terça-feira, 31 de agosto de 2021

E eu nem ganho nada com isso...


 As amigas estão animadas.

Mal postei a segunda nota do dia (tripla, ainda por cima) e já chegou novidade — em termos, porque é do Globo e é regência estropiada.

Até colega experiente está "passando recibo".

A expressão "ameaçou-o de pancada" a gente conhece, mas essa preposição aí no título ficou muito esquisita. 

Estamos exigentes demais ou dava pra fazer uma frase melhorzinha?

Algo como "Fulano ameaçou suspender negócios com o governo se os bancos privados assinassem manifesto", sei lá.

E no 'Globo' de ontem...


Desde ontem me aguardavam aqui algumas pérolas pescadas pela assídua colaboradora naquele que já foi "o maior jornal do país" e em que ambas trabalhamos.

Ela começou estranhando esse "no apagar da guerra". É, no mínimo, de um tremendo mau gosto.

Usamos, por exemplo, "no apagar das luzes da ditadura" — ainda que alguns imbecis ameacem reacendê-las. Mas não se apaga uma guerra, não é?

As outras são mais do mesmo — ainda que com algum ineditismo nas declarações da "alta cópula" do governo, como brincávamos de chamar na redação.

Mas é só um neologismo no meio da falta de educação habitual.

Acho que jamais nos acostumaremos às regências estropiadas de sempre e à reinante estupidez. 

Ainda esperamos CHEGAR A um estágio mais evoluído de civilização.

Já vem com comentário

 A chamada que parece piada surgiu num papo virtual entre amigas(os) e ex-colegas do Globo.

Salvei praticamente completa, com a pergunta que eu também faria e algumas das figurinhas que resumem o espanto de todos(as) no grupo.

Preciso dizer mais?

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Soterrados pelas lentes


 As bobagens do Globo não cessam.

Não basta insistirem no absurdo "sob risco" (a língua está EM RISCO!), agora o atento amigo achou mais uma novidade: tascaram modelos "sob as lentes" dos fotógrafos. Uau!

Estou preocupada, porque pretendo ir pra cama agora.

Será que vou ter pesadelo com um mar de lentes e meninos soterrados? 

'Ter' e 'estar' não são o mesmo


 Crianças do Globo, assim a "tia" fica triste.

O atento amigo descobriu que os pequenos jornalistas já não sabem a diferença entre os verbos TER e ESTAR, entre TIVESSE e ESTIVESSE.

Isso é do tempo do "vovô viu a uva", é primário, é beabá.

Não há quem aguente ler um jornal mal escrito assim.

sábado, 28 de agosto de 2021

'O Globo' não aprende


 Não sei se merecem o título de "Pior da semana", mas as coisas que a assídua colaboradora já encontrou no Globo de hoje podem figurar na lista de concorrentes.

De cara, ela ficou impressionadíssima com a constatação de que "as ocorrências ocorrem". Não é sensacional?

E tem colega velho de guerra que não aprendeu regência e não sabe que a gente SE COMPROMETE A  fazer isso ou aquilo.

O verbo tem outros sentidos, mas nenhum pede a preposição "de".

PS importante: ia saindo do computador quando li com mais atenção o manchetaço. "O BC criou limite com aumento de crimes"?!? É isso mesmo?

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Toda sexta é isso


 Gostaria de entender o título da newsletter que recebo do Globo às sextas-feiras.

Só tem notícia ruim e o diretor de redação assina a coisa como o "Melhor da semana".

Se a crise energética é o "melhor", imagina o que é o "pior"!?

Consigo pensar em algumas sugestões mais adequadas: "Destaques da semana", "A semana no Globo", "Resumo da semana"... 

Qualquer coisa é MELHOR do que o absurdo atual.

E no Jardim Pequeno Publicitário...


 

Estão pensando que o tatibitate é "privilégio" do Novíssimo Jornalismo? Vã ilusão. 

Não há mais vagas na Escolinha de Publicidade e Marketing, de onde certamente saiu o autor dessa pérola, pescada com carinho pela assídua colaboradora. 

