quinta-feira, 27 de julho de 2017

Até no obituário?!


Esta nota não aponta um erro de Português.

Trata-se, "apenas", de uma constatação do descuido com que são feitos hoje nossos jornais.

Na notícia da morte de Guaracy 7 Cordas, enviada por um amigo, duas vezes mencionam o desconhecido "Martinho da Viola".

Como o músico era portelense e o Martinho é da Vila, certamente o correto seria Paulinho da Viola, não é, colegas do Dia?

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Relaxamento absoluto

Quase me esqueci de duas colaborações enviadas pelo atento amigo dias atrás.

O puxão de orelha vai pros colegas da TV — e não me venham culpar "o cara das letrinhas", porque é obrigação do jornalista revisar o que entrega a quem redige as tarjetas.

"Vítima" é feminino, OK? Portanto, pode ou não ser "CONFUNDIDA", com "A".

E, quando delimitamos um período de tempo, é preciso escolher: ou dizemos que uma coisa ocorreu (ou ocorrerá) "ENTRE uma data E outra" ou "DE tal A tal dia (ou ano etc.)".

Os erros estão cada vez mais primários. Uma lástima!

terça-feira, 25 de julho de 2017

De novo, o 'há' e o 'a'



Há dois dias ("", porque já passou), comentei aqui o uso errôneo do verbo HAVER, encontrado no Comunique-se e no Terra (não sei quem copiou quem, mas é claro que nenhum dos dois tem revisor).

Pois hoje a assídua colaboradora encontrou o oposto no Globo online.

Meteram a preposição "A" onde deviam ter usado "", numa frase que é um espanto:

"Familiares relataram à Polícia Civil que (Fulano) tem um quadro depressivo a pelo menos quatro anos, desde que sua mãe se mudou do Rio de Janeiro, mas que ele nunca apresentou quadro depressivo". (sic)

Regrinha básica: é passado, use ""; é futuro, use "A".

Espero não voltar ao assunto daqui A mais dois dias.

Ah, sim, colegas, prefiram "parentes" no lugar do feioso "familiares" e decidam-se: afinal, o rapaz tem quadro depressivo ou não tem?!?

O futuro já está aqui

Caí na gargalhada ao abrir o e-mail do atento amigo.

O título da mensagem era sugestivo: "Moto pistoleira".


No corpo, a reprodução do texto do G1, que diz:

"Segundo a Polícia Civil, (Fulano), de 41 anos, saía do trabalho, no Barra Garden, em direção ao BRT, quando foi abordado por dois bandidos em uma motocicleta.

Os bandidos fugiram sem levar nada. De acordo com testemunhas, a moto se aproximou e fez os disparos".

Definitivamente, os colegas tiraram o dia para homenagear a ficção científica.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Jornalismo 'sci-fi'

A praga dos "antes, durante e depois" absolutamente desnecessários e ridículos chegou a Goiás.

Foi de lá que um fiel leitor enviou esta "gracinha" do jornal O Popular:

"Homem é preso em Anápolis APÓS torturar e manter a companheira como refém". (sic, com destaque meu.)

Queridos colegas, se o cara tivesse ido pra cadeia ANTES de cometer qualquer crime, seria um caso para o Tom Cruise no filme "Minority report — A nova lei", baseado em livro do ótimo Philip K. Dick.

domingo, 23 de julho de 2017

Tudo se copia. Até a besteira

Deletei sem querer o e-mail do Comunique-se, mas fiquei curiosa com o assunto, que envolvia compras pela internet.

Botei no Google e o que apareceu primeiro foi o Terra, com o horroroso erro (copiado na imagem) abrindo a matéria.

Pessoal, estamos A quatro meses do evento. Se a sexta negra já tivesse ocorrido, seria HÁ quatro meses — e não seria mais notícia, não é?

Mais triste foi, finalmente, achar o texto do portal dos jornalistas e encontrar o mesmíssimo erro:

"Baixo Guandu, ES, 17/07/2017 – Há menos de 4 meses para o maior evento do e-commerce brasileiro, o fim do e-Sedex (...)".

Puxa! Nem um copyzinho rápido, colegas?

sábado, 22 de julho de 2017

Jornalzinho de quinta

Está de matar o baixo nível do Globo.

O que é essa crase antes de "spa", gente?!

O substantivo — que significa "hotel ou estabelecimento que oferece tratamentos de saúde e/ou beleza, emagrecimento, alimentação controlada e natural, ginástica, massagens, sauna, banhos a vapor etc." — é MASCULINO!

Vai-se AO spa, vai-se à sauna e vai pra... Deixa pra lá.

Como se não bastasse, a "lindeza" (enviada pela assídua colaboradora) tem um festival de "após" — ainda não sabem que uma coisa sempre ocorre DEPOIS de outra, tadinhos.

É "Rio sem lei", "Cuidados com saúde" e jornal sem redator, vergonhosamente descuidado com o idioma e o leitor.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

O tatibitate do maior jornal do país

Recebi isso agora e estou pasma.

"Enquanto isso", no Jardim de Infância, as coisas acontecem umas "após" as outras, como sói "na vida real".

Gente, que texto é esse?!?

Alguém me belisca pra eu acreditar que é só um pesadelo do qual eu vou acordar já, já?

Como qualquer carioca...

O que vem a ser essa manchete do Globo, enviada pela assídua colaboradora?

Se esses caras não conseguem um só policial, imagina como estão a população do Rio, os turistas, enfim, os cidadãos comuns em geral Eu, hein?!

Empacaram no 'impactar'!

Celacanto provoca maremoto.

Foi o que me veio à cabeça diante do vocabulário estrambótico que a querida amiga encontrou no G1.

