quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Cuidado com os livros!

Gente Boba bobeou na terça.

O atento amigo, porém, tarda, mas não falha e hoje me enviou a pérola:

"Baby não parou de dançar um só ESTANTE".

Agora, com licença, me deem só um INSTANTINHO que eu vou ali rir mais um pouco e volto já.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Jornalismo sob suspeita

O atento amigo tem estranhado uma novidade (mais uma!) dos textos jornalísticos: a transformação de "bandidos" em "suspeitos".

Dia desses, no G1, uma reportagem informava que um "PM foi baleado por dois suspeitos" e que "os suspeitos fugiram".

Mais tarde, disseram que "os suspeitos foram presos".

Com toda razão, o amigo reclama:

"Por que não são claros e escrevem, como fazíamos, que um policial foi ferido a tiros por dois bandidos?"

Além dessa bobagem, claro que ainda tinha o "essencial" detalhe: o PM foi ferido "APÓS" ser baleado (argh!) — e "seu estado de saúde era estável POR VOLTA das 20h20" (ui!).

domingo, 24 de janeiro de 2016

Vale a pena ler

Achei que os colegas não cometessem mais erro tão primário, mas assídua colaboradora o encontrou hoje, naquela editoria genérica chamada Sociedade, em que enfiam matérias de qualquer coisa.

Para não repetir a bobagem do Globo, use o bom e velho truque: experimente a frase no masculino.

Alguém diz "vale AO sacrifício"? Não.

"Vale O sacrifício" e, portanto, "A pena", com artigo e SEM preposição, ou seja SEM CRASE.

No caso, valeu AO doutor (ou À clínica) a soma mencionada no texto.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Que marcação é essa?


Hoje meu jornal não chegou, mas uma amiga recebeu o dela e, lendo o Segundo Caderno, estranhou uma regência (em frase feiíssima) e me perguntou, por e-mail:

"Diz aqui que alguém 'marcou DE repercutir uma estreia'. Está correto?"

Não!

Está tão errado quanto o "pensar DE" comentado outro dia.

Caro colega, marque uma consulta ao dicionário e marque as páginas dos verbos que vai usar antes de escrever bobagem, por favor.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Casamento do outro mundo

Depois de passar praticamente o dia inteiro sem TV e internet, encontrei e-mail do atento amigo, que leu o seguinte título no Ancelmo:

"Bodas de porcelana do MAC".

Achamos, o amigo e eu, que o colega do Globo queria dizer JUBILEU do "disco-voador" do Niemeyer.

Ou o MAC se casou com outro museu e ninguém contou pra gente?

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Invencionice da 'Veja'

A assídua colaboradora viu esse trem aí nas páginas amarelas da Veja e chegou a duvidar do que aprendeu na escola.

Mas foi a revista que inventou uma regência nunca antes usada neste país.

A gente aprende (ou desaprende) o idioma, aprende que não é legal escrever besteira na imprensa, aprende com pressa, com lentidão...

E tem gente que não aprende e mete a preposição "de" onde não deve.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Um idioma em extinção


Gente, essa barrou todas do dia (quer dizer, do Globo, apud Agamenon Mendes Pedreira).

O redator seguiu seu instinto e "extinguiu" o idioma!

Página P06 dos Classificados deste sábado

sábado, 16 de janeiro de 2016

'Há', do verbo 'haver'

A assídua colaboradora encontrou erro crasso na capa do Globo online, como se vê aí na imagem.

Lembrem-se da regrinha básica, meninas e meninos: se falamos do futuro, usamos preposição ("escreverei daqui A pouco"); se falamos do passado, usamos o verbo HAVER ("não lia essa bobagem HÁ muito tempo").

Só mais uma coisinha: a rua de Santa Teresa não se chama Joaquim "Mortinho", OK?



Você não leu isso, você não leu isso...

Gravei a série "O hipnotizador" faz tempo e, finalmente, decidi ver.

Antes, porém, fui procurar sinopse e crítica na internet, para me animar um pouco mais.

Quase desisto ao ler isto aqui na Folha:

"No primeiro episódio, Arenas usa sua técnica para escarafunchar a mente de uma jovem que tem pesadelos. Como no filho de uma série de perícia cientifica no estilo 'CSI' com série de psicologia tipo 'Psi', descobre qual era o trauma da paciente". (clique para ler)

O pai dessa "criança" delirou legal ou estou sonhando?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O Português no hospital


Ah, os colegas do Novíssimo Jornalismo e sua mania de marcar o momento exato dos acontecimentos e o número de coisas ou pessoas envolvidas neles, para citar apenas um cacoete.

