quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Discordância geral

Pessoal, um tiquinho de atenção, por favor.

A editoria se chama Saúde, mas da saúde da língua ninguém cuida.

"Os aplicativos é", essa coisa encontrada pela assídua colaboradora no Globo impresso, comprova o desleixo com que se faz jornal atualmente.

Aproveito para comentar uma contribuição do atento amigo que há dias está guardada aqui (ele enviou cópia do impresso, mas eu peguei o trecho no online, onde nada mudou).

Quando até jornalista veterano não sabe a diferença entre "inclusive" e "aliás", já, já veremos a garotada repetir, crente que está abafando — e o sentido do primeiro advérbio não é tão amplo quanto o do segundo.

Quem é o sujeito da frase?


 Vejam que historinha interessante nos conta a legenda do Globo: a moça (uma advogada, se não me engano) foi à CPI e depôs.

Sentindo-se insegura, a CPI pediu à depoente que lhe desse proteção policial.

Não é isso, criançada?

Pois é o que está escrito aí e foi como lemos o atento amigo e eu.

Boa noite. Imaginem que essa figura na ilustração sou eu, indo pra cama.

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Quem procura acha


 A gracinha do Globo, enviada pelo atento amigo, veio com a pertinente pergunta:

"Por que simplificar, não é mesmo? Não é mais fácil 'depois QUE a poeira baixar'?"

Como está na hora de eu ir pra cama ler um pouco, deixo com vocês a tarefa de encontrar outras bobagens no recorte. Não acredito que tenham ficado só nisso.

domingo, 26 de setembro de 2021

Morreu de gripezinha?


 A assídua colaboradora e eu — assim como um monte de gente que conhece o idioma pátrio — não aguentamos mais essa mania de "antes, depois, após, durante".

Os infantes que ora praticam o que ainda chamam de jornalismo não sabem até hoje que as coisas SEMPRE ACONTECEM antes ou depois de outra?

Parem de dizer que alguém morreu DEPOIS disso ou daquilo, porque isso não é informação. Todos MORREM DEPOIS de nascer, A CAUSA é que é a notícia.

A bela moça, coitada, morreu NO ACIDENTE? Digam.

Dá no mesmo dizer "depois" e nada. Foi "após" um dia, três anos, uma década? E foi de enfarte, AVC, Covid ou o quê?

sábado, 25 de setembro de 2021

Um uso esdrúxulo


 A amiga comentou a nota do Ancelmo, lida no impresso, e eu encontrei a coisa estranha no online, do mesmo jeitinho.

Somos nós que estamos exigente demais ou é mesmo muito esquisito alguém dizer que "Fulana surge na foto toda penalizada"?

"Surgiu"? Como o sol no horizonte? E ainda por cima "toda penalizada"?!?

Parece que entregaram a coluna para alguém habituado a falar de moda e a usar expressões como "toda trabalhada no amarelo" — ou qualquer outra cor que seja, à escolha do "freguês".

Imaginação fértil demais


 Os colegas do Globo têm mesmo uma cabeça imaginativa.

Hoje, a assídua colaboradora achou lá umas "máquinas de imageamento cerebral" espantosas, mas muito "convencionais" — tanto que já estão sendo substituídas por outras. Uau!

Já tínhamos ouvido falar em mapeamento do cérebro, imagem mental e cerebral... (tem uma foto linda das sinapses aí na ilustração)

Há algum médico na área para explicar de onde surgiu esse tal de "imageamento"?

Nem em pesquisas médicas sobre o Mal de Alzheimer escritas em Inglês eu consegui achar coisa parecida — e procurei até em artigos da revista citada na reportagem, a Science Translational Medicine.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Por que insistem no erro?


 Se depender do Globo, nunca mais veremos LOJAS no Brasil.

É o que pensa o atento amigo, a quem dou razão.

Sempre gostei da pluralidade das lojas de Copacabana e do chamado comércio de rua, singular.

Mas parece que tudo isso acabou.

Bom, eu não frequento "comércios". Será que vou ter dificuldade para fazer compras daqui pra frente?

Uma curiosidade: como estão enterrando a palavra LOJA e pluralizando o COMÉRCIO, lojas maçônicas também serão chamadas de "comércios"?

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

'Juridiquês' é feio demais


Crianças do Globo, não copiem jargão de nenhuma categoria, por favor. 

