sábado, 30 de agosto de 2014

Ataque à regência

O ensino do Português, pelo visto, não inclui mais a bendita regência.

Lendo hoje um restinho do Globo de ontem, encontrei — em titulaços — coisas como "Wikipedia é alterada para atacar Alckmin SOBRE água", "Dilma adverte PARA incerteza (...)" etc. etc.

"Advertir PARA algo" eu desconhecia.

Já os "ataques sobre a água" eu vejo com certa frequência, especialmente em filmes de guerra.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Valei-me, Guimarães Rosa!

Ontem, a caminho da fisioterapia, comprei uma pomada, porque minha "RPGista" não gosta de trabalhar com gel, que era o que eu tinha em casa.

Agora, fui ler o que está escrito no tubinho e encontrei a seguinte descrição:

"O Creme de Arnica (Tal) possui textura suave, de fácil ESPALHABILIDADE (...)".

Hã?!

Eu já sabia que pessoas e coisas não têm mais nada, só POSSUEM, porque o povo deve achar mais chique.

Mas chegar a esse grau de invencionice é dose!

Vou guardar a espalhabilidade na gaveta de "americanismos estapafúrdios", juntamente com a refrescância e a crocância. Que tal?

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O Rio, o Recife, a Bahia...

A República Federativa do Bobajal teve produção farta enquanto eu só pensava na FLIM.

Quarta-feira, na coluninha "Por dentro" — que o atento amigo chama de "Meu repórter, meu herói", "porque só serve para babar ovo dos repórteres que apenas cumprem pauta e são transformados em modernos Indiana Jones" —, o Globo caiu na besteira de comentar (e renegar) o uso do artigo com preposição nos topônimos.

Diz o jornal que "não há gramática que trate do assunto" .

Pois há sim — e até em Portugal andam reclamando do sumiço do artigo e culpando os burocratas pela idiotice.

Na infância, meu amigo aprendeu:

"Quando os nomes de cidades e estados têm origem em acidentes geográficos, usa-se o artigo.

Assim, temos no Recife (mas em Salvador); no Amazonas (mas em Santa Catarina); no Rio de Janeiro (mas em Sergipe). A única exceção seria o Espírito Santo, que leva o artigo e não é acidente geográfico — talvez seja um acidente celestial", brinca ele.

Abriu o Twitter e matou a família

Outra que me esperava nos e-mails foi achada no Globo de quinta-feira, em pequena matéria já tolinha no título:

"Twitter removerá imagens de mortos a pedido da família".

No texto, a bobagem fica pior:

"O Twitter anunciou ontem que passará a remover imagens ou vídeos de pessoas que morreram mediante solicitações de parentes (...)".

Meu atento amigo não perdoa:

"Veja só, os parentes (que viraram 'familiares') das pessoas estão pedindo que elas morram. A que ponto chegamos!"

Liçãozinha pra todos


Não é de hoje que o atento amigo comenta:

"Esse negócio de 'boa noite A todos', em vez do tradicional 'pra todos', vai evoluir e alcançar o 'Parabéns pra você'."

Pois estava lá, na coluna Gente Boba de sexta-feira:

"Antes de se apresentar, o instrumentista acriano cantou o 'Parabéns A você' ao lado (...)".

Argh! Estamos involuindo feio!

Em tempo: meu amigo e eu preferimos "acreano".

A língua destroçada


Esta aqui tem cara de ter sido encontrada na editoria vale-tudo do Globo, ridiculamente batizada de "Sociedade".

Segundo meu amigo, numa foto que mostra as ruínas de uma cidade maia descoberta no México, o redator tascou o seguinte: 

"Destroços da cidade onde (...)".

Que exagero, gente! Desse jeito parece que o lugar foi bombardeado ou coisa do gênero.

Busque no Google Imagens "ruínas" e "destroços" pra ver a diferença.

República Federativa do Bobajal

Chegando da magnífica FLIM, começo a pôr a vida em dia e encontro algumas colaborações à minha espera.

Esta é fresquinha. E dou a palavra ao amigo que me enviou a pérola:

"Ah, Solange, tá feia a coisa. Ouvi na CBN ontem um repórter esportivo dizer que o gol do Fred teve a assistência de Fulano. Assistência? Fui me informar. É o tradicional passe. O cara deu o passe pro gol e estão trocando por assistência.

Esse pessoal do esporte, que já introduziu o espanholismo 'seguir' com o sentido de continuar, vai se juntar a outro grupo de 'criativos' do vernáculo (vernáculo?), os 'informatas', que, desconhecendo o Português, vão adaptando palavras inglesas à moda (...)."

Complete a frase com a virulência que achar melhor. Merece!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Cabeças sem mais o que fazer


O amigo postou alguma coisa sobre um "selfie" com a Dilma e eu me lembrei de algo que vem me incomodando há dias.

