domingo, 31 de dezembro de 2017

G1 já viu. O editor, não


O que vem a ser essa coisa ridícula do site do Grupo Globo, que senta o pau na nova temporada de "Black Mirror"?

Não há um crítico assinando o texto: tem, no título, um estrambótico "G1 já viu", que significa... ?!?

No subtítulo, há um cacófato horroroso, "elenca capítulos" — é o que dá escrever mal e queimar a palavra "episódios" na mesma linha.

A falta de pontuação é de tirar o fôlego e a "concordância" é de doer.

Mesmo se usassem o advérbio  direitinho, não faz sentido "diferentemente do seu antecessor são fracas etc.".

As histórias podem ser fracas, a temporada anterior pode ser boa.

Quem é "o sucessor" e com o que ele combina? "Ele parecem"? Ui!

sábado, 30 de dezembro de 2017

Escrita altamente suspeita

Alguém me explica o que se passa nas cabeças infantes que hoje fazem nossos jornais?

A assídua colaboradora encontrou texto pra lá de mal escrito no Globo online, a respeito de acidentes nas estradas.

Entrou de manhã cedinho, foi sendo atualizado até depois de meio-dia e virou uma colcha de retalhos.

Pelo menos, um trecho nos fez rir:

"O carro, (modelo isso, cor aquilo), estava em atitude suspeita e (...)".

Para por aí, que eu já comecei a gargalhar outra vez.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Foi-se o tempo...

Quando trabalhávamos na redação dos (então) dois maiores jornais do Rio, Globo e JB, eu e o atento amigo aprendemos que texto e título deviam claros, sem dar margem a dúvidas.

Pois vejam só o título ambíguo que ele encontrou hoje:

"Juiz nega prisão domiciliar a Maluf por problemas de saúde".

O juiz está com problemas de saúde? O Maluf não pode ir pra casa porque está doente?

E o editor? Faltou ao trabalho porque não se sentia muito bem?

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Os equívocos não cessam

Falei em escolhas erradas dos colegas e me lembrei de dois títulos equivocados (do Globo) que o atento amigo me enviou há alguns dias.

O primeiro foi encontrado na Economia e sugere ao leitor que alguém está de olho EM duas cidades mineiras: Santos Dumont e Congonhas.

Não é isso? São os aeroportos? Estão de olho NO Santos Dumont?

Um simples artigo pode mudar tudo, assim como uma preposição deslocada.

É o caso do segundo título, que nos faz acreditar que um procurador pedirá A vereadores o fim do foro privilegiado.

Só no texto a gente entende que ele quer o fim do foro especial PARA vereadores.

FOROS não são A coisa alguma ou A alguém. São DE algum tipo (como DO DOMICÍLIO, DO DELITO etc.) ou foram criados PARA (privilegiar) alguma categoria — no caso, PARA vereadores.

Antes de sair inventando regência, jornalista, consulte um dicionário, por favor.

O leitor agradece.

Cuidado com as escolhas


Caros colegas, o período é de festa, farra etc., como sabemos a assídua colaboradora e eu.

Nem por isso os textos devem ser escritos com menos cuidado.

Vejam na imagem o título da nota do Ancelmo e, abaixo, o início do texto.

O primeiro sugere que a bailarina não recebeu convite algum e fez questão de frisar isso pro repórter, enquanto o outro deixa claro que ela RECUSOU a oferta.

O verbo NEGAR até pode ser usado como sinônimo de RECUSAR, mas só em certos casos — e, especialmente, quando não confunde a informação.

Aproveito para desejar a todos um feliz 2018!

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Descaminhos da Flor do Lácio

Se os jornalistas estão apelando pra linguagem técnica ou jargão de vários setores, o que esperar do atendimento dos (maus) serviços prestados no país?

Dia desses, a assídua colaboradora encontrou matéria no Globo que falava de "tráfico de drogas, descaminho e furto de bebidas no interior de aeronaves em pouso" (sic).

O "descaminho", como usado pela Polícia Federal, é dicionarizado, mas pouca gente conhece. Ou estou enganada?

Não vou nem comentar o "interior da aeronave em pouso" (ou o exterior em voo, quem sabe.)