O atento amigo achou esse horror na primeira página do impresso e ele está até agora na "home" do online, onde eu fui buscar.

"Oitiva" — ou "outiva", ainda pior — é aquela informação de segunda mão que um bom advogado classifica de boato e pode até chamar de "fake news".

Com as CPIs, a palavra está ganhando ares de "depoimento". Então, por que não chamá-lo assim, em Português que todos entendem?

Por que a mania de reproduzir vocábulos esdrúxulos? Acham que denota erudição? 

Se é isso, informo que o efeito é exatamente o inverso do pretendido. 

Só chamando um especialista


 

Alguém aí consegue decifrar esse título do G1?

A colega da Região dos Lagos achou graça. 

Eu não sei se rio ou se ponho em risco a integridade dos meus neurônios.

E eles dizem que o caso já foi "esclarecido", um espanto.

Ah, a falta que faz o professor Aquiles Arquelau do Agildo Ribeiro.

Lembram do bordão? "Esclarecerei" (com a língua presa, é claro). 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Começam direitinho e...


  Mais um achado do atento amigo — com destaque, no subtítulo da Internacional.

Como conseguem inventar um "relatam terem" (ui!) se na linha anterior está bonitinho DIZEM não TER?

Lembram da história da tia de um saudoso amigo, chamando "crianças, andem virem jantarem", crente que estava abafando? Pois é.

Sem pé nem cabeça


 Ao me enviar o recorte do Globo, o atento amigo comentou: 

"Olha só. A creche assumiu a primeira página do jornal."

Dou razão a ele. O que é esse festival de "apóses", crianças?

Leiam com atenção, verifiquem se o sujeito não ficou confuso e se o "após" faz algum sentido na frase.

Morte "após" tem relação com "provocada por"? O resgate simulou a pane? 

De onde saiu esse idioma estranho?

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Quem vai querer o prêmio?


 Há muito tempo não via os "apresentadores de intervalo" das premiações internacionais na TNT, porque uma querida amiga e eu usávamos esse tempo para comentar os trajes, os favoritos da categoria seguinte etc.

Hoje ela estava trabalhando e eu fui "obrigada" a ouvir aquela duplinha chata na entrega do Emmy.

E não é que a moça só fala em "discurso de aceitação"? 

O que houve com o bom e mais adequado DISCURSO DE AGRADECIMENTO?

Em minha extensa "carreira de espectadora de prêmio", acho que só vi um "discurso de rejeição" — e o Brando nem compareceu pra dizer não.

PS: também ficou esquisito (e repetitivo) começar a dizer que era a "reta final" na metade da festa — sem contar que cortaram a apresentação final.  

domingo, 19 de setembro de 2021

Nasce uma nova categoria


 Na Publicidade ou no Jornalismo, as crianças engatinham no Português — que deveriam conhecer bem antes de cursar Comunicação e atuar nessa área.

Vejam o que uma amiga me enviou: um festival de "para" e os novos "idosos de luxo", criados por quem não sabe que, na língua, a ordem dos fatores altera o sentido.

Sou "aposentada no Rio". Posso virar "idosa de luxo" aqui mesmo ou tenho que ir para São Paulo? Eu topo. Já morei lá e gostei.

sábado, 18 de setembro de 2021

Escolinha do Professor Raimundo


 Criancinhas e marmanjos do jornal O Globo, o atento amigo, a assídua colaboradora e eu não aguentamos mais ler as mesmas bobagens todos os dias.

O que está acontecendo na redação? 

O espanholismo "seguir" está enterrando o adequado CONTINUAR; os "antes, durantes e apóses" empesteiam os textos e criam monstrengos; REGÊNCIA parece só prestar para ser estropiada, ninguém respeita mais; saber o "basiquinho", como a diferença entre PASSAGEIRO e TRIPULANTE, nem pensar.

Pra fechar, "país performando" bem ou mal é a... (pode xingar como quiser.)

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Tretas mil nos ares


 
 O colega friburguense e o atento amigo estão descobrindo invenções assombrosas no mundo da aviação.

O primeiro me mandou esse título da Folha dos Lagos, cujo antetítulo parece indicar onde anda a cabeça do editor.

Para que serve esse palavrório pluralizado em "cinco frequências semanais de voos"? Para enrolar a língua?

O que há de errado com CINCO VOOS SEMANAIS

Que "frequências" são essas?

