quarta-feira, 30 de maio de 2018

Chamadas de matar!

Acho que estou ficando muito exigente.

Entro no Globo online e implico com o "suspeito de morte" (acho que um sujeito é suspeito DO crime, ou DE matar o outro, não?).

Implico com o verbo no passado, em "ministro afirmou".

E implico com a tal da "contrapartida". Não é estranho dizer que "a violência aumentou, mas, em compensação"...? Estarei sendo politicamente correta em excesso?

Interrompo a leitura para procurar outra coisa com o navegador da Microsoft, que abre com notícias de mídias variadas no MSN, e dou de cara com um bendito "morto após passar".

Pra começar, qualquer pessoa só morre "após" algum ato, como nascer, primeirão na lista. Precisava da aliteração pra fechar a obviedade?

A chamada da BBC, ao lado, pelo menos me fez rir.

Na minha cabeça, "Quem é jornalista dado como morto que apareceu vivo" dá margem às mais loucas interpretações.

sábado, 26 de maio de 2018

Pouca chuva, energia cara, conta alta

Pagamos um preço alto pelo mau ensino do Português nas escolas.

A educação barata leva às bobagens do Novíssimo Jornalismo, ora praticado com afinco no Grupo Globo.

O atento amigo já não aguenta mais ouvir "preço caro" e "preço barato" na Globonews.

A assídua colaboradora hoje achou a "conta cara" na capa do jornal, com direito a repeteco no título e na matéria.

Se repetir funciona lá, vamos ver se funciona aqui.

PRODUTOS são CAROS ou BARATOS — e a lista é imensa: alimentos, gás, luz, passagens de ônibus e metrô...

PREÇOS e FATURAS (ou contas) são ALTOS ou BAIXOS.

O produto encarece, o preço sobe; há escassez de chuva, o governo aumenta o preço da energia e a gente paga a conta.

Resumindo: o consumidor sempre se ferra, porque os PREÇOS vão às alturas e os PRODUTOS ficam carésimos.

Não confundam os caros alhos com bugalhos.

Quando os erros ganham destaque

O sono já chegou há algum tempo, mas não dá pra dormir sem postar essas coisas encontradas pelo atento amigo no "maior jornal do país", campeão de aparições neste blog.

Na primeira, em duplo destaque — e em titulaço, que é pra mostrar bem que os colegas acreditam nas bobagens que escrevem —, aparece a ridícula invencione que também é muito falada nos canais do Grupo Globo: "pedir para que (...)".

Os estudos da garotada pedem cuidado, eu peço pela língua pátria, os leitores pedem textos mais bem escritos, pedimos a vocês mais capricho, colegas praticantes do Novíssimo Jornalismo.

Peço, também, uma consulta ao verbete "PEDIR" — e dou um doce a quem achar essa regência estapafúrdia que vocês inventaram.

Aproveitem a "viagem" para ver o sentido de "DESASSOCIADO". Acho que, na legenda incluída aí na imagem, queriam dizer "DISSOCIADA".

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Contenham a criatividade

Como o idioma tem sofrido horrores, decidi fazer nota "três em um" pra facilitar.

O atento amigo ouviu à tardinha, do âncora da BandNews:

"(...) cinco helicópteros das Forças Armadas, CONTENDO cerca de 200 militares, decolaram (...)".

A escolha infeliz do verbo faz pessoas parecerem carga. Eu logo pensei em contêineres, palavra que tem o mesmo radical.

O amigo também não aguenta mais os subtítulos gigantescos e cheios de vírgulas do Globo, tais como:

"Governo cede a todos os pedidos dos caminhoneiros em troca da suspensão, por 15 dias, da greve".

Eu perdi o fôlego; ele ainda teve a paciência de sugerir a ordem direta:

"Governo cede a todos os pedidos dos caminhoneiros em troca da suspensão da greve por 15 dias".

Custa muito, pessoal? 

Para de escrever em estilo rococó e para de inventar regência, como a que a assídua colaboradora encontrou em outra matéria do jornal.

"Criar agenda positiva A alguém" é tarefa impossível — e não apenas por se tratar da pessoa em questão, mas porque isso inexiste na nossa língua.

