terça-feira, 30 de novembro de 2021

Com 'Ela' o trem não termina


 

 Pensaram que o festival de sandices do caderno jabá do Globo tinha acabado?

Eu pensei e quebrei a cara: o atento amigo encontrou mais um caso grave de regência estropiada por lá.

"A pandemia a deu de presente o amor", crianças? 

Expliquem essa história direito, por favor.

A moça FOI DADA DE presente A alguém — e pela Pandemia, essa danada! — ou ELA RECEBEU O amor DE presente?

"A deu" aí não dá. Peçam à chefia para DAR A VOCÊS O presente que faz a maior falta na redação: dicionários, muitos.

domingo, 28 de novembro de 2021

Para consumistas iletradas


Uma querida amiga ainda tem a santa paciência de, vez ou outra, ler aquele caderno jabá do Globo, geralmente recheado de produtos que custam o olho da cara.

O problema maior, para mim, não está apenas nos preços indigestos, mas no Português intragável de quem não sabe escrever.

Quem estudou o idioma pátrio sabe que está totalmente errada essa regência "a postagem que a trouxe seguidores" (ui!). 

Se um TEXTO TRAZ SUCESSO e melhora a vida de alguém, ele merece ser tratado com mais carinho, não é mesmo?

E se você FOR estupidamente feliz por um dia, por favor, seja com o correto FUTURO do SUBJUNTIVO, ou você será apenas estúpido em relação à nossa língua, por mais feliz que se sinta.

Quanto ao par de TÊNIS — que deve ser mais caro só por ser chamado em Inglês pelo fabricante —, não caia nessa esparrela: mais que INUSITADO, o verbo "inusitar" simplesmente não existe.

sábado, 27 de novembro de 2021

Aqui se usa a expressão?


 

 Alguém pode esclarecer pra mim por que todos os jornais de hoje falam em "emergência de desastre"?

Claro que sei o motivo do alerta, apenas estranhei a expressão, que me pareceu Inglês mal traduzido.

Obviamente, pode ser pura ignorância minha.

Eu confesso só estar familiarizada com "situação de emergência", "estado de calamidade pública", "desastre", "desastre iminente" e similares nacionais

O que foi decretado em Nova York é usado aqui também? A pergunta é séria.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Assim na lata? A seco?


 

 O colega friburguense viu essa coisa e mandou pra mim.

Neologismo e modinha assim, sem mais nem menos, pessoal? 

Merecia umas aspas para suavizar a feiíssima novidade, não é, não?

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Em rio que tem piranha...


 

Alô, crianças do antigo "maior jornal do país", que manchetaço é esse?

O Globo é carioca ou o quê?

Quem diz que está "em Rio de Janeiro" por aqui?!?

Lembra até o ditado popular "em rio que tem piranha, jacaré nada de costas".

Alguém na redação sabe como a gente fala, porque no subtítulo os colegas acertaram bonitinho e escreveram "NO RIO".

sábado, 20 de novembro de 2021

Lute por essa causa


 Vi a chamada na página de uma amiga e não resisti.

Não, não me interessa o inusitado chulé. Afinal, ele é apenas A CAUSA do pouso forçado. Ou é "a conta"?

Qual é "a conta" do pouso? Quantos passageiros e tripulantes perderam tempo com a interrupção do voo? Está aí uma CONTA a ser feita.

Mas o que CAUSOU o atraso na vida dessa gente? 

E qual é a CAUSA do pavor que os jornalistas têm da CAUSA?

O avião pousou POR CAUSA de alguma coisa, não por uma "conta" qualquer.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Se não erram 'sobre', erram 'sob'


 Quando empacam com uma preposição, os colegas do Globo — e da mídia em geral — acham que a pobrezinha é Bombril e tem mil e uma utilidades.

Não é bem assim que funciona a língua, crianças, a assídua colaboradora e eu sabemos bem.

