terça-feira, 30 de outubro de 2018

Vá agradecer à mãe!

Nestes tempos apocalípticos (ou bíblicos) que vivemos, as pessoas têm agradecido muito.

Em postagens na internet e em reportagens absolutamente tolas (como sói no Novíssimo Jornalismo), é um festival — e a maioria agradece errado.

Colegas, agradeçam ÀS divindades de sua preferência, agradeçam COM gestos ou palavras, agradeça UM favor, o que quiserem.

Mas nunca, jamais, em tempo algum, digam a alguém que querem "agradecê-lo" por isso ou aquilo.

Quero "agradecer-LHES" pelo uso correto do bendito agradecimento.

E agradecer À assídua colaboradora, que me enviou o recorte do Globo.

PS: o que vem a ser essa frase horrível "distribuir em conjunto com o irmão"?

domingo, 28 de outubro de 2018

Campanha contra a (língua) pátria

Que o Grupo Globo não gosta de candidatos de esquerda, de maneira geral, não é novidade.

Nem por isso o seu jornal precisa caprichar nos erros de Português e nas tolices em título e subtítulo, exibidos em letras garrafais.

As pérolas foram enviadas pelo atento amigo e o colar já abre com aquele velho irritante e dispensável "após". Ainda não perceberam que é óbvio que alguma ação sempre acontece antes da reação, crianças?

Os "apoiares" devem ser APOIADORES.

E eu esperava O melhor DESEMPENHO dos colegas num momento tão importante para o país.

Tá difícil de engolir o festival de atrocidades, viu?

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Sobretudo, evite o 'sobre'

Crianças, não repitam em casa (ou na escola) a bobagem inventada pelos novíssimos jornalistas, que acreditam que a preposição SOBRE cabe em qualquer lugar.

Isso é "fake Portuguese", OK?

No Português de verdade, NÃO EXISTE "alertar sobre", NÃO EXISTE "admitir arrependimento sobre" e não existem outras construções horrorosas que vemos e lemos por aí.

Peçam à mamãe, ou ao papai, à vovó, ou ao vovô um dicionário. Pode ser anterior ao (des)acordo ortográfico, que suprimiu alguns hifens e acentos, mas não alterou as regências.

Já ouviram falar em pesquisa?


Recadinho da assídua colaboradora e meu para o(a) editor(a) do Segundo Caderno do Globo:

o nome da personagem de "A falecida", clássico de Nelson Rodrigues, é ZULMIRA com "L", OK? (aliás, nunca ouvi o nome "Zumira").

A falta de conhecimento e de pesquisa é inaceitável, ainda mais em entrevista com a grande Fernanda Montenegro.

Se fosse erro de digitação, passava, mas a repetição confirma a desinformação,

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Risco embaixo e risco em cima


O Novíssimo Jornalismo funciona assim: no que uma besteira é dita ou escrita, ela prolifera mais que coelho, um espanto!

Foi só a assídua colaboradora ler o primeiro "Brasil SOB riscos", que nada mais está EM risco, ou CORRE risco algum: é tudo DEBAIXO de risco.

Veja na imagem um português sob riscos. Deu pra entender?

Não massacrem a língua, colegas da Época.

Diga-se, a favor da revista, que a amiga gostou da entrevista com o professor britânico David Runciman, em que achou a bobagem.

A frase acima foi construída especialmente para explicar a quem cuida do Ancelmo que "a favor" é uma expressão legal, usada para enaltecer ou salvar o nome de uma pessoa.

Não cabe em "diga-se, a favor do pastor, que ele foi um dos primeiros a adotar as fake news no Brasil". Ou O Globo já está considerando isso uma coisa positiva, a ser destacada no currículo?

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

'O Globo' não se emenda

A querida amiga mandou a bobagem do Globo cedinho, mas só agora eu li.

Colegas do coração, se o seu jornal está pobrinho e não tem dicionário, usem a internet para saber que ALGAZARRA (de origem árabe, como sói em vocábulos com o prefixo "AL") é, originalmente, "grita ou alarido dos mouros quando iniciavam um combate".

Por extensão, passou a significar, também, "vozearia, barulheira, tagarelada".