Já o atento amigo leu hoje, no Dia, a gracinha:

"De acordo com a assessoria de imprensa do Santos Dumont, 11 voos precisaram ser alternados para o Galeão".

O repórter preguiçoso nem se deu ao trabalho de esconder que copiou o release da assessoria — e, muito menos, de trocar o termo técnico por "desviados", "transferidos" ou coisa similar.

Enquanto isso, eu estou sem sinal no celular, aguardando a Vivo "corrigir uma divergência sistemática". Fazer o quê?

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Outro baile, só no gramado

A queridíssima amiga lia o jornal e não acreditou no que viu ao chegar a uma nota da coluna de TV,  que fala da gravação das cenas de um "baile dançante".

Jornalista veterana, ela não se conteve e ironizou:

"E eu que não sabia que há 'baile dançante'! Pensei que era só baile andante, caminhante, rastejante... Graças ao Globo de hoje, estou menos ignorante".

Essa tautologia foi de doer, colegas.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Não se mirem no exemplo

Passou pela minha linha do tempo, no Facebook, uma página que diz ter o objetivo de dar informações úteis e já contar com 8 milhões de seguidores.

Se é pra ser útil, peço que não ensinem 8 milhões de pessoas a escrever errado, como no título copiado na imagem.

O médico (que devia ser "esse", não "este") tem que "explicar POR QUE escreve (etc. e tal)", bem separadinho, porque está explicando o motivo PELO QUAL (ou POR QUE razão) ele faz isso ou aquilo.

Corrijam, por favor, mas tomem cuidado para não manter no site a informação nova juntamente com a velha, como faz "o maior jornal do país".

Essa coisa ridícula (que a assídua colaboradora encontrou no Globo online) é mais um exemplo do relaxamento absoluto no jornalismo atual.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Saudades de um texto claro


O texto horroroso que se pode ver aqui foi encontrado pela assídua colaboradora, que o enviou pra mim com o pertinente comentário:

"Não basta ter que ler sobre a uretra presidencial, né?"

Pois é. A gente ainda tem que dar de cara com um "foi consultado pelo urologista" que é de matar!

Coleguinhas do Globo online, o cara CONSULTOU UM UROLOGISTA.

CONSULTEM UM DICIONÁRIO, por favor!

E releiam as bobagens antes de publicá-las.

Quantas vezes é necessário usar a palavra "presidente" pra nos convencer de que o cidadão ocupa o cargo?

Por que tanta repetição em apenas dois parágrafos? Por que ninguém mais FAZ uma cirurgia, só "realiza"? Eu, hein!?

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Quem leva o troféu?

Fiz  o "três em um" aí da imagem, porque não sabia o que escolher pra comentar primeiro.

Ontem, a assídua colaboradora enviou o anúncio do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) do Rio Grande do Sul, publicado em jornal de lá, o Zero Hora.

Nele, além do "marquetinguês castiço", tem um "são quem verificam" de incomodar a vista. 

Quem conhece a língua e verifica o que escreve com cuidado sabe que o pronome não combina com o plural.

Perguntem ao copidesque e ao revisor. SÃO ELES QUE VERIFICAM se está tudo direitinho no texto — e, infelizmente, não têm mais emprego no Globo.

A prova está na tirinha que a amiga mandou hoje cedo, com um baita "vou contá-la para eu mesmo". 

Não vou guardar segredo para MIM MESMA: é assim que se usa o pronome nesses casos, OK?

Agora, EU ME pergunto: o que dizer da invenção do Tribunal Eleitoral, encontrada pelo atento amigo?

Que história é essa de "biometrizar" as pessoas?!?  Esse verbo não existe! Quem é o Guimarães Rosa do TSE?

Começou na Bahia. Vai se alastrar pelo país? Nada contra biometristas ou métodos biométricos, mas me recuso a ser "biometrizada".

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Português não é Matemática

Costumava-se dizer que quem fazia Comunicação estava fugindo da Matemática.

No entanto, alguns colegas parecem adorar certas operações básicas, aquelas em que "a ordem dos fatores não altera o produto", sem se lembrar de que o resultado pode ser desastrosamente diferente quando lidamos com palavras.

Seguem aí dois exemplos que o atento amigo achou ontem na CAPA — sim, na primeira página! — do Globo, um jornal que já foi mais bem cuidado.