De uns tempos pra cá, à fixação com o "sobre", acrescentaram o "sob" — "the book is on the table", "the book is under the table"... e assim vamos.

Cismaram que estamos "sob Fulano" — mas estamos SOB O JUGO do Trambolho. SOB O REINADO de D. João VI é outra história (ou História, com H maiúsculo).

Erram feio quando dizem que alguma coisa (ou pessoa) está "sob risco" — o idioma CORRE RISCO e a Educação está EM RISCO.

Agora enfiaram um "sob consentimento" no texto. 

Ninguém ouviu em casa "só COM O MEU CONSENTIMENTO"? Ou fez algo SEM o CONSENTIMENTO dos pais? Ou DEU (ou recebeu) CONSENTIMENTO para fazerem alguma coisa? Eu, hein? 

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Se é para ofender...


 Essa é rapidíssima.

O atento amigo só quer saber uma coisa, colegas do Globo: existem "ofensas a favor"?

Porque o subtítulo endossa a hipótese.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Sempre pode piorar



 Nada é tão ruim que não possa piorar.

Vejam esse texto publicitário que a assídua colaboradora encontrou no Globo

Não havia um profissional por perto para evitar essa vergonha?

A Bayer está pagando tão pouco assim?

Lembra um velho anúncio: não basta "encarar de frente", tem que esculhambar.

Canal 'ESPN Esfinge' ataca


 A colega que entende de Marketing não entendeu o título e passou a bola pra mim.

Eu entendo um pouco de esportes em geral e entendo um pouco mais de Português, mas vou "chutar pra galera", porque não sei lidar com manchete estilo "decifra-me ou te devoro".

Tem alguém disposto a traduzir essa coisa horrorosa aí?

Acho que vou criar mais uma série: Enigmas da Esfinge.

terça-feira, 16 de novembro de 2021

No 'Globo', sempre a pior opção


 A assídua colaboradora flagrou mais uma regência estropiada no Globo.

Até na Economia, colegas?

Podemos OPTAR ENTRE duas coisas (escolham direitinho, está bem?) ou OPTAR POR alguma coisa, quando o verbo é transitivo indireto.

Claro que você pode simplesmente não OPTAR —  e aí o verbo é intransitivo.

Dependendo da sua opção, eu posso OPTAR DESCER desse ônibus aí, com o verbo transitivo direto.

Perceberam que OPTAR jamais combina com a preposição EM?

domingo, 14 de novembro de 2021

Tira a touca e sai da toca


  O Globo
dormiu de touca mais uma vez.

Até em editorial estão escrevendo errado — bom, é naquele caderno jabá, mesmo assim... a assídua colaboradora não perdoa. Nem eu.

Amores meus, saiam da metafórica TOCA (ou bolha, como gostam de chamar atualmente), leiam e descubram a verdadeira TOUCA.

Pode ser encontrada em vários modelos e cores e com diferentes utilidades: a mal citada TOUCA térmica, TOUCA de natação, TOUCA de banho, TOUCA de lã, TOUCA descartável etc. etc.

Já a TOCA — especialmente a do leão — dá nome a livro, tabacaria, restaurante, pousada, cervejaria, estúdio e o escambau.

sábado, 13 de novembro de 2021

Dá pra relaxar desse jeito?


 Está difícil manter a calma e preservar a saúde nesses tempos de ideias curtas e (des)governantes mais oportunistas que vírus.

A gente tem raiva porque paga viagem alheia e não pode deixar o país, mas quando uma empresa fica irritada... caramba! A coisa está mais feia do que parece — e fica pior "após" a leitura da chamada do G1.

A Embraer nervosa foi encontrada pelo atento amigo, um aficionado da aviação.

A coisa abaixo é um achado do colega de Minas, que consegue pensar coisas melhores para dizer o mesmo, como:

"Dormir entre 22h e 23h reduz risco de doença cardíaca, diz pesquisa" ou "Segundo pesquisa, dormir cedo diminui risco de doença cardíaca" ou...

