sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Nome certo aos bois

Os enganos do Globo de hoje não se restringem a Gente Boba.

O Ancelmo, por exemplo, acha que BEQUE "é um dos apelidos da marijuana". (sic)

Na verdade, é um dos apelidos do CIGARRO da dita cuja, também conhecido como BASEADO.

No Segundo Caderno, em "Cantadores do amor", o erro está na construção da seguinte frase:

"A gente está junto há mais de 25 anos, e eu tenho isso desde antes do nosso primeiro filho nascer, que já está com 21".

Tem vírgula desnecessária, contração onde não devia ("de+o"), mas o pior mesmo é o sentido (ou a falta dele).

O colega poderia ter escolhido entre "antes do nascimento do nosso primeiro filho, que já está com 21" e "antes de o nosso filho nascer, há 21 (anos)".

Do jeito que está, parece que o nome do rapaz é NASCER.

Quem tem telhado de vidro...


Hoje, Gente Boba ri de um e-mail (que eu chamaria de "quase automático"), porque acha que o remetente não sabia que o nacional e tradicionalíssimo TRAJE foi rebatizado de "dress code" por quem pensa que língua alheia é mais chique.

Gente Boba também não lê o que escreve e publica coisas como:

"Ela pretende, assim, REPETIR O SUCESSO da (exposição tal), que teve pinturas de (Fulana) e FOI UM SUCESSO".

Mais atenção ao próprio texto antes de criticar o dos outros, por favor.

Ou alguém da coluna acredita que é possível repetir o que ainda não aconteceu?

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Diretamente de Nova York


O atento amigo fez sensacionais descobertas no Jornal da Band desta noite.

De Nova York, o correspondente da emissora, comentando o desfile de Ação de Graças, mandou a primeira:

"(...) o trajeto percorreu quatro quilômetros (...)".

E emendou a besteira com a segunda:

"(...) a parada aqui em Nova York é um excelente local para atentados (...)". Uau!

Só tascando um Antonio Machado na criatura:

"Caminante, no hay camino,/ se hace camino al andar".

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Um erro de mais de 30 anos

Foto de Americo Vermelho
O olhar do colega jornalista passou por Copacabana e trouxe a lembrança de uma loja que resiste há mais de três décadas na fronteira entre o meu bairro e o Leme.


Além de já ter vestido muitos outros colegas (era lá que O Globo alugava roupas de gala para repórteres e fotógrafos nos bons tempos), a loja resiste ao copidesque.

A crase errada em "Só À Rigor", horrorosa, gritante, diante de masculino etc., permanece lá, imutável.

domingo, 20 de novembro de 2016

Que prazo é esse?

Por que se encontra hoje tanto "NO longo prazo" etc., como no titulaço da página 46 do Globo de hoje?

A gente entrega um trabalho NO PRAZO, pode comprar A PRAZO e até fazer um empréstimo MÉDIO ou LONGO prazo, não é?


Há quem tente justificar a coisa feia com a pergunta que se faz:

"Em que prazo?"

A resposta, me parece, seria "em um mês", "em dois anos" e por aí vamos, NO LONGO CAMINHO em busca de um Português menos estrambótico. De preferência, A CURTO PRAZO e, até, EM CURTO. NO curto, jamais.

sábado, 19 de novembro de 2016

O enterro do bom Português

A praga do "após-calipso" atingiu em cheio a editoria Rio do Globo.

É tanto "após" isso, "após" aquilo — e em destaque! — que criaram até uma "PÓS-posta" no subtítulo da página 10. (veja na foto)

Quem viu primeiro a "posposta" foi a assídua colaboradora.

Agora, estamos ambas tentando entender o que nossos colegas, ou nossos políticos, querem dizer com mais essa novidade.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ignorância explícita

Ontem mesmo comentei aqui os riscos de se fazer tradução sem conhecer o próprio idioma.

O uso dos "googles translators" da vida resulta em expressões que, vertidas ao pé da letra, nada significam pra nós — ou significam coisa diferente.

É o caso do GRAFISMO.

Virou modinha no Globo (por pura ignorância ou total reverência ao Inglês) usar "cenas GRÁFICAS" quando se quer dizer "CENAS EXPLÍCITAS", sejam elas de sexo ou violência.

A bobagem aparece no Segundo Caderno de hoje, na matéria "Japonês assustador".

Assustador é os colegas desconhecerem o que são gráficos, tão usados nos jornais.

Seguem alguns exemplos na imagem, pra ajudar a refrescar a memória.

E aí, 'o pessoal gostaram'?

Ao abrir os e-mails, achei colaboração do atento amigo, sempre ligado na novidadeira Globonews, que nem concordância sabe fazer.

Vejam só a foto que ele tirou da TV.

"O pagamento chegaram", colegas?!? Doeu!

Dispensa & Despensa


Abro o Facebook e encontro mensagem da (hoje nem tão) assídua colaboradora, com a rubrica "Dispensável".

Está na página 14 do Globo, num boxe que já começa errado no alto, em "Salário a conta gotas" (sic) — CONTA-GOTAS tem hífen, OK?

