segunda-feira, 31 de março de 2014

Fé demais...

O que vem a ser esse título aí ao lado?

Inventaram uma tal de "FEDELIDADE", da qual nunca ouvi falar (uma amiga sugeriu "fidelidade de fedelhos", mas a banda não é tão jovenzinha assim, né?).

Algum palpite, pessoal?

domingo, 30 de março de 2014

More no seu alambique

No Ela de ontem, meu atento amigo leu a matéria do roqueiro que virou produtor de cachaça em Minas. E se espantou.

Na foto, o músico, que foi da banda Legião Urbana, posa ao lado de um alambique, digamos, normal.

No texto, encontramos o disparate:

"De frente para um enorme cachoeira, ele construiu o alambique de três hectares." Hã? 

Gente, isso corresponde 30 mil metros quadrados! É maior que muito conjugado por aí.

Meu amigo exclama:

"Deve ser o maior alambique do mundo! Isso fica mesmo numa cidade mineira ou em Itu?"

PS: falando "nisso", ontem eu peguei uma das derrapadas da coluna do Ancelmo com os pronomes demonstrativos. Pois meu amigo pegou outra, na nota "Culpa das mulheres":

"Sabe ESTA pesquisa do Ipea que (...)". Dá até vergonha.

sábado, 29 de março de 2014

Aprenda com Mônica, Cebolinha...

Ontem mesmo foi mencionado aqui que a coluna do Ancelmo está propagando o mau uso dos pronomes demonstrativos.

Pois hoje tem lá uma nota — ""As cinzas de Julião" — que corrobora a tese.

O texto começa desse jeito:

"NESTE livro sobre Francisco Julião (...)".

Como assim? O redator estava segurando o livro? Por isso resolveu escrever "NESTE"? E o que é que o leitor tem a ver com isso?

Bora aprender Português, pessoal?

É possível fazer isso até lendo quadrinhos. Veja aí.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Esta aqui, essa aí e aquela ali

Meu atento amigo entrou no Bradesco pra fazer um pagamento e quase desistiu ao ler, na camisa do caixa, os seguintes dizeres:

"ESSA agência é pé quente".

Com razão, ele pergunta:

"Essa qual? Pelo visto não é aquela em que ele trabalha e onde eu pago as contas, é outra qualquer."

Ele desconfia que a coluna do Ancelmo está fazendo escola — lá, é comum ver frases começando "ESTE ministro Fulano" e outros bichos.

Vamos inverter isso, pessoal?

Se você trabalha na agência e/ou está dentro dela, é "esta".

Se a coisa é, digamos, mais genérica, é "essa".

E se está mais distante, é "aquela".

Na dúvida, pegue uma velha gramática e consulte a página dos pronomes demonstrativos.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Alhos e bugalhos: não misture

As "maravilhas" não cessam!

Enquanto eu escrevia sobre a matéria dos "encoxadores", meu atento amigo me passava e-mail a respeito do texto que está logo acima e trata de um grupo de motoqueiros maranhenses.

Diz lá que, ao saber da saída das autoridades (que tentavam expulsar da cidade), eles "comemoraram soltando fogos ARTIFICIAIS".

Meu amigo bem que tentou imaginar uns "fogos artificiais" criados com efeitos de luz, mas acabou convencido de que queriam mesmo era dizer "fogos de artifício".

Seguem pra onde?

Ai, ai, ai, ai, ai. Os colegas não tomam jeito mesmo!

Quando empacam numa palavra, agarram-se a ela como se nada mais houvesse em seu vocabulário.

Só isso justifica a frase ridícula no lead da matéria dos "encoxadores" de São Paulo, no Globo de hoje:

"(...) a polícia deteve 29 homens, (...) mas só dois deles SEGUEM PRESOS".

Alguém me explica pra onde é que eles vão?

Se o verbo está ligado a uma "inação", que tal fazer outra escolha?

Algo como "permanecem presos", "continuam presos"...

Vai dizer que não fica melhor?

domingo, 23 de março de 2014

Brincadeira de domingo III


E que tal usar o novíssimo idioma da República Federativa do Bobajal na MPB?

O que diriam Tom Jobim e Jorge Ben de suas músicas "POR CONTA de você" e "POR CONTA de você, menina"?

