quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A isso, àquilo; a esse, àquele

Queridos colegas, são raríssimos os casos de crase com masculino, mas eles existem.

Hoje, na nota "O 'despertar' do carrasco de 82", Gente Boba se esqueceu do detalhe na frase:

"Um dos responsáveis pela cobertura da Copa de 1982, na Itália, (Fulano) voltou aquele país para conversar (...)".

O colega em questão voltou ÀQUELE (A + AQUELE) país, pessoal.

Do jeito que está, parece até que a Itália é que saiu pra dar uma volta por aí.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Jornalismo gagá

Assista ao vídeo em
 https://www.youtube.com/watch?v=uGSL1dt3vaw

Gente, o jornalismo vai mesmo mal das pernas.
 
E da cabeça, a julgar pelo comentário de um colega veterano na Globonews.

Não bastasse fazer piadinha de mau gosto com a morte da Carrie Fisher, o que significa a frase:

"Muitas celebridades marcando essa perda"?!?

Ficou gagá, só pode.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Presentinhos de Natal do 'Globo'

1) Na página 16 (e justamente no título do editorial!), encontra-se a praga do momento: o "alerta CONTRA", que não existe em Português.

Por favor, já não bastam a zika, a dengue e outras mazelas destacadas na frase horrorosa?

2) Na coluna do Ancelmo, em nota grandona a respeito de 2016, citam as mesmas doenças e me saem com um "inclusive com moléstias (...) como a lepra, 'ONDE' somos o campeão mundial (...)".

Caramba! Onde fica Lepra? Alguém conhece esse lugar?

Que tal o jornal providenciar uma aulinha de ADVÉRBIOS, pro pessoal aprender que eles têm funções diversas, como exprimir circunstâncias de tempo, modo, lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição etc.?

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Votos demonstrativos

a) estas ; b) essas; c) aquelas frutas
Em 2017, ESTE blog deseja que o pessoal da coluna do Ancelmo aprenda a usar corretamente os pronomes demonstrativos.

É tanto erro que eu até desisto de comentar, mas aqui vão exemplos comuns:

 "Este milionário egípcio que (...)" (Que milionário? Cadê o homem? Não há nem uma foto do Fulano!); "(...) os MPS destes países (...)" (Que países? Sequer há um país citado na nota!); e por aí vamos, ladeira abaixo,

ESTA jornalista que vos escreve informa que ESTE país, no qual vivemos, é o Brasil. E não adianta chorar.

Cacófato presidencial

Quem acha que Temer fala "bonito" desconhece o que são CACÓFATOS.

O Globo devia ter usado um "sic" ao reproduzir a feia declaração, em destaque na capa:

"NUNCA CAÍ de pinguela".

Ou podia ter trocado o som desagradável da frase por um "jamais caí" ou coisa do gênero.

Porque estamos na época...


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Na dúvida, melhor não usar


Recebi com atraso gigante O Globo do dia 17, um sábado, quando sai aquele caderno-jabá de madame.

Numa superficialíssima folheada, encontrei, em destaque, a seguinte crase deslocada:

"(Fulana) pinta de peças de moda à imagens de santos".

Doeu, viu?

Gente metida a nobre tem que saber escrever bem o Português, não é? Nem que seja pra mostrar que cursou bons colégios.

Quem escreveu a coisa feia perdeu as aulas em que foi ensinada a primeira regrinha da crase, em que ela é a soma da preposição com o artigo.

Ou seja, para entrar uma crase naquilo ali, só se a frase começasse a ser construída mais ou menos assim:

"Das peças de moda ÀS imagens de santos, (...)".

Deu pra entender que a preposição "A" foi unida ao artigo plural "AS"?

domingo, 18 de dezembro de 2016

Faz sentido? É importante?

A praga dos irrelevantes — e muitas vezes descabidos — "antes, durante e depois" continua firme no Globo.