As opções são muitas e eu quero saber quem aí "vai à cama". 

Eu vou ao banheiro, vou à cozinha... Mas na hora de dormir, vou pra caminha.

'Eleito como'? Nem Trambolho


 Como O Globo, a Folha adora estropiar uma regência.

Vejam esse horror enviado pela pela assídua colaboradora.

Os donos das empresas jornalísticas não fornecem dicionários para seus editores e repórteres?

Porque é fácil encontrar neles o correto FOI ELEITO PARA — e até a forma menos usada e não preferível ELEITO A.

PS: evidentemente, havia um "após" no meio do caminho, no meio do caminho...

Não há inteligência que dê conta


A jovem amiga que vive em Madalena me marcou nessa postagem aí, com a mensagem:

"Você que é extremamente inteligente pode traduzir para mim? Ficarei muito grata."

Fiquei emocionada com o elogio, mas os colegas do G1 jogaram água fria no meu entusiasmo.

O trecho "(...) fez quem estava só lembrou com a aposentada (...)" não merece "tradução" e eu nem vou olhar o que há no texto completo. 

Bastava um pingo de atenção antes de publicar esse trem, não é, crianças? 

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

A língua é o alvo


 O atento amigo tem mais uma pergunta para os infantes colegas do Globo: de onde vocês tiraram essa regência nominal estropiada? Não se dispara "tiros a" alguma coisa ou alguém.

Sabemos que as crianças adoram um "sobre" — não o de galinha, claro; estou falando da preposição —, mas não ia pegar bem "apuração sobre" e "tiros sobre" na mesma linha, não é?

Por que então não usar uma das outras opções disponíveis: CONTRA e EM?

O que não vale é brincar de TIRO AO ALVO com o Português.

Bobagem nova em folha


 Ontem a contribuição do leitor amigo sofreu críticas por ser de um programa antigo da SIC.

Para "compensar", hoje ele mandou deslize novinho da Microsoft, que já trabalhou com os melhores tradutores de software do país.

Duvido que os "localizers" que eu conheço deixassem passar esse erro de concordância no fundo dinâmico do Edge, navegador da empresa.

Se eu disser esse absurdo...


 O atento amigo e eu não acreditamos que a senadora desconheça o FUTURO DO SUBJUNTIVO e tenha errado a frase, trocando o correto DER por "dar".

Se os colegas do Globo não FIZESSEM tanta bobagem com a conjugação dos verbos irregulares, até PODERÍAMOS pensar em falha de digitação, mas...

Em tempo (físico e verbal): FAZER está no pretérito imperfeito do subjuntivo e PODER, no futuro do pretérito do indicativo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Lembra da Rádio Relógio?


 O leitor amigo gosta de ver o programa "Queridas manhãs", no canal português SIC Internacional, e hoje teve uma surpresa ao ver essa chamada — tanto que leu, fotografou e me enviou.

Eu me diverti e peço desculpas pela demora para postar: a minha "querida manhã" foi movimentada.

Acho que vou criar a série "Você sabia?" aqui no blog. Que tal?

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Não precisa exagerar


 Do Mato Grosso vamos para a Bahia, onde o jornal Correio — como descobriu a assídua colaboradora — não faz ideia de que "fortuna milionária" é um pleonasmo de doer a vista.

Quando FORTUNA se refere a bens e dinheiro, é sempre uma soma VULTOSA, uma RIQUEZA e tanto. Usar dicionário faz bem à saúde do idioma.

Acabou, acabou... Acabou mesmo?


 O atento amigo foi ler o noticiário de Mato Grosso em site com tradição de 20 anos na praça.

Está na cara que, se os nossos centenários jornalões cometem erros horrorosos todos os dias, a experiência de duas décadas é nada no combate ao Português mal aprendido na escola.

