sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Portal G1 está no páreo

O G1 não fica atrás da Folha e do Globo.

A diferença é que, por estar na internet, pode ser corrigido, ainda que muito tempo depois de exibir as besteiras que publica sem revisar.

Vejam este "primor" que, ontem, ficou algumas horas no ar.

Foi captado por leitores rápidos no gatilho, que ainda comentaram coisas como:

"Com esse governo aí, não duvido que haja mesmo uma meta de analfabetização."

Coisas estranhas na 'Folha'


Alguma coisa está (muito) fora da ordem no Globo e na Folha, que ressuscitou até defunto na triste episódio da Linha Amarela.

Agora, vejam mais essa do jornal paulistano e me digam: o que significa isso?

Não faz sentido algum!

Nem em Português, nem em Matemática...

Que língua é essa?

Meu atento amigo não aguenta mais tantos "procedimentos", "efetuações" e outras invencionices dos colegas.

Pra mim, é tentativa de esconder a falta de conhecimento do idioma com termos "difíceis" (já repararam que ninguém mais atira, só "efetua disparo", por exemplo? Pois é).

Ontem, ele pegou no Globo uma chamadinha ridícula, pela qual eu passei batido, provavelmente vencida pelo calor (leio o jornal de trás pra frente; demoro a chegar à página 2).

Mas vamos ao que interessa, a pérola:

"Esquiadora brasileira, que lesionou a coluna cervical anteontem, já interagiu com os médicos".

Gente, o que vem a ser isso?!?

Esqueçam as vírgulas que não deviam estar aí e tentem me explicar o resto. Eu agradeço.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Regência pra quê?

Parece que ninguém mais sabe usar as preposições adequadas ao falar ou escrever.

Ou é caso de implicância, sei lá.

Um exemplo é o "para", que ora é desprezado, ora é usado fora do lugar.

Que tal essa frase da sinopse do filme "Eight Minutes Idle", anunciado para daqui a pouco no canal Max HD?

"(...) quando sua família o tira de casa, (Fulano) deve se mudar AO centro de centro de chamadas onde trabalha."

O que é isso, pessoal?

A pessoa vai a algum lugar, mas se muda para outro, tá?

PS: acabo de pegar um baita "À medida EM QUE", em destaque ("olho") no qual Boni defende os bicheiros nas escolas de samba.

Não custa lembrar que existem "na medida em que" (o mesmo que "desde que", "porque" e similares) e "à medida que" (ou "à proporção que", sem o "EM", por favor!).

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Parece até humor negro

Estou chegando da rua em estado lastimável, suada, exausta e esfomeada. Mas não aguento esperar para publicar a colaboração que encontrei aqui me aguardando, nos e-mails.

Vejam o texto de abertura, destacado em azul. Dispensa comentários.


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

E a regência foi pro espaço

Está certo que deixamos o regime monárquico há muito, muito tempo.

Nem por isso podemos esquecer a regência — pelo menos a gramatical, que parece estar sendo reinventada pelos colegas, alguns até veteranos de respeito.

No Globo, virou bagunça.

É um tal de "pedir PARA QUE" isso ou aquilo, "arrecadar A" Fulano...

Hein?!? Pois é.

Vejam o exemplo sem pé nem cabeça de hoje, enviado pelo atento amigo:

"Internauta faz ‘vaquinha’ para arrecadar dinheiro a dono de Fusca".

Não ter aprendido o idioma da República Federativa do Bobajal na escola não é desculpa para o descalabro. Ou os dicionários foram abolidos por aqui como a monarquia?

PS: naquela revistinha do (último) domingo tinha até um "deu-lhe à luz"! Socorro!

O caos na Globonews

Na madrugada, falei do caos nosso de cada dia — no trânsito e no jornalismo.

Hoje, mal desperto e encontro na internet um amigo horrorizado com as atrocidades ouvidas na Globonews, na matéria de um acidente na Linha Amarela — que, não sei se ele sabe, está dando "pessoalmente" informações a respeito do ocorrido, de acordo com o texto que aparece na tela da TV.