Na primeira, teríamos:

As flores na janela
Sorriam, cantavam
Por CONTA de você
Olhe, meu bem, nunca mais
Nos deixe por favor...

E, na segunda:

Por CONTA de você bate em meu peito
Baixinho, quase calado
Um coração apaixonado por você
(...)
Pois você SEGUE e não me olha
Mas eu olho pra você...

Brincadeira de domingo II

E se adaptássemos cantigas infantis para a língua estranha que se usa (desculpe: utiliza) hoje na República Federativa do Bobajal?

Dois exemplos:

Oi COLOCA aqui
Oi COLOCA aqui o seu pezinho
O seu pezinho bem juntinho com o meu...

A barata diz que POSSUI sete saias de filó
É mentira da barata, ela POSSUI é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela POSSUI é uma só!

Brincadeira de domingo I

Que tal adaptar textos antigos para o "Português" atual?

Vejam alguns exemplos do que teríamos na propaganda:

UTILIZE e abuse do Mate Leão.

Veja, ilustre passageiro,
O belo tipo faceiro
Que o senhor tem a seu lado.
Mas, no entanto, acredite:
Quase FALECEU de bronquite,
Salvou-o Rhum Creosotado!

Você se lembra da minha voz? SEGUE a mesma.
Mas os meus cabelos, quanta diferença!

sábado, 22 de março de 2014

Fala, Biblioteca!

O amigo fez piada com a seguinte manchete do Extra:

"Biblioteca pública do estado reabre e promete virar espaço de lazer e cultura (...)”.

Diz ele, com razão:

"Isso é que é furo. O repórter entrevistou o estabelecimento. Toda vez que passar por lá, vou cobrar a promessa, viu, Dona Biblioteca? Se vira aí!"

O "primor" de texto ainda traz aquelas coisas típicas de release: um monte de adjetivo e lugar-comum desnecessário, como “no coração do Rio”, “artérias da cidade” etc. etc. Precisava?

sexta-feira, 21 de março de 2014

Primeira e única, mas nem tanto


Percebi que tinha deixado Gente Boba de lado e fui lá.

E não é que encontrei isso?

"A jovem pianista russa (Fulana de Tal), ÚNICA mulher a ganhar o primeiro prêmio no concurso Chopin — além de Beltrana (...)".

Peraí. Eu estou implicante ou "única" mudou de sentido?

É assim que se condena?

Como leio o jornal de trás pra frente, cheguei agora à página 4.

Foi lá que encontrei, no alto, abrindo subtítulo:

"Condenado AO regime aberto, (Fulano) diz que não vai renunciar".

Eu achava que se condenava alguém a determinado tempo em regime aberto, ou semiaberto, o que for.

Bom, aqui o pessoal entende mesmo é do verbo "soltar", né? 

Melhor deixar quieto.

Não basta renomear

Mais uma, desta vez no Globo.

Não bastasse estar confuso, o texto que conta a tragédia (mais uma!) de dois meninos que morreram no Largo da Santinha traz vestígios de mais um modismo: a tal da "unidade".

Pois é, acostumem-se, porque, por aqui, pragas custam a desaparecer.

Livraremo-nos das cadeias e penitenciárias, trocadas por modernas "unidades prisionais"; os hospitais ficarão mais bem aparelhados só por serem chamados de "unidades de saúde" — ou "unidades de atendimento hospitalar"...

E assim vamos.

Vamos para o mesmo buraco em que esconderam a regência, esquecida de vez nas "unidades de ensino".

Há exemplos na matéria, como "não tinha ido PARA AULA (...)".

É o que dá não ir à escola, não assistir às aulas, não cultivar o hábito da leitura etc. etc.

Monstrengos no Bobajal

Essa mania de chamar todo mundo que trabalha e não tem patrão de "empreendedor" está criando mais um modismo (ou monstrengo) no idioma da República Federativa do Bobajal.

Hoje, no "JH", em matéria cujo tema era "o olho do dono é que engorda o gado", uma especialista (em empreendedorismo?) disse várias vezes:

"Ele ia EMPREENDER por falta de opção", "ele vai EMPREENDER porque quer" e assim por diante, sem mais.

Antigamente, empreendia-se alguma coisa: uma viagem, uma tarefa difícil e até uma pesquisa — como a que gerou a reportagem enche-linguiça, feita com pouco mais de mil empreendedores.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Ensino superior 'profundo'

Esta chegou agorinha por e-mail e — pasmem! — foi encontrada no site de uma instituição de ensino.