Será que todo mundo tem "pernas respiráveis" e nós é que fomos privadas de informação tão importante nas aulas de Ciências?

E o que será "frete secreta"? Eu adoro frete grátis, mas desconheço essa modalidade.

Voltando à criançada da propaganda, desculpe se não dou tanta atenção ao pessoal da Comunicação que não é da minha área específica. 

Coisa de editor infante


 No Novíssimo Jornalismo, as coisas são assim: acontecem antes, durante ou após 

Já ia dizer que nada mais ocorre EM UM (...), mas o repórter do Globo escreveu direitinho no texto, enviado pela assídua colaboradora.

Ou seja, quem mal saiu do Jardim de Infância Pequeno Jornalista foi o(a) editor(a) responsável pelo título infeliz.

Ou alguém aí acredita que " a chefia" foi ao IML para confirmar a hora e a causa da morte?

De horror em horror...


 A notícia da rádio curitibana, enviada por um leitor, é um circo de horrores.

O título dá a impressão de que o cão foi baleado. 

O subtítulo diz outra coisa e ainda inclui "por conta" e "briga por fezes". Uau!

O preço das fezes estava muito alto? A conta não fechava? Qual foi a CAUSA dessa história escabrosa e mal escrita, alguém sabe explicar?

O melhor remédio


 A graça involuntária do Globo garantiu meu bom humor na madrugada.

O atento amigo enviou pra mim com a pergunta:

"Subiram o Cristo pra onde, gente? Ele já está a 700 metros."

"Após rir", botei aqui.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Jornalismo capenga. Será 'limp'?


 O atento amigo não aguenta mais tanto trava e destrava — e tem ainda menos paciência para o festival de regência ensandecida do Globo

Eu também já estou num nível de exaustão que nem um pote cheio de café resolve.

Chego até a duvidar de mim: estarei exagerando ao achar que não faz o menor sentido "trazer repercussão entre nós"?

Mas não duvido do Volp, que não registra o ridículo "paralímpico".

Pessoal da Folha e da mídia em geral, o certo é PARAOLÍMPICO, PARAOLIMPÍADA etc. Sempre com o "O".

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Que mania de 'possuir'!


 Mais uma pérola pescada pelo amigo no Facebook.

Qual é o problema dos colegas com o verbo TER? "Possuir" nem sempre é a mesma coisa, ainda não perceberam? 

Além de repetir a bobagem mais de uma vez, o texto está todo mal escrito, como dá para notar no trecho selecionado.

Informo que eu NÃO POSSUO dificuldade alguma, mas TENHO várias. A de parar de fumar eu resolvi há algum tempo.

E a língua? Para onde irá?


  

As duas gracinhas são do Globo de ontem e foram encontradas pela assídua colaboradora.

O título acima nos deixou em dúvida. 

A vacina será convidada a ir a bares e eventos?

Ou, como imaginamos, o comprovante de vacinação será exigido das pessoas em locais públicos?

Na segunda, "as descobertas foram encontradas" — um espanto! — em matéria sobre os avanços na radioterapia.

Como diz a amiga, a medicina avança e a língua "desavança".

domingo, 22 de agosto de 2021

Vocês aí estão 'nos usos'?


 O amigo e fiel leitor viu o disparate e me marcou na postagem.

Definitivamente, com essa a Folha merece o "Troféu Enterprise de Plural Pluralizado", indo onde nenhum jornal jamais esteve.

E nós aqui, tolinhos, acreditando que estar em PLENO USO das nossas faculdades mentais era algo singular. Pelo visto, acharam "novos usos" para elas. Ai, ai, ai, ai, ai.

Como faz pra comprar?


A outra pérola do dia foi pescada pela colega que é da área de Marketing e Estatística.

Não basta transformar a pobre "criança das palavras difíceis" em celebridade da vez e exibi-la como foca amestrada.

Em torno da menina, pelo visto, criou-se um "mercado de tempo", em que a pessoa compra a idade que quiser.