Se é para encher espaço, aumentem o tamanho da letra (ou o corpo da fonte, como preferirem).

Como se já não bastasse terem desaprendido o que é POUSO — devem achar chiquíssimo dizer "aeronave em solo" —, a empresa Decolar.com deu à luz mais uma gracinha sem graça:

"Na hora da abordagem, os grupos serão chamados (...)".

O que houve com o EMBARQUE, pessoal? 

Abordagem é coisa de polícia. Eu não embarco nessa.

Pra que tanto 'S', meu Zeus?


 Hoje o atento amigo está a mil.

E me enviou mais esse horror do "plural pluralizado" que é modinha entre as crianças da redação.

Dá pra meninada botar um freio nesse excesso?

OUTRAS FRENTES DE INVESTIGAÇÃO já tem plural suficiente, combinado?

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

E lá vamos nós outra vez


 Alô, crianças, não sabem o que é "tripulação"? O atento amigo explica — e ainda abre o texto poeticamente. 

Leiam e aprendam com o "tio":

"Seriamos todos tripulantes dessa nave louca chamada Terra (...), responsáveis pela condução anárquica do planeta rumo ao fim? Ou seríamos apenas passageiros, com responsabilidade zero sobre seus movimentos?

O Globo acha que os turistas (...) são tripulantes, e não simplesmente passageiros, que não movem uma palha na condução da nave, toda automática.

Se fossem tripulantes, ainda que em sentido lato, eles jamais pagariam a baba que pagaram pelo passeio. Ou exigiriam um bom desconto.

A tripulação está no solo, numa cabine fechada, onde aciona botões e manetes pra mandar pro espaço os quatro endinheirados."

Ninguém protege o pobre idioma


 Eu choro com as besteiras dos colegas, mas rolo de rir com o atento amigo, que agora batizou o G1 de "antessala daquela creche"... Vocês sabem qual.

As crianças já caíram no chão tentando andar? Notaram que o dodói é imediato, o machucado acontece NO tombo

Pois é. 

Sinto informar que as pessoas morrem. E morrem NO acidente, NA queda do avião, NO hospital, NA cama... (já, já eu saio cantando "na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê".)

Se alguém morre "após o acidente", cabe aí qualquer intervalo, de minutos a décadas depois — e a causa mortis pode não estar relacionada ao acidente.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Liberou geral!


 Os donos das empresas jornalísticas me desculpem chamá-los de sovinas, avarentos, mãos de vaca etc., mas o que vocês estão esperando para providenciar umas aulas de Português para os seus funcionários?

Nem editor sabe mais escrever.

É inadmissível dois títulos com esses horrores aí, enviados pela assídua colaboradora.

"Liberar posto a vender", colegas?!

LIBEREM O POSTO, LIBEREM A MARCA, LIBEREM O POSTO PARA VENDER A marca... Antes, porém, LIBEREM-SE da ignorância e não estropiem a regência, por favor, porque o verbo LIBERAR já é mais do que complacente.

Quanto ao bendito "a nível de", que julgávamos enterrado desde o lançamento da música homônima do João Bosco — incluída no disco "Comissão de frente", de 1982 (!) —, não sei nem o que dizer.

Que tal a meninada ouvir a música no YouTube e fazer uma análise crítica da letra, para entender o texto e não usar mais a bobagem? Tem no Google.

terça-feira, 14 de setembro de 2021

É cada disfarce que...

 Mais uma preciosa contribuição da colega que sabe tudo de Marketing.

Foi achada no G1, que agora inventou de destacar trechos de matéria com um rosa-salmão ("armamento de uso restrito etc.", por exemplo).

Começo perguntando aos colegas se eles estudaram conjunção na escola. Porque MAS é conjunção coordenativa e eu não entendi o que ela faz entre "não ter passagem" e "ser detido".

Não seria o caso de usar a conjunção aditiva E?

Mas vamos em frente, diretamente para o "mágico" que "sai do veículo sem deixar o automóvel". Tá-rá!

A matéria é um festival de besteira, mas termina com um final feliz que surpreendeu a colaboradora. Afinal, encontraram os parentes do cachorro com uma rapidez impressionante. Au-au pra toda a família!

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Paixão polissilábica


Há quem ache que eu exagero quando digo que as crianças que brincam de fazer o Novíssimo Jornalismo adoram um polissílabo.

