quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

As 'esquisitas' do Oscar

O que houve com os responsáveis pelas legendas do E!, canal em que há um programa divertido, o “Fashion Police”?
 
Botei pra gravar o especial do Oscar e eis que, toda vez que alguém usa a palavra "exquisite", aparece na tela, em letras amarelas, “exótico”!?!

Sempre achei que a expressão significasse "requintado", "fino" etc. De repente, todas as atrizes que se vestiram bem pra festa (como estas ao lado) viraram “esquisitas”. Eu, hein?

Sem tempo pra tanta bobagem

Dando uma última olhada no Globo de ontem, leio os “filmes de hoje”, pelos quais costumo passar batido, devido aos títulos delirantes que, geralmente, repelem meu olhar.

E não é que o problema de terça-feira não estava no início, e sim no finzinho do texto? Diz lá (a respeito do fracasso de bilheteria que afundou a carreira de Michael Cimino):

Mas, no tempo, a história (... segue-se frase longuíssima) ganhou as graças da crítica.

Eu só queria saber que tempo é esse. Musical, em compasso 3x4, talvez? Ou o colega queria dizer “com o tempo”, significando sua passagem?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Não me mande praquele lugar!

Esta foi boa (ou péssima, dependendo do ponto de vista). Em meio a uma "briga" com o Facebook, pra ver se consigo dar mais visibilidade à minha página (Na Ponta da Língua) dentro do meu perfil, dou de cara com isso:

“Você conhece Solange? Se você conhece Solange, envie-a uma mensagem.”

Juro que me assustei. Peço, encarecidamente, que ninguém me envie pra nenhum lugar desagradável, OK?

Um vestido que é a maior onda

Uma passada no dicionário evitaria o, digamos, exagero do Segundo Caderno do Globo, que, em matéria a respeito do Oscar, chamou o Valentino da eterna noviça voadora Sally Field de "caudaloso". Está lá:

1 que possui intensa corrente ou fluxo (diz-se de rio ou similar); caudal, torrencial 2 fig. em abundância; caudal, copioso, rico ¤ etim 1caudal + -oso; segundo JM, pelo esp. caudaloso; ver capit-

Ou seja, não tem nada a ver com o tecido (nem tão comprido assim) que arrastava no chão, tá, pessoal?

Para um vestido ser "caudaloso", precisa fazer muito mais marola do que este water dress reproduzido aé em cima.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O conclave adoentado

A cúpula do Vaticano periga ser internada numa UTI (esperemos que não seja aquela do Hospital Evangélico...).


No Jornal Hoje, agorinha, foi dito que um cardeal não poderá participar da escolha do novo papa (pausa) "por problemas de saúde do conclave".

Se por escrito uma pontuação ou a inversão dos elementos da frase pode complicar seu sentido, o mesmo acontece na linguagem falada.

Por que não usar a forma direta, "Fulano não poderá participar do conclave", e depois dar o motivo?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O fim do Rio de Janeiro

Tadinha da minha cidade: acabou-se e não rendeu nem matéria de primeira página, só mera notinha no Segundo Caderno do Globo, escondida na notícia do lançamento de “A serbian film” em DVD. Está lá a informação:

(...) um processo movido pelo DEM-RJ impedia a projeção (da obra) no Rio. Este, no entanto, foi extinto (...)”.

Consta até que a decisão foi publicada no Diário Oficial!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Atmosfera muuuiiito estranha

O obituário do Conde Belamorte (publicado hoje, no Globo, com o título "O poeta fúnebre que vivia a atmosfera de seus versos") dá uma informação tão estranha quanto o personagem criado por Joviano Martins Soares Filho:

Belamorte foi encontrado morto pela filha de 12 anos enquanto dormia (...)”.

Como assim? Ele estava morto ou dormindo? Ou a menina é sonâmbula?

E o texto ainda fecha com este primor:

Deixou, além dos cinco filhos, 17 pastas de sonetos inéditos.”

domingo, 17 de fevereiro de 2013

É muita novidade...


Acabo de ler um estranho subtítulo na revista dominical do Globo, em matéria que fala de um “refrigerante caseiro, que leva frutas, especiarias e até vegetais (...)”.