Como pode "morto há cinco anos" fechar com "obra"? A obra morreu?!? Se assim fosse, ela estaria MORTA, no feminino, não é?

E desde quando o "dia 19" é um lugar? Como assim, uma "data onde"?!?

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Qual é o sentido da ilustração?


Ainda estou rindo com a legenda que o atento amigo encontrou ontem no.jornal O Popular, de Goiânia.

Gente, que jornalismo é esse que se faz hoje em dia? O que vem a ser essa identificação do edifício sede do Banco Central ANTES do anúncio da Selic?

Com razão, o amigo ironiza:

"Tô curioso pra ver a foto do prédio DEPOIS..."

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Depois do 'após', vem o 'durante'


Não sei por que ainda não inventaram uma vacina pra acabar de vez com essa praga de jornalista "situar no tempo" toda ação.

É tanto "após" isso, "após" aquilo — com alguns "durante" no meio — que a leitura se torna irritante.

Gente, para com isso! TUDO acontece em algum momento e não é preciso usar linguagem tatibitate pro leitor entender.

Sejamos diretos: pessoas MORREM EM confronto; mulher VÊ foto comprometedora do marido e pede divórcio; Fulaninho É solto; e assim por diante.

Essa bobajada toda, reproduzida aí na imagem, está na "home" do Globo online, em que a assídua colaboradora encontrou uma "montanha com mais de mil anos", o que é nada em termos geológicos.

Só clicando lá pra coisa fazer algum sentido: o local é "considerado sagrado" há esse tiquinho de tempo. Um pingo de atenção evitaria o título ridículo.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Não inventa, galera!


O atento amigo botava a leitura em dia quando bateu o olho neste título da Folha de ontem:

"Empresas criticam INSS de intermitente".

Colegas, existe um INSS cobrado de um "cidadão intermitente"?

Não li o texto, mas imagino que os empresários criticam a "intermitência do INSS", ou seja, "CRITICAM O INSS COMO INTERMITENTE".

Não cabe na linha?

Que tal "CHAMAM INSS DE INTERMITENTE"?

Só não vale inventar regência que não existe no idioma, OK?

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A falta que faz um profissional


A assídua colaboradora pergunta:

"Será que a Clínica Felippe Mattoso não tem grana pra pagar um copidesque que seja?"

Pois é.

Nós, jornalistas desempregados, somos legião — e muitos jamais deixariam passar essa ridícula "taxa gratuita" aí. Eu garanto!

domingo, 3 de dezembro de 2017

Os modismos não cessam

Como tenho vindo pouco ao computador nos últimos dias, resolvi fazer um combinado de duas pérolas enviadas pela assídua colaboradora com uma pescada por mim.

Todas tratam de infelizes modinhas (desculpem o pleonasmo) que poluem nossa língua, na imprensa e na tal da mídia, em geral.

Desde ontem me esperava guardadinho um baita exemplo do horroroso do uso do verbo "SEGUIR" como no Espanhol, ou seja, com o sentido de "CONTINUAR".

Foi achado no Globo, que pegou feio o vírus e conseguiu tascar logo quatro num parágrafo, no qual o desprezado "CONTINUAR" é usado uma só vez.

Atentem para o detalhe: tudo que "segue" no texto não segue pra lugar algum, está paralisado!

Como o que já está ruim pode ficar pior, ontem eu vi no Comunique-se a palavra "influencers", termo "marketinguês" recente até no Inglês a que pertence.

Pois não é que a amiga encontrou hoje outro exemplo do que já se anuncia como a praga de 2018? Não bastam os "formadores de opinião"? Não dá pra usar "influenciadores", em Português?

Resta saber se a novidade vai enterrar o feioso "alavancar" e se virá sempre acompanhada do cacófato "uma marca".

sábado, 2 de dezembro de 2017

Mais uma sinopse de arrepiar

É um espanto o que se lê nas sinopses 
da NET.

Fui conferir o horário de uma reprise recomendada pela minha irmã, que assistiu ontem à atração do canal Curta e se lembrou
de mim.

Pois vejam aí na imagem o que eu encontrei.

De cara, quem seria o sujeito da primeira frase?

"Chomsky & Cia"? Impossível, porque o verbo está no singular, como tudo mais.

