domingo, 24 de setembro de 2017

Não confie em qualquer um

Em quem ou no que você confia?

Você confiaria EM um comerciante QUE entrega sua publicidade nas mãos de quem está se lixando pro bom Português?

Essa rede aí da imagem, por exemplo, exibe um baita erro no Facebook e em outros cantos da internet.

O atento amigo e eu preferimos lojas que vendem produtos EM QUE (ou NOS QUAIS) confiamos.

Como o Aurélio e o Houaiss, que recomendamos sem susto.

sábado, 23 de setembro de 2017

Registramos a garoupa

Estava aqui embatucada com a novidade dos jornais, em que nenhum lugar TEM tiroteio ou moradores OUVEM tiros etc.

A moda agora é REGISTRAR, verbo que tem como sinônimos "assentar, assinalar, averbar, inscrever, matricular, protocolar, transcrever", de acordo com o Houaiss.

Foi só abrir uma mensagem da assídua colaboradora para eu cair na gargalhada e mudar a direção do pensamento.

Ela fotografou a nota do Ancelmo "Terra de ninguém", segundo a qual "o secretário municipal de Educação da cidade" (sim, municipal da cidade!) visita "a rede de escolas da cidade" (ela, de novo!) "NA GAROUPA de um mototáxi" (sic, com destaque meu).

A amiga pergunta: "O veículo é anfíbio?"

Não sei responder. O peixe é grandão, mas será que aguenta o secretário?

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Dá pra escrever como gente grande?


Definitivamente, ninguém mais sabe escrever sem explicar, tintim por tintim, que isso aconteceu DEPOIS daquilo (ou DURANTE aquilo, um ridículo só).

Os colegas ainda não entenderam que NOTÍCIA é alguém morrer ANTES de ser baleado, ou ANTES de sofrer um acidente, porque TUDO ACONTECE DEPOIS de alguma coisa, toda ação provoca uma reação etc. etc.

Vejam (na imagem) mais exemplos da redação infantiloide do Globo, encontrados hoje pela assídua colaboradora.

Tem um cacofônico "após pessoas", tem até "DURANTE" e "APÓS" no mesmo título. Pode isso, editor?

Vá ao dicionário todas as vezes


A assídua colaboradora e eu não temos nada contra o Rock in Rio, mas detestamos ver o Português sendo estropiado pelo "maior jornal do país".

Ele diz que foi "EM" todas as edições do festival.

Nós preferimos ir AOS lugares.

Na quarta-feira, por exemplo, eu FUI À musculação, À sessão de RPG, AO supermercado...

FUI A vários lugares e NÃO FUI AO Rock in Rio.

Mesmo sendo roqueira, NÃO FUI À festa uma vez sequer.

Tome jeito e aja de acordo


Mais uma que o atento amigo ouviu na Globonews:

"(...) o presidente Trump está pronto para tomar ações contra a Venezuela".

Tomar ações, galera?!?

A tradução do Inglês "take action" é "AGIR", OK? Simples assim.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

O enigma da falsa realidade

Ontem, enquanto a Net fazia gracinha com o meu sinal de internet, o atento amigo ouviu na Globonews a sensacional chamada de um documentário sobre "fake news"... "baseado em fatos reais"!

Como podem os "fatos reais" — um baita pleonasmo — ser, simultaneamente, "falsas notícias"?

É de dar nó na cabeça do espectador.

domingo, 17 de setembro de 2017

O Português barato do 'Globo'

A assídua colaboradora e eu gostaríamos de entender por que O Globo ainda não aprendeu que preços NÃO SÃO "caros" ou "baratos".

Pessoal, preço é alto ou é baixo.

Cara ou barata é a coisa pela qual pagamos.

A matéria fala "das origens da péssima urbanização do Rio", diz a amiga, e até está boa.

Naquele tempo, tinha bonde com diferentes PREÇOS de passagem: MAIS ALTOS ou MAIS BAIXOS, tá, galera?

Só lendo o texto pra saber se era mais barato andar de bonde ou de charrete.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

O ministro e a paraquedista

Acho que o antetítulo "Crise política" explica a crise econômica, que leva à falta de trabalho para jornalista experiente e à contratação de crianças nas redações.

Afinal, o título que se segue é de quem ainda não aprendeu direito a língua.

Resultado: virou o samba do português doido.

O beiçudo da foto já não foi feliz ao tentar citar Bocage, mas quem pinçou um pedaço da coisa pra pôr em destaque fez... Melhor nem comentar e começar a tentar entender a outra notícia.

