quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ano novo com respeito e carinho

Por ser campeã de audiência no país, a Rede Globo precisa cuidar do idioma com muito mais carinho do que as concorrentes — ou será sempre, também, a maior propagadora de bobagens do Brasil.

Um dos modismos lançados por ela já virou praga: o tal do "A" no lugar do "PARA" em votos e cumprimentos.

É "parabéns A você" pra lá, "boa tarde A vocês" pra cá... — e até "bom ano novo A todos" (hoje, no JH). Ninguém merece!

Aproveitando a nota e o último dia de 2014, desejo tudo de bom PRA Língua Portuguesa e PRA todos nós no ano que vem!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Uma coisa é... a mesma coisa

Lendo hoje Gente Boba de domingo, bato o olho numa frase em que o cabelo de uma moça é definido como "SEXY E SENSUAL"

Alguém, por favor, explica pros colegas da coluna que as duas palavras são exatamente a mesma coisa, uma em Inglês, outra em Português?

Plantão na capital federal


O atento amigo está em Brasília, onde ouviu um repórter do jornal local da Band dizer o seguinte:

"A presidente Dilma vai RECEBER amanhã uma salva de 21 tiros (...)".

Como desconheço as opiniões do colega brasiliense, fiquei na dúvida: ele teve um ato falho ou não sabe que chefes de Estado são saudados  — ou seja, SÃO RECEBIDOS — com esse tanto de estampido?

Bom, vou dormir daqui a pouco e espero não acordar com a notícia do fuzilamento da autoridade máxima do país.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Quem cuida do texto

A assídua colaboradora viu este destaque (foto) na capa do caderno Boa Chance e enviou pra mim o horroroso "CUIDÁ-LAS".

Em primeiro lugar, é bom lembrar que não se "CUIDA ALGUÉM", mas "DE alguém".

Se tivessem se dado ao trabalho de consultar um dicionário, saberiam que o verbo CUIDAR é transitivo indireto quando significa "preocupar-se com, interessar-se por"; "responsabilizar-se por (algo); administrar, tratar, olhar"; "tratar (da saúde, do bem-estar etc.) de (pessoa ou animal) ou (da aparência, conservação etc.) de (alguma coisa); tomar conta".

E mais: há o Português falado e o Português escrito.

Cabe ao jornalista "traduzir" para a norma culta a fala do entrevistado quando a transforma em texto.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Consultar dicionário faz bem

Confiscaram os dicionários na redação do Globo ou os colegas têm preguiça de consultá-los?

O saudável hábito de abrir (real ou virtualmente) um Aurélio ou um Houaiss não é sinal de desconhecimento do idioma, mas de cuidado com ele.

Além disso, evita que o jornal exiba manchete de primeira página com erro, como esta aqui, de hoje:

"Luzes para vítimas DA tsunami".

Em Português, o vocábulo de origem japonesa é classificado como substantivo MASCULINO: O tsunami.

Custa muito pesquisar antes de escrever bobagem?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Use com moderação

Ouvi há pouco no RJ-TV que o réveillon na praia de Copacabana terá "comemorações AO santo padroeiro da cidade".

Como a gente "comemora alguém ou alguma coisa", acho que a colega queria dizer que haverá "homenagens AO santo" e se atrapalhou.

Em festa de excessos, recomenda-se cuidado com as preposições: use com moderação — e tenha sempre um dicionário à mão pra não escorregar na regência.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

'Com destino a mim?!?'


Estou pensando seriamente em nunca mais comprar na loja de informática online que me mandou e-mail começando assim:

"Neste exato momento, seu pedido acaba de ser coletado pela empresa de transporte Correios com destino à você!"

A crase, a frase... sei não. Se eles trabalham como escrevem, não sei o que chegará aqui no lugar dos pen drives que encomendei.

Assim não há criança que aguente!

O uso inadequado da preposição "SOBRE" chegou a níveis intoleráveis agorinha, no JH.