Se não é isso, como alguém pode "possuir 2 anos"?

Em tempo: se alguém se interessar, tenho muitos pra vender.

Vai voltar a modinha do erro?


 

Pensaram que a expressão erradíssima "estar sob risco" tinha sido morta e bem enterrada?

Pois o Segundo Caderno ressuscitou a safada, como constatou a assídua colaboradora.

Por favor, gente. A cultura CORRE RISCO ou ESTÁ EM RISCO.

Aprendam de uma vez por todas, porque jornalista tem que saber escrever.

sábado, 21 de agosto de 2021

Febeapá no 'Globo'


 

A assídua colaboradora tem uma paciência invejável e colheu todas essas coisas aí no fértil jardim de besteiras do Globo.

No jornal em que ambas trabalhamos, "declarações são ditas", não é sensacional?

O "após" não dá trégua — muito menos as regências estropiadas.

A OFENSIVA é CONTRA ou é SOBRE, crianças.

Exemplos: "Em sua OFENSIVA CONTRA o povo brasileiro (...)", "A OFENSIVA do governo SOBRE o bom senso (...)". Entenderam?

Enquanto nós tentamos descobrir o que significa "após SP" num título todo troncho, divirtam-se procurando nas páginas "a maioria dos herdeiros assumem", concordância que os editores de lá acham normalíssima.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

É de pequenino que se...


 É por essas e outras que o atento amigo e eu não temos muita esperança de ler bons textos na tal da mídia.

Vejam o que ele achou no Facebook, numa página "dedicada à divulgação das produções, cursos e palestras produzidas no âmbito do Grupo de Estudos Currículo em Movimento na Educação Infantil do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro - CEIMOV/CAp-UFRJ". (sic)

Eles não CONTINUAM. "Seguem" para o buraco profundo que se abriu no ensino do Português.

ATENTAM contra o idioma pátrio e deseducam criancinhas.

O que faz esse 'S' aí?

A "brincadeira" começou com o festival de "mais", enviado ontem pelo colega friburguense.

Como a coluna estava incomodando muito, deixei pra hoje e fui ao Google, para tentar descobrir a origem da coisa.

A palavra "Campinas" me levou ao G1 e aos inúmeros "comércios" da cidade.

Está no título, está na legenda, está no texto.

Ou seja,  a praga do "plural pluralizado" se instalou na imprensa.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Vocês me tiram 'os sonos'


 Colegas do meu coração, o que está acontecendo? Por que a atual dificuldade com o básico dos básicos: singular e plural?

Ontem foram "os acidentes de trânsitos" (ui!).

Hoje são "os comércios". Socorro!

Que "comércios", gente? O COMÉRCIO volta a funcionar e AS LOJAS reabrem.

Quem viu foi uma amiga e ex-colega do Globo que também detesta essa vírgula antes de "e" — afinal, não falamos Inglês e raramente precisamos da chamada vírgula de Oxford.

Uma curiosidade: os novos jornalistas conhecem a Secex? Sabem o significado da sigla?

É Secretaria de Comércio Exterior, não de "comércios exteriores", perceberam?

terça-feira, 17 de agosto de 2021

O disparate é incontrolável


 Quando o atento amigo e eu pensamos já ter visto todos os horrores do "plural pluralizado", eis que ele ataca outra vez.

Caramba! Quantos "trânsitos" cabem num acidente?

Quantos "trânsitos" tem uma cidade?

domingo, 15 de agosto de 2021

Incrível superação


Os colegas se superam.

Vejam essa que o veterano colega — e amigo — encontrou no G1.

"A morte pode ter ocorrido antes do assassinato", galera?!?

Estou às gargalhadas aqui.

E ainda me lembrei dos bombeiros vividos por Jô Soares e Eliezer Motta no humorístico "Viva o Gordo". 

Não fora, Jefferson? (clique para ver)

É para agradar ou irritar?


 

Acabo de descobrir que a Editora Seguinte é "o segmento jovem da Companhia das Letras".