Embatuquei. Fruta não é mais vegetal? Passou para o grupo do minerais ou para o dos animais?

Atravessou feio!

  
Estariam estes rapazes entre
os estrangeiros de 2012 ou...?
Carnaval no texto foi o que encontrei em nota de ontem, na coluna Gente Boa dedicada à festa.

Diz lá que, dos pingados quatro (mijões) estrangeiros do ano passado, 16 foram conduzidos às delegacias deste ano por estarem exibindo o Oscar — a maioria era de americanos — em praça pública.

O conjunto é um horror, mas vamos nos limitar à análise de duas “alegorias”. Primeiro, alguém me explica como é possível extrair 16 de quatro; depois, me conta que delegacias são essas, criadas especialmente para 2013.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Globo não é Twitter

Acho que, apesar da rima, carnaval e jornal não dão samba. Nesses dias de folia, a preguiça do leitor (minha, pelo menos) parece ser a mesma de quem escreve, especialmente nos cadernos dedicados aos desfiles, camarotes e (poucos) bailes.

Basta uma rápida olhada na coluna Gente Boa para ver a bagunça. Além dos erros — “perguntá-la” onde devia ser “perguntar-lhe”, por exemplo — há uma mistura incompreensível de verbos no passado com verbos no presente — nestes casos, parece que o Globo é o Twitter e que seu público lê a informação no momento do fato.

Melhor guardar o papel e transformá-lo em fantasia.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Um carnaval no seu jornal

Como é carnaval, vai no clima:
"Olha o musofagídeo aí, gente!"
Definitivamente, o Globo anda com mania de inventar moda (escrevendo errado, é claro). O que diabos, por exemplo, é "muso", que está hoje em título de matéria? Será a forma reduzida para musofagídeos (aves cuculiformes africanas)?

Daqui a pouco vão incorporar "ídala" também. É só o que falta pra descambar de vez.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Distúrbio hormonal grave



Alguém conhece o hormônio Licantropia? Não? Pois foi criado hoje pelo Globo — e no Segundo Caderno, não página de Ciência!


É mais um samba do jornalista doido, que misturou endocrinologia com psiquiaria e crendice. Haja paciência pra tanta "criatividade"!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Perigo morre e enterra controvérsia


Esta um amigo pescou no caderno Amanhã, do Globo, "em matéria que trata da exploração do xisto e das controvérsias ambientalistas em torno do tema". Diz lá:

 
"(...) Só que a exploração desse gás exige avançados processos tecnológicos e químicos para sua extração. E é aí que morre o perigo: o preço ambiental é controvertido." 
 
Com toda razão, o ex-colega de redação reclama: "Morre o perigo?!? Com o perigo morto, acaba qualquer controvérsia, não?"
 
Concordo e complemento: é na falta de revisão que mora o perigo.

De conversa em conversa


Soou esquisito o texto do Rubens Ewald Filho na Net, anunciando as novidades (velhíssimas) do NOW. Ao comentar “Lost in translation”, ele diz que os protagonistas “pouco se conversam”.

Não que o verbo “conversar” não admita a forma pronominal, mas seu uso, além de raro por aqui, significa “namorar”. É só ver o exemplo encontrado no Houaiss: “Tentou conversá-la, mas nada conseguiu”.

Se os personagens quase não conversam, não é mais simples e adequado derrubar o pronome “se”?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A Neves o que é de Neves

Não é a primeira vez que vejo na coluna Controle Remoto a expressão "até aí morreu neves", assim mesmo, com minúscula, como se a referência fosse àquele fenômeno meteorológico que ninguém vê no Rio de Janeiro nem no mais rigoroso inverno (e com erro de concordância).

Como cresci ouvindo coisa um pouco diferente, pesquisei e confirmei em várias fontes, inclusive num texto do Mario Prata: a frase remete a Joaquim Pereira Neves, assessor do Padre Feijó que foi decapitado por índios. O assunto virou febre na capital. Falou-se tanto que as pessoas, já cansadas da sanguinolenta história, começaram a dizer: "Até ai morreu o Neves", ou seja, quero novidades.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

E tome de bobagem...