Logo na primeira matéria, cujo tema era a guarda partilhada dos filhos, a repórter me saiu com esta:

"(...) tudo que SE REFERE SOBRE a vida da criança (...)".

Gente, o que é isso? A colega está se referindo A quê?

Mais cuidado com a regência e com os ouvidos das crianças, por favor!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Merece leitura

Nota de um dos ídolos máximos deste blog.


Regência: quem se importa com ela?

Mesmo sabendo que vou me decepcionar, dou uma folheada na Revista da TV (até a página Seriais está impossível de ler, com tanto chilique pré-adolescente, cheio de gritinhos e lencinhos; uma lástima).

Eis que vejo uma reportagem com o Tony Ramos, que é uma simpatia, e...

De cara, fui num destaque (da novela "Bebê a bordo") e encontrei isto:

"(o personagem) não SE importava QUAL o meio, e sim, O FIM".

Pessoal, ou "o meio NÃO IMPORTAVA PRA ele" ou "ELE não SE IMPORTAVA COM o meio", OK?  

sábado, 20 de dezembro de 2014

Falta até corretor eletrônico?

Esta aqui, de doer, foi encontrada na internet  (e depois na versão impressa) pela assídua colaboradora:

"veja.abril.com.br
Dostoiévski: surpreendentemente, o preferido dos presos 

Criado em 2012, o projeto de REMIÇÃO de penas pela leitura, do Ministério da Justiça, já tem (...)"

REMISSÃO com "cê cedilha"?!?

Acho que, muito antes de tentar chegar ao nível dos presidiários, o responsável pelo texto deve começar pela cartilha.

PS: fui ler tudo e encontrei mais besteira. O certo, na frase abaixo, é "subtraem-se", OK?

A falta que a preposição faz

Atenção, colegas de Gente Boba: tempo é coisa séria — na vida e no nosso idioma —, assim como as expressões que o indicam.

É o caso da preposição "A", esquecida na nota "E agora, Roberto?".

Está lá:

"(...) a grande questão é: QUE HORAS ele vai comemorar a passagem de ano?"

Esqueça o ridículo da "grande" questão.

Perguntamos a alguém "QUE horas são?", mas, quando nos referimos a uma ação, o correto é:

A QUE horas começa a aula de Português no Globo? (ou de Espanhol, que segue a mesma regra, como se vê na imagem acima.)

Se encontrar, não beba

O caderno Boa Viagem desta semana está vendendo bebida batizada aos leitores.

Esta caipirinha sem o primeiro "i" só pode ser paraguaia.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Nem lá pros lados da Escandinávia

O amigo pescou a pérola aí da imagem na Veja e postou no Facebook.

Não resisti e trouxe a "joia" pra cá.

Letra "de" mão, que eu conheça, é plural: M, A, O, til.

A "da palma da mão" é M.

Escrita com a canhota ou com a direita, era manuscritacursiva (ou de forma) — e, até onde eu sei, o computador não mudou isto.

Nem um centavo a mais

O atento amigo encontrou esta ontem, na página 15 do jornal:

"Reportagem do Globo mostrou que PMs têm carros de até R$ 102 mil".

Coberto de razão, ele comenta:

"Quer dizer, não tem nenhum PM com carro de valor acima disso, né?"

Foi o que o amigo entendeu — e eu, também.

Pra melhorar, ele sugere mudar a preposição de lugar:

"(...) PMs têm carros ATÉ de R$ 102 mil". Que tal?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Dá pra traduzir pro Português?


A outra colaboração do atento amigo, na verdade, são duas — ambas achadas no mesmo texto daquela revista dominical do Globo, que convida pessoas pra escreverem lá, mas não copidesca uma linha antes de publicar.

O resultado é que saem coisas assim:

"(...) surgiu a ideia de fazer algo na Inglaterra, o atual país onde está o melhor time (...)".

