sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

'The book is ON the table'

De onde vem a obsessão dos colegas com a preposição "sobre"?

Hoje, na página 8 do Globo, encontrei o título:

"Ministro ALERTA procurador-geral SOBRE ameaça à sua segurança".

Custa muito dar uma espiada no verbete "alertar" em algum dicionário? Está lá:

"verbo transitivo direto, bitransitivo, intransitivo e pronominal: pôr(-se) alerta.

Ex.: <o tenente alertou os soldados (do perigo de novo ataque)> <a tropa alertou ao primeiro tiro> <alertou-se ao primeiro ruído>
".

Viu algum "SOBRE" aí?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Português 'do além'

O atento amigo pegou essa no Globo de segunda.

Diz a nota de pé de página sobre superbactérias na Califórnia:

"(...) resistentes a antibióticos, os germes podem LEVAR A ÓBITO até 50% dos infectados".

Diante da construção ridícula, o amigo comenta:

"Que medo da palavra 'morrer' têm esses fariseus eufemísticos!"

Já eu, birutinha com um trabalho gigante, cheguei a ler que os germes iam a Óbidos. A ficha só caiu quando imaginei o voo EUA—Portugal.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Se escrever, seja claro

Alguém me explica o que significa o slogan que aparece num comercial de carro, presente em todos os intervalos do Oscar na TNT? Diz lá:


"Todos juntos fazem um trânsito melhor".

Se isso é alguma campanha, está mal formulada.

Todos juntos, de automóvel, fazem um engarrafamento.

Todos juntos no transporte coletivo, aí pode ser que melhore.

Que tal pedir ajuda aos criadores do curto e claro "se beber, não dirija"?

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Não estamos em 2015?

Nesta aqui eu cheguei mais atrasada ainda: entrou no Globo online na noite de quarta-feira.

Mas se os colegas de lá ainda estão no ano passado, tá tudo certo, né?

O amigo que encontrou o disparate acha que o Levy pode estar cavando uma ponta numa possível refilmagem do inesquecível "De volta para o futuro".

Deu calo na cabeça!

O amigo mandou a colaboração bem mais cedo, mas só agora achei um tempinho pra entrar aqui.

A pérola, de tamanho avantajado, foi pescada na página 26 do Globo de ontem:

"Um calo no sapato kirschnerista".

Comentário do amigo:

"Sensacional, não? Em vez de 'uma pedra', um calo! Sapato virou uma parte do corpo."

E dizer que, anos atrás, a gente se surpreendia com os 3 mil pares de sapatos da Imelda Marcos. Ia faltar podólogo pra coleção de calos!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Harley, do imaginário ao delírio

O atento amigo não entendeu nada ao ler o anúncio de um novo modelo da Harley Davidson.

A gracinha, assinada pela agência Spirit, ocupa meia página do Globo de ontem e diz:

"Sombria e aprimorada à pureza elementar de uma Bobber, a Street Bob é uma máquina moderna da estrada com o autêntico coração de ferro".

O que significa esse punhado de asneira, não faço a menor ideia.

Mas descobri que foi chupado de uma página estilo varejo da marca. Está lá:

"Blacked out and refined to elemental bobber purity, it's a modern road machine with an authentic old-iron heart".

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Painel da economia desvairada

O amigo encontrou esta na coluna Painel, da Folha de hoje.

Lembra até aquela piadinha em que alguém pergunta "e aí, o pessoal gostaram?" e outro, indignado, replica: "O pessoal 'gostaram'?!? O pessoal ADORARAM!"

A economia, segundo o amigo, ATINGIRAM também o cérebro das colegas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Bicicleta voadora na língua

O Globo não dá trégua nem no carnaval.

Hoje, saiu-se com essa:

"Pista de bicicleta subterrânea será a maior dos Estados Unidos."

O atento amigo não perdoa: "Isso é que é bicicleta especial!"

Pois é, ainda não apenderam que, no Português, a ordem dos fatores pode alterar seriamente o produto.

E já que inventaram a bicicleta subterrânea, agora eu quero também a bicicleta abissal e a bicicleta inca venusiana, pra fechar a Coleção National Kid. Que tal?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O Português atropelado

A praga do ANTES, DURANTE e DEPOIS continua se alastrando — ou "segue", para usar outra palavrinha adorada pelos colegas atualmente.

Encontrei a "gracinha" na página 7 do Globo de ontem, no subtítulo da matéria "Intolerância fatal":

"Supervisor (...) morre APÓS ser atropelado por motorista (...)".