Abaixo do Elio Gaspari, encontrei o seguinte título:

"Prefeito eleito no Paraná morre após ser baleado na cabeça".

Esqueça a tragédia e pense na "necessidade" do advérbio.

Não dá pra ser direto?

"Fulano é baleado na cabeça e morre".

Ou havia chance de ele ser baleado na cabeça DEPOIS de morto?

Parafraseando um velho slogan, não basta a notícia ser ruim, tem que esculhambar.

Segmento X Seguimento

O Globo está cada vez pior.

E não é só no conteúdo.

Outros SEGMENTOS da empresa vão mal: o Financeiro faz cobrança indevida, a distribuição falha com frequência...

Cada vez penso mais e mais se devo dar SEGUIMENTO a tanta chateação.

Será que, com essa explanação (só com fatos), o jornal melhora e os editores e repórteres (já que parece não haver mais redatores e revisores) aprendem a diferença entre SEGMENTO e SEGUIMENTO?

Vejam na imagem a coisa feia que a assídua colaboradora encontrou hoje na editoria ridiculamente intitulada Sociedade.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Dois milhões de coisas incorretas

Foi também o atento amigo que pegou mais um erro feio do Globo, na editoria País:

"DUAS milhões de assinaturas"!


Queridos colegas, MILHÃO é masculino. Pode-se pôr qualquer coisa depois dele (pessoas, mulheres, crianças, árvores, flores, o que for) que a concordância será no masculino:

DOIS MILHÕES.

Não confundam MILHÃO com MIL, que é muito mais flexível nessa questão e, com frequência, aceita os dois gêneros, OK?

Por trás de todo erro...

Joguei fora o encarte do Globo, mas o atento amigo pegou a falha da capa.

A imagem pode não estar uma maravilha, mas é suficientemente nítida para se ler:

"Todo O presente tem uma história (...)".

É claro que não queriam se referir a UM PRESENTE específico, que "conta uma história" da embalagem ao conteúdo.

A revistinha tem como objetivo vender PRESENTES, no plural.

Portanto, o artigo não cabe na frase.

O correto é:

TODO PRESENTE tem uma história para contar, QUALQUER presente que se quiser escolher.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Quando ele vier e eu vir

Tenho lido e ouvido muito INFINITIVO em frases que pedem o FUTURO DO SUBJUNTIVO.

Acho que a confusão acontece porque, em alguns verbos, a forma é idêntica.

Por exemplo:

"Se ele falar, quando eu começar...".

Mas não estão corretas as formas "se eu ver", "quando ele propor", "se você manter"...

Pense no tempo da ação: ela ainda não aconteceu, pode vir a acontecer, o sentido é de "caso aconteça".

Então, lembre-se:

se eu VIR; quando alguém TRANSPUSER, PROPUSER ou DEPUSER...

E se a coisa se MANTIVER desse jeito... sei não.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Em sua hora e em seu lugar


Ligo a NET em busca de opções que abafem a festa infantil do prédio (Deadpool, Ant Man, Star Wars VII...).

A primeira coisa que escuto é uma chamada do ESPN, que anuncia uma competição e me sai com um:

"(...) aquele momento ONDE todos (...)".

Pessoal, momento é TEMPO, não é lugar.

Se não cabe o advérbio QUANDO, experimente os "genéricos" EM QUE, NO QUAL...

As possibilidades corretas são muitas — e jornalistas e publicitários deviam conhecer todas, não é?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Alguém conhece um 'fato fictício'?!?


O atento amigo chegou de viagem e, pondo a leitura dos jornais em dia, encontrou os benditos "fatos reais", com destaque, no Segundo Caderno do Globo.

Coisa de Gente Boba, que até hoje não sabe que isso se chama PLEONASMO.