Se não é isso, o que justifica a ridícula "cerimônia intimista", encontrada hoje por uma queridíssima amiga no Globo? (está no Uol também, acabo de ver.)

Não ponham a culpa no tradutor do Google, porque ele escreve bonitinho CERIMÔNIA ÍNTIMA tanto para o Francês "cérémonie intime" quanto para o Inglês "intimate ceremony" — testei os dois idiomas porque o casamento foi na França e o noivo é britânico.

Alguém precisa providenciar aulas de Artes pra meninada, que não sabe que INTIMISTA tem a ver com INTIMISMO, movimento da Literatura e da Pintura. (o quadro de Édouard Vuillard aí reproduzido é um exemplo)

Discordância em penca


 Creche Berçário Irineu Marinho é o nome que o atento amigo criou para a redação do Globo, onde grassa o jornalismo infantil — se preferirem, podem usar PROLIFERA, desde que sem pronome atrelado.

Que "descordância" é essa, crianças? Estava em legenda do Segundo Caderno de ontem.

DISCORDAMOS da grafia e aproveitamos para informar que DISSOCIAR e DESASSOCIAR não são exatamente a mesma coisa.

O amigo me contou que o verbo mais comprido já é modinha no jornal. 

Tem mais sílaba, lá vai a garotada atrás... Ô trem.

sábado, 11 de setembro de 2021

Vai mal a saúde do Português


 Alô, criançada do Globo, não adianta dar conselhos de beleza e bem-estar para os leitores sem cuidar da saúde do idioma pátrio, ora em estado quase comatoso.

Com razão, a assídua colaboradora estranhou essa "mal formação" MALFORMADA— o certo é MALFORMAÇÃO, substantivo feminino não alterado pelos mais recentes bombardeios sofridos pela MALTRATADA Língua Portuguesa.

Fui dar uma olhadinha no link e encontrei outros horrores, tais como "se proliferam" já no subtítulo.

De onde os infantes tiraram a ideia de que PROLIFERAR é pronominal? O verbo é INTRANSITIVO, as besteiras que vocês escrevem simplesmente PROLIFERAM, deu para entender? Pior, PROLIFERAM muito — e numa velocidade assustadora, estilo "variante Delta".

Eu juro que tentei não ler mais nada, mas não deu para ignorar o remédio que "possui efeitos" (?!) e o "consumo realizado" (uau!).

Remédio aqui em casa ou faz efeito ou tem efeito imediato assim que é consumido. Do contrário, vai pro lixo. E ponto final.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Assim ninguém aguenta


O colega friburguense e eu estamos tristes com o baixíssimo nível do Português praticado na imprensa, mas não achávamos que O Globo estivesse contratando editor que não passou pelo ensino básico.

Logo que é alfabetizada, a gente aprende a diferença entre a preposição A e o verbo HAVER e o velho truque: se for passado, é HÁ; se for futuro, use A.

Um exemplo: "A poucos dias do jogo, estava ansioso como muitos anos não se sentia".

Dá para lembrar a lição e não passar vexame ou está difícil?

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Da série 'você sabia?'


 Gente, a assídua colaboradora fez descobertas incríveis no Globo de hoje.

Vivemos DEBAIXO DO AR, não é sensacional?

E agora eu sei por que estou gorda!

Se alguém tiver paciência e ler a matéria, ainda vai saber que algumas cidades "possuem" mais ar poluído que outras. Devem ter pagado caro pelo produto.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Precisa dizer mais?


A assídua colaboradora me mandou o recorte do Globo com o comentário:

"Acho que alguém não 'conhece de Português'."

Pois é, garotada. Acho que ela resumiu bem o caso, não?

A acrescentar, só mesmo o velho lembrete: fala de entrevistado tem que ter copidesque ou levar um "sic" entre parênteses.

Analfabetismo musical


  Queridos colegas mirins da Folha, a assídua colaboradora e eu hoje vamos explicar pra vocês o que é MÚSICA.

MÚSICA não é uma pessoa, é uma expressão cultural, é som — e cada um ouve a MÚSICA que quiser, desde que não incomode a vizinhança.

Quem executa a MÚSICA — com instrumentos variados, entre eles a voz — é um MÚSICO ou um/uma MUSICISTA — o gênero das ou dos MUSICISTAS e da sua MÚSICA fica a critério de vocês ou deles e delas, combinado?