O segundo parágrafo abre com um triste "Minha dispensa está vazia".

Por favor, NÃO DISPENSEM o "E" ao abrir a DESPENSA, colegas.

É INDISPENSÁVEL!

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Tradutor tem que saber sua língua

Acabo de ver no Facebook esta postagem (aqui reproduzida) — e ela contém um tremendo exemplo das traduções feitas via Google Translator e similares (hoje tão comuns, infelizmente).

Não se trata de não saber Inglês, mas de desconhecer o Português, idioma pátrio até segunda ordem.

Como os responsáveis pelo blog pedem que a gente diga o que achou, minha opinião é: vocês precisam de um bom redator, porque A MINHA DOR NÃO SENTE coisa alguma!

Eu, tu, ele, NÓS SENTIMOS dor e a qualificamos como "forte", "aguda", "intermitente"...

Entenderam por que não dá pra traduzir um texto ao pé da letra?

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Instabilidade na redação


Recebi ontem mais uma "gracinha" do Globo, presente do atento amigo.


Veio com a seguinte pergunta:

"A CHUVA deixa o tempo instável?!?"

Pois é.

Ninguém pensa antes de publicar asneira na República Federativa do Bobajal.

Obs.: título é responsabilidade do editor, não do estagiário, tá?

sábado, 12 de novembro de 2016

Troféu Pleonasmo de Ouro

Hoje os suplementos do Globo estão "uma festa"!

O atento amigo acaba de encontrar mais uma no Segundo Caderno, nos destaques da programação.

Está lá:

"(...) profissionais envolvidos na escavação de um sistema de túneis subterrâneos (...)".

Pergunta pertinente do amigo:

"Há túneis sobreterrâneos?!?"

Pois é.

Antes de cometer pleonasmos, consultem o dicionário, colegas.

Acho que nem surfista usa o nome para aquelas ondas que se fecham e até lembram túneis. Preferem tubos.

Resgate equivocado


Já ia jogar fora aquele suplemento-jabá do Globo, dirigido às madames, quando dobrei o dito cujo e vi, na contracapa, o absurdo título:

"Resgate AOS cafezinhos como eram os do passado" (sic, com destaque meu).

Além de a construção estar horrorosa, informo que precisamos urgentemente de um RESGATE DO idioma.

RESGATE-SE O Português, resgatem alguém ou alguma coisa, mas NUNCA "ao algo", por favor.

Resgate equivocado


Já ia jogar fora aquele suplemento-jabá do Globo, dirigido às madames, quando dobrei o dito cujo e vi, na contracapa, o absurdo título:

"Resgate AOS cafezinhos como eram os do passado". (sic, com destaque meu.)

Além de a construção estar horrorosa, informo que precisamos urgentemente de um RESGATE DO idioma.

RESGATE-SE O Português, resgatem alguém ou alguma coisa, mas NUNCA "ao algo", por favor.

Coisas de louco, muito louco!

Acho que Gente Boba ouviu muito Black Sabbath e pirou (o som não é mesmo pra qualquer um).

Se não foi isso, como explicar a fantástica informação de que o líder da banda quer vários alimentos orgânicos em seu camarim e "para BEBER, chá e PIPOCA"?

Deve engasgar igualzinho ao "o perguntou" (ui!), que voltou a aparecer no suplemento cultural do Globo, hoje no finzinho da última página.

Ozzy Osbourne (no primeiro caso) e Leonard Cohen (no segundo) não merecem essas coisas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

De olho nos óleos

No domingo passado, um amigo avisou:

"O Globo disse que o Eduardo Paes está tocando um bandolim, mas o que aparece na foto é um cavaquinho."

Pois hoje uma amiga se lembrou do mesmo engano ao descobrir coisa muito pior no caderno Boa Viagem, que eu ainda não li.

Diz ela que, a páginas tantas, eles afirmam que uma certa marca famosa de cosméticos "é pioneira no uso de olhos essenciais naturais". (sic)

A amiga completa:

"Como fazem falta os 'óleos' dos revisores..."

Nada a acrescentar.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Não confunda sessão com seção

Há poucos minutos, o atento amigo via a Globonews e, enquanto a repórter falava de Washington, o texto abaixo dizia:

"(...) tiroteio mata um e fere dois perto de sessões de votos".

Sessões?!? Com dois "esses"?

Pessoal, essas aí são com "cê cedilha", OK?

E, como lembra o amigo, ninguém chama de "seções de votos".

Nosso tempo de convivência com as urnas pode ser ainda curto, mas, em todo o período, conhecemos os lugares onde votamos como "seções eleitorais".

Aproveito pra perguntar: quantas seções havia na área do tiroteio?!?

Jornalistas criam nova língua


O atento amigo e eu não aguentamos mais as invencionices do Globo, especialmente no campo da regência.

Acho que ninguém estuda mais isso nas aulas de Língua Portuguesa.

Vai ver acham que regência tem a ver com monarquia, regime que não vigora aqui, sei lá.

O certo é que não param de publicar "alertou sobre", "alertam contra", "preza pela"... E por aí vamos, ladeira abaixo.