Vejam o "primor":

"Podcast Unesp - 19/03/2014

[PodAcqua] Embora estratégico, Aquífero Guarani está HÁ mais de mil metros de profundidade em certas regiões.


Todo o conteúdo do Podcast Unesp é gratuito e pode ser reproduzido, desde que com os devidos créditos.
"

Neste caso, acho bom mesmo dar nome aos bois.

Como diz meu amigo, "quando uma universidade escreve assim, confundindo preposição com verbo, não há quem segure o processo de descambamento pro beleléu".

terça-feira, 18 de março de 2014

Não torturem o Português!

Hoje, o atento amigo mandou outra.

Já tinha até rendido nota aqui a invencionice do "Parabéns A você" — pessoal, é "parabéns pra você", tá? Eu, pelo menos, me recuso a receber parabéns com preposição errada.

Pois na coluna Gente Boba de ontem ele achou coisa pior: tinha um "parabéns à você". Assim mesmo, com CRASE

E a "festa" do Globo não para por aí.

Até colega conceituado na praça está usando "torturas A Fulano"!

Torturas A?!? O que é isso, gente?

Se eu fosse chegada a práticas "sadomasô", também não aceitaria que me torturassem assim.

Namoro além da vida

Outra de ontem, no Globo versão online:

"Estilista que namora Jagger é achada morta".

Como assim?!? A moça morreu, mas continua namorando?

Meu amigo tenta explicar:

"O redator deve ter se confundido com os tempos passado e presente. Pegou o 'é achada' e, em vez de 'namorava', manteve o 'namora'."

É o que dá escrever sem pensar e publicar sem reler.

Ah, a falta que faz um copidesque ou revisor!

Integrante ampliado

Um dia sem vir aqui e já tenho um festival de colaborações para publicar.

Ontem, além do alerta de uma amiga, que flagrou no Globo a novidade de chamarem cadeia ou penitenciária de "unidade prisional" (?!), recebi o e-mail de um amigo com bobagens do mesmo jornal.

Vamos à da quinta-feira, dia 13, uma manchete do alto da página 4:

"PT quer ampliar integrantes de comissão que investigará Petrobras".

Pergunta pertinente:

"Pra que tamanho será que o PT quer esses integrantes?"

Eu diria que, com o índice de obesidade nas alturas por aqui, deve ser GG.

domingo, 16 de março de 2014

Escorregão no Esporte

Vou lançar uma campanha de utilidade pública, intitulada "Crase: na dúvida, não use".

Pode ser que eu me engane, mas acho que uma crase errada chama muito mais atenção que a ausência da dita cuja.

Veja o início desse subtítulo na editoria de Esportes do Globo:

"De vilão à vítima, goleiro carregou (...)".

Agora, inverta. Você diria "De vítima AO vilão"? Pois é...

Uma semana pra pensar matérias

Só pode ser preguiça de reler — afinal, a revista que sai aos domingos, no Globo, tem uma semana pra ser feita, né?

O que mais justificaria o subtítulo "Como 22 pequenas empresas SE JUNTARAM (...) para, JUNTAS, pensarem em projetos para a cidade"?

Por que não "se uniram", ou "se reuniram", por exemplo?
(e o "EM" também podia ir embora, para benefício da frase.)

sábado, 15 de março de 2014

Um buraco democrático?

Mais uma da série "No Português, a ordem dos fatores altera o produto".

Só hoje atentei para uma nota de ontem da coluna do Ancelmo, que diz:

"A palestra usa o santo nome em vão da democracia". (sic)

Pelo visto, o redator não teve aulas de catecismo, ou saberia que a frase correta é "não usar o santo nome de alguma coisa ou de alguém — deus, no caso — em vão".

O "vão da democracia" é mais embaixo.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Não magoe o idioma, por favor

Tem razão o amigo que rebatizou aquela coluna diária que ocupa uma página inteira do Segundo Caderno.

Só mesmo Gente Boba pra ressuscitar, como coisa séria, um bordão humorístico que, se não me engano, era usada pelo Tom Cavalcante no velho "Sai de baixo".

E tome de "Fulano magoou com isso", "Beltrana magoou com aquilo", no lugar do correto "ficou magoada(o)"!