Por que foi que, de pouquíssimo tempo pra cá, o Globo inventou que de usar o feminino, "UMA SELFIE"?

É pra moda ficar ainda mais ridícula?!?

Sobre inadequação

A campanha do balde de gelo virou "meme" na internet e ganhou destaque no Globo de hoje (página 31).

Só que eu ainda nem comecei a ler a matéria, porque empaquei no subtítulo:

"Iniciativa SOBRE a esclerose lateral amiotrófica ajuda no combate à doença, mas corre risco de perder foco".

A preposição "sobre" tem aplicações as mais variadas, isto não se discute. Mas em seu longuíssimo verbete não consigo achar uma que se encaixe com "iniciativa", que é:

"Ação daquele que é o primeiro a propor e/ou a realizar qualquer coisa ("tomar a iniciativa de fazer algo"); traço de caráter que leva alguém a empreender alguma coisa ou tomar decisões por conta própria; disposição natural; ânimo pronto e enérgico para conceber e executar antes que outros ("uma mulher de iniciativa", "pessoa com espírito de iniciativa", "embora muito jovem, ele já mostrou que tem iniciativa")."

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Em bom Português...

Meu atento amigo não perde uma.

No caderno Boa Chance de ontem, interessou-se pela matéria de capa, cujo tema era uma peça teatral que critica a linguagem corporativa.

Na página 3, encontrou a bobagem: um dos autores do espetáculo diz que é ruim para a empresa o funcionário usar termos que desconhece, principalmente em Inglês.

Segundo ele, isso cria a "rádio-corredor", "mensagem deturpada conforme vai sendo passada".

Assim como o meu amigo, aprendi que rádio-corredor é "fofoca, informação não oficial, intriga."

E, como ele, acho que o entrevistado queria dizer "telefone sem fio" e a consequente "entropia" — que também pode ser provocada pelo desconhecimento de termos do próprio idioma.

domingo, 17 de agosto de 2014

O assassinato de uma palavra

Pra não haver dúvidas sobre a "conta" que me deixa por conta com o jornal: é aquela que, sistematicamente, substitui a causa.

Imaginem um legista pronunciando a "CONTA mortis". Ou estas adaptações de textos colhidos na internet:

"(...) Então se cunhou a chamada Lei da Conta e Efeito, enunciada como: todo evento ou objeto na natureza os quais chamamos de efeitos tem a sua razão de existência em eventos e objetos passados os quais chamamos de contas; todo efeito tem uma conta.(...)"

"(...) é a relação entre um evento A (a conta) e um evento B (o efeito), provido que o segundo evento seja uma consequência do primeiro. (...)"

Este último trecho abre o verbete "Causalidade", na Wikipédia. Ou O Globo está criando a "CONTALIDADE"?

'Realiza' a causa, foca!

O amigo reclama do uso do verbo "realizar" na matéria do Globo que trata da viúva de Eduardo Campos.

Está lá:

"Talvez por ainda não ter REALIZADO a perda tão inesperada (...)".

Isto não é Português", diz ele, "é Inglês pessimamente traduzido. Na verdade, também não é jornalismo."

De fato, o texto é de uma indigência atroz, como sói no jornal, de uns tempos pra cá. E esse emprego do verbo, não recomendável, é conhecido como anglicismo semântico.

O Globo, especialmente aos domingos, tem coisas que parecem escritas por colegiais de filme americano para adolescentes idiotas, traduções de quinta categoria e um festival de CONTA e FOCA que irrita qualquer leitor

Alguém sabe explicar por que os colegas perderam completamente o foco e enterraram de vez a causa?

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

RJ-TV faz novas vítimas

Cara apresentadora do RJ-TV,

por favor, esqueça de uma vez por todas o erro (mortal para o Português) de chamar pessoas que morrem em acidentes, assaltos e outras desgraças de "VÍTIMAS FATAIS".

A pobres vítimas não têm nada a ver com isso! As balas perdidas, os atropelamentos etc. é que são fatais, pois provocaram suas mortes, deu pra entender?

"Vítima fatal" só existe em história de terror, quando o(a) morto(a) volta do além para se vingar e sai matando os outros.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Abuso do jargão

Não via o RJ-TV há algum tempo e já tinha me esquecido daquele chatíssimo jargão policial usado por um dos consultores (ou comentaristas ou o que seja) do telejornal.

Entre outras "novidades", já não engolia essa história de "apreender menores", que passou a ser usada comumente na Globo.

E, agorinha, ouvi coisa pior quando se comentava o triste caso do menino ferido numa escola, durante tiroteio entre policiais e bandidos, e operado no Miguel Couto.