Por favor, criem outras coisas e deixem o Português em paz.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Coisas quase pornográficas

A crase absolutamente errada do Globo foi enviada bem cedo pela assídua colaboradora.

Como está em matéria sobre pessoa abominável, confesso que estava resistindo a criar uma nota a respeito da frase:

"Em outro aceno à pré-candidatos de partidos (...)". (sic)

A dobradinha masculino e plural não ligou o desconfiômetro? Preposição + artigo masculino plural = AOS; preposição + artigo feminino plural = ÀS.

Enquanto vocês procuram algum artigo antes de "pré-candidatos", eu me divirto com as palavras cruzadas Coquetel, em que hoje encontrei conceito inédito para "mel":

"Adoçante NATURISTA".

Gente, naturista é "quem pratica ou defende o naturismo", tá?

O mel que a abelha produz é apenas um produto natural.

A lâmina e o espelho

O atento amigo já perdeu a conta de quantas vezes encontrou o bendito erro, mas explica aos colegas, de novo, a diferença entre lâmina e espelho d'água:

"O Globo disse, na edição de sábado, em texto para uma bela foto aérea do Custódio (Coimbra), que o espelho d´água, na Barra, foi contaminado com esgoto.

Só o espelho? Não, claro. 

Espelho é a superfície, que dá a medida da amplidão no horizonte. A lâmina d`água ficou totalmente contaminada, porque o esgoto se inseriu na água, não ficou só na superfície.

Esses garotos que redigem para os jornais gostam de uma expressão, apaixonam-se por ela e a usam indiscriminadamente. Caso parecido com o do 'dentre'."

Entenderam, crianças? Espelho é a superfície que espelha, que reflete a luz que vem de cima; lâmina é a profundidade das águas, OK?

terça-feira, 22 de maio de 2018

Pra não dizer adeus

Não, a imagem não é dessas que rodam pela internet, geralmente "photoshopadas".

O atento amigo fez a foto numa filial das Lojas Americanas, em Brasília.

E eu posto não apenas porque a fonte é fidedigna, mas porque hoje, em especial, precisamos de um sorriso que seja.

Eles agradecem a uma certa senhora chamada Compreensão (com essa crase, só pode!).

Eu agradeço a todos os mestres do Jornalismo.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Só abra a boca quando tiver certeza

Não sei se os mais jovens se lembram do quadro humorístico do casal Fernandinho e Ofélia. Ela só abria a boca quando tinha certeza.

O secretário de Cultura do Rio abriu a boca pra dizer besteira e a repórter do Globo não corrigiu a frase:

"Se for fiscalizar os teatros do estado, vai ter que fechar tudo".

Se QUEM for fiscalizar? Ele? Eu? A  a assídua colaboradora?

Pior ainda vai ser se FISCALIZAREM (ou FOREM FISCALIZAR) o Português falado no programa "Alerta DF", que o atento amigo viu por uns 15 minutos hoje à tarde, antes de pegar o avião de volta pra casa. Segundo ele, o apresentador foi num crescendo.

Disse que um brasiliense baleado não corria "risco de morte" (ui! Achava que esse trem tinha sido enterrado). Em outro caso, porém, "a vítima foi a óbito" (socorro!). O atento amigo sugere logo o absurdo completo: "não corre risco de óbito". Faz sentido na chacina do idioma.

Quando o cara falou de uma "vítima de tentativa de latrocínio", o amigo deu tratos à bola:

"Não sei apenas se frustrou o roubo ou se o bandido roubou, mas não conseguiu matar a vítima".

Antes que a TV fosse desligada, falou-se de um rapaz esfaqueado e apareceu na tela a seguinte legenda: "Agonizando pela vida". Subtítulo: "Rapaz se rasteja após ser assassinado no (bairro do) Guará".

Pra mim, cadáver "se" rastejando é coisa de filme de zumbi. Blargh!

sábado, 19 de maio de 2018

Um casamento de arrepiar


Confesso que ainda não vi o casamento real, mas, graças à assídua colaboradora, já sei que, no Globo, foi um desastre.

