O atento amigo me enviou e-mail com o título:
"Corpo assassinado".
No que eu abri a mensagem, encontrei a manchete estarrecedora do G1 e compreendi.
É duro ver humor involuntário em notícia trágica, mas o portal consegue fazer o leitor rir com a horrorosa estrutura frasal. Ui!
Um pouco das besteiras lidas e ouvidas aqui e acolá.
E um pouco das coisas boas também, que ninguém é de ferro.
(infelizmente, estas estão cada vez mais raras...)
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Preço mal fixado
Alô, pessoal do IMDb!
Que tal tirar essa crase horrorosa do título?
O filme já não parece ser grandes coisas.
Com o erro gritante em Português, fica muito pior.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Pior que a esfinge
Vocês se lembram da história, não é?
Pois o atento amigo me mandou esse texto aí da foto e pediu:
"Decifra esse anúncio pra mim, please? Acho que usaram o tradutor do Google."
Sinto muitíssimo, mas está além da minha compreensão.
Não passo nem do enigmático título.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Ninguém aguenta mais o 'após'
Mesmo tendo visto no Globo de hoje alguns exemplos da praga, como os que reproduzo na imagem — e dois estão na mesma página! —, fiquei com preguiça, achei que ia me repetir, essas coisas.
Mas aí o amigo e colega jornalista Romildo Guerrante tocou no tema. E o fez com tanta propriedade que eu copio seu texto aqui:
Mas aí o amigo e colega jornalista Romildo Guerrante tocou no tema. E o fez com tanta propriedade que eu copio seu texto aqui:
“Há uma febre contagiosa com o advérbio ‘após’, que virou coringa em tudo quanto é notícia. Observem na leitura de jornais e informativos de internet. Hoje eu li o seguinte: ‘Mantega deixa sede da PF em São Paulo após revogação da prisão’. Percebo que esse ‘após’ é rigorosamente inútil, pois o título ficaria melhor e mais informativo assim: ‘Moro revoga prisão e Mantega deixa sede da PF em São Paulo’.
Mas a coisa continua. ‘Jovem morre após acidente causado por assaltantes durante fuga’. Noto que todos morrem após acidente, como se fosse possível morrer antes do acidente. Até podia sim, pensando bem, a pessoa percebia que ia haver o acidente e tinha um enfarto.
Vamos a mais um caso nos jornais e redes de hoje: ‘Universitária denuncia professor após ser filmada no banheiro em MT’. Pra quê esse após? Universitária filmada em banheiro em Mato Grosso denuncia professor’. Não é mais informativo?
E segue o baile: ‘Filho de Mia Farrow morre aos 27 anos após acidente de carro’. Por que não dizer que morreu em acidente de carro? Não morreu na hora? Às vezes escrevem durante o acidente. Dia desses eu li que alguém morreu durante o capotamento de um carro. Não consigo saber, nem o perito, em que momento a cabeça do cara bateu no retrovisor e ele apagou. ‘Ex-BBB Cacau comemora mudança no corpo após perder 10 kg'. Não ficaria melhor assim: ‘Ex-BBB Cacau perde 10kg e comemora mudança’?
Acredito que isso tenha nascido com a febre da contextualização. Foram ensinar contextualização e amarraram de tal forma o sequenciamento dos fatos que deu nisso. Cartas para a redação.”
Acredito que isso tenha nascido com a febre da contextualização. Foram ensinar contextualização e amarraram de tal forma o sequenciamento dos fatos que deu nisso. Cartas para a redação.”
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Esqueça o 'sobre'. Só um pouquinho
Por que será que os colegas gostam tanto da preposição "sobre"?
Um exemplo do seu mau uso está hoje, em letras garrafais, no título de matéria a respeito da Educação (logo ela!), na página 32 do Globo:
Um exemplo do seu mau uso está hoje, em letras garrafais, no título de matéria a respeito da Educação (logo ela!), na página 32 do Globo:
"Um encontro para refletir SOBRE os rumos do ensino".
Alguém pôs a cabeça SOBRE o travesseiro pra pensar NO assunto?
Ao que parece, REFLETIR ANTES de escrever é coisa que ninguém mais faz. Uma lástima!
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
As modas dos 'coleguinhas'
Com a chuva desta terça, o sinal do Vírtua ficou "com preguiça" e me contagiou. Então, posto hoje as colaborações de ontem.
O atento amigo não aguenta mais a moda do "suspeito".
Sob o título "Vídeo flagra SUSPEITO assaltando mulher na Zona Norte", O Dia dá todas as informações do ASSALTANTE, que foi autuado e o escambau — mas continua chamando o cara de "suspeito" até o fim! Vá entender.
Já a assídua colaboradora embatucou com o estranho subtitulo do Globo online: "Aprenda a reproduzir".
Como a atriz da foto está para dar à luz pela segunda vez... Sei não.
sábado, 17 de setembro de 2016
Profissional não confiável
Você compraria esse trem que o atento amigo encontrou hoje no Globo online?
Essa tal de "sauna PANARÔMICA" deve fazer até mal à saúde, né, não?
Essa tal de "sauna PANARÔMICA" deve fazer até mal à saúde, né, não?
Eu não compraria nada na mão de um corretor de imóveis incapaz de passar um corretor de texto num anúncio antes de enviá-lo pro jornal.