Seguem algumas pérolas que ele pescou:

1) "O motorista do caminhão foi levado para o hospital Salgado Filho, onde está sendo ATINGIDO." — comentário dele: "O SUS está pior do que pensei."

2) “Você está vendo ao vivo imagens gravadas há pouco."

3) "A empresa proprietária do caminhão é especializada neste tipo de serviço." Pergunta o amigo: "Qual? Derrubar passarelas?"

Gente, a emissora está transformando uma tragédia em comédia!

Caos generalizado

Com Tico e Teco derretidos pela canícula carioca, quase me esqueço da contribuição enviada hoje cedo pela minha querida nora.

Nossas autoridades deram um nó na cidade e os repórteres do Globo online deram um nó no texto, com concordâncias (ou discordâncias) do tipo "percurso realizada" e uma recorrência de "registro de lentidão" assustadora.

Como todos sabemos que o "registro dos efeitos da engenharia de jerico" vai aumentar, juntamente com o "registro de lentidão cerebral" provocada pelo calor, sugiro atenção redobrada na hora de redigir os textos a respeito do caos nosso de cada dia.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Da concordância à tautologia


O filme tem gerado polêmica e a crítica de "O lobo de Wall Street" — hoje, no Globo — também tem seus probleminhas.

Já começa com um "Para nós, brasileiros que vivem numa (...)".

Peraí! "Nós vivem"?!?

Melhor nem comentar o conceito ingênuo que se segue, de que, por aqui, enriquecimento ilícito vem acompanhado de culpa.

Mais adiante, há o batido pleonasmo: os benditos "fatos reais".

Nós, jornalistas, aprendemos (ou deveríamos aprender) a lidar com fatos e a distingui-los da ficção.

Se um colega acha pouco dizer "baseado em fatos", então use "baseado numa história real".

Há outras opções.

PS: o que faz a conjunção adversativa no título "Rico, porém grotesco"? Desde quando uma coisa exclui a outra?

Não quero mais

O atento amigo reclama da "forma complicada de dizer as coisas" no e-mail enviado por uma loja de vinhos.

No pé da propaganda, estava a frase:

"DESEJO NÃO RECEBER MAIS ESTAS MENSAGENS."

Parece até pedido pro gênio da lâmpada!

Poderia sugerir ao comerciante o uso de uma frase direta, como "Não quero receber mensagens", mas prefiro recomendar a quem recebe esses spams algo ainda mais simples: bloquear o remetente.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Em defesa da língua

A amiga querida — e madrugadora — pescou essa no 'Bom dia Brasil' de hoje.

A matéria da correspondente no Japão falava da captura de golfinhos para abate e ia bem até mencionar a "indignação de representantes de grupos de defesa AOS animais". (ui!)

Diz minha amiga:

"Fico me perguntando como jornalistas tão versados em línguas estrangeiras (a função de correspondente no exterior exige, né?) podem ser, ao mesmo tempo, tão descuidados com o pobre Português, mais ferido e maltratado que os golfinhos japoneses."

Precisamos, com urgência, criar um grupo de defesa do idioma.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Sem vocação para a escrita

Como gosto de um terrorzinho (em filme ou seriado, bem entendido), fui ler o texto que falava de "American horror story", na coluna de TV do Globo.

Foi lá que encontrei isso:

"Afinal, o tema é vocacionado para essa estética (as bruxas de Nova Orléans)." (sic)

A "estética" (?!) vocês podem ver na foto.

O tal do "vocacionado" eu ainda estou tentando entender.

Alguém aí já ouviu falar em "vocacionar" alguma coisa?

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Cadê o sentido?

Fica difícil cobrar o devido respeito ao idioma da República Federativa do Bobajal quando a autoridade máxima da pátria diz coisas incompreensíveis.

Vejam o que um amigo jornalista pescou (mas não entendeu, obviamente) em uma declaração dela:

"O governo vai fazer uma educação contra a homofobia, vejam bem, porque este governo faz educação pra ser contra."

Algum palpite?

Leia antes de falar

Com a falta de revisores nas redações, recomenda-se aos colegas — especialmente os de rádio e televisão — que leiam seus textos em voz alta, antes de levá-los a público.