"Documentário"? Nem forçando a barra.

O Noam, coitado, ficou de fora e, "possivelmente" — quem sabe? —, se tornou um pensador influente, porque o redator parece não ter muita certeza a respeito e. claramente, não tem ideia do que escreve.

Quem não sabe o quê?

O atento amigo encontrou postagem na página da Lupa, no Facebook, e me marcou, mostrando o nome do estudo que incluiu a agência:

"Espaços de mudança: QUEM SÃO AS MARCAS que mudam o Brasil pra melhor?" (sic, com destaque meu)

Que me desculpe a Interbrand, autora do estudo, mas ela própria está mudando o país pra pior com essa invencionice.

"MARCA" não é gente, ainda que seja feita por pessoas.

Troquem o QUEM por QUAIS e ajudem a melhorar o Português, por favor.

PS: "fazer existência" também é esquisito, não? Ou estou ficando muito exigente? Eu usaria "completar dois anos de existência ".

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Situação periclitante


A assídua colaboradora me enviou hoje mais um triste "Retrato do Brasil" publicado no Globo.

Trata da preocupante evasão escolar no país — e, ao mesmo tempo, mostra como boa parcela dos colegas que estão nas redações não dá bola pras aulas de Português e pros próprios textos.

Veja no título a "concordância":

"Um quarto dos jovens que trabalha está fora da escola".

Nananinanão.

"UM QUARTO" fecha com "ESTÁ", mas "OS JOVENS" concorda com "TRABALHAM", deu pra entender?

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Valei-me, Stanislaw!

O "Samba do crioulo doido", do saudoso Sérgio Porto (ou Stanislaw Ponte Preta), foi a primeira coisa que me veio à cabeça ao ler o título do Acervo do Globo, enviado pela assídua colaboradora.

Veja a imagem com atenção e me diga: o que significa "70 anos da criação do Estado de Israel e Oswaldo Aranha"?

Se alguém "tivesse criado o Oswaldo Aranha há 70 anos", o que também não faz sentido, seria necessário um "DE" na frase, não é?

Só pra constar, o político e diplomata, que deu nome a um famoso filé e também aparece na internet como Osvaldo, com 'V", nasceu em 1894 e morreu em 1960.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

É cada uma...


O verão está chegando... e O Globo continua cometendo erros tolos, faça chuva ou faça sol.

A assídua colaboradora encontrou uma vírgula absolutamente deslocada em "nunca se viu tanta oferta de refeições, a quem (...)".

Lendo a nota (reproduzida aí ao lado), percebi mais: sobra pontuação numa frase e falta em outra: "(...) neste caso é proibida" (neste caso devia estar entre vírgulas).

E as bobagens não cessam.

O atento amigo achou no mesmo jornal a "lindeza":

"(apresentador de TV) descarta uma candidatura à Presidência".

Ele pergunta:

"Por que não descarta duas candidaturas? Ou três? Por que uma?"

É duro, viu?

domingo, 26 de novembro de 2017

Quem 'coloca' os pingos nos is?!?


Tenho a maior implicância com essa história de coleguinha não usar "pôr", "botar", "causa" (tudo é "por conta"), de trocar "fazer" por "realizar"...

Pra não ficar de mau humor, nem abro aquela newsletter do Globo, intitulada "PARA começo de conversa", expressão pra lá de consagrada com a contração "PRA".

O jornal há muito aderiu ao uso do palavrão, mas morre de medo dos verbos "PÔR" e "BOTAR", o que também me irrita profundamente.

O atento amigo encontrou no Ela mais um exemplo do prurido imbecil. (veja a imagem)

A expressão é "BOTAR A BOCA NO TROMBONE", OK?

Tá mais que na hora de BOTAR os pingos nos is, PÔR em xeque essa bobajada e parar de METER os pés pelas mãos na hora de escrever. 

Seguem pro buraco

Como comprova a assídua colaboradora, o pessoal da publicidade CONTINUA cometendo erros primários de Português.

Veja na imagem: o que faz essa vírgula aí?

Para ela, eu não tenho explicação.

Já para o destaque que eu dei no verbo CONTINUAR, eu tenho: o pobrezinho vem sendo trocado direto por SEGUIR, até mesmo no Portal Comunique-se, feito por e para jornalistas, que, segundo chamada do site, "seguem em greve".

