domingo, 30 de novembro de 2014

Catástrofe idiomática iminente

Dia de festa da árvore (da Lagoa, tradição na casa de um amigo), nem pensava em passar por aqui, mas não posso dormir sem postar esta sensacional "joia" encontrada pelo atento amigo no Globo de sexta-feira.

Diz ele no e-mail:

"Segundo a matéria da página 40, a respeito de um carioca que planta maconha no Uruguai, o cara está morando numa 'INSTÂNCIA', no interior daquele país. Acho até que o Jango tinha uma ESTÂNCIA ali perto..."

Doeu, viu? Mas também me lembrou do meu pai.

Como advogado, ele usava muito a palavra "instância".

Porém, foram os trocadilhos que eu ouvia dele desde pequena que me vieram à cabeça. Coisas como:

"Não confunda Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão."

PS: a imagem acima representa uma estância, tá, colegas?

sábado, 29 de novembro de 2014

Invencionices sem fim

Já ia "fechar o barraco" por hoje e jogar fora o Rio Show de ontem, quando vi a bela foto do espetáculo "Máquina de dançar" e...

Pois é, comecei a ler o texto.

Pra quê? Só pra encontrar isto:

"A pergunta que desencadeou o projeto foi: o que acontece com a dança (...)?" — detalha Fulana.

"DETALHA"?! Pessoal, não inventa!

Segura na mão do verbo "dizer" e vai embora.

Cadê o copidesque?

Além dos "modismos vocabulares", O Globo está abusando do tradutor eletrônico.

O péssimo hábito transformou o obituário da P.D. James (publicado ontem) num texto horroroso, por vezes incompreensível.

Sem contar que ficou rabicho sem tradução, como "as filhas Fulana AND Beltrana".

A grande escritora não merecia.

O leitor, também não.

Você vai ler muito por aí



Parênteses: depois da "sociedade distópica", os críticos de cinema do Globo descobriram a palavra "seminal".

Aguentem!

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Durante a matéria, o cérebro falhou


O atento amigo não falha: pega besteira no rádio, na TV, na internet e em jornais de todo o país.

E não aguenta mais a praga do "Fulano morreu DURANTE o capotamento" ou "APÓS receber um tiro" etc.

Pois os "colegas legistas" migraram das páginas policias para a área de lazer.

Na Folha de S.Paulo de quarta-feira, caderno Cotidiano, meu amigo encontrou esta legenda:

"Paul McCartney durante início da apresentação em (...)".

Como é que é?

O jornalista que perpetrou esse trem fica obrigado a adivinhar DURANTE que momento de que show foi tirada a foto que eu botei aí no alto.

Pense antes de soltar o texto

É uma sexta-feira negra mesmo.

Voltei pra sala e o repórter do Hoje informava, de São Paulo, que Pelé "SEGUE internado".

Desejo que o eterno rei do futebol se recupere logo.

Para o colega, sou obrigada a perguntar:

"Ele SEGUE pra onde? De uma ala pra outra, dentro do hospital?"

Projetos para um tempo que não há

Acho que o povo pira nesta época, agora, ainda por cima, contaminada pelo vírus importado "black friday".

Uma grande amiga já não aguenta mais um comercial que tem o Antonio Banderas — não pelo ator, claro, mas pelo texto, que convida o mulherio a "ir NA Renner hoje" (informamos que ambas vamos À loja).

Ela também encontrou na internet um incrível "roupeiro INSALUBRE, com sapateira", à venda no Shopping Matriz, e comenta:

"Sempre achei mesmo anti-higiênico esse negócio de guardar sapato junto com roupa."

Pois é.

E eu liguei a TV só pra ouvir a repórter do Globo Esporte perguntar ao Joel Santana quais são seus "PLANOS para o FUTURO".

Tá mesmo uma sexta-feira negra, viu?

Vou ali fazer uns planos para o passado e volto já.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Dicionário informal e incorreto

Não é só no rádio que o atento amigo encontra pérolas — a pescaria é farta também na internet.

Como no site chamado Dicionário Informal, que, segundo ele, devia ser banido da rede por excesso de "erro e desinformação".

Vejam só esta frase — usada para exemplificar o significado de "pisar na jaca":

"Fulano contou à todos, um segredo que confiei à ele. Fulano pisou na jaca comigo."