Tem vírgula separando sujeito do verbo; tem a "relevante" informação "eles sentaram" — mas o nobre casal deve preferir SE SENTAR, que é mais fino —; tem muito "durante" e "após", como se não fosse óbvio; tem "cavalgaram em uma carruagem", poesia pura — e a carruagem é puxada por cavalos, oh... (a informação é tão surpreendente que aparece duas vezes!!).

O festival de besteira tem até os "simpatizantes das ruas", que aplaudem COMO o duque de Essex e sua esposa DEPOIS de sua cerimônia etc. etc.

O casal também se aplaudiu? O casal está entre os simpatizante das ruas?

Gente, minha cabeça não alcança o Novíssimo Jornalismo Enche Linguiça.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Salvar um? Texto ou editor?

O Novíssimo Jornalismo é sinônimo de despreparo, descaso, desleixo, "destudo".

Não há pressa que justifique coisas como as que a assídua colaboradora me enviou hoje.

No Globo Niterói, há um "caminho de caminho".

Com algum esforço, a gente até tenta engolir "a rota da trilha", mas no alto da primeira página, na principal matéria de capa, é duro.

O problema, acho eu, é que ninguém quer mais parar e pensar na possibilidade de escolher melhor as palavras.

Coube no espaço? Então, pronto. Vamos em frente, não precisa olhar de novo.

Se olhassem, veriam logo que há um antetítulo que não fecha na revista Época.

De acentos, assentos e plurais



Aos responsáveis pelo weather.com, site que eu sempre consulto quando vou viajar ou acho que o tempo está meio incerto e preciso sair: PRAÇA não tem acento, OK?

A maioria tem assento, mas isso é outra história.

Aproveito o ensejo pra comentar a besteira que o atento amigo viu quarta-feira, em título do Globo.

Por que estão pluralizando tudo de uns tempos cá?

Dizemos "a morte de (x) pessoas", "o assassinato de Beltrana e Fulano", "a inauguração dos museus"...

O festival de "S" desnecessário dá um tom infantiloide de redação escolar às matérias do jornal.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

O que é tabu para o 'Lance'?

Amigos, alguém consegue me explicar o que significa essa chamada da dobradinha Lance/MSN?

Estou curiosíssima pra saber que "tabu" o Flamengo "encerrou" hoje no jogo com o Emelec.

Terá sido o tabu do incesto? O tabu do canibalismo?

Caramba! Acho que não vou conseguir dormir com esse mistério na cabeça...

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Na esquina de Cultura com...

O atento amigo ouviu agorinha, na Globonews, mais uma novidade: o "casamento 'entre' Fulano e Beltrana".

A gracinha, usada em relação a Harry e Meghan, não pode ter nascido de alguma tradução mal ajambrada, porque não se usa "between" para se falar do tema no idioma da rainha, avó do noivo.

O amigo acha que nasceu de outra invencionice que ele tem visto no Globo: as esquinas "entre" a rua "x" e a rua"y".

Rindo só de pensar na ideia de uma esquina "no meio" de duas ruas, ouso achar que a bobagem tem raiz menos tola: o emprego de "casamento" no sentido figurado, em que a preposição não cai mal — "o casamento entre a inteligência e o saber" é o exemplo citado no Houaiss.

Estarei sendo muito otimista?

De qualquer forma, tentarei esclarecer, juntando uma coisa e outra: na esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis — e do casamento entre o rock, o jazz e a música tradicional mineira — nasceu o Clube da Esquina. Deu pra entender?

terça-feira, 15 de maio de 2018

Será o mesmo estagiário?

A dúvida do título é do atento amigo, que, depois de achar o bendito "dentre" errado na capa do Globo e no Segundo Caderno, hoje foi encontrá-lo na editoria genérica Sociedade, cujo nome quer dizer nada e na qual cabe qualquer bobagem.

Pessoal, o correto é "ENTRE as que ficaram", OK? Não inventa, porque erro se alastra com uma facilidade impressionante e todo mundo sai copiando, porque acredita que jornalista entende de Português e sabe escrever.

Tanto não sabe, que bota na home do online um Modigliani arrematado por US$ 157, sem incluir o importante apêndice: "milhões".