Tinha "o serviço de bombeiros da Grécia disse que socorreu três pessoas feridas em um prédio impactado pelo terremoto".

Impactante!

Na sequência, "(...) não foi reportada nenhuma morte ou grande estrago no país". Repórter "reporta", mas não "informa"?!?

Fui atrás de informação no Globo online e achei isso aí: os inéditos "em" Turquia e "em" Grécia e as (infelizmente) corriqueiras "vítimas fatais".

Será que um dia vão aprender que FATAL é O QUE MATA, NÃO o que morre?

PS: antes que alguém pergunte, grifei o 100 só porque o antigo manual de redação do Globo recomendava que o número fosse grafado "cem", nada mais.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Neurônios congelados

Além de entender de Português e culinária, o atento amigo curte tudo sobre aviação — e leu ontem, no Globo online, que o frio excessivo provocou o cancelamento de voos em Bariloche. 

Hoje, finalmente, o editor se tocou da bobagem e botou lá que o cancelamento se deveu à nevasca

"Ainda bem", diz o amigo. "Se frio fosse impedimento para o uso de aviões, ninguém voaria na Antártica, na Sibéria, no Alasca..."

domingo, 16 de julho de 2017

Todo o país ou todo país?

O atento amigo ligou a Globonews e leu na tela que a Venezuela está convocando "todo país" para uma consulta popular.

Sendo assim, o mundo inteiro pode participar, certo?

Os colegas devem tomar mais cuidado com o que escrevem e exibem no ar.

Podemos dizer que TODO PAÍS tem leis, ou seja, CADA PAÍS, qualquer país.

Porém, quando dizemos que a lei é a mesma para TODO O PAÍS, estamos nos referindo a um país específico inteiro — os EUA, por exemplo, têm leis diferenciadas: há estados que mantêm a famigerada pena de morte e outros que a aboliram faz tempo.

Um simples artigo pode fazer toda a diferença.

terça-feira, 11 de julho de 2017

Grana não é cultura

É triste ver que O Globo aposta naquela meia dúzia de tolos endinheirados que deve achar o máximo a revista Ela. 

Por gostar de cozinhar e saborear pratos novos, o atento amigo decidiu dar uma chance pra matéria com o chef chileno Rodolfo Guzmán.

Claro que, antes de mais nada, leu o "olho", aí reproduzido, e pensou:

"Vitela que dá leite é ph...! Vitelas são bezerros ainda, não emprenharam, não produzem leite."

O texto, porém, fala de vitela cozida em leite de vaca — e já não temos como conferir se os bobões comem vaca por vitela e pagam caro pelo engodo.

Para completar a empulhação, a carne é servida com alfafa, guarnição que, segundo o amigo, "alguém deve ter comido em excesso antes de escrever a reportagem".

O festival de besteira metida à besta do "suplemento madame" me traz sempre à lembrança o Robin da adolescência: santa ignorância, Batman!

Ler 'O Globo' é de matar!



Tem mais colaboração do atento amigo — mais uma vez, como sói, encontrada no "maior jornal do país".

A mania dos "antes", "durante" e "após" hoje produziu a seguinte pérola:

"A Rua Bonfim, onde (Fulano) foi baleado antes de morrer (...)".

O caso é trágico, mas acaba virando piada devido ao descaso do Globo com o idioma e com a coerência.

Meu amigo sugere:

"Posteriormente, já morto, o cara deve ter recebido outros balaços."

Só pode.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

De dar vergonha

Que nenhum colega do Globo abra a boca pra dizer que o povo brasileiro fala errado.

Depois dessas duas coisas que o atento amigo me enviou hoje, os editores do jornal deviam ser obrigados a voltar pra escola e aprender:

1) SALSICHA se escreve com "S" depois do "L". O "CH" só entra na última sílaba.

(Exercício: repita cem vezes: S-A-L-S-I-C-H-A);

2) A frase "um dos maiores especialista" está errada. "ESPECIALISTAS" concorda com "MAIORES".

(Exercício: crie cem exemplos similares usando o plural).

sábado, 8 de julho de 2017

Três de uma vez

Para compensar seis dias sem postagem, vou de colaboração tripla do atento amigo.

As bobagens, claro, foram todas encontradas no Globo, cuja "alta cópula" ainda não entendeu que, mesmo em tempos de trampas temerárias, ainda não temos "fatos fictícios".

"Fato real" é pleonasmo — a não ser que o jornal esteja contando tanta lorota que precise recorrer à tautologia pra se convencer do que diz.


Os colegas também insistem em confundir "ter" e "possuir", que nem sempre significam a mesma coisa.

Dizer que alguém "possui" tantos anos é de doer!

Eu logo imagino uma Loja da Idade — que, obviamente, não aceita devolução do produto comprado pelos clientes.

E pra não dizer que não falei de esportes, o amigo viu o título aí da imagem e perguntou:

"Se o Flu SÓ empata com o Chapecoense, com os demais times ou ele perde ou ele ganha?" Pois é.

domingo, 2 de julho de 2017

Assim faz mal à vista

Vi postagem de uma querida amiga, abri e encontrei a frase aí da imagem, com vírgula inadequada e, pior, crase em "PARA A saúde".

Ninguém mais aprende na escola o truque de buscar expressão similar masculina pra ver se tem o artigo junto à preposição (ou a preposição JUNTO AO artigo)?

Alguém diz que se exercitar é bom para "ao" corpo, por exemplo?

Não faço ideia de quem são os profissionais responsáveis pela página Revista Saber Viver Mais, mas sei que estão precisando de copidesque.

Conhecer o idioma faz bem para o texto.