Nem por isso a tradução de seus livros precisa ser tatibitate, certo?

O atento amigo está na página 78 da biografia da Michelle Obama e reclama, com razão:

"Já encontrei quatro 'era meio que (...)'."

Tem que escrever desse jeitinho para conquistar novos leitores? Jura?

Lamentável figurinha fácil


 Essa regência estropiada já apareceu tanto por aqui que o atento amigo e eu não aguentamos mais.

Mas quando o Inglês "to search for" invade o manchetaço da primeira página do jornal, não dá para ignorar.

PROCUREM UM dicionário, colegas, PROCUREM O que for preciso para não repetir o erro.

PROCUREM LER MAIS. PROCUREM SE INFORMAR.

Podem PROCURAR por aí, mas não "por" alguém, combinado?

Acorda, Ancelmo!



O ridículo "plural pluralizado", como ironizou o atento amigo, ultrapassou o suportável nessa nota da coluna do Ancelmo.

"As reaberturas dos espaços", gente?!

Recomendamos comedimento no uso dos "SSSS".

A REABERTURA dos restaurantes pode parecer pouco para os exagerados de plantão, mas excesso de plural prejudica a saúde do Português. 

sábado, 14 de agosto de 2021

É muito descaso junto


 A série "Lá vem o Brasil descendo a ladeira" não tem fim, parece novela estadunidense, dura anos.

Se não há redator, revisor ou editor para as reportagens, imaginem como fica a seção de Cartas dos Leitores do Globo.

O atento amigo pegou lá esse "ciclo de amizades" e imaginou logo amizades fugazes, que vão e vêm como ondas.

A gente sabe que funciona para políticos.

Nós preferimos manter nosso CÍRCULO de amigos redondinho mesmo.

É de pequenino que se torce...


 A colunista da Folha certamente não cresceu numa casa em que se aprendia o Português antes de chegar à idade escolar — caso da assídua colaboradora e meu.

Desde cedo, nossos pais nos ensinaram, por exemplo, que "VIELA" é uma rua estreita. Não se diz "eu vi ela".

Quanto à "fazela", não sabemos o que é. Sugestões?

É muita realização infeliz

 


O colega de Minas madrugou e me mandou essa coisa do Globo bem cedinho.

Eu acordo tarde e ainda não estou entendendo como é essa história de "realizar ameaças" ao STF ou a quem quer que seja.

A pessoa FAZ UMA AMEAÇA, vai lá, cumpre o prometido e assim "realiza a dita cuja"? 

Como é que é isso, gente? Ajuda aí.

Eu ainda não me recuperei da "realização de disparos".

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Negociem com a ABL


 

Colegas da publicidade também são mestres em inventar gracinha mal traduzida do Inglês.

Agora, voltaram a usar a tal da "crocância", que, assim como a priminha "refrescância", não existe na Língua Portuguesa.

Usem o Volp, pelo amor de Machado de Assis — ou negociem a dicionarização dos vocábulos com quem hoje ocupa as cadeiras da Academia fundada pelo escritor em 1897.

Deu nó nos neurônios?


 Jovens jornalistas do Globo, a assídua colaboradora e eu entendemos que vocês não devem ter prestado atenção às aulas de Português e que AGRADECER é um verbo especialmente "complicado", por ter regência múltipla.

Assim, para facilitar, botei logo na imagem um exemplo bem simples para vocês lembrarem quando é necessário pôr a preposição e quando não precisa.

Espero ter ajudado. Podem agradecer O favor A ela e A mim.

Como abrem obituário assim?

 A leitora da área de Estatística, amante da nossa língua como eu, ficou chocada com a abertura da matéria da morte de Tarcísio Meira no Extra.

Dou razão a ela, é uma vergonha.

"Antes de morrer por complicações da Covid-19 (...)", colegas? 

E ainda com regência estropiada? 

Nessa acepção, a gente MORRE DE alguma coisa.

O idioma vai MORRER DE desconhecimento e falta de interesse.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Aproveitando o ensejo


 Na quarentena, passei a fazer muito mais compras pela internet.