Se não é fato, é ficção. Entendeu, pessoal?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Os 3% não falam corretamente

Assisti à primeira série brasileira produzida pela Netflix, "3%", e até achei a trama interessante, melhor que a média das trilogias (ou "quadrilogias") para adolescente produzidas em Hollywood (aquelas ambientadas "numa sociedade distópica etc. etc.").

O autor só precisava da ajuda de um "dialoguista".

Fica esquisito ouvir da tal elite do título coisas como:

"Estão te precisando lá fora";

"Não esperava encontrar por isso";

"Não podemos perder isso do controle" e outras pérolas.

Mas fiquemos só nessas aí.

1) Na cena, o sentido é "necessitar", não "ajustar com precisão". Recomendo usar o verbo com preposição: "Estão PRECISANDO DE VOCÊ". É como falamos no dia a dia.

2) Dizemos "não esperava ENCONTRAR ISSO" ou "NÃO ESPERAVA POR ISSO". Juntar as duas coisas numa frase só não dá certo.

3) Mesmo caso acima. Ou "não podemos PERDER O CONTROLE DISSO" ou "não podemos deixar que ISSO SAIA DE CONTROLE".

Se a verba é pouca, roteiristas, tenham a humildade de pedir ajuda aos atores mais experientes (como Sérgio Mamberti e Zezé Motta). Eles sabem reconhecer o que sai mais naturalmente de suas bocas.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Nome certo aos bois

Os enganos do Globo de hoje não se restringem a Gente Boba.

O Ancelmo, por exemplo, acha que BEQUE "é um dos apelidos da marijuana". (sic)

Na verdade, é um dos apelidos do CIGARRO da dita cuja, também conhecido como BASEADO.

No Segundo Caderno, em "Cantadores do amor", o erro está na construção da seguinte frase:

"A gente está junto há mais de 25 anos, e eu tenho isso desde antes do nosso primeiro filho nascer, que já está com 21".

Tem vírgula desnecessária, contração onde não devia ("de+o"), mas o pior mesmo é o sentido (ou a falta dele).

O colega poderia ter escolhido entre "antes do nascimento do nosso primeiro filho, que já está com 21" e "antes de o nosso filho nascer, há 21 (anos)".

Do jeito que está, parece que o nome do rapaz é NASCER.

Quem tem telhado de vidro...


Hoje, Gente Boba ri de um e-mail (que eu chamaria de "quase automático"), porque acha que o remetente não sabia que o nacional e tradicionalíssimo TRAJE foi rebatizado de "dress code" por quem pensa que língua alheia é mais chique.

Gente Boba também não lê o que escreve e publica coisas como:

"Ela pretende, assim, REPETIR O SUCESSO da (exposição tal), que teve pinturas de (Fulana) e FOI UM SUCESSO".

Mais atenção ao próprio texto antes de criticar o dos outros, por favor.

Ou alguém da coluna acredita que é possível repetir o que ainda não aconteceu?

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Diretamente de Nova York


O atento amigo fez sensacionais descobertas no Jornal da Band desta noite.

De Nova York, o correspondente da emissora, comentando o desfile de Ação de Graças, mandou a primeira:

"(...) o trajeto percorreu quatro quilômetros (...)".

E emendou a besteira com a segunda:

"(...) a parada aqui em Nova York é um excelente local para atentados (...)". Uau!

Só tascando um Antonio Machado na criatura:

"Caminante, no hay camino,/ se hace camino al andar".

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Um erro de mais de 30 anos

Foto de Americo Vermelho
O olhar do colega jornalista passou por Copacabana e trouxe a lembrança de uma loja que resiste há mais de três décadas na fronteira entre o meu bairro e o Leme.


Além de já ter vestido muitos outros colegas (era lá que O Globo alugava roupas de gala para repórteres e fotógrafos nos bons tempos), a loja resiste ao copidesque.

A crase errada em "Só À Rigor", horrorosa, gritante, diante de masculino etc., permanece lá, imutável.

domingo, 20 de novembro de 2016

Que prazo é esse?