Bolas, greve implica PARAR, PARALISAR, não combina com "seguir", né?

sábado, 25 de novembro de 2017

Quem corre? Eu não sei


Decido dar uma olhada no cardápio do AMC, novo canal da Net, e encontro uma sinopse de arrepiar.

Diz o texto que o filme é um drama, mas está mais pra mistério: quem escreveu esse trem?

Começa com uma "concordância" esdrúxula — "premonições traumático" — e, de repente, "não sei" mais quem é o sujeito da história (eu, você, a mulher?!?).

Alguém corre "contra o tempo e sorte" — e eu "luto furiosamente" para tentar salvar o meu tempo, procurando alguma coisa menos enrolada pra ver (e com som original, que o AMC mente que tem).

PS: me dei mal. Fui ao Fox Premium e descobri que precisaria pagar um extra para assistir ao canal que tem série protagonizada por uma moça "que veio de RAZÕES muito humildes".

Desisto! Viva a Netflix​!

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Futura deseduca o público


O Canal Futura foi criado como "emissora de TV educativa".

Mas, de acordo com o anúncio encontrado pela assídua colaboradora, desconhece o significado de PLEONASMO.

Ou os personagens aí da foto conseguem "encarar de costas" também?!?

Os falsos brilhantes

Está tardíssimo (ou cedíssimo, dependendo do ponto de vista), mas não resisto: tenho que postar o festival de besteira que o atento amigo enviou e só agora eu vi no (meu pouco visitado) whatsapp.

O Globo, onde estão todas as bobagens, parece desconhecer o costume de se usar "frei" quando acompanhado do nome (Frei Betto, por exemplo) e "frade" quando o religioso não é identificado nominalmente (frades franciscanos ou Ordem dos Frades Menores).

O título do FRADE fala de uns diamantes, que, pelo visto, pularam pra outra matéria, que tem uma casa "cravejada... de balas"!

Caríssimos, é CRIVADA de balas, OK? "CRAVEJADO" significa "ornado com pedras preciosas".

E como tudo que está ruim pode ficar pior, o Ancelmo tascou um "INCÓLUME" (ileso, sem ferimentos etc.) onde é óbvio que devia ser "INCÓGNITO".

Isso não é mais um jornal, é uma piada!

De mau gosto, claro, mas bem que eu vou pra cama dando umas risadas com a colaboração do amigo.

Errando compulsivamente

O Globo merece mais uma nota zero em regência.

A assídua colaboradora é também moça muito paciente, tanto que ainda consegue dar umas olhadas no Ela.

Estava lá a bobagem:

"(...) um sentimento de culpa e vergonha que lhe levou a comer compulsivamente".

Recadinho para as responsáveis pelo caderno: espero que a vergonha AS LEVE a estudar Português e a ler compulsivamente.

Podem começar com os exemplos pinçados do Houaiss reproduzidos acima.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A língua não merece!

No Globo, a coisa CONTINUA feia, em forma e conteúdo.

O destaque do verbo acima deve-se à sua contínua substituição por SEGUIR, como se falássemos Espanhol.


O resultado são besteiras como esta, encontrada pelo atento amigo: uma pessoa que "segue", mesmo tendo os "movimentos restringidos".

Não bastasse a "ação imóvel", os colegas do jornal criam novas regências diariamente.

A assídua colaboradora vê com frequência o horroroso "chegar em" e hoje encontrou o "comparecer em".

Caríssimos, CHEGAMOS AO nosso limite e pedimos que vocês COMPAREÇAM A algum lugar que ensine Português, OK?

Estão todos precisando de umas aulinhas aí na redação.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

E querem que a gente compreenda...


O atento amigo chegou de viagem, abriu O Globo de hoje e achou bobagem já na página 2.

Lamentamos informar a entrevistador e entrevistado que nada vai "performar no mundo real", porque esse verbo só existe na imaginação dos dois.

O pessoal gosta de inventar uma novidade, viu? E provavelmente ainda se acha muito "intelectual" com esse excesso de "criatividade".

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Falando com os mortos

Vai mal o Português nas Organizações Globo.