Raramente compro em lojas de cosméticos, não por que elas me oferecem ridículos "makes" em vez de MAQUIAGEM. Simplesmente não uso os produtos — seja em Inglês capenga (makeup é o correto) ou em Português — para me exibir pro espelho em casa.

Roupa também não é o forte — especialmente com aquela chamada das peças "que não tiro o olho". Pensarei no assunto quando aparecerem umas DAS QUAIS ou DE QUE eu não tiro o olho.

Já para os supermercados eu apelo com frequência — e agora eles começaram a falar Inglês mal traduzido também.

O Pão de Açúcar me pede para "salvar a data". Save the date, pessoal? Desde quando a gente fala assim?

E o Zona Sul oferece horários AM e PM, para confundir a cabeça do consumidor.

Ô do marketing, acorda e pensa no seu público-alvo, vai.

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

As mal traçadas linhas


Redação, composição... Alguém ainda se lembra dessas palavras?

A assídua colaboradora e eu praticávamos na escola e CONTINUAMOS praticando vida afora, porque somos jornalistas.

Por termos escolhido a profissão, ficamos tristes ao ver o Português tão maltratado, mal falado e mal escrito em todas as mídias.

Vejam esse título e dois trechos da reportagem: só nós achamos ruins?

Custava arrumar melhor os elementos nas frases e explicar o que é "estar de preceito"?

Todo mundo aí sabe o que é o Shabat? Conhece a importância da Caaba? Já ouviu falar do "Index" e procurou o "Imprimatur" para ver se está lendo a Bíblia adequada? Pois é.

Não subestimem o leitor, mas também não pressuponham que ele sabe tudo.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

De horror em horror...


 Colegas do Globo, vejam a frase "esquizofrênica" que vocês criaram.

Quem enviou foi a assídua colaboradora, que estranhou a contradição.

Os caras "não vão bater e não vão evitar"?!?

Perceberam que é isso que está dito aí?

A amiga e eu achamos que a intenção era escrever "não vão bater para evitar um agravamento (...)", certo? Ou estamos enganadas?

Na imagem, fiz também uma listinha de assuntos que o atento amigo e eu comentamos hoje.

Começou com a besteira que já pipoca na CNN, o tal do "tratar sobre"; foi para o "grande detalhe", que ele escuta todo dia num desses programas policialescos da TV...

Esqueci de incluir o horror "pedir para que isso ou aquilo". PEÇO desculpas.

Concurso 'Quem Faz Pior?'



Acho que a Folha decidiu concorrer com o Globo no festival de regência estropiada.


Vejam o horror que o amigo encontrou lá.

"Incêndio à", crianças?

De onde vocês tiraram isso?

Nem vou comentar a adjetivação "corintiano", o tipo de coisa não recomendada em dez entre dez manuais de redação.

Santa ignorância, Batman!


 O atento amigo andou sumido, mas voltou em grande estilo, com esse destaque do Globo de domingo e o comentário sardônico:

"Pra botar uma regência errada num título tão grande é preciso coragem. Ou absoluto desconhecimento da nossa língua."

Fico com a segunda opção, embora considere inaceitável um editor não saber que a gente GOSTA DE alguma coisa.

Perto dessa ignorância primária, o que dizer do "após" e do "desabafar sobre"?

domingo, 8 de agosto de 2021

Lugar-comum é pouco


 O amigo chamou minha atenção para esse estranho uso do verbo ALÇAR na Folha — e eu fiz até questão de reproduzir o verbete do Houaiss na imagem.

O "conjunto da obra" é muito esquisito, cheio de "poéticas" metáforas inspiradas na Olimpíada, no mínimo.

Por quanto tempo esse encanto com os Jogos perdurará?

Torcida tripla


 Queridos colegas do Globo, mais cuidado com o idioma. Eu torço por ele como torço pela recuperação do casal de atores, que tive o prazer de conhecer.

Não "falem sobre" as coisas, FALEM DAS coisas.