Por que se encontra hoje tanto "NO longo prazo" etc., como no titulaço da página 46 do Globo de hoje?

A gente entrega um trabalho NO PRAZO, pode comprar A PRAZO e até fazer um empréstimo MÉDIO ou LONGO prazo, não é?


Há quem tente justificar a coisa feia com a pergunta que se faz:

"Em que prazo?"

A resposta, me parece, seria "em um mês", "em dois anos" e por aí vamos, NO LONGO CAMINHO em busca de um Português menos estrambótico. De preferência, A CURTO PRAZO e, até, EM CURTO. NO curto, jamais.

sábado, 19 de novembro de 2016

O enterro do bom Português

A praga do "após-calipso" atingiu em cheio a editoria Rio do Globo.

É tanto "após" isso, "após" aquilo — e em destaque! — que criaram até uma "PÓS-posta" no subtítulo da página 10. (veja na foto)

Quem viu primeiro a "posposta" foi a assídua colaboradora.

Agora, estamos ambas tentando entender o que nossos colegas, ou nossos políticos, querem dizer com mais essa novidade.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ignorância explícita

Ontem mesmo comentei aqui os riscos de se fazer tradução sem conhecer o próprio idioma.

O uso dos "googles translators" da vida resulta em expressões que, vertidas ao pé da letra, nada significam pra nós — ou significam coisa diferente.

É o caso do GRAFISMO.

Virou modinha no Globo (por pura ignorância ou total reverência ao Inglês) usar "cenas GRÁFICAS" quando se quer dizer "CENAS EXPLÍCITAS", sejam elas de sexo ou violência.

A bobagem aparece no Segundo Caderno de hoje, na matéria "Japonês assustador".

Assustador é os colegas desconhecerem o que são gráficos, tão usados nos jornais.

Seguem alguns exemplos na imagem, pra ajudar a refrescar a memória.

E aí, 'o pessoal gostaram'?

Ao abrir os e-mails, achei colaboração do atento amigo, sempre ligado na novidadeira Globonews, que nem concordância sabe fazer.

Vejam só a foto que ele tirou da TV.

"O pagamento chegaram", colegas?!? Doeu!

Dispensa & Despensa


Abro o Facebook e encontro mensagem da (hoje nem tão) assídua colaboradora, com a rubrica "Dispensável".

Está na página 14 do Globo, num boxe que já começa errado no alto, em "Salário a conta gotas" (sic) — CONTA-GOTAS tem hífen, OK?

O segundo parágrafo abre com um triste "Minha dispensa está vazia".

Por favor, NÃO DISPENSEM o "E" ao abrir a DESPENSA, colegas.

É INDISPENSÁVEL!

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Tradutor tem que saber sua língua

Acabo de ver no Facebook esta postagem (aqui reproduzida) — e ela contém um tremendo exemplo das traduções feitas via Google Translator e similares (hoje tão comuns, infelizmente).

Não se trata de não saber Inglês, mas de desconhecer o Português, idioma pátrio até segunda ordem.

Como os responsáveis pelo blog pedem que a gente diga o que achou, minha opinião é: vocês precisam de um bom redator, porque A MINHA DOR NÃO SENTE coisa alguma!

Eu, tu, ele, NÓS SENTIMOS dor e a qualificamos como "forte", "aguda", "intermitente"...

Entenderam por que não dá pra traduzir um texto ao pé da letra?

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Instabilidade na redação


Recebi ontem mais uma "gracinha" do Globo, presente do atento amigo.


Veio com a seguinte pergunta:

"A CHUVA deixa o tempo instável?!?"

Pois é.

Ninguém pensa antes de publicar asneira na República Federativa do Bobajal.

Obs.: título é responsabilidade do editor, não do estagiário, tá?

sábado, 12 de novembro de 2016

Troféu Pleonasmo de Ouro

Hoje os suplementos do Globo estão "uma festa"!