Enquanto meu amigo, indignado, quer saber que língua é essa, eu, sonolenta, me pergunto se a Inglaterra, atual país, era uma antiga cidade até ontem, ou se estava desatualizada. Mas o melhor time não se encaixa em qualquer hipótese.

E tem mais:

"(...) fui logo em direção ao hotel e me direcionei ao local da largada".

O "me direcionei" está entalado na garganta do amigo — e eu não vou usar eufemismos para traduzir as palavras dele a respeito. Usem à vontade sua imaginação.

Mãe, a 'fessora' disse que...

Já estava pensando em dormir, mas não resisti: as colaborações do atento amigo, encontradas nos e-mails, estão demais!

No noticiário da Globonews (oito da noite, neste domingo) ele ouviu esta:

 "(...) os bandidos DISSERAM para todos descerem (...)".

O amigo acha que o texto parece de "criança assustada contando pra mãe o que viu na rua". 

Ou seriam uns bandidos tranquilões, que "dizem coisas" em vez de dar ordens pras pessoas que atacam? Acho que nem o galante Gato de Botas...

sábado, 13 de dezembro de 2014

Não há Saramagos nos jornais


O perigo de se escrever períodos muito longos é se perder neles — a não ser que o autor do texto seja um Saramago, claro.

Vejam, por exemplo, o que saiu hoje, no Ancelmo, sob o título "Calma, gente!":

"O filho mais novo de Lygia Clark, (Fulano), que, como se sabe, está em litígio com o irmão mais velho, (Beltrano)".

E ponto. Isto mesmo.

O que o leitor acha que acontece com o sujeito da frase? Cartas para a redação (do Globo, OK?).

É Globo ou NY Times?

Não basta (no destaque de ontem) ter esquecido de usar o "EM" antes do "QUE" na frase "(...) tem sempre o dia QUE vem a cobrança".

Gente Boba começa assim o texto da principal nota de hoje:

"Na comédia (Tal), (Fulano) é um taxista loser que não suporta o próprio nome".

Vai dizer que nenhum dos cinco colegas que assinam a coluna conhece um adjetivo que defina o personagem de forma mais exata em bom Português?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Um em cima do outro e do outro e...


Perguntar não ofende: quem foi que inventou a diagramação estilo "vai empilhando" da editoria de Esportes do Globo?

Pequeno exemplo de hoje:

"FUTEBOL
Por telefone
DESLIGADO
Dispensado (...)
".

Vinheta, antetítulo, título, subtítulo...

É um pouco demais, não é, não?

Ativo ou passivo?

Falei da coluna do Ancelmo e me lembrei que, dia desses, ela foi citada aqui por causa da falta do "de" antes do "que".

Na ocasião, os dicionários até admitiam a falta da preposição.

No caso abaixo (encontrado lá, não me lembro quando), não dá:

"Retornaram os rumores que o trio de ouro (...) estaria articulando (...)". 

A dúvida (que só se desfaz no parágrafo seguinte) é: afinal, "é o trio QUE ESTÁ articulando os rumores" ou "os rumores SÃO DE QUE o trio estaria articulando" alguma coisa?

Pequena demonstração

Definitivamente, os pronomes demonstrativos não são o forte da coluna do Ancelmo.

Hoje, uma nota começa assim:

"Este Comendador José Alfredo, personagem de (...)".

"Este" quem?

O cara, de uma novela, sequer ilustra o texto, que tem foto do Hans Stern!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Repórteres viajam

Infelizmente, meu atento amigo já percebeu que não se fala Português também na CBN.

Afinal, na nossa língua ninguém diz que "os chefes militares vão TOMAR AÇÕES".

A repórter — que disse ontem a besteira — ouviu "take actions" em Washington e... danem-se os ouvidos do público no Brasil.

O problema é que a "criatividade" grassa lá como cá.

Alguns repórteres daqui inventaram de dizer "o acidente ocorreu NAS ALTURAS DO Gasômetro", "o engarrafamento NAS ALTURAS da rua Tal"...