Segundo o especialista, "a bala arrecadada"...

Hã?!? "Bala arrecadada"?!?

Acho que nem em dia de Cosme e Damião a gente usa um trem desse.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Vocativo? Só com vírgula

Parte indispensável do título desta nota, ao que parece, "caiu no elevador", a caminho da oficina do Globo.

Isto pode, Ancelmo?


Samba pra índio

Depois do caderno-jabá de sábado, temos, como disse o amigo, "o jabá dominical, também conhecido como Revista O Globo".

Como desta eu só aproveito umas quatro ou cinco páginas, com raras exceções, não vi o que ele viu — e que o deixou pasmo.

Vejam o que eu perdi:

"Entre um anúncio e outro, publicaram o perfil do Jorge Perlingeiro, que, segundo a matéria, mantém um programa 'há mais de 40 décadas no ar'. Quarenta décadas!!!!!!"

Caramba! Com mais umas dez o Pedro Álvares Cabral podia ter participado do "Samba de primeira".

domingo, 10 de agosto de 2014

Epidemia assustadora na 'Veja'

Foi minha nora quem descobriu: a lógica foi pro espaço na capa da Veja!

É só dar uma olhada na chamada do canto esquerdo, que fala do ebola.

Que a revista é, digamos, um espanto, eu já sabia.

Agora, porém, acho que a "epidemia" de falta de senso no conhecido hebdomadário assusta até os mais tranquilos e otimistas — porque, afinal, na nossa modesta opinião, OS MAIS ALARMISTAS não precisam de muito para entrar em pânico, não é?

Os colegas da Abril pensam o contrário. Fazer o quê?

sábado, 9 de agosto de 2014

Docinho que 'participa da festa'

O caderno-jabá do Globo de sábado já ia pro lixo — pois não tinha nada que me interessasse, como sói —, quando li o título da contracapa:

"Doce jovem e descontraído".

Se a marca em questão vendesse brigadeiros velhos, acho que já teria ido à falência.

Agora o que eu quero saber é como se faz um docinho "sem rigidez muscular, relaxado, sem timidez, desembaraçado e desenvolto".

Olha o pleonasmo aí, gente!

O atento amigo guardou o caderno especial do Globo dedicado a Getúlio Vargas para ler com calma e... claro, encontrou muitos erros e muita tautologia.

Entre os pleonasmos, ressaltou dois:

"Generais do Exército elaboram um manifesto (...)" e "Uma multidão de pessoas vai até o Palácio (...)".

Na primeira frase, como a patente não existe na Aeronáutica e na Marinha, é desnecessário definir a qual das Armas pertencem os graduados militares.

No caso da "multidão", embora a palavra possa designar "grande quantidade de seres (pessoas, animais ou coisas) considerados ou não em conjunto" (vide Houaiss), é difícil imaginar um bando de cachorrinhos, por exemplo, dirigindo-se ao Catete para uma manifestação contra o governo.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Como era gostoso o meu Português

Acho que os colegas andam se alimentando muito mal.

Do contrário, por que andam comendo tantas indispensáveis palavras?

Hoje, no Rio Show, peguei a seguinte frase, abrindo parágrafo:

"Isso que é companheirismo." E ponto final.

No "JH", em matéria sobre Petrópolis, o repórter mostrou alguns itens do Museu Imperial e disse:

"A pena que Princesa Isabel assinou a Lei Áurea."

Isso é que é fome! A refeição com que os jornalistas vão matá-la é outra história.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Exemplo de descuido



Uma grande amiga mandou colaboração que evidencia outro problema sério encontrado frequentemente nos textos dos colegas, em especial os do Globo, de que somos ambas assinantes.

Vejam este trecho de materinha de ontem, assinalado por ela.

Pode não ter erro de Português, mas está mal escrito pra caramba!

Pense antes de publicar

O que significa este gigantesco subtítulo da página 10 do Globo de hoje?

"Para presidente, 'é estarrecedor' achar que alguém de FORA ESTATAL poderia fazer perguntas sobre petróleo e gás".

Se a preposição (da feiíssima frase) "caiu no elevador", é lamentável.

Se foi caso de preguiça mental, é indesculpável.

Repensar e encontrar qualquer coisa melhorzinha pra ocupar um espaço tão grande não requer muito esforço.

A pala e a palha

Um amigo reclamou que tem lido, com certa frequência, a estranha expressão "dar uma PALHINHA".

Como não imagino um repórter pedindo maconha de má qualidade a um entrevistado, acredito que os colegas estejam misturando "pala" com "palha".

Mais atenção, pessoal!

PS: em aniversários de mulheres da minha faixa etária, é bom tomar cuidado pra não fazer confusão parecida e sugerir que se apague a "velhinha".

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Singular ou plural?

