanhar o festival de horrores de ontem) notou que "oito entre dez senadores" não sabem falar "legislar". É "lezislar", "lezislação" etc. (ele estava fora durante o voto dos deputados, mas eu imagino que a média tenha sido a mesma).

E um outro, aquele sempre atento, não para de ver e ouvir mais uma asneira inventada pelos novos jornalistas: "intimada DA decisão".

Queridos colegas, a gente sabe que a situação está uma zona, mas faz parte da profissão escrever direito em qualquer circunstância, OK?

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Pequenos e perigosos

Pode parecer bobagem, mas um simples artigo é capaz de estragar uma frase.

Foi o que aconteceu no subtítulo da capa do caderno Morar Bem de ontem, no qual se lê:

"(...) uma antiga padaria que virou a casa".

"A" casa de quem? "A" casa o quê?

A casa da Mãe Joana? A casa mais linda do bairro?

Leia a primeira linha desta nota e responda: você diria "pode parecer 'a' bobagem"?

Não. 

Pois é.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O desleixo do 'Globo'


Caros responsáveis pelo jornal O Globo,

vocês vivem falando em crise, mas devem ter grana pra gastar uma fortuna em objetos absolutamente dispensáveis, ou não encheriam aquela baboseira do Ela com sapatos, roupas etc, acessíveis apenas para milionários (eu acrescentaria imbecis, mas deixa pra lá).

Bom, o nariz de cera é só pra pedir: empreguem um pouco desse dinheiro na contratação de revisores, por favor.

A assídua colaboradora, eu e a torcida do Flamengo não aguentamos mais todo dia dar de cara com títulos em que alguém esqueceu de conjugar o verbo ("Serra resistir"?!), ou comeu uma letra (como um "s" de Assembleia) etc. etc.

Em nome dos leitores, muito obrigada.

domingo, 1 de maio de 2016

Translator Tabajara


Acabo de ver "Game of Thrones" na HBO, dou uma "zapeada" pela programação do canal e encontro a seguinte sinopse de um filme chamado "A confirmação":

"A nomeação de (Fulano de Tal) para a Suprema Corte é posta em causa quando a ex-colega, (Beltrana), o acusa de ter sofrido abuso sexual dele."

"O acusa de ter sofrido abuso dele"? Que construção é essa?!?

"Pôr em causa"?

E o que faz o nome da Beltrana entre vírgulas? Ela é a única ex-colega do cara na face da Terra?

Contratem um copidesque, por favor.

Definitivamente, desleixo e economia porca não combinam com uma rede como a gigante HBO/Max.

PS: o título homenageia as "organizações" do Casseta & Planeta.

Virado ao contrário


É sempre um prazer ler Dorrit Harazim, apesar dos temas espinhosos que a colega costuma abordar — é preciso falar deles e ela sempre o faz com primor.

Hoje, porém, acho que houve algum engano numa pequena informação: a posição de um corpo num hospital bombardeado em Kunduz.

Diz o texto que ele estava "de bruços", mas a descrição que se segue e a ilustração indicam que o homem estava estava de barriga para cima.

Sabe do que mais? Esqueça isso e leia a crônica.

Eu li e é forte. Acho que nem o Homer Simpson aí consegue aliviar.