Como diz meu amigo, "andam com a cabeça no céu, não há mais repórteres À ALTURA — estão todos nas alturas. Que coisa!"

Pois é. Sai Clark Kent, entra Superman.

'Freezer' é congelador

O pessoal da Globonews é muito novidadeiro.

O atento amigo conta que, dia desses, um vídeo congelou na tela ("freezed", em Inglês) e a correspondente de Nova York saiu-se com esta:

"O vídeo tá frisado."

Gente, o VT foi ao cabeleireiro e fez uns cachinhos?

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Interrogação ou interrogatório?

Estranhei quando ouvi no JH, mas só agora pude vir aqui pra escrever.

A correspondente da Globo nos EUA foi falar dos métodos de tortura empregados pela CIA e disse que estão sendo investigadas as "técnicas de interrogação".

Tá certo que o verbete "interrogação" começa com "ato de interrogar(-se)" e o "interrogatório", com "ato ou efeito de interrogar".

No entanto, não existe, no primeiro, a seguinte definição do Direito Penal:

"Momento processual em que autoridade judicial argúi o réu sobre sua identidade e fatos relacionados à acusação que lhe é feita".

Mais de uma besteira e meia

Poético, o título do e-mail do atento amigo — "Redação em desengano" — já anunciava: aí tem pérola graúda.

Pois não deu outra, vejam só:

"O Globo de domingo, na página 13, tem um olho assim:

'O Ministério da Defesa afirma, em balanço, ter atendido a mais de 63 requisições (...)'."

Com toda razão, o amigo pergunta, indignado:

"Teriam sido 64? Ou 69? Que coisa, gente! Não tem fração, não existe 1/4 de requisição, nem meia requisição. Como é que alguém pode escrever 'mais de 63'?"

Os jovens colegas ainda não entenderam que só se usa "cerca de", "mais de", "em torno de" etc. etc. com número redondinho.

Ou os caros jornalistas, no dia a dia, dizem coisas como: "A gente se vê no bar por volta das 20 horas, 38 minutos e 17 segundos?"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O verbo em flagrante delito

Acabo de ver esta postagem na página de um amigo:

"Piscina com suástica é flagrada em Santa Catarina".

Esqueça o símbolo por um minuto e me explique: que delito a piscina e a suástica estavam praticando no momento em que a polícia fez o flagrante?

A origem do verbo "flagrar" — "arder em chamas" — diz tudo do seu uso jurídico: "no calor do crime, registrado no momento em que ocorre".

PS: apesar de o título chamar a atenção, não recomendo a leitura da matéria, mal escrita que só.

Net não acerta nem concordância

Que a Net pisa na bola com seus assinantes, todo mundo sabe.

A empresa não precisa ir além no mau serviço e assassinar a concordância, né?

O programa da BBC NÃO se chama "Reinos selvagem", OK?

Ou uma coisa ou outra

Tô dizendo que os colegas não prestam atenção no que escrevem?

No Globo Esporte, a reportagem com um torcedor especial do América foi simpática, mas teve escorregão:

"(...) ele grava e depois transmite ao vivo (...)".

Peraí! Ou bem ele grava e passa o jogo mais tarde, ou transmite ao vivo, na hora — que foi o que as imagens mostraram, em seguida.

Pula pro boletim meteorológico do JH. A "moça do tempo" diz:

"(...) os especialistas afirmam que pode ser que (...)".

Peraí de novo! Eles "afirmam" ou "acham" que, talvez um dia, chova aqui, seque acolá?

PS: pra encerrar com "chave de ouro" o besteirol, depois da pérola teve um painel estilo "Os três patetas" e aquele ridículo papo de comadre sobre a chegada do verão etc. que ninguém aguenta mais no telejornal — ou alguém, no Brasil, ainda não sabe que a apresentadora gosta de calor? Todo dia tem que ter essa ladainha?