Melhor nem mencionar a mistura dos tempos passado e presente, uma constante na nota principal.

Ah, o jornalismo da República Federativa do Bobajal. Mais magoado que ele, impossível.

Porcentagem, plural e singular

Outro amigo, aquele sempre atento, mandou e-mail ontem, comentando outra praga: o mau uso do plural e do singular quando se fala em porcentagem.

Diz ele:

"O partitivo, como ensinava há muitos anos o professor Napoleão Mendes de Almeida — que era um latinista, não um bobalhão —, é quem comanda o verbo. O Sergio Nogueira criou uma contradição no Globo ao tomar como partitivo o percentual."

Exemplos da besteira:

1) comum no jornal: "(...) 50% da população FORAM (...)" — se o partitivo (aquilo que se reparte) é "população", o correto é o singular "foi";

2) da revista Época: "Segundo o (site X), 61,4% das reclamações FOI RESPONDIDA pela (empresa Y)" — o partitivo é "reclamações", portanto o certo é o plural "foram respondidas".

Quando dói apenas nos olhos, talvez seja difícil perceber.

Experimente em voz alta: quando dói nos ouvidos, logo se nota.

Onde e como usar

Na nota das pragas que têm atacado nossa língua, um amigo falou do bendito "aonde", que pouca gente sabe onde pôr.

O exemplo que ele deu foi: "Aonde você está?"

É um dos erros mais comuns. O correto é "onde você está?".

Já quando se quer saber o destino para o qual a pessoa se dirige, diz-se: "Aonde (para onde) você vai?"

Ontem tinha falha do gênero no texto do Globo a respeito da vinda de Hugh Laurie ao Rio. E outra que chamava ainda mais atenção:

"É esta (persona), por sinal, COM A QUAL ele desembarca no Brasil (...)".

Nananinanão! Chega de inventar moda!

É simples: "É com esta que ele desembarca". A "versão mais rebuscada" cabe em frases como: "traz o piano, com o qual tocará blues"; ou "nessas viagens, não leva a mulher, com a qual tem três filhos".

Deu pra entender a diferença?

quinta-feira, 13 de março de 2014

O idioma 'adaptado' na Aleph

Estava lendo "Realidades adaptadas", em que a citada editora reuniu alguns contos de Philip K. Dick que foram parar nas telas, quando tropecei num "TÁXISTA", assim mesmo, com acento no "A".

Achei que tinha sido um cochilo da revisão, mas logo topei com outro — e fui buscar o original, em Inglês, imaginando que podia se tratar de uma tentativa canhestra de traduzir algum neologismo do autor, espécie de Guimarães Rosa da ficção científica.

Pois encontrei apenas o prosaico "cab driver" — e voltei para o livro, só para achar outro, mais outro... enfim, um festival de "táxistas"!

A Aleph não chega a ser uma assassina de texto como a editora Planeta, que trucidou "O vendedor de armas", do Hugh Laurie, mas precisa tomar cuidado pra não descer ao nível da "concorrente".

terça-feira, 11 de março de 2014

Site 'especializado' em Português


O site, acreditem, chama-se Brasil Escola.

Pois foi lá que o meu atento amigo encontrou, de cara, dois erros crassos.

"O Plural dos substantivos compostos" é o título do "primoroso" texto, que já começa assim:

"Conheça SOBRE a grafia correta e as características que lhes são peculiares." (olha o "sobre" aí de novo no lugar errado, gente!)

E continua:

"Ao falarmos sobre substantivos, recordamos QUE ESTES CONCEITUAM-SE como tudo aquilo que dá nome às ENTIDADES de forma geral: lugares, pessoas, animais, coisas, entre OUTROS."

Aqui é um verdadeiro festival: o pronome está fora do lugar (o "que" atrai o "se" — quem se lembra dessa aula?), transformaram tudo em "entidade", que virou palavra masculina...

Gente, que Brasil Escola é esse?!? Vergonha, viu?

segunda-feira, 10 de março de 2014

Sobre a República do Bobajal

Algumas pragas têm atacado sem pena nossa língua.

A da "conta", que está matando a "causa", já rendeu várias notas aqui.

Porém, fazia tempo que o mau uso do "sobre" andava esquecido (neste blog, bem entendido; não pelos colegas de plantão, infelizmente).

