quinta-feira, 30 de julho de 2020

Os erros e os consertos

Esqueçam os (des)governos e seus absurdos e leiam o título e a legenda do Globo, achados e enviados pela assídua colaboradora.

Para a feiosa construção "às escolas opcional" do primeiro, dou uma sugestão (ao lado, na imagem) que ocupa bem o espaço (se é que era este o problema do editor). E poderia pensar em outras, é claro.

Para a legenda, mostro (também na ilustração) como é fácil encontrar quem é o sujeito para acertar a concordância do verbo: "DAS QUE VÃO, ELA É UMA". Ficou claro?

No caso da Rádio França Internacional, leitura diária de outro amigo, informo que o "Português do Brasil" (em minúsculas na logo) não se escreve assim.

Ou alguém acredita nessa manchete sobre o Haiti?

Os haitianos querem EVITAR QUE ABRIGOS VIREM FOCOS, obviamente.

E quem conhece de verdade o nosso idioma sabe: PROLIFERAR é verbo INTRANSITIVO, não pronominal.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Cada vez mais irreconhecível

Afinal, que língua falamos no Brasil?

Pelo que a assídua colaboradora constatou hoje, O Globo continua achando que fábrica, instalação e/ou usina são "plantas" em Português.

Não são, caros colegas.

PLANTA aqui, se não for "planta baixa" de arquiteto, desenho de projeto, é plantação grandona ou plantinha de jardim, mas é coisa PLANTADA mesmo, não é construção.

Essa até dá pra explicar como produto da imaginação de quem desconhece o idioma pátrio e o Inglês.

Quanto a esse trem aí da imagem, que o atento encontrou ao tentar entrar num site especializado em fotografia, confesso: não sei o que dizer.

Alguém se atreve?

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Muito tropeço em pouco espaço

Vejam essa manchete do Extra que a amiga brasiliense me enviou agorinha.

Alguém pode me dizer qual é o sentido dessa bagunça?

Na gíria, "pegar" pode ser "dar uns amassos". Não é bem namorar, mas... A cantora pegou o músico e ele tocou com ela no colo?

Ou o cara era um prodígio de fazer inveja a Mozart e já tocava quando era bebê?

Como podem tropeçar tanto em uma frase tão pequenininha?

Cartas para a redação.

sábado, 25 de julho de 2020

Rapidíssima II


Mais uma enviada pelo atento amigo, que aqui pergunta apenas: "Fatídico?!?"

Crianças do Globo, a palavra significa:

a) que revela o que o destino decidiu; que prediz, que profetiza; 

b) que leva à desgraça, ao infortúnio; fatal, sinistro, trágico.

O que o episódio tem a ver com isso?

Rapidíssima I

Há poucas horas, o atento amigo ouviu na CNN que "o Brasil ultrapassou a barreira das 85 mil mortes por covid".

Em sua mensagem, ele pergunta, indignado:

"Que p.... de barreira é essa? É como a barreira do som?"

Não tenho nada a acrescentar.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Jornalismo ladeira abaixo


A amiga brasiliense viu essa coisa no Facebook e me marcou na postagem.

Gente, o que é "ex-capa da Playboy presa"?

Por que isso está em praticamente todas as manchetes a respeito, não apenas na Época?

A Gazeta escreveu assim também e outros veículos apenas enxertaram um "é" no meio da "publicação" Playboy presa. Não melhorou muito.

'The fast and the furious'


A Claro/Net já sumiu de novo e voltou. Tomara que dê pra postar mais uma notinha "cinematográfica".

Depois de "O sexto sentido", vamos a "Velozes e furiosos", em mais uma contribuição da assídua colaboradora.

O estranhamento provocado pela chamada de primeira página se repete no título da matéria.

Para nós, o CONTÁGIO ESTÁ fora de controle, não a "velocidade". Ou Vin Diesel e companhia assumiram o comando?

As analogias automobilísticas continuam na "transmissão (mecânica ou automática?) de novos casos".

