sábado, 30 de abril de 2011

Valei-me, São Odorico de Sucupira!

Fã de João Ubaldo Ribeiro, também ando cheia de "velhas e novas implicâncias" — sem querer me comparar ao erudito colega, é claro.

Em sua mais recente coluna (que tinha o título aspeado acima), um dos destaques era a moda dos verbos terminados em "izar" e outras, criadas com o intuito de "enfarpelar a linguagem".

Creio, porém, que nem o criativo escritor e jornalista imaginou um verbo surgido hoje em matéria em torno do ator Rutger Hauer: "complexificar".

Pois é. Uma fala do ainda belo holandês foi traduzida no Globo como: "Aprendi que deveria 'europeizar' o cinema, complexificando os personagens (...)."

E mais ainda não li, porque... como direi? "Perplexifiquei"?"!?

Como sobra 'sobre"!

Já se escreveu aqui sobre o "sobre", que anda trabalhando sobremaneira, em lugares totalmente inadequados à sua natureza. Como crianças que acabam de descobrir as preposições e querem usá-las a torto e a direito, onde quer que seja, os coleguinhas têm abusado do pobrezinho.

Hoje mesmo, no alto do noticiário do MSN, lá estava: "Famosos comentam sobre o casamento britânico no Twitter". (sic) A leitura parou aí mesmo, obviamente.

Palavras merecem carinho. Custava deitar os olhos sobre um dicionário, antes de pôr o mau Português no ar? Procurem o "sobre", por exemplo, no verbete "comentar" do Houaiss: "v. (1562 cf. JC) 1 t.d. tornar inteligível ou interpretar por meio de comentário escrito ou falado — na primeira aula, comentou os vilancetes camonianos; 2 t.d.bit. conversar sobre, discutir acerca de — comentou (com o amigo) a vida que se vai vivendo; 3 t.d. fazer uma apreciação crítica — o examinador comentou a prova escrita dos alunos; 4 t.d. tecer observações mais ou menos malévolas, maliciosas — comenta a vida alheia>"

Dou um doce para quem tiver encontrado alguma vez o solicitadíssimo "sobre" associado ao verbo em questão.

Reino Unido faz a festa
no noticiário e nas telas

O casamento real foi o grande assunto dos últimos dias.
Nos cinemas, “Rio” lidera, mas os britânicos também estão em alta

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Uma letra faz a diferença

O especialista em protocolo convidado pelo "Hoje" explicava detalhes da cerimônia, quando tropeçou no monumento. Quer dizer, foi contar por que William batia continência e Kate abaixava a cabeça diante de obras que homenageiam os mortos na guerra e disse, mais de uma vez, tratar-se de uma "referência".

Não, senhor especialista, trata-se de uma "reverência", ou seja, um cumprimento respeitoso, ou mesura, ou vênia.

A referência encontra-se no Houaiss, no Aurélio etc.

Recomendação às avessas

Amiga de longa data, dos tempos em que batucávamos remingtons e olivettis na redação do Globo, escreve, indignada, a respeito da matéria dos tornados nos EUA, ontem à noite, no SBT: "A correspondente Yula Rocha saiu-se com a seguinte pérola: '(...) e os moradores são recomendados a ir para os porões (...)'."

Fiquei tão indignada quanto. Afinal, os pobres moradores não são itens de um cardápio ou coisa do gênero para serem recomendados, talvez pelo chef.

Deve-se recomendar aos moradores que sigam para um lugar seguro, ou os moradores devem ser orientados a ir para um lugar seguro... Enfim, há várias opções no menu do Restaurante O Bom Português, mas em nenhuma delas recomenda-se morador (mal passado, com batatas?).

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Esta era pra ter entrado ontem
(e interessa a quem está em SP)

‘Visões Urbanas’ transforma a Paulista em palco de dança

Ecologia para idiotas

Esta nota não tem nada a ver com o idioma (a não ser que se considere seu mau uso para enganar trouxa). Tem a ver com o ressurgimento da possibilidade de extinção das sacolas plásticas dos supermercados, que, do jeito que está sendo feita, parece só interessar aos ricos donos desses estabelecimentos.