Uma querida amiga ouviu essa ontem à noite, na Globonews, em matéria a respeito de um jovem nigeriano, condenado a levar 20 chibatadas por causa de atos homossexuais:

"Pela lei islâmica, o homossexualismo pode ser punido com a morte, mas a pena foi mais leve porque há sete anos o rapaz parou com o que eles chamam de PRÁTICA GAY."

Diz minha amiga:

"Cacófato impresso é horrível. Falado na TV, é crime que devia ser punido com chibatadas."

Vai ver o jornalista em questão tem alma de "Casseta", cuja turma adorava zoar com cacófatos de brincadeiras infantis, como "jacaré no seco anda", "jacaré na..." etc. etc.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Esse jornal já foi sério

Nem só de mau Português padece o nosso jornalismo; de falta de senso, também.

Hoje, encontrei nota intitulada "Lua cheia de problemas", que termina com a seguinte declaração de uma astróloga:

"Isso reforça e detona a problemática que estamos vivendo, como a violência no Maranhão." (sic)

Alguém me explica 1) o que significa essa frase; 2) o que ela faz na coluna Gente Boa; 3) Roseana agora vai pôr a culpa na Lua em Câncer?

Não sei se gargalho ou caio em prantos.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

E o prêmio vai para...

Não consigo ler o nome do chargista. Pena
Meu amigo sempre atento pescou essa ontem no Globo online, em que há sempre coisas de arrepiar os cabelos!

Diz o título:

"Homem processa fabricante APÓS não atrair mulheres com produto".

Será que o(a) colega responsável pelo monstrengo fugiu da aula de Português justamente no dia em que o tema era "preposição"?

Ou tem implicância com o "por"?

Ou, pior, acha preposições "coisa de pobre" e pensa que usar "antes, durante e após" é sinal de erudição?

Troféu Sorvetão na Testa para qualquer das opções acima.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Bobagens 'no interior' do jornal

Termas de Trajano, em Roma
Pequenos conselhos para os colegas — especialmente os do Globo, que estão abusando do mau Português.

1) Deixem de lado essa mania de dizer que as coisas aconteceram "no interior" de outras.

Ou alguém escreve a respeito do que se passa "no exterior" desses lugares? (já teve até porta-malas na história!)

2) O uso é raro, mas existe "a terma", no singular. O mais comum, porém, é o substantivo plural, "as termas".

Portanto, está errada a seguinte frase da matéria de hoje "Pichadora é investigada por sete crimes":
"(...) ameaçada NO INTERIOR de UMA TERMAS em Copacabana".

3) Diretamente do mesmo bairro, mas "no exterior" das termas, recomendo: não usem juntos "além" e "também".

Ou "além disso, ele fez aquilo", ou "ele também fez isso". Mais, é pleonasmo.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O publicitário estava cansado

Uma querida amiga acaba de me ligar, querendo saber se eu tinha visto o gigantesco anúncio (três páginas!) que a Hyundai publicou hoje no primeiro caderno do Globo.

Disse que não, pois não tinha interesse em automóveis no momento.

"Mas o seu interesse pelo idioma pátrio continua vivo, não é?", ela perguntou, antes de recomendar a leitura da página 7 do jornal.

Quase caí quando vi.

Os caras gastam uma fortuna, anunciam garantia, quilometragem ilimitada, o escambau a quatro — e derrapam no... DESCANÇO (!?) de braço!!!

Estou rindo até agora.

Onde fica 'Salários'?

Só hoje percebi que não tinha lido a coluna do Ancelmo de ontem.

Foi nela que encontrei o parágrafo abaixo:

"Tem professor reclamando que os salários — onde se formou Guerra-Peixe — estão atrasados há seis meses."

Hein?!? O compositor "se formou em salários"?!?

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Suspense ou horror?

Hoje, no Segundo Caderno do Globo, tem uma matéria, traduzida do Independent, que classifica Alfred Hitchcock como "rei dos filmes de horror".

Hein?!

Se o jornalista estrangeiro escorregou, o tradutor podia ter corrigido aqui, né?