O atento amigo acaba de encontrar mais uma no Segundo Caderno, nos destaques da programação.

Está lá:

"(...) profissionais envolvidos na escavação de um sistema de túneis subterrâneos (...)".

Pergunta pertinente do amigo:

"Há túneis sobreterrâneos?!?"

Pois é.

Antes de cometer pleonasmos, consultem o dicionário, colegas.

Acho que nem surfista usa o nome para aquelas ondas que se fecham e até lembram túneis. Preferem tubos.

Resgate equivocado


Já ia jogar fora aquele suplemento-jabá do Globo, dirigido às madames, quando dobrei o dito cujo e vi, na contracapa, o absurdo título:

"Resgate AOS cafezinhos como eram os do passado" (sic, com destaque meu).

Além de a construção estar horrorosa, informo que precisamos urgentemente de um RESGATE DO idioma.

RESGATE-SE O Português, resgatem alguém ou alguma coisa, mas NUNCA "ao algo", por favor.

Resgate equivocado


Já ia jogar fora aquele suplemento-jabá do Globo, dirigido às madames, quando dobrei o dito cujo e vi, na contracapa, o absurdo título:

"Resgate AOS cafezinhos como eram os do passado". (sic, com destaque meu.)

Além de a construção estar horrorosa, informo que precisamos urgentemente de um RESGATE DO idioma.

RESGATE-SE O Português, resgatem alguém ou alguma coisa, mas NUNCA "ao algo", por favor.

Coisas de louco, muito louco!

Acho que Gente Boba ouviu muito Black Sabbath e pirou (o som não é mesmo pra qualquer um).

Se não foi isso, como explicar a fantástica informação de que o líder da banda quer vários alimentos orgânicos em seu camarim e "para BEBER, chá e PIPOCA"?

Deve engasgar igualzinho ao "o perguntou" (ui!), que voltou a aparecer no suplemento cultural do Globo, hoje no finzinho da última página.

Ozzy Osbourne (no primeiro caso) e Leonard Cohen (no segundo) não merecem essas coisas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

De olho nos óleos

No domingo passado, um amigo avisou:

"O Globo disse que o Eduardo Paes está tocando um bandolim, mas o que aparece na foto é um cavaquinho."

Pois hoje uma amiga se lembrou do mesmo engano ao descobrir coisa muito pior no caderno Boa Viagem, que eu ainda não li.

Diz ela que, a páginas tantas, eles afirmam que uma certa marca famosa de cosméticos "é pioneira no uso de olhos essenciais naturais". (sic)

A amiga completa:

"Como fazem falta os 'óleos' dos revisores..."

Nada a acrescentar.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Não confunda sessão com seção

Há poucos minutos, o atento amigo via a Globonews e, enquanto a repórter falava de Washington, o texto abaixo dizia:

"(...) tiroteio mata um e fere dois perto de sessões de votos".

Sessões?!? Com dois "esses"?

Pessoal, essas aí são com "cê cedilha", OK?

E, como lembra o amigo, ninguém chama de "seções de votos".

Nosso tempo de convivência com as urnas pode ser ainda curto, mas, em todo o período, conhecemos os lugares onde votamos como "seções eleitorais".

Aproveito pra perguntar: quantas seções havia na área do tiroteio?!?

Jornalistas criam nova língua


O atento amigo e eu não aguentamos mais as invencionices do Globo, especialmente no campo da regência.

Acho que ninguém estuda mais isso nas aulas de Língua Portuguesa.

Vai ver acham que regência tem a ver com monarquia, regime que não vigora aqui, sei lá.

O certo é que não param de publicar "alertou sobre", "alertam contra", "preza pela"... E por aí vamos, ladeira abaixo.

Acho que vou deixar o Português de lado e começar a estudar "O Cuidado de Si".