Uma amiga querida me contou hoje que já se cansou de ouvir a correspondente da TV em Londres dizer que "a Rainha apresentou condolências aos mortos".

Como neste período são lembrados os soldados que perderam a vida na Primeira Guerra Mundial, imagino que esteja rolando muita sessão espírita no Reino Unido, pra Sua Majestade dar conta do recado.

No jornal, a assídua colaboradora, recém-chegada de viagem internacional. pescou uma baita pérola, em crítica de restaurante:

"Foi uma amiga de redação, de descendência árabe (...)".

Acho que a intenção era dizer "de ASCENDÊNCIA árabe" — ou estão falando dos filhos da moça?

Os antepassados sofrem, viu?

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Erro tem, mas falta luz

Recebi algumas mensagens reclamando da falta de postagens aqui.

Não é que faltem erros na imprensa; falta é energia elétrica na minha casa, devido a uma obra no prédio que ainda vai durar umas duas semanas.

Na segunda-feira, por exemplo um amigo mandou essa gracinha da página 5 do caderno de Esportes do Globo, com a pergunta:

"Quem subiram?"

Pois é. Acho que se empolgaram com o entretítulo e decidiram fazer malabarismo com o idioma, tadinho.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Os 'furos' do iG


Um amigo deu uma passada pelas notícias do iG e descobriu coisas incríveis.

Em Estilo (uau!), tem pedido de casamento em "queda de avião" (uau 2!).

Pra começar, se tivesse havido mesmo uma queda de avião, seria assunto pra editoria mais séria, não?

Pra completar, os colegas podiam se informar pra explicar direitinho que, quando há problema na pressurização de uma aeronave, o procedimento padrão dos pilotos é reduzir a altitude. Simples assim.

Os colegas do Esporte conseguiram façanha ainda mais surpreendente: fazer vencedor de uma corrida o cara que chegou na nona posição.

Pessoal, o Hamilton somou pontos suficientes pra ser o campeão da temporada 2017 de Fórmula 1, mas quem chegou em primeiro lugar no México foi o Max Verstappen, OK?

sábado, 21 de outubro de 2017

Notícia velha, Ancelmo?

Geralmente, este espaço é dedicado ao Português, tão maltratado por jornalistas e publicitários nos últimos tempos.

E, convenhamos, a nota, publicada hoje no Ancelmo, não está bem escrita (tem um feioso "a atriz", entre vírgulas, absolutamente dispensável).

Mas o que intrigou minha irmã foi o uso do futuro em uma informação careca de velha.

Fui conferir no IMDb e está lá: a vilã da moça e a série em questão entraram no ar em 26 de setembro! Enlouqueceram todos?!?

'Andem virem escreverem' mal

Ontem e hoje, a assídua colaboradora encontrou vírgulas estranhas no jornal, em matéria e texto publicitário.

Na primeira, como se não bastasse a separação de sujeito e verbo, há frase em que a pontuação até caberia, mas inexiste.

A falta de atenção provoca outras coisas esquisitas.

Leiam com atenção:

"As obras devem SAIR do papel e SEREM concluídas (...)".

Como assim?!? "As obras devem serem", colegas?!?

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Com desgraça não se brinca

Não gostava de chamar jornalista de "coleguinha", mas estou mudando de ideia, devido aos textos infantiloides da imprensa.

Exemplo: os "amiguinhos" não sabem mais escrever a respeito de catástrofes sem usar um horroroso "ao menos" para enumerar as vítimas (hoje, segundo O Globo, incêndios mataram "ao menos 29 em Portugal e Espanha"), além, obviamente, do bendito "após".

A tragédia na Somália merece tratamento respeitoso.

O título do jornal é uma vergonha e pressupõe que ninguém na redação sabe que pessoas só morrem DEPOIS de alguma coisa, seja um infarto, uma gripe ou um ataque terrorista.

Refazer a frase é muito difícil?

Então troca o "APÓS" por um "EM" que já melhora.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Presentinho em data especial



Um amigo que colabora bastante com este blog não sossegou enquanto não encontrou alguma bobagem pra me dar no dia do aniversário.

Pois aqui está, poucos minutos antes da meia-noite, a "entrada franca e a preços populares".

Alguém vai querer pagar se pode ver o espetáculo de graça? É sério isso?