Produto novo nas ruas. E morte

A assídua colaborada me enviou esta legenda aí da imagem, encontrada na editoria Mundo do Globo.

Definitivamente, os colegas estão escrevendo mal e sem atenção.

Gente, o cara foi preso "por vender cigarros e outros motivos"!

Vender "outros motivos" é crime? Ou depende do tipo de "motivo" que a pessoa vende?

Não é de estranhar a cara de espanto do camelô de Nova York, que foi morto por policiais que tinham outros motivos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Reportagem pela metade

Os colegas têm pecado não apenas torturando e matando a língua, mas também por omissão de informações importantíssimas nas notícias.

Agorinha mesmo, no JH, quem redigiu e editou a matéria alarmista da prova de vida anual de aposentados e pensionistas junto ao INSS esqueceu de contar um "detalhe": se o banco onde a pessoa recebe o benefício tem sistema de biometria, ela pode fazer o procedimento no caixa automático, sem precisar sair com uma penca de documentos originais e enfrentar filas gigantescas, entre muitas outras coisas desagradáveis.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Fotografias à vontade no mundo

Abro o computador e encontro mensagem da assídua colaboradora.

Na página 26 do Globo, ela viu um texto que começa assim:

"A vida de (Fulana) virou um inferno quando ela teve suas fotos nuas publicadas (...)".

Fotos nuas?, estranhou ela.

De fato, acho que nunca botei roupinhas nas fotos que tenho em casa.

Mas acordei poética — e logo imaginei fotografias despindo-se dos álbuns e porta-retratos e saindo à vontade por aí.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Intenso X congestionado

Esta colaboração do atento amigo é mais preocupante, porque está virando praga.

Ele conta:

"Há algum tempo venho notando que os repórteres de rádio estão usando o adjetivo INTENSO em relação ao trânsito, querendo dizer que está congestionado. E tome de 'o trânsito está intenso por causa da obra tal', 'o trânsito ficou intenso devido ao acidente que ocupou uma das faixas'...

Pois essa confusão entre volume de tráfego (intensidade) e congestionamento (retenção) migrou para o jornal.

No Globo de ontem, página 11, a matéria 'Sob as luzes do Natal' diz o seguinte:

'Devido ao grande número de pessoas na orla, o trânsito nos arredores ficou intenso, com retenções na altura do Parque dos Patins (...)'."

Meu amigo teme que até dicionários comecem a usar INTENSO como sinônimo de CONGESTIONADO.

Mais otimista, confio que pelo menos os sérios, como Aurélio e Houaiss, não cairão nessa esparrela.

Já os informais, que pululam na internet, sei não...

PS: na foto acima, a barriga está com RETENÇÃO de líquido, não está INTENSA, OK?

Como assim, cara pálida?

Hoje andei com a cabeça meio dispersa, mas o atento amigo mandou colaborações.

Na Globonews, que segue o modelito JH de transmissão, um jornalista é chamado, da capital federal, para dividir tela com um colega, de outra cidade, enquanto alguém "comanda" a bagunça no cenário principal.

A colega "de corpo inteiro" lhe pergunta por que há tanto interesse no Ministério das Cidades e o cara me sai com esta:

"Ele é cobiçado devido à sua capilaridade, como dizemos aqui em Brasília."

Agora, meu amigo quer porque quer saber:

"Fora de Brasília, qual é o nome que se dá a 'capilaridade'?"

Procede.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Assassinato por morte

Passar o dia fora de casa rendeu boa pescaria: na seção de notificações do Facebook lotada, encontrei um pérola postada muitas horas atrás por uma grande amiga.

Ela ouviu na Globonews:

"(...) a autópsia não pode afirmar se foi morte natural ou infarto (...)."

Eu já acho a escolha do verbo "afirmar" esquisita nesta frase — e a minha amiga, é claro, está intrigadíssima com essa história de um infarto não ser considerado morte natural.

O que será que o(a) repórter acha que é "morte natural"?