domingo, 31 de outubro de 2021

Estragos imediatos de alto grau


 A assídua colaboradora encontrou uma "linda" sinopse na Apple TV.

Provavelmente o tradutor ficou na dúvida entre OBCECAÇÃO — aquela coisa que cega o cidadão e tira qualquer um do sério — e sua "prima" OBSESSÃO — que alguns acreditam demoníaca, mas é compulsão mesmo, especialmente quando há poder nada divino envolvido.

Resultou nesse trem híbrido, inexistente no nosso idioma.

Descuidos feios de doer


 De volta ao Rio, o atento amigo encontrou uma pilha de jornais à sua espera — e eu estou aqui esfregando as mãos, porque deve vir "coisa boa" por aí nos próximos dias.

Só para dar um gostinho, ele já me contou que viu um sujeito ser "inquerido" em coluna política do Globo

A julgar pelo prefixo, "inquerida" deve ser uma pessoa "não querida", indesejável.

Àqueles submetidos a INQUÉRITO cabe o verbo INQUIRIR, em que o dígrafo "QU" não é seguido por "E", apenas por "I". Confiram na imagem.

A falta que a Cultura faz


 A assídua colaboradora encontrou essas duas besteiras no Globo de hoje (entre outras tantas que com certeza estão lá).

Em mais um caso de regência estropiada, os colegas inventaram um tal de "convergir com" e erraram feio.

Por que não CONVERGIR os caminhos da redação PARA um dicionário? CONVERGIR os esforços PARA garantir um bom texto é sempre uma ótima ideia.

Ao pessoal do Segundo Caderno, informamos que "cinematógrafo" é um aparelho inventado no século XIX. Ele reproduzia as imagens com rapidez e dava a ilusão de movimento.

Até segunda ordem, QUEM FAZ CINEMA é CINEASTA.

Criança contando caso é assim


  Colegas do Globo, leiam a "redação escolar" que vocês publicaram. Espero que a matéria não tenha ido assim para as bancas e para a casa de quem ainda assina o jornal impresso.

No online, o título e o subtítulo são suficientes para o leitor perceber o nível do que vem a seguir — e eu desisti de assinalar os trechos enviados por uma querida amiga, porque a imagem corria o risco de ficar ilegível.

Melhor eu continuar quietinha na minha TOCA e esperar — de MÁSCARA e de TOUCA — a reação de quem ainda se preocupa com o Português.

sábado, 30 de outubro de 2021

A revolução dos bichos


 

Vejam a "preciosidade" que um amigo do blog me enviou: o galo não só canta como reclama!

A reclamação do galináceo (ou fasianídeo, sei lá) provocou uma tragédia.

Mesmo assim, ele merece registro pelo pioneirismo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A turma do Seu Zucka abusa


 Tradutores ("localizers") do Facebook e demais redes do titio Zuckerberg, um pouquinho mais de cuidado com o Português, por favor.

Vejam o que a assídua colaboradora encontrou hoje: a garotada responsável pelos textos sugere que se ponha um botão na Jocy de Oliveira. Jura?!?

E alguém "adiciona o botão à compositora" e fala "com você"?!? Quem é "você"?

Aproveito o ensejo para reclamar também da equipe de programadores do Seu Zucka, que hoje enfiou na minha página meia dúzia de mensagens "indisponíveis", entre outros disparates e inconvenientes. Para com isso.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Qual dos dois autores errou?


 A assídua colaboradora me enviou essa coisa feia do Globo: um título que "permite 105 países produzirem".

É ou não é uma estranha combinação verbal?

Pior é perceber que outra pessoa escreveu o subtítulo, em que se lê, sem sobressaltos, "PERMITE QUE fabricantes PRODUZAM".

Quem fez a frase de cima não leu a frase de baixo?

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Agora até cadáver escreve


 Colegas do G1, fiquem espertos, porque o meu leque de colaboradores está cada vez mais amplo, pegando bobagem nos quatro cantos do país.

Essa aí veio diretamente de Goiânia, com aquele bicho estranho que eu vou batizar de "após-bagunça-coreto", da família Post Omnia confundere nobis.

Gostaríamos de saber se o corpo escreveu o texto de próprio punho ou se a ameaça foi psicografada. É pedir muito?

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Como não atrair o leitor


 Alguém consegue entender esse título sem ler a reportagem?

A colega especialista em Marketing se pergunta se o trem é propositalmente hermético para atiçar a curiosidade do leitor.

Só que jornalismo não se faz assim — e clareza é um dos requisitos básicos do seu texto.