Caramba! Tem duas crases antes de palavra masculina, sujeito separado do predicado por vírgula... "uma festa"!

Acho que os responsáveis pelo desserviço não sabem que "ser informal" não significa ignorar as regras do bom Português.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Estou à sua disposição, senhora

Esta pérola estava me esperando desde cedo, nos e-mails. É mais uma pescada na CBN pelo atento amigo, que conta:

"Já tinha lido no jornal e ouvi no rádio a notícia do assalto que uma atriz sofreu perto do Shopping Leblon.

Na CBN, a repórter disse que o ladrão enforcou a moça, mas que um motorista de táxi 'prontificou-se a ajudá-la'. E sentou o pau no ladrão.

Fiquei imaginando a cena. A atriz sendo enforcada, o taxista chega perto e pergunta se pode ajudar; ela tenta acenar com a cabeça, sai um grito gutural de 'sim', e ele mete a porrada no ladrão.

'Prontificou-se a ajudá-la'?

Onde é que os colegas estão aprendendo essas técnicas narrativas? Será nas telenovelas?"

Nada a acrescentar. Bem, talvez só mais uma perguntinha: na imagem acima, qual dos homens poderia representar o mocinho que oferecerá seus préstimos à donzela em apuros?

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O nome é morte

Meu amigo pegou esta hoje, na CBN.

Segundo a emissora, o prefeito de Mesquita sofreu um atentado, mas saiu ileso.

E disse à emissora que, se "vier a óbito (...)".

Pode parar por aí!

Se alguém disser "ela veio a óbito" no dia em que eu morrer, pode contar que, mesmo não acreditando nessas coisas, eu VENHO — mas é pra assombrar o infeliz com aulas de Português até o fim dos seus dias.

domingo, 23 de novembro de 2014

Entenda se for capaz

Vamos escrever em "Português muderno"?

O atento amigo "realizou" que, "por conta" do idioma "tipo ruim" que "se coloca" hoje "na mídia", até veteranos escorregam na tautologia.

Como Mestre Zu, que aderiu aos "fatos reais" em sua coluna de ontem.

Enquanto meu amigo "segue" esperando sentado os "fatos irreais", eu vou "fazer um procedimento" ali e já volto.

Joga a foca!

Falei do Inglês infiltrado no jornalismo brasileiro e... tome de encontrar "focando" na tradução do discurso do Obama.

Tentei relevar — "traduttore, traditore", essas coisas —, mas abri Gente Boba e não aguentei: o excesso de "focar" é indigesto.

Leva o "troféu"!

Aqui a língua é outra

Termino as "palavras cruzadas" (ou que nome tenha aquilo) e começo a folhear a revista dominical do Globo.

Curiosa com a história das peripécias de um americano numa vila do meu bairro, começo a leitura.

Até que bato na seguinte frase:

"Só depois de adquirir a casa, REALIZOU que não era bem seu estilo".

Gente, aqui é PERCEBEU, NOTOU, SE DEU CONTA DE...

Se o(a) colega sabe escrever em Inglês, mas não em Português, procure vaga no New York Times, "please".

sábado, 22 de novembro de 2014

Valei-me, Santo Aurélio Houaiss!

Lendo hoje o Globo de ontem, encontrei a seguinte novidade no obituário do grande diretor Mike Nichols:

"(...) foi escalado para ESTRELAR O PROTAGONISTA (...)".

Caramba! Vai ter estrela assim no céu!

Cadê o dicionário pro jornalista verificar que "estrelar" significa "atuar no papel principal em (filme, peça teatral); protagonizar"?

"Protagonizar o protagonista" é forte, viu?

Decoração errada, escrita idem

A assídua colaboradora mandou duas hoje: uma do Globo (página 24), outra do Ela online.

A primeira nem é tão grave, já que, no Brasil, o idioma permite a supressão do "de" antes do "que" em frases como a que ela destacou:

"(Fulano) tem o perfil de ministro que o Brasil precisa". (abre o box intitulado "Dr. Não".)

Com o "de" soa melhor, mas se até o Houaiss aceita que se use o verbo sem ele, fazer o quê?

Já o segundo caso não tem desculpa.

Além da horrorosa construção em "material ERRADO é um dos ERROS", escrever que uma pessoa foi "MAU orientada" é imperdoável!

Pessoal, isto se aprende no primário: bem x mal e bom x mau/boa x .

