domingo, 28 de novembro de 2010

Educação, abre as asas sobre nós...

Esta contribuição veio de uma amiga que tem parentes, amigos e livros espalhados pelo mundo, mas as raízes bem plantadas aqui no Brasil. Por isto mesmo, não se conformou ao ver ontem, na TV, a desinformação da repórter, que desconhecia a nascente do samba da Imperatriz "Liberdade, abre as asas sobre nós": nosso Hino da República.

Desanimada, tive que perguntar a ela: será que ainda se canta ao menos o Hino Nacional nas escolas deste país? O pessoal do futebol, que mais frequentemente vemos ao som da música, ou não move os lábios ou tropeça e empaca na letra...

O tamanho do cumprimento



O "CQC" tem lances bem divertidos, mas recomenda-se que o líder da bancada, Marcelo Tás, dê um pequeno puxão de orelha no colega que insiste em usar o inexistente "comprimentar", como se, quem sabe, fosse medir as pessoas, em vez de cumprimentá-las.

Tás precisa também conversar com a alta cópula, digo, cúpula da Band sobre a interrupção dos "Melhores momentos do CQC", aos sábados, para um "programa" de sorteio que quebra completamente o clima. Quem está com o controle na mão e tem "ene" canais disponíveis quer diversão, custe o que custar. Ou seja, vai atrás de coisa mais interessante e não volta mais. A turma do mezzo humorístico, mezzo jornalístico não merece.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O diferencial da diferença
(ou a diferença do diferencial)


Com o Rio vivendo tempos belicosos, os telejornais viraram vitrine de armamentos moderníssimos — a maioria importada e capaz de "fazer um diferencial" no combate ao crime, segundo policiais e militares de diversas patentes.

Nossas autoridades não vieram de fora, mas gostam de dar um nó na língua com seu jargão — e aos poucos vão contaminando os jornalistas, dos quais não se exige experiência com armas, apenas com o Português.

Vai ver este é o diferencial que faz toda a diferença entre a nossa guerra particular e as dos outros: estas, além de estarem bem distantes das nossas casas, são feitas em outros idiomas. Então, fica tudo OK. Por aqui, a gente deve tomar certo cuidado ao substituir a palavra feminina pelo vocábulo masculino, ou o tiro pode sair pela culatra, quase literalmente.
Não acredita? Dê lá uma espiadinha no Houaiss...

domingo, 21 de novembro de 2010

Corra que o pleonasmo vem aí!

Gente, o pleonasmo está solto!

Hoje, na aberturinha-quase-subtítulo da matéria de capa da Revista da TV, ficamos sabendo que, num programa da Globo, pela primeira vez Fiuk e Fábio Jr. "contracenam juntos"!

Independentemente do ineditismo de reunir pai e filho na telinha, queria ver era a emissora fazer a dupla contracenar separada. Mas aí talvez fosse preciso contratar também um David Blaine, um David Copperfield...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ponto de vista

Quem me chamou a atenção foi uma amiga ligada em genealogia: hoje, os problemas do Banco PanAmericano enrolaram mais a cabeça do repórter do Globo do que a da mulher de Silvio Santos.


A família Abravanel parece ser mestre em vender seu peixe: no "Corpo a corpo", Íris, que é autora de livros e novelas, repetiu muitas vezes, de formas diversas, que busca sempre ver as coisas pelo lado positivo. E foi o coleguinha que tropeçou no pleonasmo e "encarou de frente" o tautologismo, tema de um divertido número de "comédia em pé" encontrado na internet (clique para ver).

PS descaradamente oportunista: gosta de um bom vilão? Esqueça os da vida real e "encare de frente" os da ficção em http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/adoraveis-viloes-de-ontem-hoje-e-sempre/?ga=dst3

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Creme (e manual) anti-idade

Os responsáveis pela publicidade da marca de cosméticos Anna Pegova precisam se atualizar. Não deve fazer bem aplicar no rosto um creme anti-idade que usa grafia antiga, ultrapassada. A agência precisa comprar rapidamente um manual da nova reforma ortográfica, para evitar os sinais da passagem do tempo na escrita...

PS: me aguardem na FLIM!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Reforminha chata

Titulão de hoje no Caderno de Esportes do Globo: "Ninguém para o Botafogo". Será que só eu, por um breve momento ainda meio sonado, tive dúvidas sobre o que estava lendo?

Não sei, mas me lembrei de uma amiga, injuriada com o manchetaço de primeira página, no mesmo jornal, em tempo de enchentes cariocas: "Chuva para o Rio". Dizia ela, irônica: "Não, mais chuva para o Rio, não, por favor! Manda pra São Paulo, Belo Horizonte, qualquer outro lugar..."