Mesmo feliz pela moça que sobreviveu, fiquei curiosa pra saber do paraquedas, que não teve a mesma sorte.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

É um festival!

Já comentei aqui que dava pra encher este blog só com material de assessorias de imprensa.

Muitas, pelo visto, são feitas por gente que jamais passou por uma faculdade de Comunicação — e a assídua colaboradora recebe um monte de coisa produzida por elas.

Um texto de hoje merece destaque.

O tema é prosaico: reforma e limpeza de estofados. Já a redação...

Tem "limpe ele", "forre ele", mas não, não ligue pra ele, porque tem coisa pior, em toda a sua "gloria".

Tem "a única coisa QUE o seu estofado PRECISA" — o meu PRECISA DE uma preposição, ou fica horrível.

E tem a cereja do bolo, "a mancha feita pelo seu filho que insiste em não sair".

Que coisa! Manda o garoto pra escola, pra casa do vizinho, pro play...

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Como confiar num trem desses?

Ao que parece, foi dada a largada para uma competição entre os colegas da publicidade e os da imprensa (notadamente do Globo), pra ver quem estropia mais as regências.

O atento amigo tem ouvido no rádio o novo anúncio da Mercedes.

Segundo ele (o comercial), Mercedes é "a marca que todos confiam".

Sinto muito, galera, mas a gente confia EM alguém, EM alguma coisa...

Se não for a marca EM QUE todos confiam, não compre! É furada.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Já pra cela, mas a cavalo

Não sei se alguém "montou a sela" no Photoshop, mas recebi o recorte de Búzios e de Copenhague, não dá pra ignorar.

Com o Português que se tem visto nos jornais, eu até acredito que o Estadão transformou mesmo a PF em Polícia Montada. Alguém duvida?

Após dormir, você acorda?

A praga do "após" não se limita ao jornalismo infante carioca e paulistano.

Vi na página de uma amiga a postagem em que ela, coberta de razão, aponta o recrudescimento da censura no país.

Os colegas gaúchos não podiam contar o lamentável caso em bom Português?

Exemplos:

"Protestos levam Santander a encerrar exposição"; "Santander encerra exposição e põe culpa nos protestos" etc. etc.

Por acaso, tem mais "após" sobrando em chamadinha acima.

Que tal "Macron vai ao Caribe para tentar abafar críticas à sua reação ao furacão Irma"?

Sem sono, consigo pensar em coisa melhor — sem usar "antes, durante ou depois".

Ou eu preciso dizer que "após uma boa noite de sono, penso com mais clareza", para compreenderem a ideia?

domingo, 10 de setembro de 2017

Não basta pautar

A pauta do Globo é boa, como comentou a assídua colaboradora em sua mensagem, mas o trecho destacado na imagem é duro de engolir, viu?

Acho que dispensa comentários.

Ainda estou entalada com "o contexto em que foram feridos". Ui!

Estranhas escolhas

Estou ficando exigente demais ou esses títulos do MSN são mesmo esquisitos?

Na parceria com a Veja SP, "homem filma mulher por baixo de saia".

Aplaudi a prisão do tarado, mas a frase não soa bem.

Ali ao lado, na chamada pra matéria da Reuters, não engoli "os mortos sobem".

Logo me vieram à cabeça ideias como cantar pra subir, subir aos céus ou ao Walhala, atingir o Nirvana, sei lá.

Não cabia no espaço "número de mortos sobe" ou coisa do gênero?

sábado, 9 de setembro de 2017

Veja onde e o que você dirige

A assídua colaboradora já bateu ponto na Bienal do Livro — e eu garanto a vocês que ela foi e voltou sem dirigir rodovia alguma!

Faço questão de deixar isso bem claro, porque a assessoria (de um evento literário!!!) acha que pessoas dirigem ruas (e ainda usa Linha Vermelha e Linha Amarela com minúscula).

A assessoria também se esqueceu que a Bienal é no Brasil e que, aqui, motorista NÃO É "driver".

Nota zero para o conjunto da obra e uma recomendação: leitura, muita leitura.

Afinal, livro não serve apenas para encher estande em exposição.

Aprendeu, papudo?

Acabo de encontrar no MSN, em parceria com a Agência Brasil, mais um triste exemplo de que jornalistas desaprenderam a escrever sem meter um desnecessário "após" na história.

Ou desaprenderam a escrever. Ponto.