O Português sequestrado

Meu atento amigo ouviu esta hoje à tarde, na CBN.

Estropiando o idioma, a repórter disse que foi preso um bando acusado de "sequestro AOS músicos".

Defensor da regência correta, ele pergunta:

"Será que essa moça acha que se escrevesse 'sequestro DOS músicos' estaria acusando os músicos de sequestrarem os bandidos? Que coisa, sô!"

Entendo perfeitamente a indignação, porque essa moda de substituir as preposições "de" e "para" por "a" está crescendo e me incomoda também.

Vejam este outro exemplo que o amigo encontrou dia desses, em chamada de capa do JB:

"Assaltantes A banco foram presos na Baixada".

No Velho Oeste, os bandidos chegavam a cavalo e faziam um fuzuê dos diabos.

Atualmente, são sedentários: vêm "a" banco e não devem tirar a bunda da "montaria" nem pra anunciar "isto é um assalto".

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sonâmbulos jornalistas

Mal ligo a TV, pra ver o telejornal da tarde, ouço a apresentadora do Globo Esporte contar que um piloto de corridas saiu do coma induzido, mas...

"(...) segue inconsciente".

Acho que os responsáveis pela edição também "seguem inconscientes", escrevendo durante crises de sonambulismo.

Pessoal, pensa antes de falar besteira em assunto sério, por favor!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Fora de foco

A amiga me mandou uma colaboração encontrada no Ela, um caderno muito "complexo", pelo visto.

Resumindo, a matéria trata de gêmeas que trabalham com moda e começa assim:

"Quando estamos diante de (Fulana da Silva), diretora-criativa da (marca tal), é preciso muito foco para não chamá-la de (Beltrana de Souza)".

Minha amiga diz que teve a visão "totalmente desfocada da leitura".

Eu me rendo antes e nem tento encarar um suplemento feito por pessoas com tal dificuldade de concentração.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

'Traduttore, traditore'

Pessoal do Globo online, mais atenção ao traduzir nomes de animais (vale pra plantas também).

Pegaram de algum site internacional a notícia do comportamento agressivo e anormal de uma espécie e puseram a culpa do ato nas focas.

Não custou muito para eu buscar a matéria em Inglês (na qual encontrei o original "Antarctic fur seal"), achar o nome científico do bicho (Arctocephalus gazella) e descobrir que em Português ele se chama lobo-marinho-antártico,

Aliás, demorei mais para escrever do que para pesquisar,

Se a foca fosse um certo juiz, já teria processado o jornal por difamação.

Falta dicionário nas redações

Guardei pra hoje a matéria "Educação premiada — Criatividade e inovação para mudar o mundo", publicada ontem no Globo.

Ainda não avancei muito na leitura, porque tropecei num "encarar de frente" no texto da Índia (cinco países se destacaram).

O problema do analfabetismo no mundo, especialmente das meninas, me preocupa.

O Português cada vez mais fraco dos colegas, também.

Estão abusando do lugar-comum e da tautologia. E abandonando de vez os dicionários.

Se consultassem algum, saberiam que "encarar" significa "olhar para a cara de alguém; olhar de frente, nos olhos; acarar".

Alguém já tentou fazer isso de costas?

domingo, 16 de novembro de 2014

Pura invencionice

O amigo se pergunta por que "lava a jato" virou "lava-jato".

Como o Volp da Academia não registra esse trem, muito menos o Houaiss, o Aurélio etc., imagino que tenha sido criação de alguém que acreditou ter o talento do Guimarães Rosa para neologismos.

Vã ilusão.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Vai manobrar mal assim na...

Esta manchete de primeira página do Globo de hoje demorou a entrar aqui por causa do péssimo sinal do Vírtua.

Pessoal, ninguém mais presta atenção no que publica?

"Manobra pra fazer manobra" é dose!

Ninguém conseguiu pensar num sinônimo, não?

Se nem o governo sabe escrever...


O amigo me mandou este anúncio por e-mail e eu fiquei pasma.

Afinal, se isto saiu de um órgão do governo, não podia exibir um erro desses, né?

Por favor, corrijam já!

O correto é "em memória DE" alguém — no caso, "em memória DAS vítimas".

Em Portugal, é comum, também, "à memória de".