Posso estar meio lerda devido à quarentena. Alguém aí entendeu esse estranho comportamento dos novos casos?

Jardim Pequeno Jornalista

No Globo — e, lamentavelmente, na imprensa em geral — o uso da muleta em frases capengas continua firme.

Essa aí foi enviada pelo atento amigo.

A ridícula repetição do "após" — no título e no subtítulo — evidencia a absurda falta de preparo da equipe, que não sabe escrever sem o trambolho.

Para o editor, informações diretas devem ser impensáveis.

"Jovem é encontrado", "Desaparecido desde que saiu para comprar bebida, rapaz estava em..." etc. etc. etc.

'I see dead people'

Pois é. De acordo com os colegas do jornal Metro, em Itapevi o pessoal é como o menino de "O sexto sentido": vê gente morta e conversa com espíritos.

Não quero fazer graça com a desgraça alheia, mas me digam se não é isso que está escrito aí.

Em tempo: recebi o recorte da assídua colaboradora, responsável por outra que a Claro/Net me impediu de postar ontem, porque saiu do ar. Espero que hoje a internet funcione.

A bobagem, como a imagem comprova, continua do mesmo jeitinho no site.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Besteirol acumulado

Continuo relevando muita bobagem na pandemia — CONTINUO, não sigo, porque não saio de casa —, mas vou guardando colaborações enviadas pelos amigos e leitores camaradas.

Aquele especial e sempre atento não aguenta mais ouvir a novidade: "o pai e a mãe do menino (...)".

É, crianças, parece que aboliram "os pais". Coisa dos exageros — e consequentes distorções, por vezes abomináveis — do politicamente correto.

Como não perde uma, dia desses ele pescou no G1 outra pérola:

"Gente criativa que também são encontradas pelas ruas do Rio, como um catador de latinhas que declama suas poesias nas calçadas".

É tanto plural que nem perceberam que o sujeito era singular, em todos os sentidos.

Foi no mesmo G1 que o outro amigo achou os fantásticos "pedestres que caminham". Uau! 

Se estivessem dirigindo algum veículo não seriam pedestres, não é?

Já o Valor despreza o óbvio e prefere o enigmático "auxílio de aliança".

O amigo poeta quase se esqueceu de onde estamos e chegou a imaginar um casamento indígena coletivo. Na Nova Zelândia ia ser um espetáculo.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

A 'novilíngua' está aqui

Parece que falamos mesmo uma nova língua no país.

O atento amigo me conta que O Globo não sabe que "officer", aqui, nem sempre é "oficial".

É "agente", "policial" ou "soldado", a não ser que tenha patente de tenente pra cima nas Forças Armadas.

No mesmo jornal, a assídua colaboradora encontrou titulaço com a palavra (não reconhecida pelo Volp)  "points" sem aspas ou itálico. E "points boêmios", pra ninguém ter dúvida a que bobagem estão se referindo.

E A QUE idioma ADERIRAM o site MSN e seus parceiros "jornalísticos"?

Se "tendência" é algum novo adesivo que lançaram na praça, por favor me contem onde vende e onde a gente cola.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Publicidade ruim pra vista


Não é só o jornalismo que tem ignorado solenemente as preposições: a publicidade não fica atrás em matéria de desleixo e desconhecimento de regência.

Parece que os responsáveis pelos anúncios da Renner (e outros) levaram a sério aquela história dos "produtos que custam o olho da cara".

Informo a eles que NÃO VOU TIRAR O OLHO pra comprar nada!

Agora, se escreverem direitinho — e se realmente houver na loja uma peça DA QUAL (ou DE QUE) eu não consiga desviar o olhar — prometo pensar no assunto, apesar da quarentena.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Editora e jornal errando juntos?

Uma querida amiga que não é muito de mandar coisas pro blog hoje não resistiu.

