quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Situação periclitante


A assídua colaboradora me enviou hoje mais um triste "Retrato do Brasil" publicado no Globo.

Trata da preocupante evasão escolar no país — e, ao mesmo tempo, mostra como boa parcela dos colegas que estão nas redações não dá bola pras aulas de Português e pros próprios textos.

Veja no título a "concordância":

"Um quarto dos jovens que trabalha está fora da escola".

Nananinanão.

"UM QUARTO" fecha com "ESTÁ", mas "OS JOVENS" concorda com "TRABALHAM", deu pra entender?

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Valei-me, Stanislaw!

O "Samba do crioulo doido", do saudoso Sérgio Porto (ou Stanislaw Ponte Preta), foi a primeira coisa que me veio à cabeça ao ler o título do Acervo do Globo, enviado pela assídua colaboradora.

Veja a imagem com atenção e me diga: o que significa "70 anos da criação do Estado de Israel e Oswaldo Aranha"?

Se alguém "tivesse criado o Oswaldo Aranha há 70 anos", o que também não faz sentido, seria necessário um "DE" na frase, não é?

Só pra constar, o político e diplomata, que deu nome a um famoso filé e também aparece na internet como Osvaldo, com 'V", nasceu em 1894 e morreu em 1960.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

É cada uma...


O verão está chegando... e O Globo continua cometendo erros tolos, faça chuva ou faça sol.

A assídua colaboradora encontrou uma vírgula absolutamente deslocada em "nunca se viu tanta oferta de refeições, a quem (...)".

Lendo a nota (reproduzida aí ao lado), percebi mais: sobra pontuação numa frase e falta em outra: "(...) neste caso é proibida" (neste caso devia estar entre vírgulas).

E as bobagens não cessam.

O atento amigo achou no mesmo jornal a "lindeza":

"(apresentador de TV) descarta uma candidatura à Presidência".

Ele pergunta:

"Por que não descarta duas candidaturas? Ou três? Por que uma?"

É duro, viu?

domingo, 26 de novembro de 2017

Quem 'coloca' os pingos nos is?!?


Tenho a maior implicância com essa história de coleguinha não usar "pôr", "botar", "causa" (tudo é "por conta"), de trocar "fazer" por "realizar"...

Pra não ficar de mau humor, nem abro aquela newsletter do Globo, intitulada "PARA começo de conversa", expressão pra lá de consagrada com a contração "PRA".

O jornal há muito aderiu ao uso do palavrão, mas morre de medo dos verbos "PÔR" e "BOTAR", o que também me irrita profundamente.

O atento amigo encontrou no Ela mais um exemplo do prurido imbecil. (veja a imagem)

A expressão é "BOTAR A BOCA NO TROMBONE", OK?

Tá mais que na hora de BOTAR os pingos nos is, PÔR em xeque essa bobajada e parar de METER os pés pelas mãos na hora de escrever. 

Seguem pro buraco

Como comprova a assídua colaboradora, o pessoal da publicidade CONTINUA cometendo erros primários de Português.

Veja na imagem: o que faz essa vírgula aí?

Para ela, eu não tenho explicação.

Já para o destaque que eu dei no verbo CONTINUAR, eu tenho: o pobrezinho vem sendo trocado direto por SEGUIR, até mesmo no Portal Comunique-se, feito por e para jornalistas, que, segundo chamada do site, "seguem em greve".

Bolas, greve implica PARAR, PARALISAR, não combina com "seguir", né?

sábado, 25 de novembro de 2017

Quem corre? Eu não sei


Decido dar uma olhada no cardápio do AMC, novo canal da Net, e encontro uma sinopse de arrepiar.

Diz o texto que o filme é um drama, mas está mais pra mistério: quem escreveu esse trem?

Começa com uma "concordância" esdrúxula — "premonições traumático" — e, de repente, "não sei" mais quem é o sujeito da história (eu, você, a mulher?!?).

Alguém corre "contra o tempo e sorte" — e eu "luto furiosamente" para tentar salvar o meu tempo, procurando alguma coisa menos enrolada pra ver (e com som original, que o AMC mente que tem).

PS: me dei mal. Fui ao Fox Premium e descobri que precisaria pagar um extra para assistir ao canal que tem série protagonizada por uma moça "que veio de RAZÕES muito humildes".

Desisto! Viva a Netflix​!