"Em memória às (ou aos)" não se usa em lugar algum.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Zero. Pelo conjunto da obra

Encontrada pela assídua colaboradora, a matéria pode até trazer boas notícias no campo da medicina, mas está muito, muito mal escrita.

Parece até tradução do Google, como pode verificar quem conseguir ler o texto na íntegra. (clique no link)

Reproduzo um parágrafo, para o leitor se preparar:

"Jensen, 30, e sua família deixaram sua casa em Utah e passaram os dois anos seguintes viajando pelos Estados Unidos em busca de um tratamento que poderia lutar contra o câncer, a emissora KSL relata."

"Um tratamento que PODERIA LUTAR contra" é forte, viu?

A palinha e a palhinha

Passei batido pela bobagem, mas meu atento amigo pegou.

Está na coluna de TV do Segundo Caderno, em nota intitulada "Outra paixão":

"O ator também deu uma PALHINHA."

Por favor, não confundam "dar uma pala" (dica, suporte) com "dar uma palha" (ninharia, maconha de má qualidade etc.).

Desse jeito, a colega ainda apaga uma VELHINHA no aniversário de algum "global".

Péssimo do início ao fim

Coisinha mal escrita o box da página 34 do Globo.

Começa com trocadilho infame no título ("Gafe de mascar"), usa "dessa" quando tinha que ser "desta", chama alguém de "usuário" sem explicar de quê e, entre muitos outros, traz este "primor":

"Mas, além das críticas, alguns chineses trataram o assunto com senso de humor."

O que o trecho (sem sentido) entre vírgulas está fazendo na frase? Tapando buraco?

Bem, o "textículo" inteiro parece ter esta função.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Borrões publicitários

Já ia dar um tempinho aqui no computador quando recebi e-mail do atento amigo.

Ainda bem que minha cadeira é resistente, porque quase caí pra trás com as gigantescas pérolas.

Vejam o que ele me contou:

"Ontem, ouvi na CBN dois anúncios, um da Coral e outro de um plano de saúde.

O primeiro fala em 'tinta de grande lavabilidade'. O segundo diz que 'evita o absenteísmo'.

Ouvintes de rádio estão ficando sofisticados. Ou são os redatores que entraram na idiotia completa?
"

Aposto na última opção e pergunto: está faltando dicionário nas agências de publicidade? Devemos pedir doações para as pobrezinhas?

Inventar a "lavabilidade" já é muita forçação de barra.

Quanto ao "absenteísmo" que o tal plano evita... Bom, acho melhor evitar esse trem, porque eles não têm ideia do que estão vendendo!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Canadá, onde há canadenses

No pedacinho do jornal de ontem que sobrou pra ser lido hoje, encontrei mais um erro comum dos colegas.

Além de misturar as preposições e alterar regências, abusando do "sobre", eles têm escorregado muito no uso do advérbio "ONDE", que indica LUGAR.

O "público canadense" é um local? Não.

Então, por que o texto (do Segundo Caderno) a respeito do novo trabalho do cineasta Atom Egoyan diz "(...) parece ter sido muito bem entendido pelo público canadense, onde o filme estreou bem (...)"?!

Que tal simplificar e usar o nome do país: "(...) parece ter sido muito bem entendido no Canadá, onde o filme estreou bem (...)"?

Aí, fica tudo certo.

domingo, 9 de novembro de 2014

Não passa no Enem

Passando os olhos pelas "cenas curiosas" do Enem, anunciadas no subtítulo da matéria do Globo, só uma atraiu minha atenção: a do "EMPASSE" vivido por um estudante e seguranças na Uerj.

Aproveito para pedir desculpas pela ilustração com texto em Inglês, mas me vi num IMPASSE na hora de escolher uma imagem pra esta nota na internet.

O 'chapeuzinho' existe

Lembrete para os colegas da revista dominical do Globo e demais interessados: diferentemente do trema, o circunflexo NÃO foi banido do idioma com o (des)acordo ortográfico e continua existindo em muitos vocábulos.

Um exemplo é a paroxítona "BÊNÇÃO", que, sem o "chapeuzinho" (como está, com destaque, na página 20), vira oxítona, a ser lida como "ação" ou "exceção".

Outro é o verbo "poder" e a distinção entre o presente "PODE" e o pretérito perfeito "PÔDE". A ausência do acento (página 31) PODE mudar o sentido da frase.

sábado, 8 de novembro de 2014

Não tem polêmica

O amigo estranhou o uso da palavra. Eu, também.