Os fios e cabos do Engenho Novo estão gritando muito, gente?

Que horror! Lei do Silêncio neles!

domingo, 21 de outubro de 2018

Por que dão tanto nó na língua?


Ontem, eu não queria saber de notícia.

Por sorte, tenho amigos queridos que não deixam barato as besteiras dos colegas.

A assídua colaboradora, por exemplo, comprovou: O Globo pode pontificar à vontade em seção intitulada "Saber viver", mas NÃO SABE ESCREVER.

O texto sobre doenças cardíacas é de doer. Tem coisas como:

"Não ache que, suas artérias coronárias (...)".

Sim, isso mesmo, com uma baita vírgula — e ela tem um monte de "irmãzinhas", todas no lugar errado.

Também fiquei intrigada com a "abordagem cirúrgica que estava associada a uma maior sobrevivência a longo prazo".

Deve ser dificílimo ser direto e dizer que a técnica do médico Tal é mais duradoura ou garante mais tempo de vida aos pacientes, não é?

Mas por que simplificar? Veja na imagem o título da Folha que um amigo me enviou. Custava inverter a ordem?

É possível fazer uma coisa inteligível, olha só:

"(...) se diz insatisfeito COM explicação da morte de jornalista saudita".

domingo, 14 de outubro de 2018

'O Globo', ladeira abaixo

Erro de digitação ou ato falho?

Não importa o que gerou essa vergonha na capa do "maior jornal do país", que fechou a semana demitindo uma penca de colunistas.

Se a "medida de economia" servisse para contratar alguns revisores, a gente até ficava um pouquinho menos triste.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Em que pensava o editor?

O Globo e seu suplemento para deslumbradas são um espanto.

Vejam o que a assídua colaboradora me enviou, com o comentário:

"Pobre princesa sem nome..."

Eu li e achei que a moça tinha dois, ambos masculinos.

O que vocês acham?

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Assim quem derrete sou eu

A gripe exige repouso, mas as besteiras não cessam.

Esta eu recebi do colega bilíngue: sabe tanto de Inglês quanto de Português.

Não bastasse os jornalistas do Globo online tascarem uma vírgula separando o sujeito (X votos) do verbo (não permitiriam que "ele", a candidata), eis o título que deram à matéria:

"Derretimento de Marina põe em risco o futuro da Rede".

Pessoal, a gente sabe que a ex-senadora sempre foi ligada a causas ambientais.

Nem por isso ela merece ser comparada às calotas polares, cujo derretimento põe em risco o futuro do planeta, concordam?

Esse trocadilho foi forte, viu?

Se em Português está difícil...

Miscelânea de bobagens, enviadas hoje e no fim de semana pelo atento amigo, a assídua colaboradora e a amiga que se mudou do Rio e deixou saudades.

Deem uma olhadinha no alto da imagem, ocupado por notas do Ancelmo.

Ao lado da falta do "EM" — fundamental na construção "o dia EM QUE aconteceu qualquer coisa" — há uma frase confusa, que dá a ideia de erro de concordância (eles descobrirem, ele disse) e ainda tem o dispensável "após".

Que tal pura e simplesmente "Descoberto o fato, um dos colaboradores disse (...)"?

Ou "Informado do fato, um dos organizadores (...)".

Em matéria de frase confusa, a do G1 é um primor:

"(Fulano) teve MENOS de tantos votos A MAIS que (Beltrano)".

Pra fechar, lembro aos colegas do JB que nem sempre a questão "POR QUE" vem acompanhada de um ponto de interrogação.

Para os jovens que, lamentavelmente, conhecem mais o Inglês do que o idioma pátrio, é só ler o texto e pensar se cabe nele "BECAUSE" ("PORQUE") ou "WHY" ("POR QUE"). Simplificou a vida?

A evolução das espécies

A querida amiga que achou as absurdas "premissas" no Globo, encontrou mais essa, no caderno Morar Bem:

uma bancada feita com "madeira de evolução".