É isso mesmo, acredite. O amigo recebeu convite pra essa "Roda Filosófica" (sic) e está tentando entender o que é esse trem até agora.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A derrota da informação

Um amigo chamou minha atenção para a última página da editoria de Esportes do Globo.

Sob a vinheta "clássico da rodada", que trata de Flamengo e Botinha, encontra-se a pérola:

"Desde que a atual diretoria do Botafogo assumiu o clube, no ano passado, o alvinegro ainda não perdeu para o rival. Foram três jogos: uma vitória e duas derrotas".

Alguém me explica o que significa isso?

Não perdeu, mas foi derrotado?!?

'Globo', o falso pudico

O Globo conseguiu atingir o auge do ridículo!

Como pode um jornal que já perdeu a vergonha há muito tempo e imprime palavrões a dar com o pau ainda ter prurido de usar os verbos PÔR e BOTAR???

"O que vem a ser 'COLOCAR PRA QUEBRAR'?", pergunta, menos delicadamente, o atento amigo.

Caramba!

Nem xingando muito dá pra engolir uma imbecilidade dessas!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Coletânea de bobagem

Decidi fazer uma "arte" com as mais recentes colaborações do atento amigo, assinante do Globo, como eu.

Hoje, li o jornal mal e porcamente, mas ele pegou lá o "embarcam A Curitiba". De doer.

Nós somos de uma época em que o Português era mais bem escrito e embarcávamos PARA cidades e países diversos, uma delícia! Também dizíamos "boa-noite PARA todos" (que a Globo erra diariamente), mandávamos "beijos PRA todos" (e não A) e cantávamos "Parabéns PRA você". Bons tempos, viu?

O tal do "o pergunta" é inexplicável. Se um colega chegou a colunista do "maior jornal do país" sem saber usar o verbo PERGUNTAR, juro que não sei o que dizer. Um trem desses não tem desculpa.

Já o titulão lá do alto, tadinho, ficou mal formulado, mas nem errado está. O problema é o que o "" na frente pode confundir o leitor. A sugestão do amigo é:

"Das empresas listadas em Bolsa, 10% têm 80% do lucro global".

Fica mais claro, concorda?

Coletânea de bobagem

Decidi fazer uma "arte" com as mais recentes colaborações do atento amigo, assinante do Globo, como eu.

Hoje, li o jornal mal e porcamente, mas ele pegou lá o "embarcam A Curitiba". De doer.

Nós somos de uma época em que o Português era mais bem escrito e embarcávamos PARA cidades e países diversos, uma delícia! Também dizíamos "boa-noite PARA todos" (que a Globo erra diariamente), mandávamos "beijos PRA todos" (e não A) e cantávamos "Parabéns PRA você". Bons tempos, viu?

O tal do "o pergunta" é inexplicável. Se um colega chegou a colunista do "maior jornal do país" sem saber usar o verbo PERGUNTAR, juro que não sei o que dizer. Um trem desses não tem desculpa,

Já o titulão lá do alto, tadinho, ficou mal formulado, mas nem errado está. O problema é o que o "" na frente pode confundir o leitor. A sugestão do amigo é:

"Das empresas listadas em Bolsa, 10% têm 80% do lucro global".

Fica mais claro, concorda?

Um sujeito enrolado


Descobri aqui, perdido na cozinha, um pedaço do jornal de domingo — e, nele, um título pra lá de confuso, que fiz questão de fotografar.

É óbvio que seguros não "utilizam" peças; veículos, sim.

Mas o leitor do Globo precisa encarar uns dois parágrafos pra chegar na explicação da esdrúxula escolha do editor: estão estudando como permitir que donos de carros velhos consertem suas máquinas com peças usadas, pagas por um seguro que sairia mais em conta. Ufa!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Por uma boa informação médica

Mais um "primor" encontrado pelo atento amigo.

O site é dedicado a um assunto sério, mas trata com tal desprezo o texto introdutório que não desperta a menor confiança.