Se fosse verdade, a assídua colaboradora e eu estaríamos em condições de disputar o privilégio de ter em casa uma tela original do mestre italiano, mesmo com a moeda americana na faixa dos quatro reais. 

Mais atenção, crianças. Não caiam na armadilha das fake news.

'Proferir tiros e disparar discursos'

A madrugada vem chegando, o atento amigo finaliza a leitura do Globo de segunda (com ou sem trocadilho, você decide), encontra essa coisa (vide imagem) e manda pra mim, com o título que eu usei aí em cima.

Do jeito que as pessoas estão violentas, peço aos colegas, encarecidamente, que não deem essas ideias a certos políticos de quinta.

Agora vão cuspir balas? Não basta PROFERIREM INSULTOS?

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Não confunda 'dentre' com 'entre'

Queridos praticantes do Novíssimo Jornalismo, não inventem moda, por favor, e não pensem que escrever empolado é sinal de erudição.

Não é — e, na maioria das vezes, mostra exatamente que a pessoa desconhece (ou não domina) o idioma.

Sigam o conselho de veteranos das Letras e evitem usar "DENTRE", que NÃO É sinônimo de "ENTRE", mas a junção desta preposição com outra: "DE".

Hoje, o atento amigo encontrou manchete na capa do Globo com o uso inadequado da feiosa contração:

"Mapeamento dos 26 estados e do Distrito Federal mostra que apenas 15 dentre mais de (...)".

Mais adiante, em chamada de um programa de culinária, no Segundo Caderno. olha lá a bendita outra vez:

"(...) Dentre as receitas, está um (prato tal)".

"Dentre" quer dizer "do meio de" e dá uma ideia de movimento, como o exemplo do Houaiss, de um corredor que dispara na frente e se distancia dos demais.

Ou seja, um peixe não sei das quantas está ENTRE as receitas (não está "de entre") e, ENTRE os estados mapeados, apenas 15 etc. etc.

Em caso de dúvida, optar pelo mais simples é a melhor solução.

domingo, 13 de maio de 2018

Errado, sem sombra de dúvida!





A contribuição da assídua colaboradora (que achou a pérola no G1) estava guardadinha aqui desde sexta-feira.

Pra que ter pressa, não é mesmo?

A matéria é daquelas "de gaveta", pode ser publicada a qualquer hora.

Então, por que essa fissura?

Se fosse um desastre de proporções gigantescas, eu até entenderia o erro de concordância como resultado do desespero de dar a notícia antes dos concorrentes. Não é o caso.

Aproveitando o plural discordante: comecei a ver um monte de "sem dúvidaS" e "sem sombra de dúvidaS" na internet. Espero que o disparate seja morto e enterrado antes de virar praga.

terça-feira, 8 de maio de 2018

O eufemismo pior que o soneto

A tal da mídia adora inventar moda — e parece ser fã do "policialês" castiço.

Não bastasse a ameaça da ressurreição dos mortos, mencionada na nota anterior, agora temos novo eufemismo para cerco e invasão: o adentramento!

Sim, é sinônimo de "penetração". Não, não é pornografia.

O atento amigo ouviu à tarde, dito inúmeras vezes por Datena júnior (pois é, descobri que tem "Bob pai e Bob filho" — e devem dar audiência em dobro, ou já estariam fora do ar).

Preparem-se para ouvir de montão "a polícia vai fazer (ou fez, está fazendo etc.) o adentramento da favela". Ui!

Abram os olhos e leiam

Uma querida amiga não resistiu ao ver a crase horrorosa na Globonews e me enviou a imagem

A repórter, tadinha, até está de olhos bem abertos, mas quem fez uma daquelas tarjas chatíssimas, que ficam passeando na tela com um monte de assunto, não aprendeu que não há o acento antes de substantivo masculino.

Portanto, NINGUÉM TEM ACESSO "À inquérito", OK, colegas? Não é só o Yunes. Aí cabe a preposição A e nada mais.

Já em postagem de outro amigo no Facebook, compartilhada de uma página de notícias, descubro que uma empresa americana vai tentar dar vida "À 20 mortos.

Lamento informar que, com uma crase dessas, a experiência está fadada ao insucesso.

Se o autor não desconfiou do erro com o masculino, o plural não fez cair a ficha? Caramba!