Ou o velho título do cineasta, de "mestre do suspense", foi cassado?

Ou meus pais (fãs de carteirinha de Hitchcock) e eu vimos os filmes e entendemos tudo errado?

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O jornalismo no Bobajal

Queria saber de onde brotam certos cacoetes idiotas que os colegas ajudam a disseminar e transformar em praga (ou moda, dá no mesmo).

Ontem, meu atento amigo pescou, no Globo, mais um exemplo de uma dessas "novidades" que pululam nos textos jornalísticos de uns tempos pra cá:

"Um bando formado por cerca de 15 adolescentes promoveu uma série de roubos quando retornava da praia (...). Inicialmente, o grupo saqueou os passageiros no interior de um ônibus da linha 476 (...)".

Meu amigo pergunta:

"Não sei não, saquear os passageiros no interior do ônibus é mais grave que no exterior do ônibus? E no interior do porta-malas? Que coisa, né?"

Outras imbecilidades citadas por ele e que ninguém (que sabe escrever) aguenta mais:

"Tudo acontece 'durante' ou 'após'. Fulano morreu 'após' tiros, por exemplo."

O cara até podia ter morrido "antes" por outros motivos, só que não se trata de brincar com a desgraça — de tiroteios e do assassinato da Língua Portuguesa.

Já falamos disso aqui, mas não custa repetir (quem sabe um dia aprendem?).

O mesmo amigo tem lido coisas como "cerca de quatro", "mais de 15"...

Ou seja, perderam a noção — ou, como ele diz, o juízo.

Onde andam os editores, redatores, revisores, professores...?

PS: estou tentando ilustrar esta postagem, mas o Google Chrome não permite. (acabei de descobrirque, pelo explorer, dá.)

domingo, 5 de janeiro de 2014

Relações pecaminosas com a língua


Mais uma para justificar a campanha "Português: pense antes de usar".

Na matéria dos meninos Gramáticos que são bons em Matemática — além de filhos de colegas jornalistas —, diz uma legenda:

"(Fulano)
Pai dos irmãos e professor aposentado
".

Pai dos irmãos?!? A cena clássica de "Chinatown" logo me veio à memória.

Entre tapas de Jack Nicholson, a personagem de Faye Dunaway revela que sofreu abuso incestuoso:

"Ela é minha filha... Ela é minha irmã... Ela é..."

A família Gramático não merece!

Muito erro pra pouco texto

Ainda sobre o pequeníssimo texto "Como os artistas de rua pintados não derretem".

No último parágrafo, mais uma prova de que, no idioma da República Federativa do Bobajal, a ordem dos fatores altera o produto. Vejam só:

"(Fulano) compra cem gramas por R$ 25, quantidade que dura dois meses."

R$ 25, que eu saiba, é quantia.

Por que os "gramas" estão longe de "quantidade", que tem a ver com eles?

Está faltando revisão


Essa foi demais!

Comecei a ler, naquela revista dominical do Globo, "Como os artistas de rua pintados não derretem", porque foi tema de postagem de um amigo, dia desses.

O título já é feio que só, mas o espanto veio mesmo com a frase:

"(Fulano...) é uma das poucas 13 estátuas vivas da cidade."

Será que já existiram "muitas 13" espalhadas por aí?

sábado, 4 de janeiro de 2014

A despensa e a dispensa

Folheando o Ela Gourmet, caderno do Globo com cara de "jabá" (como muitos estão ficando, aliás), encontrei a antiquíssima grafia "dispensa" para "armário de mantimentos".

Fica estranho num jornal que se pretende moderno.

A etimologia é a mesma, mas faz tempo que usamos a "despensa" para guardar provisões e dispensamos outras formas.

Texto de 'ex-jornalista'

Esta foi pescada ontem, na Band News, por uma grande amiga jornalista.

Naquelas chatíssimas faixas que ficam correndo ao pé da tela, informava o "textículo":

Morre D. Lucia Rocha, mãe do ex-cineasta Glauber Rocha”.

