quinta-feira, 30 de julho de 2015

Como é que é?

No Zona Sul do Globo de hoje, página 17, o atento amigo leu o seguinte:

"(...) surfar com o dono numa prancha de stant up paddle e, ao invés de alguns que não conseguem esconder o desconforto ou a tensão, o labrador não contém a alegria (...)".

Antes de mais nada, convenhamos, o texto é um espanto.

Dito isto, queremos saber de onde tiraram o erradíssimo uso do "invés".

Os computadores do jornal não têm um dicionário para os repórteres consultarem, não?

No meu Houaiss, consta a informação: "a locução 'ao invés de' deve ser empregada quando houver uma oposição real entre determinada coisa e outra(s); só é sinônima de 'em vez de', portanto, num dos sentidos desta".

Em que período escolar a gente aprendia essas coisas?

Palavras largadas ao léu

O amigo encontrou esta pérola ontem.

São duas linhas absolutamente mal escritas (tem até um horroroso "dentre"), que deixam no ar um mistério: quem é esse tal de "leo"?!?


segunda-feira, 27 de julho de 2015

Haja casa pra tanto coletivo!

Em março, o atento amigo encontrou no Globo um "conjunto de casarios" — assim mesmo, no plural. (clique aqui para ler a nota)

Agora, ele acha que o(a) redator(a) foi promovido(a).

Afinal, lá está, na primeira página do jornal de ontem, sob foto da craque Márcia Foletto, a informação de que a linha do VLT  "revela casarios". Uau!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Ninguém lê o que escreve




"Inpiraram", Trinidad e "Tobado", "(...) de que mais ouvimos falar na IMPRESSA"...

Ainda não passei da metade da entrevista com Pico Iyer (lá e cá em ótima caricatura do Cavalcante), no caderno Boa Viagem, e já achei tudo isso.

Além de atenção, está faltando corretor automático no Globo?

sábado, 18 de julho de 2015

Uma besteira atrás da outra


As bobagens PROLIFERAM no Globo.

Gente Boba, como constatou a assídua colaboradora, acha que o verbo é pronominal — tascou um "SE proliferam" no jornal (ui!) —, mas isto é errado, tá, pessoal?

Na página 9, o atento amigo encontrou uma novidade médica: o "aprofundamento do crânio", que tal?

Para "aprofundar" ainda mais o crânio e deixar bem raso o cérebro, só mesmo tomando um porre do vinho anunciado na contracapa de um caderno dedicado á Serra.

Quantas garrafas terá bebido o criador da frase "o aroma e o sabor (...) ESTÁ"?

PS: o amigo, gentilmente, escaneou a imagem pra mim. Obrigada.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Golpe muito mal contado


Em meio a um monte de absurdos, a assídua colaboradora encontrou este, em destaque, em matéria do G1 (clique aqui para ler na íntegra):

"Se pensarmos em uma linha educacional ou de uma diretriz ética, eu acredito que o magistrado não daria uma decisão favorável para o estudante ganhar uma indenização por isso. Talvez o magistrado daria uma bela advertência".

Sentiram o nível?

Está à altura do estudante golpista que quer processar empresa idem.

domingo, 12 de julho de 2015

Moda, sempre empobrecedora

Falando em repetição, está insuportável a campanha por certos verbos em detrimento de outros, que vão sumindo do idioma.

OK, inventaram o horroroso anglicismo "focar".

Agora, "foca em mim" e me diz: quanto falta pra criarem a "colocação do sol", que certamente será aplaudida toda tarde no Arpoador?

Faça um teste no seu jornal:

1) procure os verbos "pôr" e "botar";

2) conte quantas vezes aparece "colocar", em qualquer conjugação.

Depois me conte o resultado.

O 'passageiro fugaz'

Só hoje li, no Globo, a matéria de ontem do assassinato no metrô.

Caramba! Tem tanta repetição da palavra "passageiro" (e já no início!) que faz sentido a dúvida do amigo:

"O cara é passageiro antes de embarcar? É passageiro depois de desembarcar? Ou é passageiro apenas durante a viagem?"

Cartas para a "redação".

Obs.: a foto é do filme "Os amantes passageiros", de Pedro Almodóvar.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

De fraudes, 'viagens' e ligações

Tentando pôr em dia a leitura dos jornais, encontrei algumas coisas esquisitas.

No Globo de ontem, um titulaço diz que "Renan VIRÁ réu (...)".

Eu pensei que ele tinha "VIRADO" réu, mas o editor deve ter achado o verbo "VIR" mais bonito.

Só se esqueceu de explicar: "virá" de onde? De Alagoas?

Também no jornal de quinta, Gente Boba fala de um "som ligado ÀS alturas" — e eu já fiquei imaginando um monte de fios caindo do céu pra fazer a conexão com a Terra (estarei vendo muito Arquivo X?).

Hoje, outra regência estranha: "fraudes A licitações" e A outros bichos.

Por que não consultam o verbete antes de inventar um trem desses?

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Quem corrige autoridade?

O atento amigo perdeu as esperanças.

Há tempos ele reclama dos repórteres da CBN, que confundem "intensidade" de tráfego com "retenção".

Trânsito CONGESTIONADO NÃO tem nada a ver com o VOLUME DE CARROS.

Bloqueou, parou, congestionou.

Tráfego intenso, geralmente, acontece em feriadão.

Pois a bobagem dos colegas migrou pra esferas mais altas.

No Globo de sábado, em destaque, tinha declaração do diretor de Operações da CET-Rio, Joaquim Dinis, em matéria sobre a liberação da Rodrigues Alves:

"Por causa do fechamento da Praça da República, segunda-feira o trânsito estará intenso".

Ou seja... "pherrou".

sábado, 4 de julho de 2015

Não sabem nem brincar...

Aproveitando a "maré católica", mando pra Gente Boba o recadinho do atento amigo, que leu, sexta-feira, uma nota com o título "A missão do frei".

Diz ele:

"As pessoas que escrevem a coluna não sabem que freise usa acompanhado do nome do padre? O certo é frade."

Aprenderam?

Tinha até uma brincadeira infantil que começava assim: "Bento que bento é o frade, na boca do forno (...)".

O 'carro' dos arcebispos

Circula no Facebook, desde quinta-feira, o recorte aí da imagem, com a notícia que mistura modelo de carro com a faixa de lã branca, ornada com símbolos da igreja católica, que antes era reservada aos papas e hoje é usada também por arcebispos.

Rodei a internet atrás da fonte, até pra garantir que não se trata de montagem de algum gaiato, mas não tive sucesso.

Pelo finalzinho, uma amiga jornalista e eu achamos que o jornal é do Paraná.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Eureca! 'Instalei' uma ideia

O atento amigo teve a santa paciência de ler inteirinha a matéria do aniversário de Copacabana, no Zona Sul de ontem.

"O que tem de bobagem não está no gibi", diz ele, que escolheu a dedo uma especial pra mim.

Está na página 30, em que a repórter descreve a inspiração do autor Claudio Paiva, de "Tapas e beijos", para ambientar o programa no bairro, que partiu de uma das atrizes:

"Ele conta que ao ouvir aquilo, foi como um INSTALO". (sic, com destaque meu.)

Ainda estamos tentando entender que instalação é essa.