Começa misturando "tu" e "você", mete um plural absurdo em "tome conhecimentos", tem um "desejamos DE informar SOBRE" de doer...

Enfim, é um horror!

Só pra lembrar: deseja-se ALGUMA COISA PARA ALGUÉM.

Pode-se até ter desejo DE fazer ou comer algo, mas não se deseja DE, OK? Deseja-se. E ponto!

Também não se informa SOBRE nada em nossa língua.

É possível deixar uma informação SOBRE A MESA, por exemplo.

No mais, informa-se os leitores da regência correta e informo aos colegas como se faz pra escrever direitinho, porque o bom Português deve informar o Jornalismo.

PS1: a amiga revisora lembra que, embora os Houaiss da vida não gostem dela, a regência "informar sobre" é aceita por Celso Luft e companhia (o Francisco Fernandes que tenho aqui, também). Eu é que não aguento mais ver o "SOBRE" pululando por aí.

PS2: o atento amigo informa que, dentro do site, tem muito mais coisa horrorosa pra se ver. Ui!

domingo, 30 de outubro de 2016

Contribua para melhorar a língua


Mais uma colaboração do atento amigo, esta encontrada ontem no Globo (onde mais?).

Coberto de razão, ele afirma:

"Eu contribuo COM o INSS."

Alô, alô, editor, mais atenção! E não venha me dizer que agora título também é responsabilidade do estagiário, por favor.

sábado, 29 de outubro de 2016

'Bora' comprar um dicionário?

O atento amigo mandou essa ontem.

É do Globo e trata de erro de regência, como sói.

Aos profissionais do idioma (e a quem interessar possa), informo que o verbo ASSEGURAR, no caso em questão, é indireto:

"ASSEGUROU-LHE que", "ASSEGUROU À ATRIZ que", OK?

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Não sabe? Então não inventa

A "criatividade" dos colegas do Globo desconhece limites.

O verbo "ALERTAR", coitadinho, tem sido vítima constante das invencionices.

No dicionário, ele aparece assim:

n verbo
transitivo direto, bitransitivo, intransitivo e pronominal
pôr(-se) alerta
Ex.: <o tenente alertou os soldados (do perigo de novo ataque)> <a tropa alertou ao primeiro tiro> <alertou-se ao primeiro ruído>

No jornal, do suplemento de Turismo à Internacional, é um tal de "alertam sobre", "alerta para"...

Pessoal, isso não existe, tá?

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Este é inominável!

O título aí em cima refere-se ao texto que um amigo encontrou no G1.

Não dá pra explicar como deixam passar um trem desses! (veja ao lado)

Cadê o redator? Cadê o editor? Só tem estagiário do pré-escolar na redação?!?

A tragédia da vida real não merece um texto infantiloide e mal escrito como esse aí.

O que é "começou a se diferenciar do grupo"? O que é "ocupação, ocupa, ocupava", tudo seguidinho?

Se o repórter não entendeu o que disse seu entrevistado (o mais que repetido "secretário"), que pedisse a ele pra se explicar melhor ou traduzisse sua fala pro Português.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Alhos e bugalhos

O atento amigo fez questão de fotografar o confuso título encontrado no Globo de domingo.

Em primeiro lugar, ninguém "preza por" nada.

Em segundo, ele e eu concordamos: o editor devia estar pensando em "PRIMA PELA elegância" — que, aí sim, faz todo sentido —, mas trocou as bolas.

Colegas, não confundam Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão, como dizia meu pai, e, acima de tudo, fiquem atentos à regência, pois hoje, no caderno de Cultura do jornal, tem novamente o inexistente "prezar por":

"(...) é uma mulher que preza pela liberdade (...)". Ui!