O resultado (ou uma amostra dele) pode ser visto aí na imagem.

Nem a equipe médica resistiu. Morreu, coitada.

sábado, 6 de novembro de 2021

Pense antes de publicar


 Infantes jornalistas responsáveis pelo Twitter do jornal O Povo, que chamada é essa?

O atento amigo não resistiu e brincou:

"Achei inacreditável. O piloto estava no avião com a cantora!"

As crianças não perceberam que havia algo estranho na frase, não? Sério?

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Você poria seu filho nessa escola?


 

Pessoal, eu ainda estou meio mole, mas não podia deixar passar mais essa.

A querida amiga pesquisava escolas que usam o método montessoriano de ensino e encontrou esse colégio baiano, com esses horrores aí da imagem.

Nem assinalei tudo, porque é um festival de erro.

Tem vírgula separando sujeito do verbo, preposição A no lugar do verbo HAVER (HÁ mais de...), umas frases esdrúxulas como "estando há mais de 20 anos na atual administração (?)", uma NOVA sede com 11 anos de idade... Gente, jura que isso é uma escola?

Cadê a CONSCIÊNCIA desses professores e da "ATUAL" administração de duas décadas e o INCENTIVO DE QUE os alunos precisam?

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Complexo, não. Incompreensível


 Mais uma do atento amigo, que me pediu para traduzir essa "poesia" de um site turístico de Buenos Aires.

Se alguém entender o sentido desse delírio mal escrito, por favor, me avise. 

Minha cabeça até voltou a doer "à beira da instintiva curiosidade" gerada por tal "complexidade".

E "na qual lhe deixa pensando"  é a, o.... (você decide).

Caminhando e cantando...


 Acordei mais bem disposta e tentarei dar conta das muitas colaborações que me aguardam — detalhe: aqui é conta mesmo, não é CAUSA, perceberam?

Eu já comecei implicando com o título, achei esse "mesmo por poucas horas" suspeito.

Mas o atento amigo foi direto ao subtítulo, em que o tempo "seguiu instável" sabe-se lá pra onde, e pessoas "seguiram (?!) ilhadas", sem sair do lugar.

Como isso é possível?

Estranha convivência

 Pessoal, estou meio mole, com uma febrinha de nada enchendo a minha santa paciência desde ontem, mas não resisti.

A gentil leitora, que é da área de Comunicação em empresa de viagens, quer entender a "viagem" do redator nesse título — e outros sites de notícia repetiram a coisa.

Como é que alguém "CONVIVE" com cadáveres?

Convivemos com as piores situações no país, convivemos com vírus, nações convivem em paz, convivemos com a família e os amigos em ambientes pequenos ou amplos. Mas com morto?!?

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Educação sexual e literária


 Aproveitando que estou com a mão na massa, o que vocês acham desse trecho destacado pela assídua colaboradora no Globo?

Sadismo É ter prazer com a dor alheia. É próprio do sádico, é seu, é dele. E chega de "educação sexual" por hoje.

Minha amiga brincou, dizendo que nem em "50 tons de cinza" devem escrever tão mal.

Eu já acho que a leitura de qualquer "pornô-soft" pode fazer bem ao texto das crianças jornalistas. Comecem com tramas bem bobinhas, evoluam para "O amante de Lady Chatterley" e vamos ver o que acontece.

Falta de respeito com Nelson Freire


 O amigo me marcou na postagem da Rádio França Internacional e eu, injuriada, não resisti.

O grande pianista Nelson Freire não merece um obituário assim, em "português do brasil" bem minúsculo.

O que é essa abertura? "Durante a vida", crianças?

É nisso que dá essa mania infantiloide de "temporizar" tudo. Ninguém sabe mais escrever sem "antes, durante, após ou depois"?

Como se não bastasse a ridícula e desrespeitosa primeira frase, o que faz esse "mas" no início da segunda? Cadê o sentido?