Afinal, o anúncio com erro é de uma editora (Globo), estava estampado com destaque na página 12 do jornal do mesmo grupo e, como eu acabo de comprovar, continua escrito do mesmo jeito na internet, com outra diagramação.

Para o primeiro deslize, ela dá até opção para quem achar feia a construção "DE ELA SOBREVIVER". E, como boa jornalista, já manda no tamanho certo:

"Podiam ter escrito algo como 'viver como homem/foi o único jeito/de sobreviver ao talibã'. Funciona tão bem quanto. E cabe no espaço". (o texto estava dividido em três linhas.)

Também não há desculpa para a falta da preposição que acompanha o verbo RENUNCIAR — a gente renuncia A alguma coisa, lembram disso?

O problema ainda é alinhar tudo bonitinho? Então:

"Bastava RENUNCIAR AO verbo escolhido e usar 'esconde a identidade', por exemplo".

Resumindo: é só pensar um pouquinho, colegas.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Quem sabe responder?

A assídua colaboradora foi ler o obituário da atriz Kelly Preston no Globo, achou o óbvio ululante destacado aí na imagem e pergunta:

"Quando mais ela trabalharia em dezenas de filmes e séries? Durante o sono?"

Pois é, crianças. Texto enxutinho é bom, a gente gosta.

O Now também devia aprender a escrever Português e facilitar a vida do assinante com sinopses inteligíveis.

Li coisas estrambóticas hoje no canal, que me fez gargalhar com as "pessoas em diferentes âmbitos da vida".

Não faz o menor sentido, mas soa "poético", não é, não?

Ah, os modismos e grafismos...



A assídua colaboradora já havia rebatizado o jornal, agora rebatizou o caderno: "Desilustrada da Falha".

Foi lá que ela encontrou essa inexplicável violência "gráfica".

Será que usam muito Excel na nova série da HBO?!?

A seta abaixo assinala não exatamente um erro, mas um modismo chato pra caramba: "pontuar".

Evitem as modinhas, colegas. Elas apequenam o texto.

PS: só faltou dizerem que o sexo EXPLÍCITO é "gráfico" também. Argh!

sábado, 11 de julho de 2020

O significado de 'acessar'

A querida amiga leu a besteira no Globo impresso.

O meliante trocou Bangu por prisão domiciliar com tornozeleira e os infantes colegas, acostumados ao "infomatiquês", tascaram lá:

"(...) as autoridades policias terão permissão para acessar a residência de (...)".

Agora a casa da gente é website ou banco de dados? Desde quando?

Que tal "acessar" um dicionário na estante (bem real, de capa dura, não virtual) antes de escrever bobagem?

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Adaptação da pior espécie

A assídua colaboradora encontrou na rebatizada "Falha de São Paulo" mais uma regência estropiada (as pobrezinhas sofrem, viu?).

Agora, inventaram que uma certa pessoa "adaptou um dos dormitórios do (lugar tal) em escritório".

Há vários erros na frase, a começar pelo sujeito, incapaz de ação louvável.

Mas o que interessa é o bendito predicado: "adaptar em", gente?!

Procure no verbete. Quem achar ganha um doce.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Leitura. Recomenda-se

O atento amigo, a fiel leitora e eu mesma não aguentamos mais certos cacoetes da "imprensa escrita, falada e televisada", à moda de Odorico e sua Sucupira natal.

Já desisti de corrigir o Inglês que não souberam traduzir e gerou o monstrengo "testou positivo", inexistente no idioma pátrio.

Enquanto os testes de Português dão resultados negativos, aproveito pra pedir às crianças que evitem dizer "receptor do Nobel", ou "receptador do Oscar" etc.

Prefiram GANHADOR, para não dar a ideia de que o prêmio é mercadoria roubada ou coisa do gênero.

E, por favor, parem com essa história de "comentar sobre" isso e aquilo.

O moço da ilustração pode "COMENTAR SOBRE LIVROS" porque está, de fato, EM CIMA deles. Deu pra entender?