Algumas perguntinhas:
1) Por que não obrigar os empresários a fornecer sacolas biodegradáveis aos clientes?
2) De que material são feitos (e quanto custam) os sacos de lixo que eles vendem?
3) As pessoas que utilizam as sacolas de supermercado para embalar o lixo passarão a usar o quê? (pense, especialmente, nas classes menos favorecidas, nas encostas dos morros em dias de temporal etc.)
4) Por que os coleguinhas, de forma geral, não discutem o assunto? Aliás, por que não discutem mais quase coisa alguma e ponto?

Lá vem o "ex" de novo...

Notícia do "RJ-TV" insiste em dizer que uma tal advogada — que já usou várias identidades, é conhecida como "viúva negra" e está foragida — teria assassinado dois "ex-maridos".

Não custa perguntar: ela já havia se separado deles quando os matou?

O que é isso, Itaú?!?


Mal abro o e-mail e encontro uma mensagem do Itaú, banco que detestei, pois já entrou na minha vida contando mentira, assim que comprou o Unibanco. Eis o texto (que inclui meu número de CPF):

"(...) O Banco Itaú vem por meio desse e-mail informar que o seu dispositivo iToken encontrasse bloqueado, para desbloquear o seu iToken e sua conta Itaú clique no seu nome abaixo para iniciar a atualização (...)"

Para começar, a pontuação está péssima e não é "encontrasse", é "encontra-se", por favor. E, para completar, minha conta foi ENCERRADA!

Que golpe mal escrito é esse?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Com respeito à regência

A futura princesa Kate Middleton pode estar de bem com a moda e a flora brasileiras, mas a coluna do Ancelmo anda de mal com o nosso idioma.

Nota na coluna desta segunda diz que a moça adora suco de maracujá, “além de gostar e usar roupas” (sic) de uma estilista das bandas de cá.

Acontece que, de acordo com a norma culta, as regências verbais não podem ser misturadas, como no caso de “ela gosta das roupas” e “ela usa as roupas”. Para a frase não ficar, digamos, complicada demais, que tal dizer que ela admira e usa as roupas, ama e usa as roupas, adora e...?

É só um toque. Eu gosto da coluna e a leio diariamente.

Cuidado com o verbo, doutor!

No "Hoje", o alergologista explicava o que fazer para evitar ataques de asma, rinite etc., quando tropeçou num tempo de verbo ao qual muitos parecem ter alergia, de tanto que o evitam: o futuro do subjuntivo.

Disse o médico, usando erradamente o infinitivo, como sói acontecer nas melhores famílias: "Sempre que a criança se expor (...)."

Sinto muito, doutor, mas o correto é "sempre que a criança se expuser".

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Com o meu Mengão?!?

Assim não dá, pessoal! Quem cuida dos anúncios do Facebook?

Depois do creme para rugas (que até melhorou um pouquinho, mas agora pergunta se “o seu rosto está cansando”), alguém me saiu com um terrível “Eu são Mengão de coraçao”. (sic)

Numerosa e calorosa, entre outras coisas, a torcida do Flamengo é, não “são”. E EU SOU Mengão de CORAÇÃO, por favor!

Erro sobre rodas

Reportagem no finzinho do “Hoje” abordou benefícios dos exercícios sobre rodas, comparando efeitos do uso de bicicletas, skates e patins. No caso destes, porém, deslizou feio: o tempo todo, só se ouvia “o” patins pra cá, “o” patins pra lá.

Diferentemente — outra palavra que a repórter não soube usar corretamente — do que acreditam a coleguinha e a profissional entrevistada, patins é plural de patim e pede o “s” no artigo que o acompanha.