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Obstáculo ao bom texto


Acabo de receber novo exemplo da mais lamentável modinha jornalística dos últimos tempos: o "APÓS".

Meninos e meninas que ora trabalham nas redações, aprendam: TUDO acontece antes ou depois de alguma ação.

Quem fez o título do Extra certamente queria dizer "por causa" da coronhada — ou existe a possibilidade de um policial do Bope ter espancado um cadáver?

O primeiro parágrafo da matéria também está mal escrito, a começar pela desnecessária "realização".

Custa muito ser direto e dizer que a polícia "impediu o enterro"?

Cuidado com a conversa!

Recebi ontem mais uma coisa feia encontrada pelo atento amigo (no Globo, naturalmente).

Alguém é capaz de explicar a construção "conversa ENTRE Fulano COM Beltrano"?

Caros colegas, ou há um papo ENTRE uma pessoa E outra ou um sujeito dialoga, fala, proseia etc. COM outro. Não misturem as estações, por favor.

E, vamos e venhamos, "teve inicio a partir de" também é horroroso, né?

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Acabou-se a folga

Fim das férias em família (ô dó...), reúno as mais recentes pérolas pescadas na imprensa (da qual praticamente não tomei conhecimento entre incontáveis delícias mineiras).

A assídua colaboradora ficou boba com a capacidade pleonástica do Jornalistas & Cia, feito por e para profissionais como nós.

No obituário de um colega, saíram-se com este primor:

"(...) vinha perdendo A PRÓPRIA consciência DE SI MESMO".

Não vou fazer graça com desgraça, mas merecia.

Já o atento amigo quase caiu duro com as "paredes PIXADAS" do Ancelmo de ontem.

Pra galera do jornal que não sabe que PICHAÇÃO é com "CH", ele também recomenda textos precisos.

Afinal, quem vai ler um autor que apenas "procura entender" algum assunto?

Depois disso, melhor nem comentar a letra que caiu no texto da Folha, não é?

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Como assim?!?



Impossível não fazer piada com o cartaz que o atento amigo encontrou em um banheiro paulistano.

A dúvida é: a pessoa troca o filho por outra criança ou por produtos variados?

terça-feira, 3 de outubro de 2017

A aeronave e o cavalo

O Facebook reclamou da falta de postagens no blog e eu decidi reservar um tempinho para duas pérolas enviadas pelo atento amigo.

Uma ele ouviu no Santos Dumont, em que a moça de uma companhia convocava os passageiros:

"Apresentem-se no portão (tal) no interior da estação de embarque".

Há necessidade disso?!

Faz tempo, muito tempo, que o aeroporto passou por uma reforma radical e acabou com aquela história de pegar avião na pista, gente!

Mas a escorregada mais feia foi da coluna do Ancelmo, que, no domingo, transformou Prestes no "Cavalheiro da Esperança".

Pessoal, vai ler Jorge Amado, Daniel Aarão Reis e outros biógrafos do CAVALEIRO, por favor.

domingo, 24 de setembro de 2017

Não confie em qualquer um

Em quem ou no que você confia?

Você confiaria EM um comerciante QUE entrega sua publicidade nas mãos de quem está se lixando pro bom Português?

Essa rede aí da imagem, por exemplo, exibe um baita erro no Facebook e em outros cantos da internet.

O atento amigo e eu preferimos lojas que vendem produtos EM QUE (ou NOS QUAIS) confiamos.

Como o Aurélio e o Houaiss, que recomendamos sem susto.

sábado, 23 de setembro de 2017

Registramos a garoupa

Estava aqui embatucada com a novidade dos jornais, em que nenhum lugar TEM tiroteio ou moradores OUVEM tiros etc.

A moda agora é REGISTRAR, verbo que tem como sinônimos "assentar, assinalar, averbar, inscrever, matricular, protocolar, transcrever", de acordo com o Houaiss.

Foi só abrir uma mensagem da assídua colaboradora para eu cair na gargalhada e mudar a direção do pensamento.

Ela fotografou a nota do Ancelmo "Terra de ninguém", segundo a qual "o secretário municipal de Educação da cidade" (sim, municipal da cidade!) visita "a rede de escolas da cidade" (ela, de novo!) "NA GAROUPA de um mototáxi" (sic, com destaque meu).