Será falta de imaginação para encher a linha? Tem que usar "muleta" pra escrever?

Que agente é esse?

O amigo me mandou a foto, que merece mesmo estar aqui.

O pessoal da empresa "caprichou" tanto que arrumou um agente nota 000.

Eu não confiaria nessa gente.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Bloco da tautologia

Esta é rapidinha.

O velho pleonasmo foi encontrado na página 26 do Globo de hoje, em texto sobre preconceito.

Diz lá que "está difícil ENCARAR DE FRENTE".

O atento amigo, já dando ideia para "inovadores" de plantão, comenta: "Encarar de bunda, então..."

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Idiotice extrema, antes e depois

A paciência do atento amigo está perto de atingir o "limite extremo", "antes, durante e depois" de ligar o rádio ou a TV e/ou abrir os jornais.

Primeiro, porque ele não aguenta mais a falta de imaginação EXTREMA que faz tudo virar uma EXTREMA besteirada.

Irônico, ele pergunta:

"O que é um planeta EXTREMO? O que fica na ponta do Universo? Que mania de traduzir tudo pela semântica original. É esporte EXTREMO, clima EXTREMO... Será que não temos alternativas pra traduzir coisas assim?"

Pra completar, noticiaram na televisão que um ônibus capotou e... Claro! "O motorista fugiu APÓS o acidente"!

Há necessidade disso? Alguém imaginaria que o cara fugiu ANTES do acidente?

Eu e meu amigo ainda chegaremos a EXTREMOS como os do Saraiva, personagem que o saudoso Francisco Milani interpretava ANTES de morrer.

Seu bordão era mais ou menos assim: "Idiotice? Tolerância zero!"

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Atenção ao saudar alguém

Flagrante de um amigo, na tela da Band, que exibe as letras dos sambas enquanto mostra trechos de desfiles.

Terá sido um ato falho? Alguém na emissora está com muita dívida pra SALDAR?

Bom domingo e saudações pra todos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Que trem é esse?

Tive que rir com a observação do atento amigo, que leu ontem, no Globo, em matéria que falava do choque de um trem com uma picape nos Estados Unidos.

Diz o texto:

"(...) o impacto foi tão forte que o terceiro trilho desprendeu-se e perfurou o solo do trem".

Diz meu amigo:

"SOLO do trem? Acho que queriam dizer piso, né? Mas se o SOLO for bom, é melhor plantar alguma coisa lá."

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Oferta malfeita

A assídua colaboradora recebeu oferta do programa de milhas Smiles com um tal de "transfere elas" pra cá, "recebe elas" pra lá que é um horror.

Vou logo avisando: não adianta "mandar elas" pra minha casa, porque eu acredito que o nosso idioma não merece viajar troncho desse jeito pela internet.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Ver e vir hoje, vir e vier amanhã


Um amigo flagrou deslize na coluna do Ancelmo e, gentilmente, mandou pra mim.

Está aí, o horroroso "VIR".

Pessoal, a frase pede o verbo "vir" no futuro.

Ou seja: "(...) quando VIER à tona (...)", se alguém VIR — do verbo "ver" — alguma coisa e contar pros outros, tá?

Tem gato na turba

A Suderj informa: isto é uma turba
O atento amigo embatucou com a abertura da matéria "Homens ao mar", da revista dominical do Globo.

Diz lá:

"Domingo de sol no Posto 8, em Ipanema. a TURBA DE GENTE que vem (...)".

Dou razão a ele.

Por extensão, o verbete até já admite, lá no pé, que TURBA pode ser "multidão de animais, especialmente em desordem ou aparente desordem".

Mas ninguém pensa em cabras, cobras, lagartos e outros bichos quando usa a palavra, né?

Então, poupe-nos da tautologia!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Quem agradece?



Não entendi o masculino neste anúncio do Globo.

É o jornal que está agradecendo? 

Não é a mulher?!?

Longo nariz a curto prazo

Vale a pena ler a coluna do Elio Gaspari (como sempre).

Só não sei se ela está completa neste link (clique pra ler), ou se aqui só foi postado o texto principal.

Mas é nele que se encontra um vício maldito da fala da presidente, que se espalhou por aí e que eu queria saber de onde veio: o tal do "NO" longo prazo, "NO" médio, "NO" curto...

O que há de errado com a tradicional — e muito mais sonora — forma "A" curto, "A", médio e "A" longo prazo?