Eu não entendi e até tentei encarar a matéria, mas vi os dois primeiros parágrafos começando com "após" e "depois" e desisti.

Aproveitando, o Uol pode me explicar por que "sondagens", no plural?

Como faz pra largar a muleta?


O colega de Minas mandou mais de um exemplo de título da Rádio Itatiaia em que há rabichos desnecessários nos títulos, como Gabigol, "do Flamengo", e Nova York, "nos Estados Unidos".

Tudo bem, a gente entende que é preciso encher a linha para compor a imagem.

Mas alguém pode me explicar essa obsessão com "antes, durante, depois etc."? 

"Antes após" numa frase só é dose, não é, não?

domingo, 24 de outubro de 2021

Linearidade deturpada


 Os infernais "apóses" continuam fazendo vítimas e deturpando o sentido das frases.

Vejam esse título que o atento amigo leu na edição de sexta-feira do jornal O Popular, de Goiânia.

O recorte veio com o comentário irônico cabível:

"Pensei que o cara tivesse ameaçado a onça e, como ela não reagiu, matou-a covardemente. Mas não...".

Lendo a matéria, fica um pouco mais claro que a pantera em questão está ameaçada de extinção — não sem tropeçar em novos "apóses".

Crianças, qual seria o motivo de o homem ser preso "antes" de matar o belo animal? Há necessidade de escrever tão mal?

Um caso (ou cesto) a ser estudado


 De uns tempos pra cá, tenho encontrado coisas estranhas nas sinopses do IMDb, meu site favorito para conferir a filmografia de atores e diretores, detalhes de filmes, séries e afins.

Hoje quis saber o que é a série "One of us is lying".

De cara, pela foto, vi que é trama para (e com) adolescentes — a falta de produções para o público adulto está me cansando, confesso.

E os estereótipos estão todos lá, mal traduzidos: o "cérebro", claro, é o inteligente da turma, a "princesa" deve ser o que se chamava de "patricinha" (ou projeto de perua), mas o que vem a ser o "cesto dos cestos"? Seria o suprassumo do "basket case"?

Está difícil entender esse "dialeto".

sábado, 23 de outubro de 2021

Ordem direta, o grande desafio


 Pessoal do Globo, o colega friburguense que saber: quem pegou cem dias de prisão, a Justiça ou o produtor?

Como não sabem mais escrever sem "apóses", os infantes jornalistas (ou marmanjos em franca regressão) deturpam completamente o sentido e o sujeito da frase.

Que tal escrever algo simples? Vejam um exemplo:

"Justiça do Ceará concede liberdade ao produtor Fulano, preso há cem dias por agredir a ex-mulher". 

É complicado demais desenvolver um raciocínio linear? 

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

B de bobagem, besteira...

 Se eu não tivesse recebido essa coisa de uma amiga jornalista, ia achar que era montagem de Photoshop como a gente vê aos montes na internet.

Mas é sério.

Esse negócio intitulado M de Mulher é da revista Cláudia e, portanto, da Editora Abril.

De que jeitinho os colegas acham que um CORPO é encontrado e identificado? Vivinho da Silva?!?

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Quando a crase é essencial


 Há crases que deviam estar lá, não estão, mas a gente até releva — afinal, é tanta bobagem que os jornais publicam atualmente que às vezes eu acho até perda de tempo.

Porém, essa ausência aí não dá pra engolir. 

O erro do Globo foi enviado pela assídua colaboradora.

Não dá para ignorar a contração do artigo "A" com a preposição "A" sem tornar a frase confusa.

Você falta AO trabalho sem justa causa? Pois é.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Mais uma regência estropiada


 Alô, colegas do Globo, por que ninguém sabe mais regência verbal e nominal?

Acabei de receber aquele resumo das notícias do jornal e o título tem um baita "pressionam por".

Ou a gente PRESSIONA, pura, simplesmente e "intransitivamente", ou PRESSIONA UMA PESSOA A fazer alguma coisa que ela não quer, ou PRESSIONA O botão, dá a descarga e deixa rolar água abaixo esse Português mal escrito todos os dias.

Aprendam a conjugar verbos


 

Pessoal da Veja, não nos faça passar vergonha.

Jornalista que não sabe conjugar verbo irregular e desconhece o FUTURO DO SUBJUNTIVO não pode fazer matéria, chamada, título, o que for.

Deem uma olhada no vexame flagrado pelo atento amigo.