Acho que vou deixar o Português de lado e começar a estudar "O Cuidado de Si".

É isso mesmo, acredite. O amigo recebeu convite pra essa "Roda Filosófica" (sic) e está tentando entender o que é esse trem até agora.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A derrota da informação

Um amigo chamou minha atenção para a última página da editoria de Esportes do Globo.

Sob a vinheta "clássico da rodada", que trata de Flamengo e Botinha, encontra-se a pérola:

"Desde que a atual diretoria do Botafogo assumiu o clube, no ano passado, o alvinegro ainda não perdeu para o rival. Foram três jogos: uma vitória e duas derrotas".

Alguém me explica o que significa isso?

Não perdeu, mas foi derrotado?!?

'Globo', o falso pudico

O Globo conseguiu atingir o auge do ridículo!

Como pode um jornal que já perdeu a vergonha há muito tempo e imprime palavrões a dar com o pau ainda ter prurido de usar os verbos PÔR e BOTAR???

"O que vem a ser 'COLOCAR PRA QUEBRAR'?", pergunta, menos delicadamente, o atento amigo.

Caramba!

Nem xingando muito dá pra engolir uma imbecilidade dessas!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Coletânea de bobagem

Decidi fazer uma "arte" com as mais recentes colaborações do atento amigo, assinante do Globo, como eu.

Hoje, li o jornal mal e porcamente, mas ele pegou lá o "embarcam A Curitiba". De doer.

Nós somos de uma época em que o Português era mais bem escrito e embarcávamos PARA cidades e países diversos, uma delícia! Também dizíamos "boa-noite PARA todos" (que a Globo erra diariamente), mandávamos "beijos PRA todos" (e não A) e cantávamos "Parabéns PRA você". Bons tempos, viu?

O tal do "o pergunta" é inexplicável. Se um colega chegou a colunista do "maior jornal do país" sem saber usar o verbo PERGUNTAR, juro que não sei o que dizer. Um trem desses não tem desculpa.

Já o titulão lá do alto, tadinho, ficou mal formulado, mas nem errado está. O problema é o que o "" na frente pode confundir o leitor. A sugestão do amigo é:

"Das empresas listadas em Bolsa, 10% têm 80% do lucro global".

Fica mais claro, concorda?

Coletânea de bobagem

Decidi fazer uma "arte" com as mais recentes colaborações do atento amigo, assinante do Globo, como eu.

Hoje, li o jornal mal e porcamente, mas ele pegou lá o "embarcam A Curitiba". De doer.

Nós somos de uma época em que o Português era mais bem escrito e embarcávamos PARA cidades e países diversos, uma delícia! Também dizíamos "boa-noite PARA todos" (que a Globo erra diariamente), mandávamos "beijos PRA todos" (e não A) e cantávamos "Parabéns PRA você". Bons tempos, viu?

O tal do "o pergunta" é inexplicável. Se um colega chegou a colunista do "maior jornal do país" sem saber usar o verbo PERGUNTAR, juro que não sei o que dizer. Um trem desses não tem desculpa,

Já o titulão lá do alto, tadinho, ficou mal formulado, mas nem errado está. O problema é o que o "" na frente pode confundir o leitor. A sugestão do amigo é:

"Das empresas listadas em Bolsa, 10% têm 80% do lucro global".

Fica mais claro, concorda?

Um sujeito enrolado


Descobri aqui, perdido na cozinha, um pedaço do jornal de domingo — e, nele, um título pra lá de confuso, que fiz questão de fotografar.

É óbvio que seguros não "utilizam" peças; veículos, sim.

Mas o leitor do Globo precisa encarar uns dois parágrafos pra chegar na explicação da esdrúxula escolha do editor: estão estudando como permitir que donos de carros velhos consertem suas máquinas com peças usadas, pagas por um seguro que sairia mais em conta. Ufa!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Por uma boa informação médica

Mais um "primor" encontrado pelo atento amigo.

O site é dedicado a um assunto sério, mas trata com tal desprezo o texto introdutório que não desperta a menor confiança.

Começa misturando "tu" e "você", mete um plural absurdo em "tome conhecimentos", tem um "desejamos DE informar SOBRE" de doer...

Enfim, é um horror!

Só pra lembrar: deseja-se ALGUMA COISA PARA ALGUÉM.

Pode-se até ter desejo DE fazer ou comer algo, mas não se deseja DE, OK? Deseja-se. E ponto!

Também não se informa SOBRE nada em nossa língua.

É possível deixar uma informação SOBRE A MESA, por exemplo.

No mais, informa-se os leitores da regência correta e informo aos colegas como se faz pra escrever direitinho, porque o bom Português deve informar o Jornalismo.

PS1: a amiga revisora lembra que, embora os Houaiss da vida não gostem dela, a regência "informar sobre" é aceita por Celso Luft e companhia (o Francisco Fernandes que tenho aqui, também). Eu é que não aguento mais ver o "SOBRE" pululando por aí.

PS2: o atento amigo informa que, dentro do site, tem muito mais coisa horrorosa pra se ver. Ui!