O verbete da preposição é gigantesco, mas eu garanto que não existe nele qualquer sentido que justifique horrores como "comentar sobre", "discutir sobre" e outros.

Vejam esse "primor" encontrado num release da Fundação Florestal de São Paulo:

"(...) onde é possível conhecer sobre os ecossistemas e suas espécies, entrar em contato com a natureza (...)".

Alguém consegue se deitar sobre o lençol, pôr a cabeça sobre o travesseiro e uma coberta sobre o corpo e dormir tranquilo depois de escrever um trem desses?

Por favor, discutam qualquer tema, comentem assuntos variados, conheçam muitos lugares e deixem o "sobre" em paz.

domingo, 9 de março de 2014

O poder da poda

Decidi rever "Crimes e Pecados" ("Crimes and Misdemeanors"), que tinha gravado no canal MGM.

Nem estava muito ligada nas legendas, até que meu olho foi atingido pela seguinte frase:

"Espero que nós PODAMOS ser sempre amigos." (o destaque é meu.)

Com a atenção devidamente podada, refleti um segundo, esqueci o correto "possamos" e vi algum sentido no disparate.

Afinal, a fala era do personagem da Mia Farrow para o de Woody Allen.

Os disparates da 'doutora'

Madame Natasha é ídolo deste blog.
Vejam a nota de hoje com seu nome na coluna do Elio Gaspari.
Merece ser lida.

Um clique antes de escrever besteira

A coluna Gente Boba (como chama um amigo) desta vez cochilou não no Português, mas na pesquisa.

Dedicou uma nota à série "Masters of Sex", dizendo que ela "virou livro, que a (editora tal) lança este mês"... E por aí vai, dando detalhes da história e do autor, Thomas Maier.

Se os repórteres desconheciam a informação de que o seriado foi criado a partir da biografia, há anos disponível no mercado, custava dar uma olhadinha no Google para conferir?

sábado, 8 de março de 2014

De 'Límpia' para o mundo

De uns tempos pra cá, inventaram de chamar os Jogos Paraolímpicos de "PARALIMPÍADAS" (acabo de ouvir no Globo Esporte).

Só que o prefixo correto é "para" (ou "par(a)") e a palavra que designa as competições vem de "olympìas,àdis 'espaço de quatro anos; olimpíada', der. do gr. olumpiás,ádos".

Alguém sabe o que são "LIMPÍADA" e "LÍMPICOS"? Não encontro explicação pra isso nem com a ajuda dos deuses do Olimpo.

quinta-feira, 6 de março de 2014

E o Now criou 'Massachus'...


Quando é que a Net vai corrigir (ou tirar do ar) a insistente chamada de um filme do Now em que seu garoto-propaganda diz que o protagonista de história é de "Massachus"?

Alguém já ouviu falar desse lugar?

Ou já ouviu essa estranha pronúncia para Massachusetts?

Um 'suposto bandido'

Meu atento amigo não aguenta mais ver tantos assassinos do idioma soltos por aí.

Hoje mesmo, lendo o Estadão de sábado, pegou um na matéria do assalto à casa de uma modelo, em Goiânia.

Diz lá:

"Três bandidos participaram do crime, utilizando um veículo Parati de cor preta que ficou parado na porta com um dos suspeitos ao volante."
 
Indignado, e com razão, ele comenta:
 
"Ora, se eram três bandidos e dois entraram na casa para cometer o crime, por que o cúmplice que os aguardou na porta virou 'suspeito'? Afinal, suspeito de quê?"
 
Meu amigo acha que a barafunda é produto da praga do politicamente correto.
 
Como é preciso usar "suposto" assassino até prova em contrário, resolveram chamar de "suspeitos" bandidos que não foram presos.
 
Informo aos caros colegas que, primeiro, há que se identificar alguém para, depois, transformá-lo em suspeito de algum crime.
 
PS: "utilizando um veículo Parati" também é dose!

Língua deteriorada

A apresentadora do "Hoje" enrolou a língua, mas conseguiu dizer "DETERIORIZAÇÃO"!

Só que o trambolho não existe no idioma da República Federativa do Bobajal.

A palavra correta é "deterioração", OK, pessoal?

Menor e bem mais simples de falar sem tropeços, na televisão e na vida.