Amores meus, leiam muito, consultem dicionários e aprendam: QUEM SE CONTRAPUSER, quando você me VIR e eu VIER, se eu TIVER e ele DISSER... Pratiquem, por favor.

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Quem será a 'outra'?


 Crianças, a assídua colaboradora quer saber direitinho essa história.

A herdeira do trono holandês já se casou com uma namorada e agora quer se casar com OUTRA?

Ela vai se separar da primeira ou a bigamia é legal no país? 

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

O 'sobre' subiu aos céus


 Até os passarinhos da imagem parecem estar comentando o incrível "sobrevoo sobre" que o atento amigo achou no Globo.

Afinal, o "milagre" do Círio de Nazaré foi duplo.

De acordo com o texto dos infantes colegas, ora responsáveis pela primeira página do jornal, além de "sobrevoar sobre", a santa alçou-se por conta própria aos céus. Ou a história está mal contada?

domingo, 10 de outubro de 2021

A paciência vai pro espaço


 Dia desses eu ia fazer uma nota e desisti. O bobajal é tão farto que a colheita às vezes se torna cansativa.

O texto em questão tinha um festival de "ela (a babá) contou, narrou, relatou"... Um tatibitate de arrepiar — e concentrado em um só parágrafo. 

Não fui adiante para descobrir se continuaram a lista de sinônimos, como alegar, analisar, apresentar, boquejar, comentar, declarar, descrever, desenvolver, desfiar, discorrer, dizer, enunciar, explicar, registrar e outros mais.

Hoje o atento amigo me animou a falar da vírgula, essa bobaginha que pode mudar o sentido de uma frase e/ou dificultar a compreensão do texto.

Vejam o que acontece quando O Globo separa o sujeito do verbo. 

Isso não se faz, criançada. É regra básica.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Que animal será esse?


  A colega revisora não entendeu a manchete do G1, repetida no texto.

Afinal, conhecemos ossos humanos, de boi, de galinha... Que bicho é esse, "carne"?

Como o país agora tem uma multidão de famintos e um tico de gente que ainda come bem, o Grupo Globo só fala em comida — mas não acerta os ingrediente da receita.

Quando não exagera no "plural pluralizado", o jornal erra na concordância, como nessa matéria de dieta enviada pela assídua colaboradora, em que "longos períodos pode".

Falta de comida e ensino ruim dão nisso.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

É vício ou ignorância mesmo?


 Os colegas parecem ter uma dificuldade extrema para entender que "após" (assim como durante, antes, depois etc.) tem uma função no idioma — e NÃO É essa aí.

No subtítulo, as crianças mostram que sabem que pessoas morrem NO acidente, NA queda, morrem DISSO ou DAQUILO.

Mas na chamada de capa, comem mosca, porque "após" desinforma e nada explica ao pobre leitor. 

O manchetaço (que na "home" não tem nem complemento para ajudar a esclarecer a história mal contada) não explica se o desastre aconteceu há décadas. Se é coisa recente, o bilionário foi resgatado com vida e morreu muito mais tarde? Morreu no hospital ou já tinha ido para casa?

PS: pessoal do JN, amigas jornalistas ouviram duas vezes que uma pessoa tem origem "armena". Está errado. O idioma é ARMÊNIO, a ascendência é ARMÊNIA e assim por diante. Perguntem à Aracy Balabanian e ao Stepan Nercessian.  E não confundam com os "romenos".

domingo, 3 de outubro de 2021

Vítimas em boa forma


  
 Alô, Ancelmo. Pode me explicar como as "vítimas da pandemia" conseguirão trabalhar na construção de um memorial em Brasília?

O bendito memorial será DE QUE ou DE QUEM? QUEM ou O QUE se pretende homenagear com ele, usando as vítimas como operários?

Se os colegas da coluna desconhecem a regência da palavra e não têm um bom dicionário por perto, basta lembrar alguns títulos de livro, como "Memorial DO convento", "Memorial DE Aires", "Memorial DE Maria Moura", "Memorial DE Isla Negra"... A lista é grande.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Um ninho de "migrarao' tinha sete...


 Jornalistas do meu coração, parem de maltratar a nossa língua, por favor.

Vejam essa regência estropiada (mais uma!) que o atento amigo achou em título do Globo.

"Migrar aos", colegas? Serão os "migraraos" parentes dos "mafagafos"?

Mas digressiono.

A julgar pelo texto, "amizades migram" — e MIGRAR é verbo intransitivo, tudo bem.

Só que ele é também indireto — caso em que amizades, pessoas, aves etc. MIGRAM PARA ALGUM lugar. Ficou claro?