Depois dessa, só rindo com a assídua colaboradora, que, lendo O Globo, se divertiu com a história da princesa fujona, uma "jovem de 32 anos".

Deixa quieto, que eu sou uma "jovem" que já passou dos 60...

domingo, 6 de maio de 2018

Apertem os cintos...

Quem achou esse samba do plantonista doido foi a assídua colaboradora.

Pra começar, é claro, tem um "após" no título gigantesco — "Mulher é presa após (fazer e acontecer etc. etc. etc.)" —, porque (quase) ninguém sabe mais escrever sem a bendita muleta.

Segue-se um festival de repetição de palavras e a criação de uma nova, que ganhou logo duas grafias diferentes: "taxeamento" e "taxiamento" — a segunda pode até ser usada no jargão das companhias aéreas, mas não está no Volp.

Detalhe: a manobra não é FEITA, é "realizada".

O texto mal escrito (não totalmente reproduzido aqui) inclui falta de acento e de pontuação e, seguindo a linha "usar palavras grandes é um chiquê danado", um "termo circunstanciado referente ao fato", que foi "elaborado".

"Fizeram um registro da ocorrência" é simples demais?

sexta-feira, 4 de maio de 2018

O resgate misterioso


Falando em não fazer sentido, alguém me explica este trecho de matéria enviado pelo atento amigo?

Usei o mesmo título com que ele batizou o e-mail, em que ironizou:

"O avião caiu pouco antes de pousar..."

Pois é. Se alguém conseguir "traduzir" esse negócio, me conta.

Não faz o menor sentido

Fica mais ridículo a cada dia o prurido do "PRA" e do "PRO" do Globo, no singular e no plural.

Além de cometer erros horrorosos diariamente, o jornal tem um suplemento em que ninguém exibe sequer um visual, só "look", em que "tomara que caia" ganhou hífen, em que texto é publicado sem tradução (vide imagem) e no qual proliferam gírias, como o tal do "causou", assim, sem mais.

Hoje, o que causou espanto foi um "", que a assídua colaboradora encontrou na contracapa do Segundo Caderno.

Ora, se pode "", por que não pode "PRA", que foi dicionarizado há zilênios?

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Ainda o incêndio em SP


A assídua colaboradora leu O Globo hoje cedo e, na matéria da tragédia de ontem, no Centro de São Paulo, achou "corda tencionada" (com "C", cheia de INTENÇÃO!) e coisas feias como "fogo na fogueira" e "prédio vizinho colado".

A crase antes do horário, porém, ela não encontrou: "À uma da madrugada".

Olhando com calma, descobri mais erros.

Tem "levando (Fulano) junto dos escombros" — será que queriam dizer "COM OS" escombros?

Tem "para gente" — é para gente e para animais? Não! Era "para A gente finalizar", para OS bombeiros terminarem o que faziam.

Tem vírgula separando o sujeito do verbo ("o mesmo, teria"), numa espécie de passo a passo de doer.

E tem os "sem-tetos", que eu vi no online.

Crianças, são os SEM-TETO, os SEM-TERRA e assim por diante, OK?

Não me deixem TENSA, por favor.

terça-feira, 1 de maio de 2018

Num canal de notícias é dose!


Tive que rir com o e-mail do atento amigo:

"Repórter da Globonews acaba de dizer que 'o prédio foi alvo do incêndio (...)'. Cuidado pra não ser alvo também. De repente, o incêndio pode estar fazendo algum planejamento em sua direção."

Uma olhadinha no verbete "ALVO" evitaria o mau uso da palavra.

Segue amostra do bom e velho Houaiss:

- Ponto de mira que se procura atingir com algo (tiro, flecha, bomba etc.)
Ex.: atirar em alvos fixos e móveis

- Derivação: sentido figurado.
centro de interesse; objetivo, finalidade
Ex.: sua beleza foi o alvo das atenções


- Derivação: por extensão de sentido, sentido figurado.
aquilo que se procura alcançar; intuito, desígnio
Ex.: o alvo daquele escritor não era a literatura, era a televisão


- Rubrica: armamento.
objetivo físico visado para destruição parcial ou total, ainda que figurativamente.