sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Nem sei por onde começar

Acho que o Jardim Pequeno Jornalista está virando maternal ou creche, porque involui como a tal da humanidade.

Nem destaquei nada no "textículo" enviado pela colega das antigas para não transformá-lo uma mixórdia ilegível.

Não sei se é o sono, não sei se é o assombro, mas não tenho palavras para descrever isso aí.

"Após ler", fiquei em choque.

Mas não "peguei o choque", fiquem tranquilos. 

Simplesmente "acabei resolvendo ir pra cama".

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Por que essa área tão grande?


Quando a gente pensa que já viu de tudo, chega a mensagem de uma queridíssima amiga com esse trem aí, publicado no Globo

Meus amores, o "entorno" é uma coisa muito ampla.

Pode rodear toda uma região, pode ser vizinhança e ambiente, é território adjacente a uma população, a um determinado núcleo; é circunvizinhança, arredor, cercania e mais, muito mais.

Vocês queriam dizer EM TORNO, EM VOLTA, não é?

Festival de falha nos jornalões



Não é à toa que a assídua colaboradora rebatizou a Folha de S. Paulo.

Nos últimos dias, acumulei um monte de bobagem que ela me enviou, quase todas da "Falha".

Vamos lá:

1) teve erro de concordância: "(...) enterrados com as armas e enfeites típicas". O certo é "com armas e enfeites TÍPICOS" — se fizer questão do artigo, use "as armas e os enfeites", mas o adjetivo continua sendo MASCULINO;

2) teve incêndio que chegou "em" Nogueira, mas a preposição correta é "A" (chegamos a algum lugar, sempre). Em tempo, esta foi do Globo, que também me saiu com a estranha frase: "Casos suspeitos de zoonose reversa são menos bem estudados";

3) teve o já tradicional excesso de plural, agora invadindo a área até de reduções que não o admitem. cabelos, pratos etc. são sempre AFRO, no singular, assim como MEGA (não há "megas"), GIGA e muitas outras.

O que o editor quer dizer?

Mais um caso de uso inapropriado da muleta "após", este enviado pela especialista em marketing.

A chamada do Globo.com está dizendo que foram necessários 30 anos em campo pro Zlatan Ibrahimović melhorar seu desempenho como jogador.

Haja treino!   

Ridículo. E nem está tão mal

O abuso do "após", muleta da qual os colegas não conseguem se livrar, virou motivo de piada.

Vejam a gracinha do Globo.

Quem enviou foi foi o atento amigo, com o comentário irônico:

"Li esse título e fiquei com a sensação de que o Bennet finalmente decidiu fechar as portas depois de 133 anos discutindo o assunto."

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

New Facebook, o adeus ao vício

Desculpem a ausência, causada por dores nas costas (somem umidade com inatividade e excesso de peso e... voilà!), alguns estragos em casa provocados pela chuva, mais esse horrendo "layout" do Facebook, que repele o usuário.

Pelo menos descobriram um jeito de nos afastar do vício.

Até breve. Vou aproveitar o período de "reabilitação".

sábado, 19 de setembro de 2020

Está difícil passar de ano


Crianças do Jardim Pequeno Jornalista, lamento informar que, escrevendo desse jeitinho aí, vocês não conseguirão passar pro Prezinho do Futuro Editor.

As gracinhas foram enviadas por uma ex-colega do Globo e pelo atento amigo. 

A que ele achou na Economia merece um ponto por não ter usado o bendito "por conta", praga insuportável, no lugar de POR CAUSA. No mais...

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

A reunião é sempre 'COM' alguém

Hoje a coisa está tão feia que até o meu irmão, que não é muito de colaborar com este blog, já mandou duas contribuições — ambas de lascar.

Onde estavam os colegas nas aulas de regência?

Ou ninguém dá mais bola pra isso na Língua Portuguesa?

O verbo REUNIR tem usos variados, é quase um bombril, mas nesse caso aí só aceita a preposição COM.

Lembrem-se: se um Fulano vai encontrar outro, ele vai SE REUNIR COM Beltrano. Entenderam direitinho?

Quebra singular de confiança


O atento amigo quer saber o motivo desse plural em "sigilos bancários".

Eu quero entender o motivo de tanto plural nos últimos tempos.

Até gente que sempre escreveu direitinho está usando coisas como "sem dúvidaS" e bobagens do gênero.

Gostaria de poder apontar, sem sombra de DÚVIDA, onde nasceu o modismo que enfeia o idioma.

E aproveito pra perguntar, pela enésima vez: onde enterraram os PARENTES

Para com essa mania de "familiar", gente.