Segue o verbete "PREZAR", já que falta dicionário na redação (só pode!):

verbo
 transitivo direto
1 ter apreço por; gostar, estimar, apreciar
Ex.: <p. o bem> <p. os amigos> <prezo nele a sua franqueza>
 transitivo direto
2 ter em alta consideração
Ex.: p. os homens de ciência
 transitivo direto
3 querer para si; desejar, almejar
Ex.: p. a paz de espírito
 transitivo direto
4 ser adepto de; defender, respeitar, acatar
Ex.: <p. a ordem> <p. a liberdade> <p. a natureza>
 pronominal
5 sentir orgulho de si mesmo, ter amor-próprio
Ex.: <p.-se de ser bom profissional> <alguém que se preza não faria esse papel>

domingo, 23 de outubro de 2016

Humor na hora mais errada

Os jornalistas estão cada vez mais criativos — ou serão os bandidos?

O atento amigo achou a notícia do "atirador de facas" no Dia online.

Quantas facas jogaram na moça pra conseguir ATINGI-LA e matá-la a facadas?

Caramba!

Queridos colegas, fazer humor negro fora do Sensacionalista ou do Piauí Herald não pega bem. Mais cuidado, por favor!

PS: a matéria inteira é um pavor, parece texto de criança, como bem definiu o amigo. Quem tiver paciência para ler pode clicar aqui.

Das duas, qual?

O amigo pergunta, coberto de razão:

"Afinal, qual amiga ganhará o presente nesta promoção do Cine Vitória?"

Também gostaria de saber.

Pelo pose no cartaz, até a personagem da Sonia Braga está na dúvida.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Gente Boba volta a atacar

Fazia tempo que Gente Boba não aparecia por aqui (ou eu estava só passando os olhos, ou o Português da coluna melhorou).

Hoje, porém, depois da menção à agressão sofrida por um empresária em Ipanema, achei lá:

"A foto de seu rosto QUASE desfigurado chocou a internet".

QUASE?!? 

O que será que as colegas consideram DESFIGURAÇÃO? Quadro de Picasso?!?

Deem uma lida no verbete "DESFIGURADO", por favor.

Ele inclui "alterado em seu aspecto exterior, em suas feições; tornado feio; afeado; modificado em seus traços essenciais; deturpado".

O rosto da empresária estava tudo isso aí e mais um pouco.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Só pode ser o próximo!

Começa a surgir mais uma modinha no Ancelmo.

É "domingo agora" pra cá, "dia 21 agora" pra lá... Não gosto nem de imaginar essa praga se espalhando pelo jornal e por aí afora.

Vai que "agora" vira o novo "após"? Socorro!

Que tal "próximo" ou simplesmente nada? Afinal, está implícito que o texto não se refere a uma data longínqua, não é?

Larga a muleta, jornalista! O leitor agradece.

Culinária indigesta

Elegante leitora deste blog encontrou matéria no Globo online que começa assim:

"NA COZINHA AO LADO
Chefs contam os restaurantes que gostam de ir come
r".

Educadamente, ela perguntou: "Não ficou estranho?"

Não é só isso: está tudo errado!

Vamos por partes.

Chefs contam os restaurantes: um, dois, três, quatro...?

Restaurantes que gostam de ir: eles gostam de ir pra onde? São restaurantes móveis? Acho que queriam dizer os restaurantes DE QUE os chefs gostam.

Gostam de ir comer: os caras COMEM os restaurantes?!? Obviamente, não. Então, que frase é essa?

Que tal entrar no Google e fazer uma consulta? Tem matéria idêntica na Folha online e começa menos mal escrita. (clique para ver)

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Vai entrar ou prefere ingressar?


O atento amigo encontrou ontem, no Globo (sempre ele!), um sério candidato ao troféu Pleonasmo de Ouro: o "ingresso de entrada"!

Se o sujeito for cobrado, como sugere a matéria, será caso de dupla tarifação: ele paga para ENTRAR e paga para INGRESSAR. Ou seja, duas taxas pela mesma ação.

O Português sofre, viu?