A amiga pergunta: "O veículo é anfíbio?"

Não sei responder. O peixe é grandão, mas será que aguenta o secretário?

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Dá pra escrever como gente grande?


Definitivamente, ninguém mais sabe escrever sem explicar, tintim por tintim, que isso aconteceu DEPOIS daquilo (ou DURANTE aquilo, um ridículo só).

Os colegas ainda não entenderam que NOTÍCIA é alguém morrer ANTES de ser baleado, ou ANTES de sofrer um acidente, porque TUDO ACONTECE DEPOIS de alguma coisa, toda ação provoca uma reação etc. etc.

Vejam (na imagem) mais exemplos da redação infantiloide do Globo, encontrados hoje pela assídua colaboradora.

Tem um cacofônico "após pessoas", tem até "DURANTE" e "APÓS" no mesmo título. Pode isso, editor?

Vá ao dicionário todas as vezes


A assídua colaboradora e eu não temos nada contra o Rock in Rio, mas detestamos ver o Português sendo estropiado pelo "maior jornal do país".

Ele diz que foi "EM" todas as edições do festival.

Nós preferimos ir AOS lugares.

Na quarta-feira, por exemplo, eu FUI À musculação, À sessão de RPG, AO supermercado...

FUI A vários lugares e NÃO FUI AO Rock in Rio.

Mesmo sendo roqueira, NÃO FUI À festa uma vez sequer.

Tome jeito e aja de acordo


Mais uma que o atento amigo ouviu na Globonews:

"(...) o presidente Trump está pronto para tomar ações contra a Venezuela".

Tomar ações, galera?!?

A tradução do Inglês "take action" é "AGIR", OK? Simples assim.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

O enigma da falsa realidade

Ontem, enquanto a Net fazia gracinha com o meu sinal de internet, o atento amigo ouviu na Globonews a sensacional chamada de um documentário sobre "fake news"... "baseado em fatos reais"!

Como podem os "fatos reais" — um baita pleonasmo — ser, simultaneamente, "falsas notícias"?

É de dar nó na cabeça do espectador.

domingo, 17 de setembro de 2017

O Português barato do 'Globo'

A assídua colaboradora e eu gostaríamos de entender por que O Globo ainda não aprendeu que preços NÃO SÃO "caros" ou "baratos".

Pessoal, preço é alto ou é baixo.

Cara ou barata é a coisa pela qual pagamos.

A matéria fala "das origens da péssima urbanização do Rio", diz a amiga, e até está boa.

Naquele tempo, tinha bonde com diferentes PREÇOS de passagem: MAIS ALTOS ou MAIS BAIXOS, tá, galera?

Só lendo o texto pra saber se era mais barato andar de bonde ou de charrete.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

O ministro e a paraquedista

Acho que o antetítulo "Crise política" explica a crise econômica, que leva à falta de trabalho para jornalista experiente e à contratação de crianças nas redações.

Afinal, o título que se segue é de quem ainda não aprendeu direito a língua.

Resultado: virou o samba do português doido.

O beiçudo da foto já não foi feliz ao tentar citar Bocage, mas quem pinçou um pedaço da coisa pra pôr em destaque fez... Melhor nem comentar e começar a tentar entender a outra notícia.

Mesmo feliz pela moça que sobreviveu, fiquei curiosa pra saber do paraquedas, que não teve a mesma sorte.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

É um festival!

Já comentei aqui que dava pra encher este blog só com material de assessorias de imprensa.

Muitas, pelo visto, são feitas por gente que jamais passou por uma faculdade de Comunicação — e a assídua colaboradora recebe um monte de coisa produzida por elas.

Um texto de hoje merece destaque.

O tema é prosaico: reforma e limpeza de estofados. Já a redação...

Tem "limpe ele", "forre ele", mas não, não ligue pra ele, porque tem coisa pior, em toda a sua "gloria".

Tem "a única coisa QUE o seu estofado PRECISA" — o meu PRECISA DE uma preposição, ou fica horrível.

E tem a cereja do bolo, "a mancha feita pelo seu filho que insiste em não sair".

Que coisa! Manda o garoto pra escola, pra casa do vizinho, pro play...