Considere parar antes do estrago

As traduções esdrúxulas das tirinhas do Globo continuam espantando a assídua colaboradora (CONTINUAM,  não "seguem" pra lugar nenhum, certo?)

Como alguém pode escrever "querer considerar encerrar" e achar que a frase está linda e maravilhosa?

Respire fundo e leia


Na madrugada, vi a mensagem do atento amigo com o trem aí ao lado.

Ele perdeu o fôlego lendo o subtítulo horroroso.

Não dava pra botar "ao crime" pertinho do verbo RELACIONAR, que se RELACIONA A ELE?

Melhorava um pouco a leitura — e, de quebra, a compreensão. 

Escrevam cem vezes no quadro


Alguém sabe me dizer em que emissora escreveram essa coisa enviada pelo meu irmão?

No meu tempo, se o jornalista não soubesse escrever TRASMISSÃO e tudo mais direitinho, era caso de DEMISSÂO por justa causa.

PS: acabam de me informar que é do Jornal da Globo. Uau! 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Não exige muito esforço

Caros colegas do Globo, os tempos estão brabos, as redações minguaram, mas não é preciso pensar muito para acertar as regências em Português.

Hoje a assídua colaboradora leu o seguinte título:

"Com pandemia, cresce mercado de cozinhas voltadas ao delivery".

Crianças, temos ENTREGA, não precisamos de "delivery".

E o verbo VOLTAR pode parecer complacente, mas NÃO ACEITA "ao" ou "à" nesse sentido aí da frase. (vejam na imagem)

O comerciante esperto, sem freguês no restaurante, volta sua cozinha PARA o serviço de entrega em casa — ou só PARA entrega.

Aproveitando o ensejo, o que era aquilo na matéria do passageiro grosso e homofóbico retirado (ainda bem!) de um avião?

É de ontem e ninguém corrigiu, continua no online pra quem quiser ver:

"(...) os comissários de bordo foram alvo de ofensas por um passageiro, após realizarem instruções para o voo (...)". Ai!

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Sem pressão e sem paralelo

Por causa do título da "newsletter" do Globo, vou pressionar a orelha de quem faz aquilo todos os dias.

"Países pressionam por combate ao desmatamento" é coisa de quem não estudou regência ou foi alfabetizado em Inglês ("Countries push for combat"?).

Também nunca fez do-in, em que PRESSIONAMOS vários pontos do corpo.

Quer PRESSIONAR O desgoverno a agir contra as queimadas? Prepare-se para suar muito.

Ao longo do boletim, percebi a recorrência da expressão "em paralelo".

Em Português, "in parallel" fica mais simpático como PARALELAMENTE, mas pode ser só má impressão provocada pela repetição exagerada do termo.

Não há na face ou na fáscia


Desculpem usar uma imagem com texto em Inglês para ilustrar a face — cara, aquela em que devemos ter vergonha — e a fáscia — tecido fibroso que cobre os músculos (em definição para leigos, como eu).

Tudo isso pra dizer que uma amiga ficou muito incomodada com o uso (e abuso) de uma palavra estranha por figura conhecida na praça: "multifacético".

Em bom Português, não usamos "facético" ou "fascético".

Aqui, dizemos MULTIFACETADO. O tal "multifacético" é  termo Espanhol.

Se a intenção é demonstrar erudição, evitem o rocambolesco, típico de quem não tem familiaridade com o idioma e acha que faz bonito ao usar vocábulos longos e "diferentes".

terça-feira, 15 de setembro de 2020

A intenção era fazer graça?


A assídua colaboradora quer saber: o que é um "clique nu"?

Ela se lembrou do livro "Almoço nu", do Burroughs, de que eu gosto muito (a turma "beat" está toda ao alcance da mão na minha estante).

Mas o "clique nu" acho que qualquer um bate. Basta não usar luvas

Com elas, é possível fazer um "clique vestido" esportivo — com luvas curtas e simples — ou um "clique vestido" a rigor — com luvas de cano longo, é claro. Chiquíssimo.

Nasce mais uma bobagem


Outra modinha que começa a pegar é o abuso do "junto ao", hoje encontrado pela colega especialista em marketing. 

Botar um trem "junto a" outro já é um absurdo.

Ponha uma coisa JUNTO DA outra, por favor.

Alguém ser "contratado junto ao" clube Tal, ou "à" empresa X é de doer. Eu duvidaria até da validade desse contrato.

Assim é muito abuso

O colega friburguense fotografou a imagem do RJ-TV na noite de ontem e me enviou com o comentário:

"O verbo 'tar' avança a passos largos."