Não exagerem no plural, como nessas "condições de saúde" aí. Quantas "saúdes" a gente tem?

Parem de usar "seguir" como sinônimo de CONTINUAR, porque é ridículo alguém "seguir parado" (ou "internado", "engarrafado", a inação que for).

Seguir sugere movimento — e vocês CONTINUAM ESTACIONADOS na mania de reproduzir a fala dos entrevistados sem fazer o copidesque.

Andem pra frente, por favor, e deixem pelo caminho as modinhas horrorosas — como essa de usar "procedimento" pra tudo que um médico pode fazer, de retirada de pinta a transplante de órgão vital.

A língua agradece. A assídua colaboradora e eu, também.

Apologia da leitura é melhor


Crianças do Globo, assim vocês me tiram o sono.

Já estava a caminho da cama quando vi a mensagem do amigo com a "apologia ao erro", encontrei a regência estropiada repetida mais vezes no jornal e tive que fazer esta nota, ou não consigo dormir.

Esqueçam as(os) políticas(os) genocidas, é só um instantinho, e pensem na nossa massacrada língua.

Agora, façam APOLOGIA DO bom Português e DO texto bem escrito e tenham bons sonhos.

O "sobre" e o "por meio de" ficam pra outra ocasião.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Cresce a imprensa humorística



 Alguém sabe me dizer se o Último Segundo, do iG, virou concorrente do Sensacionalista?

Vejam essa que o leitor paraibano me enviou agorinha.

Os Novíssimos Jornalistas podem dar um tempo, por favor?

Desse jeito eu hoje não saio mais do computador.

Várias em uma só


 Decidi reunir algumas pérolas num único "colar", ou hoje eu não faço mais nada. É muita besteira junta, gente.

A querida amiga não é muito de ler notícia do Esporte, mas hoje viu essa historinha aí e estranhou o título estrambótico.

Mas tinha mais, muito mais.

Lá pras tantas, O Globo informa que o rapaz "está 100% dedicado para dentro das quatro linhas". Hein?!? "Cuma"?!?

Enquanto eu descanso um pouquinho do festival de bobagem, prestem atenção: estão promovendo uma ressurreição do uso inadequado do "EX".

Há poucos dias, morreu  o cientista político Francisco Weffort e o jornal o chamou de "ex-ministro da Cultura do governo (...)".

Hoje, dizem que Thales Bretas é "ex-marido" de Paulo Gustavo.

Colegas do meu coração, o médico NÃO SE SEPAROU do ator — ele ficou VIÚVO, o que é muito diferente.

E o Weffort FOI MINISTRO no governo do FHC. Não cabe "ex".

Febeapá recheado


 Hoje a República Federativa do Bobajal está animada — e me fez lembrar do Febeapá do Stanislaw.

Vejam mais essa gracinha encontrada no Globo pela assídua colaboradora.

"Chamando a irem", colegas? O que é isso?

Quanto à "linha tênue" entre "festejar" e "comemorar", vocês decidem.

Isso é que é 'fazer a egípcia'


 Descobri um novo significado para a gíria (já velhusca) "fazer a egípcia".

Cabe perfeitamente no "Estilo Esfinge", ora praticado pelos colegas de Norte a Sul do país.

Vejam o primor de enigma enviado pelo leitor paraibano.

"Decifra-me ou te devoro", diz ela. 

Vá em frente, digo eu.

Não empola que piora


 Crianças, isso não se faz com a Língua Portuguesa. Ela não merece.

A assídua colaboradora foi sucinta ao enviar o horror do Globo:

"Tiros efetuados?!"

Pois é.

Os tiros foram "levados a efeito", "realizados", "efetivados", "cumpridos", somados" e "subtraídos"? E "resultaram em" quê? Podem me explicar? 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

'A partir de', colegas?


 A pérola pescada no Globo pela querida amiga me aguardava desde cedo, mas a Light só agora terminou um serviço na minha rua.

Será que o enterro ainda está acontecendo?

De acordo com o jornal, começava à uma da tarde, sem hora para acabar.