No mesmíssimo caderno do Globo online citado na nota abaixo, a mesmíssima amiga jornalista flagrou mais insanidades. Como esta:

Rihanna também sabe ser básica. Depois de surgir com looks insanos no tapete vermelho, a cantora foi flagrada com um pretinho básico, em Los Angeles.”

 Esqueça a relevância do tema. O texto ganha o Troféu “Dasluitzer” pelo conjunto da obra.

O óbvio em destaque


Sensacional o titulo enviado pela amiga que lê jornais online:

"'Meu filho não notou nenhuma diferença', diz Taís Araújo sobre mudança radical de visual".

Eu diria que, se uma criança de apenas 1 ano de idade estranhasse a mãe por causa de um corte de cabelo, aí sim seria notícia.

O campeão da tautologia

Gente, até o caderno de esporte do Globo escorregou no pleonasmo dos pleonasmos. E tinha que ser justamente em matéria do meu Flamengo?
Está lá, no subtítulo, que o cansaço demonstrado pelo time "traz preocupação e planos para o futuro".

Qual seria o sentido de se fazer planos para algumas décadas atrás? E o que você vai fazer ontem? 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Texto de preguiçoso

O que será que O Globo entende por "acomodação"? Pelo título em matéria da rede hoteleira do Rio, é, acreditem, a "alternativa mais barata na Zona Sul" (?!?).

Se alguém se der ao trabalho de ler e "traduzir" pra mim, agradeço. Estou muito acomodada pra continuar a leitura de um texto em que já vi até a frase "Hostel é outra coisa, energia". A minha foi pro espaço! 

Banheiros safadinhos

Não resisto! Um amigo acaba de postar esta no Facebook:

"Cartazes nos postes informam que teremos este ano 16.200 posições de banheiros químicos na cidade. Kama Sutra perde", diz ele.

Nossas autoridades estudaram nas escolas que oferecem ao povo?, pergunto eu. E o que ensinam por lá a respeito do vocábulo "posição"?

Bem, a política a gente sabe que é uma sacanagem mesmo...

Todo texto precisa de revisão

Não é só matéria de repórter que precisa de copidesque; textos de colunistas convidados de qualquer publicação, também.

A revista dominical do Globo, por exemplo, não podia ter deixado passar a frase de Nizo Neto (que ainda entrou com destaque no alto da página):

"Meu avô achava um absurdo meu pai não gostar de Francisco Alves, que achava um absurdo eu não gostar de (...) e como acho um absurdo meu filho (...)".

Claro que o Francisco Alves não achava nada absurdo no gosto dos Anysio. Para fazer direitinho a relação entre as pessoas, basta lembrar os primeiros versos de Drummond em "Quadrilha", reproduzidos aqui.

Chacina anunciada na rede

Socorro!!! O Facebook está anunciando um "Exterminador de Obesos"!

Se ele for eficiente como o "Exterminador do Futuro", vai ser uma carnificina!

Informo que estou me trancando em casa, blindando portas e janelas e, se bobear, não atendo nem o telefone para não correr o risco de ser localizada pela máquina mortífera.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Apertem os cintos... o acento fugiu!

O que seria "A lá Zózimo", que abre a nota "Ponto Final" da coluna do Ancelmo de hoje?

O acento fugiu do "A", foi parar no "", virado ao contrário, e a frase perdeu o sentido.

O certo é "à la Zózimo", OK, pessoal? Ou seja, "à moda do colunista Zózimo" (no caso, o Barroso do Amaral, que os mais jovens talvez não conheçam).

Quanto mais idiota pior

Fiquei preocupada.

Fui me livrar dos classificados do jornal e dei de cara com um trocadilho infame em letras garrafais num caderno de comida que inventaram no Globo: "Quanto mais (carenhas) melhor".

O Chico Mascarenhas não merece! Seu Guimas é ótimo e "carenhas" é... melhor deixar pra lá.

Depois, abri os e-mails e vi a notícia de que o Fritz Utzeri está muito mal, internado no Barra D'Or.

O dia não começou bem.

Para levantar o astral, vamos brincar de procurar a "carena" (palavra mais próxima da inexistente "carenha") nesse navio aí em cima?