Crianças, uma coisa é eu dizer que "tô uma arara" com o atual descaso dos jornalistas com a Língua Portuguesa, alguém na rua usar expressões como "tá ligado?" e outros bichos.

Mas na tela da Globo?!? É forte, viu?

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Gente, presta atenção...



Vejam que coisa a assídua colaboradora acaba de pescar no Globo on-line, em texto muito esquisito:

"Tamanho da duração da imunidade", colegas? Tem P, M, G e GG?

Manda uma "extra large", por favor.

Na matéria sobre a possibilidade de vida em Vênus, ela viu um pleonasmo que eu julgava morto e enterrado, de tão velho que é: "há muito tempo atrás".

Escolham, crianças, e usem um só — "" ou "atrás" — porque o verbo já inclui a noção de passado.

Aproveito para puxar a orelha também das assessorias de laboratórios como o Sanofi, que me mandou hoje um e-mail padrão assim:

"Como caráter informativo, o seus chamado encontra-se cancelado devido à falta de contato para agendamento." (sic)

1) Eles não fizeram contato, mas escrevem como se a falha fosse do cliente;

2) "Seus chamado" é... deixa pra lá;

3) Qual é o sentido de "como caráter informativo"? Eu, hein?!

Aguardo explicações. Obrigada

Mais um achado do atento amigo.

Não dava fazer um título melhorzinho, não?

Há um caso em que o verbo AGUARDAR aceita a preposição "por", mas "aguardar pela" é feio que dói, pessoal.

Foi só pra preencher a linha? Não é desculpa.

Aproveito para perguntar aos especialistas em esporte: o que é um "jogo franco"?

Uma queridíssima amiga leu isso em título da primeira página do Globo e não entendeu. Nem eu.

Não foi erro de digitação porque, pelo que diz o texto, o jogo não foi "fraco", ao contrário.

Preciso de um cursinho de jargão futebolístico. "Franco", até onde vai meu conhecimento na área, é nome de um time e de um treinador.

A rua fugiu? Pra onde foi?



 O Globo não se emenda — ou as ruas estão muito assanhadas?

O atento amigo quer saber pra onde seguiu a Dias Ferreira:

"Passei lá ontem", diz ele. "Continuava parada entre a Bartolomeu Mitre e a Ataulfo de Paiva."

Estou curiosa pra saber o que aconteceu.

domingo, 13 de setembro de 2020

Repetido mais de 1 milhão de vezes


 

Conhecem o samba?

Ouçam bem, colegas do Globo, porque hoje vocês tascaram um ridículo "mais de 1.949 diálogos", em matéria sobre a pouca-vergonha do desgoverno municipal do Rio. 

A assídua colaboradora quer saber: "mais de 1.949" são 1.950

Pois é. A garotada não aprendeu a lição de Gracia do Salgueiro: "mais de", "quase", "em torno de" etc. etc. só são usados COM NÚMEROS REDONDOS.

sábado, 12 de setembro de 2020

Vida de luxo: quem quer comprar?


Definitivamente, aqui se trafica de tudo.

Vejam a novidade que a leitora especialista em marketing encontrou.

Como será que funciona? 

Quero uma vida de luxo pra mim, sem plurais excessivos, por favor.

Será que as tais "provas de arrancadas", cheias de "S", são (ou eram) praticadas "aos arredores de Brasília", como o atento amigo ouviu na CNN?

Os jornalistas da emissora aprenderam Português na terra do seu trampo de lá ou com a equipe do seu trampo piorado de cá?

Passaram nas provas de sintaxe, de gramática, de ortografia etc., tudo bem bonitinho, no singular?

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Parem com essa mania de ter posse


Por que essa onda "possessiva" na mídia?

Jornalistas acreditam que pessoas são donas umas das outras e têm propriedade sobre tudo.

"Possuem" quem passar pela frente. "possuem" bons e maus humores, "possuem" até doença (alguém aí está a fim de comprar?).

Hoje li que um rapaz sofreu um trauma e "possui alucinações". Socorro!

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Mata o 'após' e ressuscita a 'causa'

Crianças do Jardim Pequeno Jornalista, por favor, aposentem de uma vez por todas a muleta, o "após" já encheu.

Por que ninguém mais morre afogado, morre de doença, morre enfartado, morre num acidente, morre baleado etc.?

Qual é a CAUSA da morte? Afogamento?

Então, morreu afogado, mesmo que tenha sido socorrido e levado por uma ambulância — da conta a família cuida mais tarde.