São os patins — da mesma forma que os óculos, já citados aqui.

sábado, 16 de abril de 2011

Já não basta invadir

Esta nota não tem nada a ver com o idioma. Quer dizer, até tem, pelo mau uso do mesmo nas mãos (ou bocas) do telemarketing das empresas, esse abuso que — pasmem! — conseguiu extrapolar.

Como se não bastasse invadir a privacidade alheia e perturbar o sossego das pessoas no sacrossanto recinto do lar, agora os operadores do dito cujo iniciaram nova prática: se o incomodado que atende não lhes dá atenção, eles tornam a ligar em seguida... para xingá-lo!

A política da má publicidade começou com a Oi TV, seguiu com algo parecido com "Shop experience", de SP, e...

Se a praga se alastra, quero saber quem ainda terá emprego nesse inferno moderno, do qual quase todo cristão já foge hoje como o diabo da cruz.

O que os grandes homens querem ver? E as grandes mulheres?

Canais “especializados” para públicos masculino e feminino ou fazem uma salada na programação ou caem no estereótipo

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Da série 'A ordem dos
fatores altera o produto'

Gente, a amiga tijucana hoje está esperta! Eu mal acabei o Dapieve (texto ótimo, como sói acontecer) e ela já está no Ancelmo (vale explicar que leio o jornal de trás pra frente).

Mas, voltando, lá na coluna ela encontrou a seguinte nota: "O enredo da Beija-Flor para tentar o bicampeonato, em 2012, será o Maranhão, terra de Sarney, que completa 400 anos em 2012."

Como assim? O homem se perpetua no poder há anos, mas não há séculos!

Seria melhor dizer: "O enredo da Beija-Flor para tentar o bicampeonato, em 2012, será a terra de Sarney, o Maranhão, que completa 400 anos em 2012."

A César o que é de César (e ainda podiam evitar a repetição de "2012"...).

Que linguagem é essa?

Outra amiga e assídua colaboradora pega o Globo de hoje e lê, bem ali, na primeira página: "Linguagem é mais antiga do que se falava". (sic)

Inconformada, ela me escreveu: "Você entendeu? Nem eu! Então, fui ler o resuminho: '(...) Estudo revela que todos os idiomas teriam essa origem comum,
400 séculos antes do que se dizia.' Melhorou um pouquinho, mas ainda achei meio nebuloso. Só na reportagem confirmou-se o que eu suspeitava: que eles
queriam noticiar que a linguagem é mais antiga do que se pensava, ou julgava, ou acreditava."

Concordo plenamente e arremato: tenha quantos séculos tiver, a linguagem nasceu para comunicar, não para confundir.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Como assim?

Mais um dia de leitura atrasada de jornais e eis que pego o Segundo Caderno de ontem, que anuncia que o desenho “Rio”, de Carlos Saldanha, “é a maior bilheteria de estreia do ano no país”. Até aí, tudo bem.

A matéria só tropeçou no entretítulo: “’A era do gelo 3’ estreou maior”.

Como assim? O filme foi cortado depois da estreia e ficou menor nas exibições seguintes?

Além disso, perguntar não ofende: não dava para pensar em alguma coisa que não repetisse uma palavra já usada no título principal (ou maior)?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Da série 'A ordem dos fatores
altera o produto'

Estas foram encontradas hoje na coluna de um colega que não costuma escorregar. Muito provavelmente, a culpa foi da emoção provocada pelo novo balé de Deborah Colker, exibido em Curitiba.

As duas estão na mesma sentença, que diz: "(...) Oneguin vai para o interior tomar posse de uma herança, onde conhece o poeta Vladimir, que torna-se seu melhor amigo (...)".

Só que herança não é lugar e o "que" atrai o "se", como todos aprendemos na escola. Então, o certo seria: "(...) Oneguin vai tomar posse de uma herança no interior, onde conhece o poeta Vladimir, que se torna seu melhor amigo (...)".