Coberta de razão, minha amiga pergunta:

"Por que EX-cineasta? Depois que morreu o Glauber virou pintor de paredes? Foi fazer companhia ao EX-escritor Machado de Assis?
Será que o redator, depois de morrer, será citado como EX-jornalista? Bem que merecia...
"

Pois é. Quando será que os colegas vão entender que "falecido" e "ex" só são a mesma coisa pra certas pessoas que se separam e ficam ruminando rancor?

Moda é uma chatice!

Outra praga do momento: a "mídia".

Nada contra, mas palavrinhas que viram modismo e passam a designar tudo — no caso, de meios de comunicação a pedaços de papel — começam a incomodar mais que palavrão em olhos e ouvidos sensíveis.

Pequeno exemplo, em subtítulo do Globo de hoje:

"(...) artista tem sua obra em mídias como pintura, gravura e desenhos lançada em livro".

O grande e saudoso Mario Carneiro, figuraça que tive o prazer de conhecer, merecia texto melhor.

Perguntar não ofende

                                                                     

O que tínhamos no país antes dessa moda da "orla"?

Respostas aqui mesmo.


Google, o 'espanta-usuário'

Alguém já reparou nas novas "gracinhas" do Google?

Em qualquer produto deles, às vezes até no meio de um texto, agora entram uns anúncios de arrepiar os cabelos, como um homem obeso e sem camisa balançando a pança! É de dar pesadelos!

Já não basta a gente encontrar atrocidades no Português quando pesquisa qualquer coisa?

Vejam, por exemplo, o que apareceu quando escrevi o nome "Richard Hammond":

"Richard Mark Hammond é um escritor e jornalista Inglês mais conhecido por co-apresentador do programa de carros Top Gear juntamente com Jeremy Clarkson e James May. Hammond apresentada o documentário Planet Earth Live ao lado de Julia Bradbury." (sic)

Isto é apenas uma amostra. Que tal?

O Google, "mais conhecido por site de busca", ainda termina "famoso por espanta-usuário".

Em tempo: "coautor", "coapresentador" etc. não têm mais hífen.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

E 2014 mal começou...

Gente, 2014 começou com força total aqui no blog!

Acabo de receber colaboração inacreditável.

Quer dizer, seria inacreditável se não tivesse vindo com prova anexada.

Como São Tomé, ainda fui à internet e lá estava, no noticiário do UOL: o verbo "GREVAR"!

Se já estamos assim em 2 de janeiro, reinventando a língua, imagino o que não nos aguarda nos próximos 363 dias.

Feliz ano novíssimo!

Pescaria farta no MGM

A mocinha começa a passar mal. O rapaz põe a mão em sua testa e diz, no texto em nossa língua:

"Está um pouco quente. Você pescou alguma coisa?"

Quem pescou este e muitos outros erros — de grafia, de pontuação, de tradução — fui eu mesma, num filminho de quinta que passou há pouco na TV: "A maldição da libélula", cujo título original é "Open graves" (santa criatividade, Batman!)

É isso que dá ver filme no MGM.

Em vez de usar efeito especial para tapar os seios de uma senhora centenária — pois é! — durante as cenas de uma tentativa de ressuscitamento num leito de hospital — acreditem! —, os responsáveis pelo canal deviam se preocupar mais com as legendas absurdas que exibem sem o menor pudor.

Que mania é essa de 'seguir'?

Segundo capítulo do "papo polícia" no RJ-TV. A apresentadora informa:

"O bandido SEGUE internado..."

Minha imaginação voa, mesmo antes da dose diária de cafeína.

A primeira ideia que me vem à cabeça é a de alguém empurrando a maca do homem pelos corredores do Miguel Couto, onde ele "continua", "permanece" etc. etc.

Vou criar um slogan: Língua Portuguesa — pense antes de usar.

Um tiro, 12 vítimas

O que foi essa informação que ouvi agora naquele "papo polícia" do RJ-TV?

Disse o especialista do telejornal, comentando a violência durante o réveillon:

"Mas o pior foi o tiro que vitimou 12 pessoas."

Hã?!? Uma só bala fez esse estrago todo?

Tenho que ler o jornal já, pra entender como foi isso.