Hoje, em chamada de capa do Globo, informam que uma "nuvem tóxica (...) levou pelo menos 51 pessoas a hospitais".

"Pelo menos" o autor tem como desculpa a ingestão de uma "boa ideia" antes de escrever esse trem?

Calma, pessoal!

Todo mundo sabe que, com a internet, a possibilidade de se dar um furo de reportagem diminuiu um bocado.

Mas não é por isso que a tal da mídia precisa acelerar as coisas a ponto de matar uma pessoa que, até onde se sabe, está viva, ainda que em estado grave.

Coisa horrorosa esse "corpo da vítima" aí na matéria do Dia, encontrado pela assídua colaboradora.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O roto e o esfarrapado

Expliquem-me: como pode publicar uma coluna gozando quem fala errado, troca palavras etc. uma revista que tem vocabulário limitado e já cometeu erros crassos?

A publicação dominical do Globo vem empobrecendo brutalmente e hoje, numa rápida folheada, li num subtítulo que alguns livrinhos infantis "fazem sucesso e geram polêmica".

Percorri a matéria e não achei polêmica alguma.

Esse pessoal sabe o significado da palavra?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Seguindo pra lugar algum

Passei batido pela matéria "Obras nas ferrovias fora dos trilhos" (ontem, no Globo), mas um amigo pegou a "linda" concordância:

"Os canteiros quase paradas". (em destaque na imagem)

Eu fiquei ainda mais chocada com a insistência dos colegas em usar o verbo SEGUIR para coisas que não saem do lugar. Ô trem!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Respeitem os mortos!



A morte do Antônio Pompêo foi um choque.

O obituário do G1, pessimamente escrito, é um desrespeito.

Entre os disparates, tem este aqui, sem pé nem cabeça:

"Uma mulher, que se identificou como vizinha do ator no Facebook postou mensagens sobre a morte na página de Pompêo na rede social." (sic)

O "conjunto da obra" é um horror.

"Vizinha do ator no Facebook" parece piada de mau gosto.

Ninguém merece!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Ninguém liga mais

Um amigo encontrou a postagem na página de alguém que não conheço, no Facebook, e outro amigo marcou o meu blog para eu ver o horroroso título do Globo.

Como comentou outra amiga, jornalista, algum tempo atrás um trem desses, que nem verbo tem, dava demissão.

Merece ou não?

domingo, 3 de janeiro de 2016

Atenção ao sujeito!

Que tal começar o ano prestando mais atenção na construção das frases, colegas?

Hoje, no Ancelmo ("Tragédia familiar"), encontrei a seguinte frase:

"A depressão dela é tão grave que sequer consegue trabalhar".

Como assim?

A depressão não consegue trabalhar?

Que tal "sua depressão é tão grave que ela (a moça da nota) sequer consegue trabalhar"?

Ou "(Fulana) está com uma depressão tão grave que sequer consegue trabalhar".

Sentiram a diferença?

sábado, 2 de janeiro de 2016

Morte casual? Ocasional?

Um amigo entrou num site chamado Jetss (que se diz de notícias, entre outras coisas), interessado nas fotos antigas que anunciavam lá.

Pois encontrou esta legenda, que mandou pra mim:

"Ano de 1937. Esta foto mostra a pessoa mais alta já registrada na história (...) devido à hiperplasia da sua glândula pituitária (...). Esta foi a causa de sua eventual morte quatro anos mais tarde, com 2,70m".
O texto é todo ruim, mas "EVENTUAL MORTE" é demais. né?

Já que falamos em eventualidades, aproveito pra informar que o uso do verbo "DELAPIDAR" é raro — e desaconselhável.

A assídua colaboradora encontrou hoje, em título de coluna do Globo, um horroroso "DELAPIDANDO".

Nem sempre o que soa como "I" é "E" (carioca faz muito isso).

Digladiar, por exemplo, é com "I" mesmo.

E tanto imortais quanto mortais preferem "DILAPIDAR", OK?

PS: a imagem homenageia os colegas que preferem o Inglês. "Foca" neles!