As "tias" conseguiram se fazer entender? Agora pesquisem mais no dicionário.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

A garotada me faz passar vergonha


 Nenéns do Berçário Futuro Jornalista, assim não dá.

Os profissionais de Comunicação sempre tiveram má fama em relação à Matemática (vai ver usam "por conta" toda hora para simular intimidade com as Ciências Exatas).

Não saber fazer conta já é feio. Não saber ESCREVER a respeito da conta é demais.

E foi justamente a especialista em Estatística que viu o erro no Português. Ô vergonha.

Os infantes do G1 podem ler essa coisa aí e explicar o que significa?

domingo, 5 de setembro de 2021

Ah, a 'criatividade' das crianças...


 Pode ser porque é domingo, pode ser o tempo nublado, sei lá.

O certo é que o atento amigo e eu ficamos com saudades dos bons tempos em que as festas eram regadas a uísque, vinho, cerveja... 

Tinha até refrigerante para crianças e abstêmios, como eu me tornei há uns 20 anos.

Hoje, o pessoal está fazendo "rega sólida", como definiu o amigo.

Ele também quer saber "que diacho de regador é esse?" — não exatamente com essas  delicadas palavras.

sábado, 4 de setembro de 2021

Sem mais delongas

 

Sabem aquela amiga que entende de Estatística e Marketing? Pois é.

Ela até sabe traduzir marketinguês, mas não conseguiu entender esse subtítulo aí.

Eu, que hoje "incorporei" a decoradora, a marceneira, a eletricista e a costureira, cansei.

Mesmo sendo jornalista, nem me atrevo a tentar. 

Algum palpite?

Sufixos não são bombril

 As crianças acham que sufixo é bombril, tem mil e uma utilidades e pode ser usado em qualquer canto? Não é.

Vejam que coisa feia os colegas da Folha inventaram hoje. A assídua colaboradora viu. Todos os leitores viram.

A diferença é que ela é jornalista e não engole qualquer vocábulo que vocês tentam empurrar aos incautos.

"Saudabilidade", esse monstrengo com cara de marketinguês, não existe no Volp, nos bons dicionários, na língua portuguesa.

Comida temperada com "saudabilidade" (ui!) dá indigestão.

Um sigilo incomoda muita gente...


Pra que que eu fuço a internet antes de dormir?

Só para encontrar coisas estrambóticas como mais um "plural pluralizado"?

Colegas do Estadão, que tanto de SIGILO é esse que vocês resolveram tascar um "S", rabicho que não cabe aí?

O SIGILO é bancário, confessional, fiscal, profissional, sacramental? Não importa. Quebra O SIGILO e acabou-se a história.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Aprenda o idioma local, CNN


   Alô, CNN!

O atento amigo não aguenta mais ouvir gerúndio em penca e outras coisas mais do Inglês mal traduzido pela filial Brasil.

Quando um veículo de comunicação se instala em um país, o mínimo que pode fazer é aprender o idioma local, não é mesmo?

A Cable News Network chegou aqui para informar ou desinformar?

Está ressuscitando o malfadado gerundismo e inventando regências que não existem no Português, como "procurar por". 

"Search for" isso nos bons dicionários do país, "please".

Agora danou-se!


 O atento amigo e eu já devíamos ter desistido de combater o "plural pluralizado", mas a coisa chegou à primeira página do Globo, não dá para ignorar.

Não faz muito tempo que todo mundo dizia certinho COMÉRCIO — ou LOJAS, ou PEQUENOS NEGÓCIOS, estes sim no singular ou plural, dependendo da situação.

O COMÉRCIO podia ser local, varejista etc., mas era sempre SINGULAR, sem sombra de DÚVIDA — sim, crianças, a DÚVIDA é uma só aí também, singularíssima.

Com os alunos do Jardim de Infância Pequeno Jornalista no comando, acho que podiam rebatizar o jornalão. 

Que tal Globinho, como o antigo suplemento infantil? Justiça seja feita: ele era excelente, muito bem escrito e editado.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

E quando sai? É 'para fora'?


A amiga perguntou se eu tinha visto e a curiosa aqui, é claro, foi procurar.

Aí está, senhoras e senhores, a "chacoalhada" legal do G1, "entrando dentro" da tautologia, do pleonasmo, da redundância.

Troféu Óbvio Ululante pros colegas. Uau!