Qual é a dificuldade de formular um título simples, direto, sem frufru ou encheção de linguiça?

Que tal "Fulano presta depoimento e é levado pra Papuda"?

Pensar não é tão difícil, colegas. Eu juro que não dói.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A língua abalada

Alguém pode me explicar por que a Veja (versão MSN) abreviou "número" nesse título feioso aí?

Obviamente, não foi por falta de espaço.

Melhor nem comentar a praga do "após", indispensável em qualquer tragédia de acordo com a Cartilha do Novíssimo Jornalismo para Infantes.

Afinal, a quantos mortos a infame revista chegaria ANTES do terremoto?

Atingido por e preso com

Pérolas do dia (ou melhor, do Globo, como diria o Agamenon), enviadas pela assídua colaboradora.

Na primeira, a frase ficou tão horrorosa que eu nem consigo pensar numa saída pra ela mantendo o verbo "ir".

Que tal simplificar?

"(o acerto) terá de ser revisto para que os dois sejam presos" fica melhor, não?

Quanto à bobagem ao lado (na imagem), acho que queriam dizer "atingido POR um tiro" e confundiram as preposições.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

IPVA do barquinho?!?

Caros colegas da Folha, não inventem moda, por favor.

O verbo "tributar" até pode ser usado no sentido de "prestar tributo", mas não do jeitinho encontrado pela assídua colaboradora no impresso e no online.

Vejam os exemplos do Houaiss:

"<tributar uma homenagem a alguém> <um homem a quem todos tributavam grande respeito>".

Deu pra entender que "tributar o Roberto Menescal" é "TAXAR" o artista?

Ainda estamos dando tratos à bola pra entender que imposto estão cobrando do pobre músico e compositor.

O autor de "O barquinho" não merece.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Que língua falamos?

Como eu, o atento amigo acha o fim da picada O Globo ter uma coluna para humilhar quem fala errado, ou para rir de tolices pretensamente infantis, se a equipe responsável pela dita cuja não sabe escrever.

Desafio os colegas que fazem aquilo a:

1) procurar o verbete "PEDIR" num dicionário (de Língua Portuguesa);

2) encontrar a regência "para que" no bendito verbo (em Português).

Peço, encarecidamente, que leiam com atenção.

Peço que leiam, leiam muito.

Peço pelo idioma e pela minha profissão, porque ambos têm sido diariamente maltratados.

Obrigada.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Nem tanto ao céu...


A versão online do Globo é vexaminosa — e o jornal a cada dia perde mais a vergonha também no impresso.

Basta ver (aí na imagem) o erro de concordância que o atento amigo encontrou em chamada de primeira página.

"Nova geração aliam" é dose!

Falando em notícia na internet, é difícil não lembrar da dupla MSN/Veja, que aparece na minha tela toda vez que eu abro o navegador da Microsoft.

Ontem me saiu com um "AFIRMA Janot" depois de uma mui vaga hipótese, algo que "podia ser anulado", "talvez", "quem sabe"...

Colegas, fiquem com o verbo "DIZER", pau pra toda obra. "Fulano diz" não compromete ninguém. "AFIRMA" é categórico, não combina com dúvida, OK?

Também não precisam exagerar e subestimar o QI do leitor como viu outro amigo no iG.

Se um casal vai ter um TERCEIRO filho, é óbvio que já teve DOIS, não é?

sábado, 2 de setembro de 2017

Nem na base do 'copia e cola'!

A bobajada vista aí na imagem foi encontrada pela assídua colaboradora naquela coisa de "moda" do Globo.

Na montagem, dá pra ver que a besteira foi pro online e pro impresso.

O que mais me espanta é que alguém se deu ao trabalho de pesquisar a Ursula ANDRESS num IMDb ou Google da vida, ou não saberia que a atriz nasceu na Suíça.

Mas copiar o nome dela direitinho é difícil, né?

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Alô, publicitários. É pra vocês!

Hoje o puxão de orelha vai pro pessoal da publicidade.

Lendo O Globo, o atento amigo encontrou anúncio de página inteira do Conar, cujo objetivo é demonstrar que há opiniões diversas sobre o conceito de família.

O problema é que as imagens apresentam hipóteses diferentes com texto idêntico — e este tem um baita erro:

Por isto que existe o Conar”.

Nananinanão, gente.

Ou "É por isso que existe o Conar" ou "Por isto É que existe o Conar", com o verbo “ser” bem conjugadinho, OK?

É para evitar essas bobagens que existem dicionários, gramáticas e que tais.