Sentiu a diferença?

Microsoft do contra

A Microsoft deve mesmo odiar quando o usuário do Windows encontra em outro canto soluções para os problemas criados por seu programa.

Ou então, por que faria o pobre internauta declinar de buscar as alternativas da Microsoft clicando na seguinte frase: "Encontrarei software novo por contra própria (sic) quando instalar atualizações"?

Soa quase como ameaça...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cuidado com o "ex"!

Pessoal, mais cuidado com o uso indiscriminado do "ex", como se o prefixo servissse para tudo o que já foi um dia. Ser "ex-mulher" ou "ex-marido" de alguém, por exemplo, não é o mesmo que ser "viúva" ou "viúvo" — e a todo momento a gente vê coleguinha confundindo as coisas por aí.

Pois ontem uma atenta amiga pegou coisa ainda "melhor" no Globo: a "ex-casa" (sic) do matador de Realengo.

Alguém aí sabe responder às pertinentes perguntas formuladas pela assídua colaboradora deste blog? São elas: "Quando o sujeito se mudou de lá, a casa deixou de ser casa? E virou o quê?"

domingo, 10 de abril de 2011

Da série 'Não está errado, mas...'

Na matéria "Vale o escrito", da Revista O Globo deste domingo, diz o subtítulo: "Neto de ex-bicheiro e historiador lança livro que traça um panorama do jogo (...)".

Para evitar dúvidas a respeito de quem é quem nessa história, ficaria melhor: "Historiador e neto de ex-bicheiro lança livro (...)".

sábado, 9 de abril de 2011

Dedo na ferida

Muito bom o artigo de Cacá Diegues publicado hoje, no Globo, intitulado "O horror da diferença". Põe o dedo na ferida que está por trás da chacina em Realengo e lembra outros demonstrações escabrosas de intolerância ocorridas nos últimos dias.

Pequeníssimo detalhe que em nada diminui o valor do texto: embora a personagem de Drew Barrymore se afeiçoe ao ET — também uma criança, vale lembrar —, é seu irmão Elliot, vivido por Henry Thomas, que desenvolve amizade incondicional com o visitante do espaço, no filme de Spielberg.

Voltando ao jornal (e à realidade), parabéns ao nosso cineasta!

Erro que se repete

Hoje, no Globo, novamente em matéria da tragédia de Realengo, mais uma vez usa-se a construção infantil, como definiu uma amiga (veja nota abaixo), "repetiu de ano".

Pessoal, uma clicada rápida no verbete "repetir" do Houaiss eletrônico informa: 4) t.d. cursar pela segunda vez (a aluna repetiu a primeira série).

Custa consultar?

Já que nesse mundo nada se cria, que tal fazer uma cópia melhorada?

Em tempos de imaginação em baixa e “remakes” em alta, realizadores podiam aproveitar os avanços tecnológicos para aprimorar os originais

Cérebro enrugado no Facebook

Alguém pode explicar o sentido deste anúncio de creme facial que está há dias no Facebook?

O título é: "Hoje, a pele lisa" (o que já dá um belo cacófato). E o texto diz: "Uma dica simples para eliminar rugas em ninguém. Seja claro, hoje, a pele lisa." (sic)

A pele de quem escreveu pode estar muito bem, obrigada. Já o cérebro... Será que o produto dissolve os neurônios juntamente com as rugas?!?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

'JN' desacelera e toma bomba

Enquanto eu, às voltas com a pintura da casa, não consigo ver televisão ou ler o jornal com atenção, o pessoal de Madalena está superesperto. E manda mais essa — na verdade, duas da mesma reportagem da chacina no Rio, pescadas no “Jornal Nacional” de ontem.

A primeira bola fora veio em off, no resumo da vida escolar do assassino, quando a voz do locutor informou: “Ele nunca repetiu de ano.” Diz minha amiga, com razão: “Essa é uma construção comum no linguajar infantil, mas esquisita na boca de jornalistas do principal noticiário da mais importante rede de TV do Brasil, que, por conta disso, deviam voltar para a escola e repetir o ano.” Assino embaixo.