Um amigo me pediu para explicar melhor o erro de concordância em "uma DAS PESSOAS que OUVIU".

Aqui não tem jeito: se várias pessoas OUVIRAM, o singular não cabe na frase.

Singular e  plural são ambos aceitáveis no caso de estarmos falando de um conjunto, como "a maioria das pessoas ouviu (ou ouviram)", "um grupo de pessoas ouviu (ou ouviram)".

Mas nestes casos, mesmo que a língua permita, é o contrário (ou seja, o plural) que soa esquisito pra mim.

Como esta frase que fecha o texto-legenda de hoje na coluna do Ancelmo:

"(...) já que as parreiras são elemento paisagístico bastante PRESENTES em Portugal (...)".

Eu acho que este "presente" se refere a "elemento" — e, portanto, devia estar no singular, mas...

Comentários aqui mesmo, "na redação" (se o Blogger deixar...).

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Simples é melhor. Sempre!


Como eu, meu atento amigo não aguenta mais os colegas que se acham eruditos porque fogem do simples — e, consequentemente, do bom Português.

Uma das últimas "paixões" dos repórteres do Globo já lhe encheu as medidas:

"Eles amam o 'espelho d`água', mas não sabem o que significa. Outro dia, numa (boa) matéria sobre esgoto na Lagoa. escreveram que 'a Fundação Rio-Águas REALIZOU' — ninguém faz mais nada, só realiza, já notou? — uma 'vistoria no espelho d`água' da Rodrigo de Freitas e identificou a 'presença de amônia'. Ora, um componente químico altamente diluído não pode ser identificado no espelho d`água, que é a sua superfície. Pode, sim, na lâmina d`água, com o recolhimento de amostras."

O equívoco não acabou aí:

"Mais adiante, o redator disse que a galeria de cintura impede que o esgoto chegue à lâmina d`água. Mais um uso impróprio. Quando atinge a água, o esgoto não fica só na superfície, mas mergulha nela e interage. Portanto, seria melhor dizer que a galeria impede que o esgoto chegue às águas da Lagoa. Mas pra que ser tão simples? Bonito é escrever complicado, usar expressões 'bonitas', mesmo sem conhecê-las."

Eu diria ainda que os caros colegas jamais usam coisa alguma, só UTILIZAM.

Festival de erros na Flip

O mesmo amigo esteve em Paraty e conta sua experiência numa das tendas da Flip:

"Uma jornalista do Globo coordenava um debate e, em cinco minutos, cometeu uns dez erros. Começou com um 'FAZEM oito anos', migrou para 'HÁ muitos anos ATRÁS', passou soberana pelo indefectível adjetivo 'INDEPENDENTE' como se fosse o advérbio 'independentemente' e, quando chegou no 'uma DAS PESSOAS que OUVIU', eu desisti."

Lamentável.

Péssima previsão

Cheguei cansada, depois de encarar um supermercado no inverno de 35º do Rio, e acabei rindo de uma notícia triste.

Tudo por causa do absurdo dito pela repórter durante a narração de um desabamento no Nepal que soterrou 23 pessoas.

Meu amigo ouviu na CBN e me escreveu:

"Depois de dizer que oito corpos foram resgatados, veio o fecho de ouro: 'A expectativa é de que 15 corpos permaneçam soterrados.' Ou seja, estão f... Ninguém vai tirá-los de lá, diante desta expectativa. Deixa apodrecer..."

Por que não pensam antes de sair falando?

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Olha o cacófato aí, gente!


Caros colegas, faço um apelo:

não descuidem do Português, que anda sendo castigado, e fiquem atentos ao som das palavras.

Escrever "CULPA PAI" num titulaço pega mal, muito mal...

Língua mal passada

Tô dizendo que tem mais coisa no Ancelmo?

Uma grande amiga leu na coluna que um personagem fofoqueiro de novela tem uma "língua FELINA" (!!!), na nota "Virou freguês".

Ainda no jornal O Globo, um amigo encontrou as "ABÓBODAS infiltradas" do Túnel Rebouças.

"Felina" o corretor não pega — a palavra existe em outros contextos —, mas essa "variação de abóbora" aí ele deteta, OK?

Alô, Ancelmo!

Hoje está feia a coisa na coluna do Ancelmo.

Na nota "Sobrevivente de massacre", ressuscitaram as "vítimas fatais".

Gente, "fatal" é o mesmo que "letal", ou seja, é o que mata — não o que morre!

Em "Feliz ano velho", "(Fulano) retorna a não ficção (...) com um novo livro".

Experimente a frase no masculino: "retorna ao romance". Então, onde foi parar a crase?

Tem mais, mas o que eu quero saber é que "novidade" é esta de que "as noivas não se casam MAIS APENAS em maio"?!