Elucubramos a respeito, rimos um bocado e eu acho que encontrei o espécime de que fala o suplemento. Taí.



domingo, 7 de outubro de 2018

Da Grécia à Arábia Saudita

Duas queridas amigas encontraram bobagens incríveis, uma no UOL, outra no Globo.

A do site diz "Compre ágora" — e a amiga se pergunta quanto custa uma daquelas praças grandonas das antigas cidades gregas, cujo nome virou radical do medo de lugares abertos: agorafobia.

Se o preço for razoável, sugiro a compra de algumas, para distribuir em áreas sem espaço reservado ao lazer.

Detalhe importante: a ágora apareceu quando ela pesquisava dicionários, que tal?

Quanto à do Globo, nem sei o que dizer.

De onde tiraram essas "premissas", gente?

Os colegas do jornal sabem o que é isso?

Tenho uma leve desconfiança de que queriam dizer "prerrogativa".

Vai errar assim em Barcelona!

Derrubada por uma baita gripe desde sexta-feira, fui fazendo um colar de pérolas pescadas pelos amigos.

Até o fim do dia, espero dar conta de postar tudo.

Começo com as da assídua colaboradora, todas do Globo, impresso e online.

Além das já habituais vírgulas separando o sujeito ("livro infantil") do verbo ("é analisado"), temos regência feiíssima (precisamos DE alguma coisa, não é, colegas?) e a mais esdrúxula invenção dos últimos tempos: AS SOPRANAS!

Da Espanha, o espírito de Montserrat Caballé soltou um grito de estourar os vidros do jornal aqui no Brasil.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Caiu do cavalo e não remontou

Caros colegas da revista Época, por favor, consultem um dicionário antes de perpetrar coisas como:

"A origem do conceito de 'carpe diem', que remonta HÁ 2 mil anos, tem uma série de significados".

Uma série de significados tem o verbo REMONTAR — e nesse caso aí, em especial, o verbo HAVER não cabe.

A assídua colaboradora, que encontrou a coisa horrorosa, remonta aos anos 60; eu remonto à década de 50.

É possível usar o verbo no sentido de "recuar no tempo" — mas eu torço pra gente não remontar aos anos de chumbo. Remontamos a eles na literatura, para não esquecer que existiram.

Ah, sim: a bela igreja da foto, de Nossa Senhora dos Prazeres, é pernambucana e remonta ao século XVII.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Carregue, não 'uploade'

Estava aqui, distraída, mas não pisava em astros: tropeçava em seções eleitorais trocadas, com números novos, endereços desconhecidos...

Eis que, depois de fuçar e constatar que vou votar muito mais longe de casa do que nunca, desde que o direito nos foi devolvido, abro minhas mensagens.

Entre elas, estava a pérola pescada pela assídua colaboradora naquele viveiro de bobagem chamado O Globo:

"As imagens, SUBIDAS de forma ilegal no YouTube (...)".

Queridos colegas que pensam que sabem Inglês e desconhecem o Português: "uploaded" é "carregado",OK?

Achou feio dizer que as IMAGENS FORAM CARREGADAS? Use "foram postadas". O leitor vai entender direitinho, eu garanto.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Qual é a besteira 'mais vocal'?

Recebi algumas "gracinhas" ontem, mas só agora arrumei tempo pra postar.

A assídua colaboradora encontrou no Globo um baita erro de concordância.

Estava num "olho", aquele trecho destacado de um texto, no jargão jornalístico:

"Teria que ser FEITO UMA nova avaliação (...)".

No que eu fui conferir a matéria, descobri que, tanto na versão online quanto na impressa, a frase está correta, "teria que ser FEITA".

Alguém pode me explicar por que o editor botou o erro no destaque e repetiu a bobagem no papel?

Enquanto vocês pensam, vou logo mandar mais dois temas para reflexão.

O atento amigo achou as duas novidades na Folha:

1) "ônibus de viagem" — pelo visto, inventaram uma nova categoria que não informa se o bendito veículo é urbano, interurbano, intermunicipal, interestadual etc.

2) "(Fulana) é a mais vocal", no sentido de ser "a principal" (voz?) dentro de um partido (?!).

Ele pergunta — e eu faço coro: "Pode isso, Arnaldo?"