A outra falha ela considera “talvez perdoável, já que é em inglês”. Discordo. Acho que, se a gente se mete a falar a língua alheia (e no “JN”!), deve ter cuidado redobrado.

Mas vamos à informação errada. O jornalista dizia que o assassino havia usado um speedlower para recarregar a arma rapidamente. Na imagem — um desenho do tal acessório — aparecia a palavra correta: speedloader (speed = velocidade; loader = carregador).

Conclusão lógica da minha queridíssima amiga, que, além de dominar o Português, é casada com um inglês: “Se speedlower existisse, significaria justamente o oposto: um redutor de velocidade.” E não nem é preciso ser um expert em armas para perceber isso, concordam?

‘Um Brasil em exposição’ mostra
o impacto dos grandes eventos
nas cidades


‘Retrato do Rio e do país de 1908, que chega a São Paulo sexta-feira, é boa oportunidade para se avaliar o que se pode aproveitar com a Copa e as Olimpíadas » Opinião e Notícia

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Petrobras para hispanohablantes

Mais uma observação da amiga “madalenense de adoção”: “No anúncio do novo óleo Lubrax, da Petrobras, a embalagem exibe claramente a palavra ‘lubricante’. O que houve com o bom e velho lubrificante?”

Minha teoria cínico-otimista: vai ver o óleo é tipo exportação, feito especialmente para nuestros hermanos hispanohablantes.

Morde (a língua) e não assopra

A colaboração chegou de Madalena. Vendo o capítulo de ontem de “Morde e assopra”, novela das sete da Globo, minha amiga quase duvidou dos próprios ouvidos quando o delegado vivido por Tarcísio Filho ameaçou a personagem de Cissa Guimarães com a seguinte pérola: "Vou lhe prender por obstacular o trabalho da polícia."

Porém, no silêncio da região em que ela mora com o marido, não há ruído que interfira no som da televisão. O certo seria “obstaculizar”, tão feio quanto o inexistente “obstacular”. Por isso mesmo, minha amiga sugere: “Não seria melhor dizer ‘criar obstáculos’?”

Não só é melhor, como mais coloquial, complemento eu.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A barriga enaltecida

Diz o Houaiss no verbete "enaltecer" — v. (1881 cf. CA1) 1 t.d. tornar alto, elevado 2 t.d. fig. tornar glorioso; exaltar, engrandecer ¤ etim esp. enaltecer(1607) 'id.', de alto; ver alt- ¤ sin/var ver antonímia de aviltar ¤ ant ver sinonímia de aviltar

Ou seja, a consultora de moda do telejornal "Hoje" talvez quisesse dizer que as tais blusas largas (tema do dia) podem "elevar" a região do estômago.

Mas que ficou engraçado ouvir na TV que o modelo pode "enaltecer a barriga" (sic), isso ficou.

Julio Cortázar é tema de leituras, exibição de filmes e debates

De terça-feira a domingo, na Caixa Cultural-RJ, “Encontro de cronópios” homenageia o maior representante dessa peculiar espécie

domingo, 3 de abril de 2011

Não se alça o status

Pessoal, cuidado ao alçar voos pelo idioma. Hoje, a Revista da TV do Globo saiu-se com uma nota em que diz que Rob Lowe “alçou o status de galã nos anos 1980”. (sic)

Só que, quando o verbo em questão tem o sentido de “alcançar”, tem que ser usado de outra forma. O certo seria: “alçou-se ao status de galã”.

Achou esquisito? Então não invente moda e fique com o velho e confiável “alcançar”. É menos arriscado.

PS: o mesmo “textículo” diz que o ator integra a série “Parks and recreation”. Fica melhor “integra o elenco da...”. E, só para lembrar, ele está também em “Californication”.