O colega da área de Turismo enviou o estrupício parido pelo G1 e sabe que turistas não devem se arriscar em águas e línguas desconhecidas.

Faça uma pausa, reflita e reescreva


Alô, alô, colegas do Globo impresso e online.

Estou fazendo coleção de bobagens publicadas por vocês, a grande maioria enviada pela assídua colaboradora e pelo atento amigo, como essas duas aí.

"Apreendido em apreensão"? Não tinham nada melhorzinho pra escrever, não?

Às vezes é bom fazer uma pausa pra meditação.

Mesmo na correria do fechamento, reler o texto faz bem.

Mas parem com essa mania de "pausar" tudo.

PAUSA é uma suspensão temporária de ação ou movimento, rápida como o tempo de fazer uma refeição em meio a um dia de trabalho ou tomar fôlego durante uma corrida.

Onde vocês esconderam os verbos PARAR, PARALISAR, INTERROMPER?

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Sem sorte, mas otimista

Tem gente sem sorte na vida — mas há também quem não se deixe abater mesmo com uma desgraça atrás da outra.

É o caso dessa médica de São Paulo, tadinha.

Vejam só: mal saiu da UTI, foi picada por uma cobra.

Não é isso que diz o G1?

Foi o que lemos a assídua colaboradora e eu. 

Aproveitando, ela também achou uma coisa "interessante" no Globo, em matéria sobre a aglomeração no Pão de Açúcar: a "capacidade do atrativo".

O que é isso, gente? Medo de repetir "bondinho" ou "Pão de Açúcar"?

"Capacidade do atrativo" é.... Não sei o que dizer.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Acho que nem os 'universitários'



Esse título esdrúxulo aí do Globo foi mais um achado do atento amigo, que me perguntou se eu seria capaz de traduzir pra ele.

Confesso minha santa ignorância, Batman.

Alguém aí sabe essa "língua"?

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Vai ter 'parabéns pra você'?

 

O atento amigo encontrou essa chamada de capa no Globo e me enviou, com o irônico título: "Niver do incêndio". 

Perguntar não ofende: 

1) estão revirando os escombros até hoje ou o fogo continua aceso?

2) desastres "completam" tempo de vida? 

3) os colegas podem informar se vai ter festinha de aniversário, apesar da pandemia?

Já disse cerca de mil vezes

A gracinha a´ao lado foi encontrada pelo colega da área de turismo.

Ele se espantou, obviamente, com o ridículo "entrou dentro" — afinal, entrar fora é manobra complicada.

Mas as bobagens não param aí.

Comeram verbo — o certo é "agora HÁ pouco" —, tascaram um "por volta das 9h20"... 

Um dia eu espero que aprendam que só usamos expressões como "por volta de", "aproximadamente" e "em torno de" com números redondos. 

Exemplo: por volta das nove da manhã, cerca de cem pessoas etc. etc. etc.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Eu não disse?


Como comentei na nota anterior, assunto não falta.

Não vou falar da nota de 200 e não pretendo vê-la tão cedo — porque não vou ao banco na pandemia e porque imagino a dificuldade que vai ser trocar esse trem.

Vim aqui só pra bater mais uma vez na tecla do bendito verbo "possuir" — a nota "possui elementos", assessoria do BC? Que nota ela usou para comprá-los?

E por onde andam os belos PÔRBOTAR? Vocês só sabem "colocar"? Acham "mais fino"?!

No mais, basta escrever direitinho e evitar o "vai vai vai", a pontuação errada...

Vejam qua frase horrorosa:

"A partir de hoje, a nova cédula de 200 reais já vai poder ser colocada (...)".

"A cédula de 200 reais entra em circulação hoje" é muito simples? Aprendam: menos é mais

Texto enxuto é coisa de quem sabe escrever. Quem não sabe enrola.

Só pra constar


Infelizmente, não é por falta de assunto que tenho aparecido pouco aqui.

O principal motivo da ausência é dor nas costas, agravada pela falta das sessões de RPG e musculação e pelo aumento de peso.

Ou seja, tudo tem uma CAUSA — não tem uma "conta", fora as que eu CONTINUO pagando todo mês.

Na dúvida, experimente inverter a frase: "por 'conta' da enxaqueca, não conseguia fazer a 'causa'." Faz sentido um trem desse?

TENHO dores, não "possuo" dores.

Na pandemia, FAÇO pouco movimento — em qualquer período, não "realizo" exercícios.

Recomendo que todos CONTINUEM em quarentena.

Se for pra SEGUIR, que seja o meu exemplo. 

Um abraço.