O Globo precisa tomar mais cuidado com o que chama de "polêmica". (clique para ler)

Afinal, o comportamento deste senhor que vive dando carteiradas por aí não é "polêmico": é criminoso e não suscita divergências.

Todo mundo (honesto e com vergonha na cara) é contra.

A língua que se fala aqui

Em busca de alguma coisa interessante na Net, percorro o guia na TV enquanto escuto aquelas chamadas do Now.

Uma delas despertou minha atenção.

Dizia algo como "dicas de culinária, decoração e... LIFESTYLE"!

Alguém me explica o que aconteceu com o bom e velho ESTILO DE VIDA?

Saudável, sedentário, o que for, existe em Português há séculos, tá?

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Falta estudo ou falta empenho?

Por que será que o responsável pela edição meteu um "fala SOBRE" neste título do Globo online? (clique para ler)

Lá dentro, na segunda pergunta, traduziram direitinho: "falar DE si mesmo".

Peço aos colegas obcecados com o "SOBRE" que deitem as cabeças sobre seus travesseiros e falem (mentalmente) DO assunto, pensem NAS preposições que conhecem e estudem, leiam. Muito!

Era ontem, hoje não é mais

Ainda nem cheguei lá, mas o amigo já passou pela página 13 do Globo e pescou uma "linda" pérola em matéria a respeito do novo comandante da PM:

"ATUALMENTE ERA chefe da segurança da TV Globo (...)"

Caros colegas, na falta de copidesques, revisores e até de editores atentos, leiam seus textos de enviar besteira pra oficina. ANTES, era diferente.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Texto 'a caráter'

O amigo chegou antes de mim a Gente Boba, que merece o título de Representante Máximo da República Federativa do Bobajal.

Na nota principal, encontra-se a pérola:

"Chega então um grupo de 15 freiras vestidas A CARÁTER".

Não basta misturar os tempos passado e presente no texto; tem que escrever besteira, né?

O que é que os colegas da coluna pensam que significa se vestir "a caráter"?

O convite da festa pedia, por exemplo, que todos comparecessem em trajes que identificassem sua escolha vocacional?

Começou mal, muito mal

Esta foto ilustra a reportagem
A assídua colaboradora mandou link do Globo online com um texto que ela acredita ter sido traduzido às pressas.

Afinal, o dito cujo já começa com um horroroso "(...) compareceu nesta quinta-feira em um tribunal da justiça neozelandeza para responder a acusação de (...)".

Compareceu EM UM tribunal? NEOZELANDEZA com dois "Zs"? Responder a acusação sem crase?

Tá brabo, viu?

Por favor, compareceram A algumas aulas de Língua PORTUGUESA (com "S") e, depois, respondam corretamente ÀS questões das provas, OK?

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

De quem foi o delírio?


Gente, eu ouvi bem?

A repórter do "RJ-TV" disse mesmo que estão tentando melhorar as condições de "mergulhabilidade" nas praias da Ilha do Governador?

Delirou ela ou delirei eu?

sábado, 1 de novembro de 2014

Onde nenhum homem jamais esteve

Na linguagem informal, é comum ouvirmos "aonde" em frases que pedem o uso do "onde", pura e simplesmente,

Jornalistas, porém, devem usar a norma culta e dar o bom exemplo, não escrevendo coisas como "governador relaxa (...) e diz que chegou AONDE jamais sonhou". (página 21 do Globo)

Sigam os passos da tripulação da Enterprise, que, audaciosamente, vai a lugares ONDE nenhum homem jamais esteve.

E o besteirol continua...

Quando é que a bendita mídia vai parar com modismos ridículos (desculpem o pleonasmo), tais como substituir "causa" por "conta" e "continuar" por "seguir"?

Este último (péssimo) hábito cria verdadeiros monstrengos.

É só ler o subtítulo do alto da página 13 do Globo de hoje, dedicada à delegacia do Catete, fechada há meses:

"Prédio da 9ª DP (...) SEGUE INTERDITADO (...)".

Os colegas sabiam que INTERDITAR significa não apenas impossibilitar ou proibir o funcionamento (ou uso) de algo, mas também impedir a locomoção de alguma coisa?

Como é que ela "SEGUE" nestas condições?!