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Brinque sem errar
Como bom adjetivo, IMPÁVIDO ("que não tem ou não demonstra medo; que não se deixa abalar pelo temor; corajoso, destemido, intrépido") deve concordar com o substantivo a que se refere — e COLOSSO é masculino.
Quer fazer brincadeirinha com o hino nacional? Tudo bem.
Mas mudar o gênero de OPERAÇÃO, nem com cirurgia.
E "ponto final", só para citar a origem da besteira.
PS: essa moda do "segue" no lugar de "continua" já encheu, né? Que tal aposentar, juntamente com a "conta" que substitui a "causa"?
PS: essa moda do "segue" no lugar de "continua" já encheu, né? Que tal aposentar, juntamente com a "conta" que substitui a "causa"?
Informação rápida e importante
O que faz a cidadã (ou o cidadão) que precisa trabalhar, é distraída pelo telefone (umas dez vezes por dia) e, ao atender, escuta uma gravação de telemarketing de Ômega 3 ou de operadora de telefonia?
Como se não se bastasse, ainda ouve a maldita frase:
Como se não se bastasse, ainda ouve a maldita frase:
"Para MAIORES INFORMAÇÕES, tecle (...)".
Pessoal, não é só convicção, é fato: informação não vem nos tamanhos P, M, G ou GG.
A Central Ômega 3. a Oi, a Claro etc. podem até ter MAIS INFORMAÇÕES pra me passar, mas eu não estou interessada em INFORMAÇÃO ALGUMA de empresas que infernizam a minha vida, combinado?
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Acredite se quiser!
Mas taí a prova:
"Reunião DELE COM SI PRÓPRIO".
O que é isso, gente?!? Sério?!? Socorro!
Usem, mas não abusem
Acabo de ver no Facebook a postagem de um amigo, só com chamadas da Folha online, ora no ar (o destaque é meu):
"- Situação não leva a impedimento, DIZ ministro
"- Situação não leva a impedimento, DIZ ministro
- Temer DIZ que governo não é idiota de cortar direito de trabalhadores
- Governadores de 17 estados DIZEM que decretarão calamidade nesta 2ª
- Russomanno DIZ que 'naufragaria' se comentasse reforma trabalhista
- Einstein DIZ que afastou médicos por exigir 'ética irrepreensível'
- Justin DIZ que 'com certeza' gravaria música com Britney
- Ginasta DIZ ter autorização para usar substância proibida por déficit de atenção e hiperatividade".
Diante de um trem desse, a gente quase engole a coisa esquisita encontrada no Globo pela assídua colaboradora: o "DIZ DENÚNCIA".
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Que tal umas aulinhas?
O Globo continua fazendo das suas, como comprova o atento amigo.
De uma tacada, ele encontrou duas.
Na primeira, o título ressalta:
"(...) Fulano é flagrado (...) dentro do próprio carro".
O sujeito estava em situação que me dá engulho só de pensar, mas o crime não seria menos hediondo se ele estivesse em carro ALHEIO ou FORA dele, caro editor.
A segunda diz:
"Em entrevista exclusiva (ao supracitado jornal), ("ele") afirmou ser contra reajuste A ministros do STF".
Até onde sabemos, o reajuste é PARA alguém, PARA uma categoria etc.
Por que está tão difícil acertar a regência?
Sai um Game of Thrones na chapa!
Entre no site dos canais HBO Max e faça sua escolha nas GRELHAS de programação!
Acho que eles levaram tão a sério o slogan "não é TV, é HBO", que decidiram ser diferentes em tudo: não têm GRADE de programação; é na GRELHA mesmo!
O redator deve ter achado que fica mais saudável, sei lá.
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Take care of the Português!
A intenção, parece, era DESCREVER o modelito DISCRETO da senhora temer no Dia da Independência.
Só que, no lugar de DISCRIÇÃO, tascaram DESCRIÇÃO — e, neste caso, uma letra faz toda a diferença.
Talvez seja hora de se lembrarem que o idioma pátrio não é aquele que tem "look", "fresh", "make", "stylist"... A língua aqui é outra, galera.
E, se for usar a dos outros, faça ao menos a concordância adequada: "LOOKS leves e suaves", no plural, OK?
domingo, 4 de setembro de 2016
Golpe na concordância
A assídua colaboradora enviou o link com a pergunta: "Até tu, Faperj?"
Pois é.
Pois é.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro escorregou feio no título de uma nota de seu boletim:
"Os esportes nas Revistas Ilustradas é tema de exposição na Casa de Rui Barbosa". (sic)
Das duas, uma: ou "os esportes SÃO tema" ou "o esporte É tema", a escolher.
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Metida onde não deve
O sujeito, não importa o sexo, pode ser metido A inteligente, metido A bacana, metido A qualquer coisa, mas não pode meter a crase no meio, porque não há artigo.
Se houvesse, o masculino da frase (do Ancelmo de hoje) seria "metido 'AO' besta", não é?
Já que falei na coluna, ontem havia coisa menos grave, mas que convém comentar: a vírgula que substitui o verbo.
Em nota sobre um filme com Lázaro Ramos, a pontuação antes da conjunção "e" está fora do lugar.
O correto é "Há 'x' salas exibindo-o na França e outras tantas, na Suíça".
A vírgula entra onde o redator repetiria "exibindo-o", pois representa o verbo. Deu pra entender?
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