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Futura deseduca o público


O Canal Futura foi criado como "emissora de TV educativa".

Mas, de acordo com o anúncio encontrado pela assídua colaboradora, desconhece o significado de PLEONASMO.

Ou os personagens aí da foto conseguem "encarar de costas" também?!?

Os falsos brilhantes

Está tardíssimo (ou cedíssimo, dependendo do ponto de vista), mas não resisto: tenho que postar o festival de besteira que o atento amigo enviou e só agora eu vi no (meu pouco visitado) whatsapp.

O Globo, onde estão todas as bobagens, parece desconhecer o costume de se usar "frei" quando acompanhado do nome (Frei Betto, por exemplo) e "frade" quando o religioso não é identificado nominalmente (frades franciscanos ou Ordem dos Frades Menores).

O título do FRADE fala de uns diamantes, que, pelo visto, pularam pra outra matéria, que tem uma casa "cravejada... de balas"!

Caríssimos, é CRIVADA de balas, OK? "CRAVEJADO" significa "ornado com pedras preciosas".

E como tudo que está ruim pode ficar pior, o Ancelmo tascou um "INCÓLUME" (ileso, sem ferimentos etc.) onde é óbvio que devia ser "INCÓGNITO".

Isso não é mais um jornal, é uma piada!

De mau gosto, claro, mas bem que eu vou pra cama dando umas risadas com a colaboração do amigo.

Errando compulsivamente

O Globo merece mais uma nota zero em regência.

A assídua colaboradora é também moça muito paciente, tanto que ainda consegue dar umas olhadas no Ela.

Estava lá a bobagem:

"(...) um sentimento de culpa e vergonha que lhe levou a comer compulsivamente".

Recadinho para as responsáveis pelo caderno: espero que a vergonha AS LEVE a estudar Português e a ler compulsivamente.

Podem começar com os exemplos pinçados do Houaiss reproduzidos acima.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A língua não merece!

No Globo, a coisa CONTINUA feia, em forma e conteúdo.

O destaque do verbo acima deve-se à sua contínua substituição por SEGUIR, como se falássemos Espanhol.


O resultado são besteiras como esta, encontrada pelo atento amigo: uma pessoa que "segue", mesmo tendo os "movimentos restringidos".

Não bastasse a "ação imóvel", os colegas do jornal criam novas regências diariamente.

A assídua colaboradora vê com frequência o horroroso "chegar em" e hoje encontrou o "comparecer em".

Caríssimos, CHEGAMOS AO nosso limite e pedimos que vocês COMPAREÇAM A algum lugar que ensine Português, OK?

Estão todos precisando de umas aulinhas aí na redação.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

E querem que a gente compreenda...


O atento amigo chegou de viagem, abriu O Globo de hoje e achou bobagem já na página 2.

Lamentamos informar a entrevistador e entrevistado que nada vai "performar no mundo real", porque esse verbo só existe na imaginação dos dois.

O pessoal gosta de inventar uma novidade, viu? E provavelmente ainda se acha muito "intelectual" com esse excesso de "criatividade".

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Falando com os mortos

Vai mal o Português nas Organizações Globo.

Uma amiga querida me contou hoje que já se cansou de ouvir a correspondente da TV em Londres dizer que "a Rainha apresentou condolências aos mortos".

Como neste período são lembrados os soldados que perderam a vida na Primeira Guerra Mundial, imagino que esteja rolando muita sessão espírita no Reino Unido, pra Sua Majestade dar conta do recado.

No jornal, a assídua colaboradora, recém-chegada de viagem internacional. pescou uma baita pérola, em crítica de restaurante:

"Foi uma amiga de redação, de descendência árabe (...)".

Acho que a intenção era dizer "de ASCENDÊNCIA árabe" — ou estão falando dos filhos da moça?

Os antepassados sofrem, viu?

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Erro tem, mas falta luz

Recebi algumas mensagens reclamando da falta de postagens aqui.

Não é que faltem erros na imprensa; falta é energia elétrica na minha casa, devido a uma obra no prédio que ainda vai durar umas duas semanas.

Na segunda-feira, por exemplo um amigo mandou essa gracinha da página 5 do caderno de Esportes do Globo, com a pergunta:

"Quem subiram?"

Pois é. Acho que se empolgaram com o entretítulo e decidiram fazer malabarismo com o idioma, tadinho.